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História Butterfly - A dor de amar.


Escrita por: crazylovevk

Notas do Autor


Oi queridas leitoras e leitores, mais um capítulo no desenrolar dessa história dramática que espero que gostem, agora com a participação especial dos integrantes do Got7, para apimentar um pouco a história. Boa leitura.

Capítulo 29 - A dor de amar.


Fanfic / Fanfiction Butterfly - A dor de amar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jungkook

 

 

Dois meses após o acidente...

 

 

 

Andava com Jaebum hyung pela pequena cidade indo em direção ao mercado para comprar algumas coisas que sua mãe havia ordenado.

Gostava de ir à cidade, sempre parecia novidade para mim, principalmente porque não me lembrava de nada do meu passado, e isso me incomodava profundamente, então nos momentos que podia me distrair para esquecer as preocupações eram os melhores.

Andávamos rapidamente, já que estava próximo o horário do almoço e logo o pai e outros homens que com ele trabalhavam, viriam do campo para se alimentarem.

- Rápido Taehyung, vamos nos atrasar.

- Eu sei hyung, mas já estou correndo, não consigo ir mais rápido.

- Tudo bem, só continue andando.

 

Suspirei e continuei seguindo o hyung, ele era um pouco nervoso e ficava bravo quando não conseguia fazer as coisas do seu jeito. Era um pouco difícil lidar com isso, ainda mais eu que estava conhecendo ele ainda, então tentava agir naturalmente para não tornar as coisas piores.

Yugyeom era um pouco mais cuidadoso para lidar com ele, mas mesmo assim às vezes gostava de provoca-lo e por conta disso sempre apanhava.

Quando penso nessas coisas me pego sorrindo e desejando que eles fossem minha família de verdade. Jaebum hyung me disse que já me considerava um irmão, e o Yugyeom, bom... é um pouco complicado.

 

 

Chegamos ao mercado e o hyung avançou nas prateleiras pegando as mercadorias que precisava:  Um pacote de arroz, um de açúcar, algumas cebolas e sal, e fomos direto para o caixa. Acho que se ele participasse da algum concurso onde quem apanhasse as mercadorias em menos tempo ganhasse, ele ganharia. Puxa, de onde tiro essas ideias?

Depois que passamos no caixa, saímos a passos largos, tentando fazer o trajeto de volta o mais rápido possível. Com isso não tive muito tempo de apreciar as coisas, mas tudo bem, eu entendo, é por um motivo importante.

 

Chegando em casa, Jaebum hyung foi rapidamente em direção a cozinha e entregou as compras para oma. Engraçado chama-la assim, ainda não me acostumei mas ela disse que era para chama-la de oma, então eu tento.

 

Enquanto eu estava na sala ainda em pé, vejo Yugyeom se aproximar de mim com uma expressão de bravo.

- Sr. Taehyung, como se atreve sair sem me avisar, como tem coragem de fazer isso comigo?

- Ora, o Jaebum hyung estava com pressa e disse que precisava de ajuda, então simplesmente o segui.

- Mas você pelo menos poderia ter me avisado.

- Ah Yugyeom, eu não entendo porque você fica me tratando como se fosse meu dono.

- Dono não, namorado.

- Eu não me lembro de ter te pedido em namoro, ou que você tenha me pedido.

- Isto não vem ao caso Taehyung, eu só quero que você me avise antes de sair por aí.

- Ai, tudo bem Yugyeom, não quero me estressar.

- Eu te estresso?

 

Fechei os olhos e desisti de continuar aquela discussão sem sentido. Fui em direção ao sofá e me sentei.

De repente alguém adentrou a casa sem pedir permissão e foi logo se anunciando.

- Boa tarde minha gente linda, vejo que estão animados hoje. Que tal me interarem das novidades?

 

Jackson era muito espontâneo e não se preocupava com etiquetas ou regras da boa educação. Respeitava os mais velhos, baixava os olhos quando falava com um, mas quanto aos mais jovens, se tivesse somente alguns anos de diferença, ele os tratava como iguais. Isso incomodava demais Jaebum hyung, que era alguns meses mais velho e já vinha prometendo dar uma lição nele.

 

Jackson era nosso vizinho, e todos os dias vinha nos visitar e acabava ficando até anoitecer. Eu gosto dele, pois ele é divertido e sempre nos tira da rotina.

Jaebum hyung veio da cozinha, olhando fixamente para Jackson, que abriu um sorriso enorme e foi em sua direção.

- Hello JB, sentiu minha falta?

- Hyung, trate-me por hyung.

- Puxa, JB hyung, não precisa ficar bravo por uma coisa tão simples.

- Para você pode ser simples, mas para mim é uma questão de respeito, de tradição.

Jackson abriu os braços em rendição e disse:

- Tudo bem, me desculpe, hyung.

E sorriu de modo fofo, o que fez Jaebum hyung desviar o olhar, parecendo embaraçado e passando a ignorá-lo.

Jackson sentou-se ao meu lado no sofá e sorriu para mim, logo Yugyeom possesso, sentou-se entre nós dois, empurrando Jackson para o lado. Jackson fez uma cara de desagrado, mas logo se conformou, passando a fitar Jaebum hyung.

Era engraçado o fascínio que Jackson tinha pelo hyung, ele era uma pessoa naturalmente sorridente e super para cima, mas quando o hyung estava por perto, além de feliz ele ficava sem jeito as vezes.

Jaebum hyung, notando o olhar insistente de Jackson, foi em direção ao quarto. Jackson suspirou, e se levantou indo em direção a cozinha.

Yugyeom me olhou com um bico nos lábios e eu franzi o cenho como quem pergunta “O que foi?” . Ele apertou os olhos mordendo o lábio, e disse:

- Tae, eu sei que você gosta de fazer amizades, mas o Jackson não é confiável.

Abri a boca desacreditado e disse:

- Yugyeom, você está me sufocando, acho que preciso de espaço. –  E virei para o lado de braços cruzados, e ouvi ele choramingando e então ele disse:

- Tae, olha pra mim, não gosto quando você me rejeita assim, eu prometo que vou melhorar.

Eu estava de costas para ele fingindo indignação, mas estava me divertindo com a situação e rindo escondido. Yugyeom é um amigo querido, me identifico muito com ele, mas queria que ele entendesse que tipo de relação temos, que é de no máximo irmãos, mas também não queria magoá-lo, então me fazia de desentendido.

Suspirei e virei para ele.

- Tudo bem, está perdoado, mas não fique me tratado como uma propriedade tudo bem?

- Tudo bem, eu prometo.

Então sorri para ele e ele sorriu de volta, baixando os olhos em seguida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Taehyung

 

Uma vez tocado pela dor, você não é a mesmo, mas o tempo pode curar seu coração, é o que todos dizem.

Então eu tento sorrir, mas depois de um tempo as memórias voltam e eu sei que meu coração fica no escuro, perdido.

Certa vez eu aprendi que o amor pode queimar, é uma chama que te consome que se torna seu oxigênio, que preenche seu ser e que te controla.

Não existe certo ou errado, o amor é supremo a tudo, e principalmente a sua vontade, por isso ele vem, te domina e sem permissão te deixa fragilizado para sofrer quando parte.

Eu tenho que ser forte, tenho que sobreviver...

 

Entrei vagarosamente na cozinha e encontrei Hoseok preparando o almoço. Eu estava passando um tempo com eles no Japão para ver se conseguia resistir a depressão.

Deixei tudo para trás, meu consultório, meu grupo de pacientes que lamentavelmente eu não tinha condições de ajudar nesse momento, isso é tão irônico, agora sou eu que preciso de ajuda.

Jin Hyung apoiou minha vinda para o Japão dizendo que deveria me afastar de tudo que me lembrasse Jungkook por um tempo para que pudesse me recuperar. Mas na verdade eu não precisava exatamente de algo que me lembrasse ele, eu respirava ele, meu dia era preenchido com pensamentos sobre ele, e meu coração a cada batida doía por ele.

Foi bom de fato ter vindo para casa de Hoseok, ter com quem conversar, tentar me animar de alguma forma, ou pelo menos ser monitorado para não tentar nenhuma besteira novamente.

Aproximei-me de meu amigo e posicionei-me ao seu lado de cabeça baixa.

- Oh, Tae que susto, venha, experimente este prato que estou preparando, acho que o Sr. Lee vai gostar muito.

Sorri para ele me aproximando, e bebi o caldo que ele me oferecia fechando os olhos ao experimentar.

- Está muito gostoso Hoseok, tenho certeza que ele vai gostar muito.

Baixei o olhar um pouco triste e Hoseok largou as coisas que tinha em mãos, baixando o fogo da panela. Aproximou-se de mim e deu-me um abraço.

- Tae, não se deixe abater, você já chorou tanto, tá na hora de reagir, você sabe que pode contar comigo sempre.

- Eu sei Hoseok, mas não posso continuar tirando a privacidade de vocês assim, eu vou reagir para poder retornar para minha casa.

- Não é por isso que quero que reaja, eu quero o seu bem e para isso você precisa superar essa tristeza.

Olhei nos olhos dele e sorri agradecido.

- O que seria de mim se não tivesse amigos como você e o Jin hyung que me liga todo dia para me animar?

Hoseok mordeu o lábio ficando emocionado e disse:

- Pois é Tae, eu sei como você se sente por perder alguém amado, eu me senti assim quando perdi minha mãe e você me ajudou quando mais precisei. Então eu jamais poderia recusar ajuda a você. Fique o tempo que precisar, mas tente superar cada dia um pouco.

 

Balancei a cabeça concordando e olhando para o chão enquanto algumas lágrimas caiam.

Ele me abraçou de lado e conduziu-me até a sala, onde me sentou no sofá.

- Fique aqui, vou pegar um cafezinho fresquinho para você.

Sequei as lágrimas e respirei fundo me recuperando. Logo que ele trouxe o café, comecei a toma-lo. Estava bem quente, o que me aguçou os sentidos como se me despertasse do torpor da tristeza, respirei o aroma do café de olhos fechados e tomei outro gole.

- Muito bem Tae, agora fique aqui que vou terminar a refeição.

 Olhei para aquele líquido negro dentro da xícara, e isso me remeteu aos olhos negros de Jungkook que não me saia do pensamento, tudo me fazia lembrar dele. Uma música, uma gargalhada, roupas pretas, um perfume. Minha saudade não tinha limites, e às vezes me flagrava conversando sozinho como se ele me respondesse, perguntando como ele estava, quando voltaria.

Por mais que o tempo passasse não conseguia aceitar que Jungkook pudesse estar morto, eu sentia sua presença dentro de mim, meu amor estava vivo em meu coração, eu precisava acreditar nisso para continuar vivendo.

Era muito difícil acordar dia após dia e me dar conta de que estava sozinho, de que não o tinha em meus braços. Não sei por quanto tempo vou ter que esperar, mas até meu último suspiro, vou esperar pelo retorno dele, pelo retorno da minha razão de viver.

 

“Mostre-me o significado de ficar sozinho

É esse sentimento que preciso suportar?

Me diz por que não posso estar com você.

Tem um pedaço faltando em meu coração

E esse pedaço é você.

 A vida continua sem nunca um fim

 

Não há lugar para onde correr

Não tenho para onde ir

E eu não posso parar de pensar em você

E eu não pararia se pudesse

Mas eu não posso continuar acordando

Em meio a sonhos sobre você.

Preciso que se torne real,

Preciso que volte para mim.”


Notas Finais


Isso mesmo gente, o Jungkook acha que o nome dele é Taehyung, talvez pelo sentimento forte que prevalece ainda que sem memória, mas algo ficou. Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo


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