História Butterfly - Ainda te amo tanto...

 

 

 

 

Vim para te encontrar, dizer que sinto muito

Você sabe como te amo mais que a mim mesmo.

Tinha que te ver, dizer que preciso de você

Dizer que te escolhi para dividir meus momentos

Para ser meu único e eterno amor.

Ninguém disse que seria fácil

É uma pena ternos separado por todo esse tempo

Palavras e canções dizem muito, mas

não falam tão alto quanto meu coração

Diga-me que me ama, venha e me assuma novamente

Voltando a ser como éramos.

 

 

 

Cheguei em casa exausto, fechei a porta atrás de mim, respirei fundo e caminhei até a sala, sentando-me no sofá. Recostei a cabeça e olhando para o teto, comecei a repassar tudo que acontecera aquele dia sobrecarregado, desde o momento em que acordei.

“Jin hyung, não sei como falarei com eles, como vou explicar minha ausência?”

“Tae, todos nós precisamos ter nosso momento para organizarmos nossos pensamentos, não somos de ferro. Você só precisa dizer a verdade, que não estava bem.”

 

Falei com todas aquelas pessoas, expliquei-lhes que também enfrento problemas como eles, que também tenho de encarar meus medos, e concluí prometendo que em breve voltaria com minhas sessões, mas que por enquanto precisava que entendessem que não estava num bom momento.

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Tomei coragem e levantei intencionando tomar um banho, precisava me livrar da carga emocional que estava me debilitando. E depois do banho, fui para cozinha preparar algo para comer.

 Olhei por todo a casa e senti falta de uma presença além de Jungkook. Senti falta de Mimi que eu deixara sob os cuidados de Jimin que eu tinha certeza que cuidaria dele melhor que ninguém.

Sorri com a lembrança de suas traquinagens e de como sempre se enroscava em minhas pernas manhoso em busca de atenção.

E por fim lembrei-me de kookie brincando com ele na sala e fingindo que ia soltá-lo, erguendo-o para o ar em seguida. Isso deixava Mimi furioso e agitado, e Kookie ria feito criança, minha criança.

Fui para o quarto e me joguei na cama torcendo para que o cansaço fosse grande o bastante para me fazer adormecer logo e poder voltar no dia seguinte, para a busca de meu amor, sem perda de tempo.

Fechei os olhos e aguardei que o sono me tomasse.

 

 

 

 

 

Jungkook

 

 

Então amanheceu, e eu levantei com a preguiça de sempre e fui tomar um banho.

Quando terminei, vesti minha roupa e logo desci para tomar o café. Todos já estavam a mesa e conversavam animadamente. Sentei-me e me servi, estava faminto.

Logo que coloquei o pão na boca, saboreando sua maciez, Yugyeom falou comigo me fazendo parar no meio do processo de comer.

- E então Tae, tá pronto para viajem?

Engasguei-me e depois de um tempo, sorri sem graça e respondi:

- Sim, claro, mas a gente vai agora?

- Sim, estamos apenas terminando o café para partirmos, como todos nós, inclusive você, já fizemos nossas malas ontem, tudo está pronto para irmos.

Engoli a seco, então senti um desejo incontrolável de levantar-me para ver se conseguia encontrar certo alguém antes de sair. Enquanto me dirigia a porta de saída, pude ouvir ainda Yugyeom me chamando.

Saí da casa e atravessei a rua, indo até a lanchonete onde costumava vê-lo.

Não estava pensando direito, mas algo me dizia que não poderia partir sem me despedir dele antes, sem encontra-lo uma última vez.

Entrei no estabelecimento e olhei em volta, nem sinal dele. Aproximei-me do balcão e perguntei.

- Moça, tem um rapaz que vem aqui todo dia tomar café da manhã e almoçar, lembra-se dele?

- Sim, e agora que você mencionou, eu percebi que ele não tem aparecido desde ontem, será que aconteceu alguma coisa?

Meu coração pulou e de repente estava preocupado. “E se algo tiver acontecido e eu nunca mais tiver a chance de vê-lo? E se ele foi embora para sempre?” . Não sei bem por que mais algo estava me perturbando. Algo me dizia que tinha de vê-lo, que não conseguiria viajar se não acontecesse, que eu não queria me afastar...

Estava angustiado, então resolvi retornar para a casa. Uma vez lá dentro fui direto para o quarto e fiquei olhando da janela. Yugyeom entrou e logo foi perguntando.

- Tae, o que você foi fazer lá fora? Eu não te disse que partiríamos assim que terminasse o café?

Olhei de forma angustiada e ele pareceu entender minha expressão, então ficou preocupado.

- Yugyeom, não sei o que está acontecendo comigo, estou me sentindo estranho, como se não fosse certo que eu fosse embora.

- Como assim Tae, onde você quer chegar com isso?

- Não sei, só sei que estou me sentindo muito mal e ansioso, estou quase ficando louco.

- Tae, respire e tente por seus pensamentos no lugar, como você mesmo disse, você está ansioso, então é natural que tenha medo de ir embora sem saber de verdade se morava aqui.

Respirei fundo fechando os olhos e disse:

- É, você deve estar certo, eu devo apenas estar muito ansioso.

- Ok, então vamos indo, senão perdemos nosso voô.

Segui-o a contra gosto mordendo o lábio.

 

Chegando ao aeroporto senti um aperto no coração, de alguma forma aquela sensação me parecia familiar.

Sentamo-nos para aguardar enquanto Jaebum hyung encaminhava nossa bagagem.

Eu continuava perdido em pensamentos, quando alguns flashes de momentos com Tae começaram a ocorrer, aquele dia em que ele pôs minha mão em seu peito para que eu sentisse seu coração.

“- Não quero que pense que sou louco, mas... ele está assim porque tenho um sentimento muito forte aqui dentro, e ele vem à tona sempre que estou perto de você. “

 

A cada lembrança, meu coração acelerava e minha respiração se tornava difícil.

 

“- Você não se sente mal de as pessoas na rua ficarem te olhando enquanto grita parecendo um doido?”

- Não tenho medo de agir como louco se for por amor.”

 

Comecei a sentir que estava prestes a chorar, então respirei fundo e tentei me recompor. Então ouvi alguém chamar um nome que não me era estranho, e involuntariamente olhei naquela direção.

- Jungkook!

Quando olhei, era uma mulher chamando seu filho, porém foi como se eu tivesse que responder assim que ouvi aquele nome.

Minha cabeça começou a doer, então cobri meu rosto com as mãos e depois apertei minha cabeça com as mãos tentando aliviar a dor.

De repente muitas lembranças começaram a inundar minha cabeça e eu já estava a ponto de gritar.

Lembrei-me daquele dia fatídico em que eu não queria partir, quase a mesma sensação que tinha agora, meu coração apertava e uma tristeza me angustiava.

Comecei a imaginá-lo em minha frente, seu rosto lindo sorrindo para mim, e me chamando, mas eu não podia ouvir sua voz. Então me concentrei e pude ouvir:

- Kookie...

- Tae hyung?

- Jungkook, eu te amo mais que qualquer coisa, então mesmo que você esteja longe de mim, eu estarei com meu pensamento em você, transmitindo todo meu amor, que é forte o bastante para ir além dos oceanos, dos continentes e qualquer lugar do universo para onde você tiver que ir.

 

Não foi mais possível segurar as lágrimas e elas começaram a rolar incessantemente. Lembrei-me também da última coisa que disse a ele antes de partir...

 

 

“- Eu prometo que nunca vou deixar você. “

 

Solucei alto e Yugyeom olhou em minha direção preocupado.

- Tae, você está bem, por que está chorando?

- É Jungkook.

- O que?

Tentava falar em meio os soluços então repeti.

- Jungkook, meu nome é Jeon Jungkook.

- Você lembrou?

Levantei-me praticamente desesperado e disse:

- Eu preciso ir.

- Tae, quer dizer, Jungkook espere.

Saí correndo feito um louco, não queria mais demorar nem um segundo para reencontrar meu amado. Mal conseguia acreditar que o havia esquecido, é como se tivesse esquecido de utilizar parte de meu corpo, porque era como se Tae fizesse parte de mim, uma parte essencial. Então não fazia sentindo que o tivesse esquecido, embora meu corpo alertasse que tinha algo errado.

Tomei um táxi do lado de fora dizendo o nome da rua de onde tínhamos vindo.

Sentei-me no banco de trás me segurando ao banco da frente como se precisasse disso para conter minha ansiedade.

Então o taxista deu a partida.

 

 

 

 

Taehyung

 

Dirigia meu carro o mais rápido que podia, não queria perder tempo, pois sentia a urgência de rever Jungkook, nem que fosse para ele me rejeitar, mas ao menos precisava ver sua face.

Assim que cheguei, deixei minhas coisas no hotel e depois de um banho, fui para a lanchonete de costume.

Lá chegando a garçonete me disse que um rapaz tinha ido lá me procurar, e que ele morava na casa da frente. Na hora percebi que se tratava de Jungkook, então me apressei em ir até a casa.

Bati à porta e logo aquele senhor simpático abriu.

- Oi meu jovem, você chegou atrasado porque seu amigo já viajou.

- Como? Ele foi embora?

- Sim, à umas duas horas.

Dei meia volta e entrei novamente em meu carro, não podia acreditar que iria perde-lo denovo. Apesar que depois o perseguiria nem que fosse até o fim do mundo.

Alguns minutos depois já estava no aeroporto, corri para todo lado quando avistei os amigos dele.

Fui ao encontro deles e perguntei por Jungkook.

Um dos rapazes me olhou preocupado e disse.

- Ele se lembrou de quem era e saiu correndo a alguns minutos atrás, acho que ele voltou para Seul.

 

 

Eu sou muito instável, sempre mudando

Eu ainda não sei quem eu sou

Mas você está lá pra mim

Eu sei que você se preocupa.

 

Quando a vida fica difícil

Eu sempre posso correr pra casa

 

Não importa o quanto eu sou inconstante

Você sempre me amará

Às vezes posso ser selvagem

Mas eu sempre serei o seu amor

E sempre serei seu menino.