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História Butterfly - Familia


Escrita por: JuneEverden

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 23 - Familia


( Thinking Out Loud - Ed Sheeran ♪ )

Após alguns longos minutos na pista dançando Lexa começava achar melhor levar Clarke de volta a mesa. Clarke estava leve e sorrindo feito uma boba e isso agradou bastante Lexa, vendo a loira mais solta.

– Nossa comida chegou. – Avisou a empresaria. Clarke girou nos braços de Lexa dizendo.

– Então me leve ate lá. Lexa sorriu diante do pedido da violinista, mas ela agarrou Emma firme em seus braços e a conduziu ate lá. Já de volta a mesa Clarke se deliciava com o ensopado e os bolinhos cozidos, tudo acompanhado por boas doses de cerveja.

– Huuum... Que delicia. – Comentou a loira, lambendo o garfo de forma sensual.

– Quero a sobremesa agora. Apfelstrudel. Folhado de maçã com creme e uma bela taça de vinho Riesling para poder acompanhar tudo.

– Uma mulher de apetites exagerados. Em resposta Clarke pegou Lexa desprevenida e beijou sensualmente comentando em seguida.

– Bolinhos cozidos, cerveja e Lexa Wodds, me parecem ótimos saborosos e gostos. – Tudo nessa mesma ordem?

– Hoje à noite sim.

– Então é assim que Clarke Griffin sempre relaxa depois um concerto?

– É claro que não, eu sempre volto para hotel e caminho de um lado para outro lado pensando em todos os erros que cometi. E isso aqui agora com você é bem mais divertido. O som do momento no local era Pink Floyd.

– E claro que aqui não toca Brahms.

– Então podíamos dançar de novo.

Lexa logo pediu a sobremesa e a garrafa de vinho escolhida por Clarke. E desta vez foi ousada e tomou Clarke diversas vezes na pista de dança lhe beijando a boca de modo faminto e desesperado e a violinista respondeu da mesma forma. Elas conversaram sobre diversos assuntos ao longo da noite, Clarke bebeu boa parte do vinho, falou sobre sua carreira e de o quanto ela a consumia sua vida pessoal. Descreveu diversas situações cômicas em que esteve ao longo dos anos em sua carreira como trabalhar com maestros autocráticos e pianistas temperamentais, mas não falou nada sobre Lexie. Logo Clarke fez um sinal ao garçom pedindo licor de mente. Lexa estremeceu. Agora, ela bebia um café forte, e somente uma das duas estava sóbria e não se tratava de Clarke.

– Acho que esta na hora de ir Clarke. E eu devería te levar de volta ao hotel. Já esta tarde.

– Mas esta cedo, e eu viajo para Hamburgo somente ao meio dia.

– Você e sua ressaca Griffin.

– E eu estou bêbada por acaso?

– Sim você esta e provavelmente terei que te carregar.

– E é tudo culpa sua Woods.

– Minha?

– Sim. Porque não tenho a menor ideia de como lidar com você em minha vida.

– Bem vinda ao clube Griffin.

– Mas tenho admitir que você, é uma graçinha morena. Lexa sorriu e pensou Clarke Griffin sóbria nunca usaria as palavras, morena e graçinha na mesma frase e aquilo era bem fofo e engraçado.

– Obrigado pelo elogio Griffin.

– Mas não gosto nem um pouco da sua família... E toda vez que lembro o que sua mãe fez, da dor que me casou no mínimo ela deve ter feito isso achando que eu queria colocar as mãos na fortuna dos Woods... Não vou ficou nem um pouco furiosa com ela por ter feito isso com nossa filha?

– Na verdade cortei qualquer tipo de relação com ela Clarke.

–E tudo que vai fazer sobre isso?

– Você me acha uma insensível não é? Mas é tudo que posso fazer no momento, ainda há tanta coisa que quero descobrir sobre toda historia. E eu não suporto a ideia de pensar que você esteve sozinha com um bebê achando que eu não dei a menor importância, nem ao menos para procurar saber o que ela era minha. Por Deus não pense isso, eu não sou assim Griffin.

– Eu disse sem pensar. Desculpe-me esta bem.

– Tudo bem, mas agora chega de bebidas para você por hoje. Agora apenas café.

– Ugh... Café a essa hora da noite?

– Sim Clarke e sem açúcar para você. E esta na hora de ir embora.

– Não seja má Lexa. E eu estou tentando seduzi-la. Já que único lugar que não fico confusa é quando estamos na cama.

– Eu penso da mesma forma.

– Adoro o que fazemos na cama morena.

– Eu também Griffin.

– Então porque ainda estamos aqui sentadas? – Lexa levantou sorrindo pagou a conta e pegou Clarke nos braços ela estava cambaleando e não conseguia ficar de pé sozinha.

– Lexa gostaria que desligasse essas luzes que ficam piscando na minha frente. Deixam-me tonta. Faz parar morena e juro que serei uma boa garota.

Lexa presumiu que a cerveja e o vinho tinham alguma relação com aquela tontura e as luzes que Clarke estava vendo. Então colocou a mão e um dos braços ao redor da cintura da violinista e a conduziu á saída. Já do lado de fora chamou um taxi. Clarke definitivamente não estava em condições de andar. E dentro do taxi no banco de trás a loira colocou a cabeça sobre um dos ombros da empresaria e adormeceu por lá. Lexa pensava que nenhuma mulher com tinha saído, antes tinha bebido tanto. E nenhuma delas demonstrara tanta coragem na frente de uma plateia de dois mil pessoas. Ou que fizera amor, de forma tão selvagem e impetuosa, somente Clarke, a sua Clarke. Quando finalmente chegaram ao hotel, Clarke estava pálida.

– Não deveria ter bebido aquele licor. – Clarke murmurou e correu para o banheiro. Colocando para fora tudo que tinha comido durante a noite.

Lexa a ajudou como pode e depois procurou uma roupa confortável para a loira achou uma camisola rendada em baixo do travesseiro dela. Queria vê-la usando aquela camisola um dia e depois despi-la pensou. Porém aquela não seria a noite. Quando voltassem a fazer amor, queria que Clarke estivesse acordada e consciente do que estivesse fazendo. Lexa foi ate escrivaninha próxima da cama procurou papel e caneta e escreveu um bilhete e colocou na mesinha de cabeceira. Clarke retornou do banheiro e caiu nos braços da empresaria e disse.

– Seus olhos são da mesma cor dos da nossa filha. Agora apague essas malditas luzes e venha para cama comigo.

Lexa a despiu. A lingerie de seda preta que Clarke usava a deixo louca e teve que fazer uma enorme esforço para resistir a tentação. Livrou-se do sutiã e fez Clarke vestir a camisola. Quando a deitou na cama percebeu que Clarke começava a fechar os olhinhos. Depois lhe tirou a meia calça e cobriu com o cobertor e lhe beijou a testa.

– Durma bem minha querida borboleta. Porém Clarke já tinha adormecido.

(...)

Às nove da manhã do dia seguinte, uma batida constante a porta fez Clarke acordar de forma brusca, o que deixou a loira completamente de mau humor. Ela se levantou resmungando e foi atender a porta verificou o olho mágico, mas algo dentro dela já lhe dizia quem era. Ela abriu a porta e constatou suas suspeitas.

– Bom dia. – Lexa disse entrando sem ser convidada e lhe entregando o jornal em seguida. – Já viu isso Griffin?

– Sim Lexa eu já vi. Já aconteceu outras vezes é só fofoca de algum jornalista que não tem o que fazer, eles querem vender jornal apenas isso. Depois o burburinho acaba não se preocupe.

Na primeira pagina do jornal do tabloide uma foto colorida estampava a capa com Bellamy Blake beijando Clarke Griffin e frases insinuando que ele era o pai de Lexie, e o que deixou Lexa possessa. O pai de sua filha nem mil anos seria Blake, Lexie era filha de Joshua e nenhum jornal podia contestar ou afirmar o contrário.

– Como assim não me preocupar Clarke? É sobre minha filha que estão falando nesse merda de jornal. Uma impressa sórdida e você me diz que se importa?

– Lexa me poupe desse sermão logo pela manhã. Estamos na Áustria e não em Nova York. Ninguém em casa vai ler isso. – Clarke respondeu desejando que a dor de cabeça fosse embora. Pensou nunca mais iria beber licor de menta. E violinista tentou amenizar o clima e mudou de assunto.

– Mas as criticas em relação ao concerto foram boas não?

– Eu não vou tolerar esse tipo de fofoca com nome de minha filha Emma. Lis é filha de Daniel e não daquele, sócia de popstar adolescente ridículo.

– Não entendo o porquê dessa irritação toda? O problema é meu e não seu. Perante todos eu sou a errada, e mãe solteira e não você.

– Como não é problema meu ela minha filha também... Não acha que esta na hora de admitir isso? E vou conhecê-la querendo você ou não. Estou farta de você me enrolar sobre esse assunto.

Lexa tinha visto o pai ser destratado, assim várias vezes por sua mãe e não iria deixar Clarke fazer o mesmo que com ela. Lexie era muito importante para ela. Essencial em sua vida a morena pensava e se perguntava como o instinto maternal podia ter aflorado tão fortemente.

– Vamos ver então, as coisas não são como você quer Lexa Woods.

– Não tente me impedir Griffin. Ou vai se arrepender se fizer isso.

– Esta me ameaçando é isso?

– Estou apenas lhe dizendo verdade que você se nega a admitir desde que nos reencontramos Clarke.

– Você esta se esquecendo de que Lexie tem o direito de opinar também, não se trata só de você Lexa e como você se sente. Lexie tem o direito de decidir se quer ou não conhecer você, já pensou sobre isso? E quanto a essa matéria de merda esta exagerando. – Clarke disse cutucando o jornal com os dedos. Por um instante a morena refletiu as ultimas palavras de Clarke. Lexie merecia sim o direito de opinar, ela era uma criança esperta pelo que Clarke lhe contara e entendia a situação.

Mas isso lhe gerava certo pânico e se a menina não quisesse conhecê-la? E se ela já estivesse feliz com mãe adotiva? E isso lhe bastasse. Eram tantos e se... Que Lexa decidiu ter calma mesmo ela sendo mãe da menina ela precisaria ter paciência e fazer como Clarke estava lhe pedindo.

– Ainda sim é insustentável... O nome de uma criança de sete anos manchado estampado na primeira pagina do jornal barato.

– E o quer que eu faça Lexa? Devo me casar com Bellamy Blake apenas para manter a impressa calada? Lexa perdeu a compostura avançou sobre Clarke praticamente berrando.

– Não nem em mil anos eu permitiria você se casando com aquele homem. Em vez disso case-se comigo Griffin.

As palavras dela ecoaram na cabeça da empresaria naquele momento. Será que ciúmes lhe fizera perder a cabeça? Porque tinha dito aquilo? Não queria se casar com Clarke. Não queria se quiser com ninguém.

– Não diga besteiras Alexandria Woods, você não quer se casar comigo. Então não obrigada.

De certa forma Lexa se sentiu mal, porque Clarke tinha ter respondido tão rápido? Será que Lexa significava tão pouco para ela que nem um pedido de casamento a faria piscar?

– Tenho que concordar com você. Não quero me casar. E essa foi uma péssima ideia!

– Esquece isso, tenho certeza que a resposta tivesse sido sim, você correria para aeroporto agora mesmo.

– E realmente o que farei agora... Mas vou te ligar no dia 15 como combinado e iremos acertar tudo para meu encontro com nossa filha. E espero que ela fique sem saber da merda desse jornal. – Comentou Lexa, atirando o jornal na cama.

– Eu a protejo do lixo do mundo o máximo que posso Lexa. Mas eu não sou onipotente. Existem coisas ruins no mundo e um dia todas as crianças perdem a inocência. Assim como aconteceu com você um dia. Oh me desculpe não queria dizer isso... – Sussurrou Clarke. Mas o mal já estava feito.

– Eu espero que tudo ocorra bem em Hamburgo.

Irritada e chateada sem ao menos entender o porquê de tudo, Lexa beijou Clarke como se despedisse e fizesse aquilo há anos e em seguida foi embora batendo a porta. Iria para casa atrás de sua irmã buscar o resto das respostas que ainda faltavam na historia toda.

(...)

Em casa e com endereço que seu pai havia lhe dado Lexa foi atrás de Alicia, esperando que ela a recebesse bem. Era um apartamento próximo ao central parque o local era conhecido. Lexa entrou subiu ate o andar marcado no papel parou diante da porta e como se tudo fosse automático simplesmente bateu a porta e esperou depois. Quando a porta se abriu Lexa teve uma surpresa uma ruiva de olhos azuis e muito simpática atendeu a porta com sorriso grande nos lábios como se já soubesse quem ela era.

– Olá Lexa há bastante tempo que espero uma visita sua. Na verdade desde que meu padrinho Alexander me contou quem ele era na verdade. - Alicia disse e convidou a morena para entrar.

A morena adentrou o apartamento ainda sem saber o que viria a seguir. Alicia pediu que Lexa se sentasse e perguntou se ela queria beber algo ainda sem jeito a morena aceitou um café, talvez ela precisasse porque a conversa seria longa, e de grandes emoções.

– É estranho porque parece que você já me conhece há muito tempo, mas eu não sei nada sobre  você e somos irmãs. - Lexa finalmente falou algo e recebeu um sorriso da irmã.

– Fique calma Regina teremos muito tempo para conversar e irei esclarecer todas as suas duvidas. Sei que você veio aqui também atrás respostas sobre Joshua.

 Alicia serviu o café e sentou e elas engataram uma conversa animada, primeiro as lembranças da infância e coisas bobas as irmãs iam se conhecendo pouco a pouco e não havia magoas nem ressentimentos. Elas sabiam que a convivência havia lhe sido negada por Katharine e elas apenas tinham sido vitimas e mãe sem amor e amarga.

– Você sente curiosidade em conhecer nossa mãe? - Lexa perguntou.

– Não Lexa eu já tenho uma mãe e ela é uma mulher incrível. Katherine foi apenas à mulher que me colocou no mundo, mas nunca fui minha mãe. Desculpe falar assim, mas é como eu me sinto.

– Não se desculpe, eu entendo você. E eu fico feliz que família boa cuidou de você, vejo que se tornou uma mulher integra e uma boa pessoa Alicia. – A ruiva sorriu pela observação da irmã.

– Você quer que lhe conte o que sei sobre Joshua e como o encontrei?

 - Eu seria muito grata se pudesse me contar o que sabe. A conversa seguiu de forma tranquila e Lexa finalmente soube a parte que faltava na historia.

(...)

– Vamos ver os narcisos, mãezinha. E depois quero ver meus patinhos.

– Certo meu amor. - Disse Clarke sorrindo para a filha.

Lexie estava usando botas novas e uma capa impermeável com chapéu. Clarke pegou a própria capa, que estava pendurada e um guarda chuva. Depois as duas saíram de casa para o passeio. Clarke respirou fundo, sentindo o cheiro de terra molhada, folhas novas e a promessa da primavera. Se ao menos pudesse se deleitar com isso sem ter se preocupar com os problemas. Mas não podia tinha que contar a filha sobre Lexa e não sabia por onde começar. Lexa não iria embora não dessa vez. Tentando achar a coragem que precisava, esperou ate que as duas estivessem ajoelhadas pegando narcisos que floresciam por entre as bétulas. A chuva caia sobre o guarda chuva.

– Lexie mamãe têm novidades.

– Passei na prova de matemática? – A violinista riu da filha e respondeu.

– Você tirou A em inglês, é tudo que eu sei. O que tenho para lhe contar é outra coisa.

– Não esta doente como a mãe da Ariel esta?

– Não meu amor mamãe esta bem... Eu conversei com mãe da Ariel ontem e ela vai sair do hospital em breve não se preocupe com isso. E isso é uma boa noticia. O que tenho para lhe conta é sobre outra coisa. Tem a ver com sua mãe biológica.

A menina parou o que fazia e olhou para mãe estática.

– O que tem minha outra mãe, mãezinha? Ela quer me conhecer?

 

 


Notas Finais


Não esqueçam se me dizer o que acharam nos comentários. Até!


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