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História Butterfly - Me deixe entrar


Escrita por: JuneEverden

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 30 - Me deixe entrar


Fanfic / Fanfiction Butterfly - Me deixe entrar

 ( Stay – Rihanna ♪)

Lexa deixou o camarote e foi direto ao escritório do gerente saber noticias de Clarke. Ao chegar encontro o homem já saindo e lhe pediu um favor.

– Será que poderia entregar esse bilhete a Senhorita Clarke Griffin? – Ela perguntou e entregou o papel dobrado ao homem, e embaixo do envelope uma nota de cinquenta dólares.

– Certamente, senhora. Será um prazer.

Lexa agradeceu ao homem e saiu em direção à saída para pegar um taxi e voltar ao seu hotel. O próximo passo deveria ser dado por Clarke. Queria que sua borboleta viesse ate ela por vontade própria ou ela teria que tomar providencia mais serias. A empresária tomou um banho quente demorado trocou de roupa e ser serviu de drinque para relaxar. Sabia que recepção após o concerto iria demorar.

Tudo que ela teria que fazer seria esperar. Lexa se questionou quando foi que sentou em quarto de hotel e esperou por alguém? Jamais e somente Clarke Griffin era capaz de fazer com que ela agisse assim. Os minutos passavam. Com controle remoto as mãos Lexa foram pulando de canal para ver se achava algo interessante que pudesse distraí-la enquanto esperava por Clarke. Depois de tempo desistiu da tv era quase meia noite, será que Clarke não recebera o bilhete ou não viria mais? O telefone tocou e a tirou do transe. Lexa atendeu, dizendo.

– Sim.

– Sou eu Lexa, Clarke. Estou no saguão.

– Suíte 108. Pegue o elevado ate o ultimo andar.

– Está bem, estou subindo agora. - Disse Clarke desligando o telefone em seguida. Por um momento Clarke cogitou a possibilidade de não subir ficou ali parada admirando a decoração. Sabia onde terminariam se fosse ate a suíte de Lexa. Mas não era isso que ela queria? Se não era porque estaria ali? Era uma luta contra desejo e a razão. Então o desejo ganhara e ela seguiu em direção ao elevador. Quando ia bater a porta, Lexa abriu a porta como se pressentisse que ela já estava ali.

– Entre. Você se molhou com a chuva?

– Não o taxista me protegeu com o guarda chuva. E depois estacionou embaixo do toldo do hotel.

– Isso é bom, gostaria de beber alguma coisa?

– Não obrigado. Não depois da ressaca que fiquei em Viena.

– Então gostou do concerto?

– Sim. E você Lexa?

– E como não poderia ter gostado, se você tocou só para mim minha borboleta.

– Na verdade aquela sonata se chama borboleta. Compus pensando em nossa noite em Paris, e era outra forma de lhe dizer que a amo Alexandra Woods.

– Acha que sou tão cabeça dura que não ia perceber isso? Eu senti cada nota Clarke. Eu a ouvi, o amor, desejo e as lagrimas.

– Não posso ser de outra forma, não posso me transformar em outra mulher Lexa. Sou quem sou. Sou impaciente, apaixonada, intransigente. Não pode me amar dessa forma?

– Eu jamais pensei que fosse voltar a sentir o que estou sentindo Clarke. Para mim o amor nunca teve serventia ele apenas me magoou e me fez sofrer.

– Eu não sou igual às outras pessoas que estiveram em sua vida.

– E diferente... Eu não quero e nem queria me apaixonar por você!

– Não ira se apaixonar por mim? É isso que esta dizendo?

– Não foi isso que eu disse Clarke. Quero dizer que antes de dizer o que sinto de verdade para você, eu preciso consertar as coisas aqui dentro de mim, mas isso não quer dizer que não tenha me apaixonado por você ou não a ame Clarke Griffin. Só me dê um tempo para poder admitir sem medos.

– Sendo assim não vou me casar com você antes de você resolver essa confusão sentimental que esta vivendo.

– O que é isso? Uma batalha para medir quem tem mais força ou resistência?

– Não, do jeito que tudo esta agora, somos todas perdedoras. Eu, você e nossa filha.

– Esta jogando sujo Griffin. Mas acho justo, você merece tudo e nossa menina também você merece que esteja completamente com você e não aos pedaços.

– É tudo que eu espero de você Woods.

– Mas agora eu não queria brigar, quero fazer amor com você.

– Eu também.

– Isso é muito melhor que discutir.

– Então nem mais uma palavra apenas me leve para cama. Faça amor comigo, me faça esquecer tudo. Sem problemas ou duvidas.

Lexa agarrou pela cintura e oi conduzindo a loira ate a cama. Lá a deitou e se jogou sobre ela.

– Você me deixa louca Griffin. - Murmurou a empresaria.

Depois beijou Clarke, as línguas se entrelaçaram. Clarke a mordiscou lhe os lábios, uma dorzinha que serviu para deixar Lexa em grande estado de excitação. Clarke se contorcia em baixo da morena, boca e mãos tão famintas que Lexa perdeu qualquer tipo de delicadeza. Então puxou o zíper do vestido de Clarke a despindo. Os seios nus, o tecido sobre os quadris... Será que um dia, Lexa se daria por satisfeita mesmo tendo Clarke inúmeras vezes? Claro que não ela concluiu lhe tirando os grampos do cabelo, jogando-os no chão, de forma que a cabeleira se espalhasse como cetim dourado pelo travesseiro.

Os olhos azuis enevoados de desejo. As unhas de sua borboleta lhe arranhavam as costas, os dentes mordiscavam um ombro, enquanto Lexa lhe maltratava os seios com mordidas leves e algumas chupadas. Clarke era a parceira que combinava com ela de todas as formas, desejo com desejo como em dança primitiva onde somente o prazer predominava. Saboreando, provocando, despertando tudo que tinham dentro de si. A morena queria viajar por cada centímetro do corpo da violinista. Clarke era dela. E ela sabia que a amava, mas ainda não estava pronta para dizer aquelas palavrinhas a ela. Lexa agora acariciava Clake intimamente e lhe beijava o pescoço enquanto a loira estava perdida no prazer que a Lexa lhe proporcionava a cada toque.

E quando Clarke arqueou as costas Lexa a penetrou de forma suave mais profunda seus dedos indo e vindo causando aquela tortura insuportável. E quando clímax chegou Clarke ficou sem ar. Lexa se sentiu da mesma forma apenas por proporcionar tal prazer àquela mulher que tinha em seus braços, ela abaixou a cabeça, sentindo um frio úmido nas costas nuas. Não tinha a menor ideia de como se livrara das roupas. Ou onde elas estavam no momento. Não que isso tivesse a menor importância. Lexa se virou enterrando o rosto entre os seios de Clarke. Era isso que queria naquela instante Clarke em seus braços.

O que mais poderia haver? Quando sairá da Malásia bem naquela manhã, depois de três dias de  intensas reuniões, ela adormeceu tranquila e serena Clarke tinha esse poder sobre ela, em transformar tudo em paz quando ela mais precisava.

A loira permaneceu acordada acariciando os cabelos de Lexa e pela primeira que não se sentia completa depois de se entregar a Lexa. Fisicamente, estava saciada, mas sua alma se encontrava vazia. No momento do clímax quisera gritar o quanto amava Lexa. Mas o fizera porque sabia que a morena não estava pronta para ouvir aquilo, assim como não estava pronta para dizer a ela. Era estranho se sentir sozinha quando estava nos braços de alguém que ela amava profundamente.

E quando os braços de Lexa estavam caídos por cima de seu quadril Clarke sentiu uma dor no peito não queria estar sendo egoísta, mas ela precisava que Clarke tivesse certeza do sentia. Ela sentiu a respiração de Lexa soprando sobre seu peito. Clarke esperou mais alguns minutos antes de se livrar daquele abraço. A empresária murmurou algo durante o sono procurando por Clarke. Ela paralisou, e se agachou na cama. Apenas quando a respiração de Lexa se normalizou se levantou. Havia roupões no banheiro, ela vestiu um e sentou perto da janela. As luzes da cidade de Praga piscavam através das vidraças, parecendo no veludo negro. Clarke se sentia em casa naquela cidade devido a musica.

Mas agora era como um exílio e ao tocar para Lexa sentia que tinha lhe dado seu próprio coração. Ainda sim a morena estava confusa, mas sabia que de alguma forma ela a tinha tocado e que Lexa tinha a amava só não estava pronta ainda para aquele sentimento. Abaixando a cabeça ate os joelhos, Clarke deixou as lágrimas escorrerem pelo rosto. Ela chorou em silencio ate toda emoção escoar e colocar tudo para fora. Levantou-se foi ate o banheiro, lavou o rosto e caminhou devagar de volta ao quarto.

O vestido estava amarrotado no chão. Vermelho como sangue ela pensou. E com um tremor supersticioso, o pegou. A roupa intima estava ao lado de Lexa na cama, emaranhada junto às roupas dela. Mexendo-se com máximo de cuidado para não fazer nenhum barulho Clarke se vestiu. Porém, ao se esticar para pegar seus grampos no chão, em um dos lados da cama ela acabou tropeçando. Lexa se mexeu e acordou na hora.

– O que pensa que esta fazendo? Em seguida acendeu a luz da mesinha de cabeceira.

– Indo embora. Vou voltar para meu hotel. - Clarke respondeu.

– Esta fugindo Clarke Griffin, da mesma forma que fez em Paris.

– Já passamos dessa fase Lexa Woods. Por causa de Lexie estou ligada a você para sempre e sabe onde me encontrar quando estiver pronta. Eu vou esperar por você. Mas tenho que voar para Basel de manhã para ultimo concerto... O ultimo na verdade antes de voltar para casa.

– E porque está indo embora no meio da noite?

– Eu não posso ficar com você. Não assim, eu amo você. Não posso ficar sabendo que você não tem certeza do sente... É muito doloroso. E isso me destrói.

– Eu te disse que sinto Clarke, eu sinto algo. E você veio ao hotel ciente que poderíamos acabar na cama.

– Eu sinto, mas eu não sabia que ia me sentir assim depois. E eu já te disse se resolva e depois volte para mim, para nós eu e Lexie estaremos lá esperando por você. Mas me diga por que veio ao concerto?

- Eu não consegui ficar longe e recebi o seu convite... Eu precisava toca-la, segura-lá em meus braços. Eu quase enlouqueci com você na minha casa sem poder ter você.

– Quando fazemos amor não envolve apenas o físico Lexa. Sabe como me senti essa noite? E porque não consegui ficar e dormir com você? Eu não consegui suportar a solidão. Senti-me terrivelmente só. Não consigo separa as coisas, fazer amor e estar apaixonada. E simples e ao mesmo tempo tão complicado.

– Então enquanto eu não disse aquelas palavras eu não posso mais ter você?

– Você fala como se fosse chantagem! Eu só estou tentando me proteger, não quero me magoar. Lexa caminhou em direção a Clarke queria lhe proteger e lhe abraçar não queria que ela se sentisse daquela forma. Ela abraçou forte sem perceber a própria nudez.

– Me desculpe por isso, só venha para cama comigo agora... Você precisa dormir. Eu não sei o que fazer agora, mas eu vou dar um jeito. Só posso perder você Clarke.

– Eu não posso. Isso me machuca muito. Você esta dando tudo ao meu corpo... Mas está contendo o resto. - Não estou contendo nada... Só não sei como falar ou demonstrar.

– Eu já disse que eu vou te esperar, mas você precisar resolver as coisas, primeiro aqui. Clarke colocou a mão no peito da morena bem onde ficava o coração. - E acho melhor não nos vermos ate lá, você pode ir ver Lexie quando quiser. E quando estiver em Manhattan ela pode ficar com você, Louise pode leva-la.

– Clarke não! Lexie é inteligente acha que ela não vai perceber que estaremos agindo como um casal de estranhas. Nossa filha merece pais que possam estar na mesma sala.

– Pare Lexa! Estou fazendo o melhor por ela. Eu prometo.

– Não, posso ficar longe. Se case comigo! - Não é assim que as coisas funcionam. E agora sei como você chegou ao topo... Você é cruel às vezes! Não se importa com sentimentos dos outros. - Clarke gritou explodindo e jogando para fora tudo que estava guardando em seu peito todo aquele tempo. - Quando voltar para casa, eu vou dar ordens a Louise você poderá ver Lexie quando quiser.

– Lexa eu não posso evitar. A forma como fui criada... A noite que ouvi minha mãe contando ao meu pai sobre o aborto matou algo dentro de mim. E quando eu amei de novo ela acabou com tudo de novo ela matou a minha habilidade de amar. Eu só não consigo me entregar de novo, ela me disse que amor é uma fraqueza. - Lexa dizia já em choro compulsivo.

– Eu posso te aceitar assim Lexa, eu posso te amar e te ensinar a amar de novo. Mas você tem me deixar entrar e enfrentar sua mãe. Amor não é fraqueza é força lembra-se da nossa garotinha foi um amor que lhe deu ela.

– Sim eu sei e eu amo nossa filha. Eu quero estar com você ser uma boa mãe para ela.

– Então você ainda sabe amar. Você e seu pai estão recuperando os anos afastados. Então como pode dizer que é incapaz de amar?

– Estou falando de nós Clarke, não de Lexie ou meu pai. Eu vivi sozinha por tanto tempo. Eu preciso voltar a me acostumar ao que sinto por você porque é forte intenso e me assusta entende.

– Eu também tenho medo Lexa, mas você vai deixar o medo dominar sua vida.

– Eu queria que fosse simples de explicar. Mas tenho medo de te amar e depois te perder como perdi Joshua eu não vou suportar isso novamente.

– Você não vai me perder. Mas não guarde tudo ai dentro fale comigo sobre isso. Faça me entender.

– Eu tinha oito anos. Aquela noite eu tinha ido ate a biblioteca pegar um livro quando ouvi meu pai vindo e me escondi atrás do sofá. Ele se sentou na escrivaninha e começou a olha algumas contas. Então minha mãe veio pelo corredor falando com os empregados. Meu pai e chamou e lhe entregou um papel, perguntando o que ela fizera na clinica que sempre ia. – Lexa fez uma pausa, perdida naquelas lembranças dolorosas. – Minha mãe admitiu como fosse uma mera coisa que tinha feito um aborto. Eu nunca consegui esquecer o choque estampado no rosto do meu pai. Ele a questionou o motivo ou se o medico dissera algo. E ela só disse que não queria outra criança. Então perguntou se era menino ou menina e ela disse com a maior indiferença que era um menino como se estivesse falando de vestido velho que ela descartara. Meu pai chorou como uma criança... Isso o deixou aterrorizado. Katharine, você sabe, eu sempre quis uma menino, ele disse ela naquele dia. Lexa esfregou a mandíbula tentou diminuir a tensão e a dor. – Eu não sabia na época o que significava um aborto, mas eu tinha consciência que minha mãe tinha feito algo ruim e terrível. Então meu pai disse. Como você pode fazer isso? E minha mãe não era do tipo que perdia a calma, ela era muito importante manter o controle. Mas ela o perdeu. Ai ela gritou dizendo que não trairia, mas um filho ao mundo para sofrer, jogou uma das  estatuas de cristal em uma das estantes e saiu da biblioteca. Mas tarde meu se levantou cambaleando... Ele caminhou pelo corredor abaixou e ouvi a porta do quarto se fechar. Foi quando eu subi correndo para meu quarto e fui para cama chorando.

– Que historia horrível. – Clarke balbuciou abraçando Lexa.

– Não sei o que fazer ou como fazer para me curar disso. – Disse Lexa se aconchegando mais nos braços da loira.

– Não pensei nisso. E no ultimo fim de semana conversei com seu pai. No domingo depois que você foi embora, Alexander me contou um pouco sobre a criação violeta que sua mãe teve. Apesar das carreiras dos meus pais, eu fui uma criança feliz, repleta de musica e das constantes demonstrações de amor deles. Não consigo imaginar uma infância como a de Katharine. E isso me fez entender um pouco do porque ela é assim. Talvez ate tenha me feito perdoa-la pelo mal que nos causou. E acho que isso que falta para você se ver livre disso tudo Lexa perdão. Deixe o passado para trás perdoe sua mãe e estarei aqui com você.

– Não se trata só de perdão. Queria que você entendesse o quanto ela me fez mal e não só a mim como ao meu pai. Meu pai amava minha mãe. Ele lhe deu a própria alma e ela a menosprezou. Então eu aprendi desde cedo que amor é sofrimento.

– Mas não tem que ser assim!

– Eu quero deixar você entrar eu quero deixar tudo para trás e compreender minhas emoções, mas eu preciso de tempo. Só não me abandona, não deixa minha borboleta, por favor. Clarke abraçou mais forte Lexa e a loira sentiu esperança naquelas palavras.

– Obrigado por me contar tudo. E eu não vou te deixar estou aqui agora não estou. Você precisa perdoar sua mãe enfrenta-la e dizer que não importa mais.

Lexa concordou com aquelas palavras e sabia plenamente que só quando enfrentasse Katharine ela poderia seguir em frente.

 

 

 


Notas Finais


Quatro capitulos para fim, então preparados? E sobre o capitulo será que a Lexa finalmente irá conseguir superar seus traumas, e seguir em frente com Clarke e a filha? Me digam nos comentários. Até!


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