1. Spirit Fanfics >
  2. Butterfly >
  3. Amar é...

História Butterfly - Amar é...


Escrita por: crazylovevk

Notas do Autor


Gente, mais um capítulo. Sempre que eu puder vou atualizar assim rapidinho. Então boa leitura, e obrigada aos favoritos, vocês me motivam a continuar escrevendo.

Capítulo 8 - Amar é...


Fanfic / Fanfiction Butterfly - Amar é...

O verdadeiro amor é aquele que permanece sempre, se a ele damos tudo ou se lhe recusamos tudo.

Finalmente entendi o que significa o verdadeiro amor... Amor quer dizer se importar mais com a felicidade da outra pessoa do que com a sua própria. Não importa o quão dolorosas sejam as escolhas que você tiver que enfrentar. Pois nossa felicidade passa a ser através do sorriso daquele que amamos.

 

 Jimin

 

Estava me sentindo estranho, meu corpo parecia anestesiado, não, pior, parecia que eu estava fora de meu corpo, pois me sentia como se estivesse flutuando. Eu podia ouvir de forma confusa as vozes de pessoas que se aproximavam de mim, e depois se afastavam. Como eu não podia vê-las, concluí que estivesse dormindo e isso fosse apenas um sonho.

A última coisa de que me lembrava, era de ter saído cambaleando de casa e cair na calçada do outro lado da rua. De repente senti mãos me erguerem e me colocarem sentado. Por mais que eu tentasse, não conseguia enxergar o rosto de quem me ajudava, ficava embaçado, já que eu sentia que perderia minha consciência a qualquer momento, e foi o que aconteceu.

Eu tinha combinado de sair com Jungkook, pois ele estava preocupado se eu estava indo às reuniões de dependentes químicos, queria ir também para me dar apoio moral. E eu sempre quero tê-lo ao meu lado, mesmo sabendo que o interesse dele por mim não seja nada além de um amor fraternal.

Apesar disso, ter sua companhia realmente me dá forças, então achei ótimo que ele me acompanhasse para que eu tivesse coragem de encarar meus problemas.

Naquela manhã, levantei-me cedo e depois de um rápido banho me troquei e fui tomar meu café. Antes que tivesse terminado minha refeição, ouço alguém tentando abrir a porta e depois vejo meu pai escancarando-a e entrando tropeçando nos próprios pés, sem se preocupar em fechar a porta novamente.

Ele sentou-se no sofá, e ali ficou por algum tempo, como se tivesse dormido. Achei melhor não dar sinal de que estava por ali, o observando, não queria chamar sua atenção para mim. Então coloquei minha louça na pia, e saí na ponta dos pés em direção a meu quarto. Porém para isso, eu tinha que atravessar a sala, e foi nesse instante que por infelicidade minha, ele resolveu abrir os olhos. Deu-me um sorriso arreganhado, como se estivesse feliz em me ver, e ergueu-se sentando ereto no sofá.

- Jimin, venha até aqui.

Paralisei no lugar, olhando para ele já amedrontado, pois eu já sabia o que viria a seguir. Ele insistiu:

- Jimin, não estou com paciência para sua desobediência, venha aqui agora.

Olhei para o chão, fechando os olhos e respirando fundo e em seguida, olhei para ele novamente. Fiz menção de correr em direção a meu quarto, quando sinto sua mão segurando meu braço. Senti meu corpo estremecer, e ele me lançou com toda força ao chão. Não sei como ele foi capaz de me alcançar e muito menos como teve força para me lançar daquela forma ao chão. Só tinha uma explicação, ele só poderia ser o próprio demônio.

Ele veio em minha direção, levantando-me pelo colarinho da camiseta e deu-me um soco, que quase deslocou meu maxilar. Olhei-o assustado, meus olhos já cheios de lágrimas.

- Papai, por favor não faça isso. – Levantei minhas mãos tentando proteger meu rosto. Ele continuava a me socar, e cuspi sangue, tossindo por estar engasgado com o mesmo. Depois ele me ergueu completamente e lançou-me contra o rack onde quase derrubei o televisor. Não contente, agarrou-me e lançou-me na parede. Gemi alto pela dor que senti em minhas costelas, e estava certo de que havia quebrado algumas. Ele continuou me surrando por um bom tempo, quando de repente se desequilibrou e caiu ao chão. Levantei do chão rapidamente e cambaleando indo em direção a porta da rua.

Aproveitei que já estava aberta e saí para a rua. Foi quando encontrei meu salvador.

Jungkook havia me socorrido num momento em que achei que não teria mais chance. Então suspirei aliviado, chamando seu nome.

- Jung- kook... -  Nunca fiquei tão feliz em sentir um brilho queimar meus olhos, parecia ser produzido num objeto de metal, que depois identifiquei como sendo uma correntinha com uma caveira no pulso de Jungkook. Sorri feliz, apreciando a peça e logo senti meus olhos pesarem e deixei que se fechassem.

 

************************************

 

Abri levemente meus olhos, e vi uma luz branca acima no teto. Pisquei algumas vezes, e depois olhei ao redor, vendo Jungkook sentado numa cadeira ao meu lado.

Tentei chama-lo, porém minha voz não saia. Tentei novamente, e ele saiu quase como um ganido:

- kookie ~

Ele levantou a cabeça surpreso, parecendo ter ouvido meu sussurro, e levantou-se vindo em minha direção.

- Jimin, você acordou – Segurou minha mão com as suas a apertando e sorrindo feliz. Sorri de volta para ele, e apesar de estar sentindo meu corpo doer como se tivesse sido atropelado por um trem, sentia-me feliz por vê-lo ali ao meu lado.

- Jimin, você não sabe como fiquei preocupado, quando você não apareceu em nosso encontro, eu fiquei com medo que tivesse...  – Calei-o colocando meu dedo indicador sobre seus lábios, e ele ficou me olhando. Tossi para limpar a garganta e então disse:

- Não precisa dizer nada, eu estou muito agradecido pelo que fez por mim, e por ter você em minha vida.

Ele sorriu e beijou minha mão. Nesse momento ouvi alguém abrir a porta e Taehyung adentrar o quarto, me olhando preocupado.

Ele sorriu para mim, e veio em nossa direção, colocando sua mão sobre o ombro de Jungkook, que colocou sua mão sobre a dele em seu ombro.

Olhei aquela cena sentindo meu coração doer e olhei para o lado. Jungkook então se levantou vindo em minha direção, e beijou-me a testa.

- Vou sair do quarto agora para que você possa descansar mais um pouco.

Segurei sua mão com olhos suplicantes, então ele a apertou contra a minha, e beijou-a, sorrindo para mim em seguida.

- Eu voltarei para a gente continuar conversando.

Então ele saiu acompanhado de Taehyung, e eu fiquei ali, olhando para o teto e lamentando por ver que a cada dia, Jungkook estava mais envolvido com Taehyung e mais distante de mim.

Passados alguns minutos, ouvi novamente a porta se abrir, e não pude acreditar em quem meus olhos vislumbravam. Youngi adentrou, vindo em minha direção, e sentando-se de um lado da cama, disse:

- E aí quanto tempo. Estou feliz que tenha acordado, o Jungkook acabou de me contar. Ah, eu conheci ele aqui no hospital, ele é realmente uma ótima pessoa.

- Eu sei, ele vive me ajudando nos momentos que mais preciso.

Notei quando Youngi olhou para o chão sem graça e então segurei sua mão dizendo:

- Você também me ajuda muito, tenho muito o que agradecer, pois apesar de tudo, ainda veio aqui preocupado comigo.

Ele sorriu simpático, senti algo faiscar, doendo minha vista, então olhei para a direção do brilho, vindo do pulso de Youngi, e vi ali a correntinha de que me lembrava quando fui socorrido na calçada. Arregalei os olhos surpreso e perguntei:

- Por acaso estas correntinhas estão na moda e tudo mundo tem uma?

- Por que pergunta isso? – Disse ele franzindo o cenho.

- Porque o Jungkook tem uma igual.

Ele me olhou confuso e disse:

- Bom, eu não notei nenhum acessório desse tipo no Jungkook, acho que ele não tem um, ou então deixou em casa.

Fiquei um pouco intrigado, pois não achava que fosse necessário ele deixar em casa um acessório que costuma-se usar o tempo todo. Então perguntei a Youngi:

- Youngi, por acaso foi você que me encontrou caído na calçada naquele dia?

Ele respirou fundo e disse:

- Sim, fui eu, e eu notei que você esperava que eu fosse Jungkook, pois até me chamou por seu nome.

Olhei-o sentindo-me embaraçado e disse:

- Me desculpe Youngi, como faz muito tempo que não nos vemos, eu nunca iria adivinhar que era você.

- Está tudo bem, o que importa é que você agora acordou e já está se recuperando. Você é um lutador com tudo que vem enfrentado e ainda tem forças para se reerguer e continuar em frente.

Meus olhos já estavam marejados e então deixei que algumas lágrimas caissem. Sentia um carinho muito grande por Youngi, e tenho certeza de que seria muito feliz a seu lado. Porém ainda não me sentia pronto para entregar meu coração a outro alguém. Apreciava a paciência que ele tinha por ver que eu sofria por alguém que não me amava e ainda assim aceitava ser meu amigo.

Ele é alguém muito precioso para mim, a quem devo agradecer por ter conseguido sair do fundo do poço. Foi graças a ele, que me levou a força a um centro de reabilitação, que me livrei das drogas e sigo lutando dia após dia para recuperar meu amor próprio e minha confiança.

Sorri para ele demonstrando minha gratidão, e ele me sorriu de volta, porém de modo triste. Então olhou para o chão e disse:

- É, acho que agora já posso ir, você já está se recuperando, não preciso mais me preocupar. E com o Jungkook aqui, com certeza não precisa mais de mim.

E me olhou, eu apertei sua mão e disse numa súplica.

- Por favor, fique, não quero que desapareça novamente.

Ele sorriu e disse:

- Tem certeza que quer minha companhia.

- Tenho.

Ele abaixou-se beijando minha testa e em seguida me abraçou, e eu correspondi apertando mais o abraço.


Notas Finais


Até o próximo capítulo pessoal. bjs.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...