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História Butterfly - Recomeço


Escrita por: JuneEverden

Capítulo 17 - Recomeço


( Espelhos D'água - Patricia Marx )

Clarke e Lexa passaram um longo tempo conversando, sem acusações ou brigas. A empresária queria saber tudo o que pudesse sobre a filha, cada parte de Lexie era importante e ficou foi saindo da defensiva com a morena. Clarke percebeu queLexa queria mesmo ser mãe, mas sem anular o que a violinista era na vida da menina. 

– Quem esta cuidando da nossa menina agora?

– Lou, a babá quer dizer seu nome é Louise. Assim que Lexie, começou a pronunciar as primeiras palavras, ela não conseguia dizer seu nome e começou a chama-la de Lou e assim ficou ate hoje.Ela tem sido tutora e babá em tempo integral da Lexie e uma grande amiga. São ideias dela que sempre tire uns dias todo ano e venha para cá descansar. Nada de crianças ou concertos. E ela adoraria que eu deixasse o meu violino em casa também. É por isso que eu estou aqui.

– Então Lexie permanece em casa enquanto você esta em turnê?

– Isso é um interrogatório para saber se sou boa mãe Woods?

– Não Clarke. Desculpe-me não estou pensando direito são tantas coisas e sentimentos misturados. Depois de tudo que me contou não posso imaginar outra coisa a não ser que você é a melhor de todas as mães.

– Tem momentos que tudo é difícil e complicado as turnês são cansativas. Quando as viagens são curtas Lexie e Louise viajam comigo... Caso precise ficar mais tempo viajando elas ficam em casa, tento fazer de tudo para que ela tenha uma vida, mas normal possível. Mas não queria e nem podia desistir da minha musica.

– Claro que não! – Lexa colocou a mão ao redor da cintura de Clarke. A violinista a fitou.

– Por incrível que pareça Lexie tem o meu temperamento.

– Musical? – A morena perguntou sorrindo.

– Ela não consegue tocar uma nota si quer. Mas ama livros e não faz outra coisa a não ser ler desde que aprendeu a ler. Já escreveu umas dez historias diferentes.

– Então ela herdou isso do meu pai. Ele administrou uma editora por anos ate se aposentar e hoje escreve romance.

– E o que vamos fazer agora Lexa?

– Uma coisa de casa vez Clarke. Primeiro vou para casa e descobrirei o que aconteceu com as cartas. Você volta para sua casa e conta a nossa filha sobre mim. E depois eu e ela iremos nos conhecer, se ela quiser é claro.

– Você fala isso como se fosse à coisa mais fácil do mundo. Eu não sei o que temos você não quer um relacionamento, foi o disse. Eu também não quero me envolver com ninguém nesse momento nada de namoro ou casamento. Mas temos uma coisa em comum uma filha. Maternidade requer compromisso... E me parece que você tem fobia a compromissos.

– Não posso ignorar o fato de que sou mãe. Lexie existe e tenho responsabilidades com ela querendo ou não. Assim como você assumiu ela eu quero ter a chance de ama-la. – Depois Lexa franziu a sobrancelha e perguntou.

– O que você tem contra casamentos? – Clarke se livrou dos braços de Lexa e respondeu.

– Eu não tenho tempo para isso.

– Esta ocupada demais sendo uma violinista famosa e mãe solteira.

– Não nessa ordem, mas é exatamente isso.

– Se você se cassasse não seria mãe solteira.

– Muito engraçado Alexandria Woods, mas quer-me dizer como vamos lidar com toda essa situação? E nos duas? Basta nos olharmos e já enlouquecemos. Lexie é inocente, confia nas pessoas. Não posso ter um caso com você não com ela por perto.

– Esta, certíssima. Vou visita-la quando você não estiver em casa.

– Lexa, preciso que leve isso a serio, vamos ter laços por anos. Não percebeu isso?

– Isso não nos impede de cada uma levar sua vida tranquilamente.

– Quando nos conhecemos pela primeira vez, estamos mascaradas e fantasiadas, cada uma de um lado de um salão repleto de pessoas. Mas de cara nos sentimos atraídas. E agora estamos brincando com fogo Lexa.

– Lexie existe Clarke e eu preciso conhecê-la.

Já exausta de toda aquela conversa e de tentar argumentar com Lexa, ela se apoiou a mesa. Então se Lexa fosse mesmo conhecer sua filha seria nos seus termos na fazenda que era o lar da garotinha e onde ela se sentia segura.

– Vamos marcar uma data... Esta com sua agenda em mãos? O que acha de uma data na semana que vem? – Indagou Lexa.

– Estarei tocando em Viena com Bellamy Blake daqui uma semana. – Blake era um pianista inglês, com a péssima reputação de tentar levar todas as mulheres para sua cama.

– Você e ele tem algo?

– Isso não é da sua conta Lexa. Você não acabou de dizer que somos livres para vivermos nossas vidas?

– Blake levou metade das mulheres da Europa para cama. E não quero esse tipo de homem perto de minha filha. – Lexa bufou demonstrando todo seu ciúme.

– Eu não tenho nada ver com a vida particular dele. Apenas sei que ele é musico maravilhoso.

Lexa perdeu a paciência e agarrou Clarke com força a tomando em seus braços, beijou a loira como se fosse à única mulher no mundo inteiro. Todas as curvas daquele corpo, a doçura da boca, tudo lhe era tão familiar, tão apaixonadamente desejado... Clarke não impediu que Lexa aprofundasse o beijo e correspondeu na mesma intensidade. Os quadris sem encontraram em dança erótica. Então a raiva e ciúme tomaram conta de Lexa novamente e ela disse.

– Ele te beija assim? E como pode se derreter nos braços assim e dizer que tem algo com aquele Blake?

– Eu não disse nada Lexa. Você afirmou isso. – Clarke respondeu ofegante. A morena resolveu mudar de assunto.

– Quando vou poder conhecer nossa filha.

– Eu vou lhe dar a permissão quando você descobrir o que aconteceu com as cartas. E depois de você assimilar toda essa historia e que agora você é mãe e as implicações que isso lhe impõe. Lexie tem vivido em seu mundo perfeito por sete anos. Não posso permitir que entre e saia da vida dela quando sua agenda sempre estiver ocupada. E preciso saber quem desejava o mal dela de tal forma que interferiu em nossas vidas Lexa, eu só quero proteger nossa garotinha. Não quero que ela se magoe.

– Você tem esse direito, mas se me negar à chance que vê-la eu vou te odiar para sempre Clarke!

– Por Deus se acalme, eu não disse isso. Não interprete as coisas como quer, sei que você é vitima também em toda essa confusão. Então vou lhe dar meus telefones, inclusive o meu celular. Poderá entrar em contato diretamente comigo depois que eu voltar de Viena. Quando tiver provas concretas sobre as cartas, conversamos novamente.

– Só quero que passe a ver as coisas pelo meu ponto de vista Clarke, só uma vez se coloque no meu lugar. Oito anos, atrás quando estava devastada por terem me tirado minha filha e o homem que eu amava. Passei quase um ano tentando encontra minha menina sem sucesso. Quando te encontrei em Paris você foi meu alento no meio de tanta dor e do nada eu te perdi também. Fui convencida que você tinha me abandonado, traindo o nosso amor em Paris por ignorar as consequências que viriam a seguir. A ferida foi profunda demais Clarke. Eu sei que você enviou as cartas. Confio em você. Porque não pode fazer o mesmo comigo?

– Eu quero confiar. Mas eu preciso de garantias, preciso que assuma um compromisso verdadeiro em relação a ela. E ainda não tenho certeza se é capaz disso. Eu prometi a Liza que ia manter Lexie segura e preciso cumprir isso.

– O compromisso foi selado. No momento que vi os olhos de Lexie, não tive escolha eu já sabia que ela era minha.

– Vou tocar com Ivo Hamburgo, em dois dias depois irei para Viena. Em seguida, voltarei para casa. Ligue-me em quinze dias e voltamos a falar sobre tudo.

– Tudo bem, eu vou aceitar os seus termos. E vou lhe provar o quanto amo Lexie sem ao menos tê-la conhecido ainda.

– Quando você deixa a ilha?

– Amanhã de manhã. – Lexa tirou do bolso um pedaço de papel e escreveu seu numero e e-mail.

– Pode me mandar essa foto de Lexie?

– Sim eu posso. – Clarke respondeu tocada pelo pedido.

– Obrigado por me entender Clarke. Cuide-se. – disse Lexa e foi embora.

O jatinho dele ainda não podia chegar à ilha naquele dia ou teria partido imediatamente para ficar longe de Clarke. Era esse o acordo e Lexa estava disposta a tudo pela filha.

(...)

Ao amanhecer era o momento favorito de Clarke durante todo o dia. Todo aquele frescor, a ilusão de um novo começo, o florescer da esperança como sol que rompia no horizonte.

Aquela era a ultima manhã de Lexa na ilha, e Clarke se sentia triste. No dia anterior quando deixara Lexa ir embora de seu chalé tinha estudado ate ficar mais confiante na cadência de Brahms. Tinha feito sua refeição no pátio tentando se convencer que estava tendo a solidão e a paz que ela tanto suplicara.

Ate dormira. E não havia motivo para se sentir tão desafinada e desconcentrada. Clarke sempre mantivera o controle da situação, no dia anterior, insistindo que Lexa concordasse com seus termos. A verdade era quase mantivera o controle. Aquele beijo que Lexa tinha lhe roubado não contava. E não tinha duvida que aquela, tinha sido a razão pela qual acordara tão cedo naquela manhã. Não conseguia esquecer aqueles lábios vermelhos e muito menos aquele beijo. Ao levantar tinha decido que precisava se acalmar e resolveu ir nadar. Agora flutuava na água salgada, tentando esvaziar a mente de qualquer pensamento, exceto da beleza do cenário que cercava no momento.

Ela se sentia melhor com Lexa indo embora. Mantenha esse pensamento em mente Clarke, era isso que a violinista fazia a cada quinze minutos depois, enquanto caminhava pela praia em direção ao chalé, tirando sua toca e sacudindo os cabelos loiros. De repente o coração de Clarke acelerou. Lexa vinha em sua direção na praia. Ela usava um biquíni azul marinho e carregava uma tolha nos ombros.

Não a tinha visto. Então como se percebesse que Clarke a observava a morena olhou na direção de Clarke. O sol batia em seus olhos. Lexa levantou uma das mãos, tentando impedir que a claridade chegasse aos seus olhos e ela pudesse ver melhor. Quando se deu conta que era mesmo Clarke caminhou em sua direção. O coração de Clarke se acelerou a cada batida mais forte. Os pés pareciam ter grudado na areia. Não conseguia mover um músculo. E quando Lexa se aproximou, Clarke notou que atadura não estava mais lá. A cicatriz atravessava as costelas. Lexa poderia ter morrido, se a bala tivesse atingindo dois centímetros á, e ela nunca mais a veria. Tal pensamento aterrorizou a violinista e ela foi rapidamente ao encontro dela.

Para Lexa, Clarke parecia uma deusa do mar no maiô de turquesa. O olhar confiante e a graciosidade no modo que ela andava fazia seu coração parar dentro do peito. Ela queria seguir na direção oposta, mas seu coração a impulsionava para frente e foi isso que ela fez. Clarke era seu destino ao havia como negar isso e todos os caminhos levavam ate ela. Então Lexa a alcançou. Com a mesma confiança, Clarke lançou os braços ao redor do pescoço da morena, levantou a cabeça olhando no fundo dos olhos dela e a beijou na boca. Sem medos nem reservas Clarke Griffin seria de Lexa Woods uma vez mais.

 


Notas Finais


Será que agora vai? Me conetem suas teorias nos comentários hahaha. Até!


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