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História Butterfly (Larry Stylinson) - Último capítulo


Escrita por: Nick__R

Notas do Autor


Eu nem acredito que estamos nos despedindo de Butterfly... tem um olho na minha lágrima.
Vou deixar tudo pras notas finais, boa leitura <3

Capítulo 27 - Último capítulo


Fanfic / Fanfiction Butterfly (Larry Stylinson) - Último capítulo

Anos depois...

 

 Desde o ano novo que passamos juntos com nossos amigos, haviam se passado quase sete anos. As coisas mudaram completamente, as pessoas, os lugares, pensamentos, sentimentos... achamos que anos passam sem pressa, mas, na verdade, eles passam voando. A vida passa voando.

 Me olhei no espelho arrumando meu cabelo recém cortado pra um lado, ou pelo menos tentando, e quando consegui, arrumei a gravata borboleta. Louis ainda estava tomando banho e eu aqui, pronto.

 -Como ele demora... –O pequeno Arthur apareceu na porta, e sorri pra ele. –Papai, arruma minha gravata, ta apertada. –Assim que ele pediu, me abaixei do seu tamanho e desatei um pouco o nó da gravata dele, que logo depois sentou na cama e ficou em silêncio olhando as perninhas balançarem.

 Havíamos decidido ter um filho um ano depois que nos casamos. Já tínhamos nossa casa, e faltava alguma coisa. Alguns meses depois, adotamos o pequeno Arthur. Um garoto de cabelos castanho claro e olhos cor de mel, que, assim como Louis, joga futebol muito bem e é meio tímido. Quando o adotamos, ele tinha cinco meses, agora, com cinco anos, estamos o descobrindo um garoto inteligente e amoroso.

 Fui até a porta do banheiro e bati duas vezes, chamando pelo Louis.

 -William Tomlinson, você quer se atrasar pro casamento do seu melhor amigo? –Perguntei, já sabendo a resposta negativa.

 -Ai, apressado! Eu já to acabando, faltam duas horas ainda, acalma o coração. –Louis disse logo depois desligando o chuveiro e saindo do banheiro com uma toalha na cintura.

 Olhei pra cama onde o Arthur estava e não vi ninguém, então ouvi o som de algumas teclas aleatórias do piano. Louis tem tentado ensiná-lo, apesar de eu dizer que é cedo demais, mas se os dois gostam disso e eu também, todo certo.

 Hoje, finalmente, era o casamento do Zayn com o Liam. Os preparativos tinham começado á meses, e os nervos dos dois estavam a flor da pele. E ocasiões assim, eu me lembro do meu casamento com o Louis.

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 Anos atrás

 Eu estava em pé em frente á um espelho enquanto a Gemma, vestida em uma roupa branca e com um buquê em uma das mãos arrumava pela milésima vez minha roupa.

 -Cadê o Louis? Eu to atrasado? –Perguntei, nervoso.

 -O Louis vai entrar depois de você, criatura. Calma. –Ela disse. –Acho que podemos ir, já tem bastante gente lá em baixo.

 Quando disse isso eu concordei, então fomos. Decidimos casar numa pequena igreja que tinha perto de onde estávamos morando. Não fizemos nada muito grande, apenas uma cerimônia pras nossas famílias e nossos amigos mais próximos, e depois teria a festa.

 Eu entrei com a Gemma, já que havíamos nos aproximado tanto nos últimos anos, e algumas pessoas vinham conversar comigo, até que chegou o momento que minha irmã disse que o Louis estava vindo.

 As portas da igreja se abriram e eu o vi, de braços entrelaçados com os de sua mãe. Tão lindo... pensei pra mim. Tão lindo, e tão meu. Eu podia sentir algumas lágrimas descerem pelo meu rosto. Passamos por tanta coisa, tantas coisas boas e ruins, e hoje o dia que vamos finalmente selar esse amor pra sempre chegou.

 A cerimônia havia começado á alguns minutos, mas eu não prestava atenção. A única coisa que vinha na minha mente, agora, era que ele não era mais meu namorado, nem meu noivo. Agora, Louis Tomlinson se tornou meu marido. E eu não conseguia explicar metade da euforia que eu sentia naquele momento.

 

 -Estou bem? –Louis perguntou ficando na minha frente e sorri pra ele.

 -Está lindo. Eu estava lembrando o dia que nos casamos. Zayn e Liam devem estar no mesmo estado de nervos que estávamos. –Falei, enquanto descíamos as escadas.

 -Realmente. Eu não me lembro de algum dia que eu fiquei tão nervoso quanto aquele. E quantas coisas aconteceram depois... –Concordei com ele.

 -Arthur, vamos. –Chamei e ele veio correndo. Eu sorri pra ele novamente, pensando o quanto estava lindo. Ele estava com uma calça preta e por cima da blusa branca usava suspensórios azuis, e a única coisa que eu pensava era como ele se parece com o Louis.

 Entramos no carro e eu dirigi em direção á onde seria a cerimônia dos dois, e poucos minutos depois que chegamos começou. Os dois estavam visivelmente nervosos, e ao meu lado, eu escutava o Niall e o Josh conversarem baixinho.

 -A gente vai casar, sem mais nem menos. –Niall disse.

 -Mas, Niall, a gente nem... –Josh tentava falar, mas Niall o interrompia.

 -Nem mais nem menos. A gente vai casar na praia, porque a água do mar representa minhas lágrimas quando eu vejo meu shipp supremo junto assim ó –Ele apontou pra mim e pro Louis, e eu quase soltei sem querer uma risada. –E o tema do nosso casamento vai ser Larry, Ziam e Nosh, os shipps supremos. Ta? –Niall olhava com um olhar de cachorro abandonado pro namorado, que sorriu olhando pro chão e concordou com ele.

 Os dois haviam finalmente assumido estar juntos poucas semanas depois que eu e Louis ficamos noivos, e tiveram muitas brigas e até uma separação dolorosa, mas depois tudo se resolveu e eles estão juntos novamente.

 -O tio Liam ta tremendo. Olha pai. –O Arthur disse ao Louis, que sorriu pra ele concordando. A cerimônia terminou e seguimos pro salão de festa, onde ficamos até quase três horas da manhã.

 Assim que chegamos em casa, os três apenas caímos na cama e dormimos até uma hora da tarde do domingo. Não almoçamos, apenas decidimos passar o resto da tarde no parque aqui perto, assim Louis e o Arthur poderiam jogar futebol o quanto quisessem. Quando fomos, fiquei observando os dois por um bom tempo. As vezes o Louis caía no chão por pisar em cima da bola e eu escutava a risada animada do meu filho e acabava sorrindo junto, ou quando os dois caíam lado a lado na grama ou quando apostavam uma corrida, que o Louis sempre deixava o menor ganhar, e ele se sentia o máximo, dizia que era o Flecha do filme dos Incríveis.  

 Olhei pro céu vendo algumas nuvens brancas na imensidão azul pensando como minha vida e a de Louis tinha mudado nos últimos anos. Havíamos encontrado como nunca força um no outro quando mais precisamos, em certos momentos pelos quais passamos. Encontramos em nós mesmos e no outro uma saída, pra esquecer os problemas ou as coisas ruins. Louis, que havia se recuperado completamente ao longo dos anos de tudo que lhe aconteceu, sempre me surpreende com seus pensamentos e conclusões sobre tal coisa. Eu sempre o achei mais maduro que eu, e acho até hoje.

 Fizemos nosso juramento. Na alegria e na tristeza. E assim ficamos por tantos anos e pretendemos ficar assim por muitos mais. Prometemos um ao outro sermos fiéis ao juramento, e assim ficaremos. Louis, que não via valor em si mesmo quando nos conhecemos, hoje vê o quão é único e especial, mas ele nunca na vida vai entender o quanto eu o amo e o quanto me orgulho dele.

 Em todas as dificuldades que passamos, principalmente na época que recém moramos juntos, eu me orgulhava todas as vezes por ele não se machucar, e quando fazia, ele não imaginava como me destruía. Você nunca vai querer ver alguém que ama se machucando, e disso eu tenho sorte de ter visto, mas agora não ver mais. Em seus braços, tinham apenas as cicatrizes mais fundas, mas, na verdade, nem todas as feridas são superficiais. Algumas feridas são mais profundas do que podemos imaginar, e não vemos, normalmente, a proporção disso.

 Olhei novamente pro meu marido e pro meu filho, pensando mais uma vez na sorte que eu tinha de tê-los comigo todos os dias. Eu penso, que tem coisas na vida que não percebemos suas proporções. Não costumamos agradecer a quem quer que seja por acordar todos os dias, ou por poder enxergar, ouvir, falar. Não costumamos dar valor á pequenas coisas que são tão importantes.

 Louis foi uma salvação. Foi um momento, que dura o infinito. O Louis é o meu momento. O momento que me faz esquecer tudo de ruim, o momento que me faz ser feliz e largar o sorriso mais verdadeiro que há em mim por ter ele ali comigo. Louis, sem dúvida, me permitiu viver. Faço isso todos os dias, vivo por ele. Desde o começo, eu o amei por ele ter despertado o melhor que eu posso ser. A pessoa que eu um dia fui não me trás lembranças boas, ao pensar nas mentiras que contei, nas pessoas que magoei, e no quanto me arrependo de tudo isso. Louis me ensinou, sem nem mesmo saber, que o passado é passado.

 O passado é como as asas de uma borboleta. Se tocadas demais, depois a borboleta não consegue voar. Deixe seu passado voar. Com certeza, eu não conheci o Louis de verdade por um tempo. Ele parecia uma pessoa completamente diferente do que realmente era o dia que nos conhecemos no grupo de amigos dele. Parecia uma pessoa feliz, sem problemas, que não se importava com o que as outras pessoas falariam ao seu respeito, mas eu conheci o verdadeiro Louis. Um pequeno ser frágil, e que apenas precisava de proteção.

 Você sabe me dizer quem é o anjo dessa história? Um salva o outro, um salvou o outro da beira de um abismo.

 Parei pra pensar, olhando ainda os dois darem passes um pro outro na grama. Eu o amo com tudo o que tenho. Eu amo seus defeitos assim como amo suas qualidades. Amo suas grandezas como amo suas fraquezas. Amo suas coragens e seus medos, tudo meu ama tudo dele. Eu sempre deixo isso claro, mas palavras são tão poucas pra realmente explicar o que eu sinto, que eu não sei o que falar.

 -Papai! –Ouvi a voz do Arthur e foquei meu olhar nele. –Vem jogar com a gente! –Ele disse e eu sorri, me levantando e me juntei a eles. Começamos a correr feito umas gazelas atrás da bola e as vezes eu caía no chão e puxava os dois comigo e começava a fazer cócegas neles, até que uma hora os três cansamos e nos deitamos na grama, e cada vez o céu tinha mais nuvens.

 -Aquela lá tem formato de carro! –Arthur disse, com o pequeno dedinho apontando pra uma das nuvens no céu.

 -Aquela lá parece um violino. –Louis disse, também apontando.

 -Aquela é um coração. –Falei, pegando na mãozinha do Arthur que estava no meio de mim e do Louis, o que fez o pequeno me olhar, e apenas sorri pra ele.

 Continuamos vendo o formato das nuvens até que elas foram escurecendo e as pessoas iam indo embora, mas nós ficamos ali, apenas deitados na grama conversando sobre coisas aleatórias.

 Aos poucos, uma chuva fraca foi começando, e eu decidi me levantar pra também irmos embora, mas senti uma mão puxar a minha blusa.

 -Papai, a gente pode tomar banho de chuva?? –O Arthur perguntou com os olhinhos brilhando e parte do cabelo já molhado pelos fios finos de água, e Louis olhava pra mim com um sorriso no rosto. Se desse um resfriado forte em alguém, a culpa não seria minha, mas eu concordei. A chuva foi aumentando e já não tinha ninguém ali, apenas nós três dançando em baixo das gotas de água. As vezes saíamos correndo brincando de pega-pega, ou apenas ficávamos sentindo a chuva em nossos rostos.

 -Eu te amo. –Louis chegou ao meu lado, falando no meu ouvido. Tirei algumas mechas molhadas de cima de seus olhos, e fomos aproximando devagar nossos rostos, com a chuva caindo forte no meio deles e como se fosse nosso primeiro beijo. Nossos olhares alternavam entre nossos olhos e nossa boca, até que as juntamos em um beijo lento, molhado pela chuva.

 -Eu to aqui, ta bom? –Separamos nossos lábios sorrindo com o Arthur no meio de nós dois no chão, então peguei ele no colo e eu e Louis demos um beijo em sua bochecha, um de cada lado, o que fez o pequeno soltar uma risadinha gostosa. Depois, ele continuou á correr e eu e Louis ficamos sozinhos.

 -Sabe, você sempre me fez feliz, mesmo quando a vida me fez triste. –Louis dizia. –E você ainda me faz feliz, mesmo quando eu me sinto triste. Porque, afinal, foi você, tem sido você e sempre será você. Você é minha pessoa. Eu amo você. –Sorri com suas palavras. Ele não fazia idéia do que aquilo significava pra mim.

 Depois de alguns minutos, fomos pra casa e tomamos banho, depois logo caímos na cama novamente. Por algum tempo, eu e Louis ficamos conversando sobre assuntos aleatórios, o que nos fazia bem.

 -Você é uma pessoa forte. Sabe disso, não é? –Perguntei, passando minha mão pelo seu rosto.

 -Eu sei. Eu superei tudo aquilo. Deixei pra trás. Ficar me lamentando ou me machucando não apagaria nada, eu sei disso. Mas, afinal, tudo foi por causa de você. Se eu estou aqui agora, feliz, realizado e com uma família, a culpa é sua. –Ele disse, e logo depois eu me aconcheguei em seu peito e fechei meus olhos, e por um tempo fiquei prestando atenção nas batidas do seu coração. Ele estava calmo, seus dedos se moviam devagar sobre os fios do meu cabelo e eu podia sentir sua respiração.

 -Dormiu? –Ouvi sua voz, e neguei com a cabeça. Ele arranhou a garganta e eu já sabia o que iria fazer. Assim que raciocinei, ele começou a cantar e em poucas estrofes eu estava num sono tranqüilo.

 

 Pov. Louis.

Fiquei um tempo o olhando dormir. Tão calmo, sereno, e cada vez mais eu tenho mais certeza de que ele é um anjo. O meu anjo da guarda. Que me protege de tudo, exatamente como fez desde os primeiros dias.

 Comecei a me lembrar do dia em que nos conhecemos. Na verdade, comecei a lembrar de como eu estava naquele dia. Pra mim, parecia que eu não tinha mais força pra nada. Á cada dia, levantar pra ir a escola se tornava cada vez mais impossível, e tarefas básicas do dia-a-dia eu não conseguia fazer. Eu tinha uma dificuldade imensa de sorrir verdadeiramente e de me socializar, então, do nada, aquele número desconhecido que brotou no grupo dos meus amigos me mandou mensagem, que por acaso eu não iria responder, mas algo dentro de mim me fez fazer o contrário.

 De uma coisa eu sei: os dois dias mais importantes da nossa vida são: o dia que a gente nasceu e o dia que descobre o porque disso. Eu descobri o meu porquê, a minha razão pra viver. Antes, eu pensava o porque de ter nascido, já que nada mais fazia sentido pra mim, hoje, eu sei que nasci com o propósito de fazer o Harry feliz, e eu sei que faço.

 Depois de tudo o que passamos, tudo o que aprendemos, o que a vida nos forçou a aprender ou qualquer outra coisa que tenhamos passado em todos esses anos que nos conhecemos, serviram pra construir as pessoas que somos hoje. Os dois amadurecemos mais do que já éramos, e isso ajuda. Os dois crescemos, ajudamos um ao outro quando precisamos, e tudo, no fim, deu certo até aqui. O futuro, já não pertence mais á nós.

 Desde que nos conhecemos, muita coisa aconteceu. Tanto comigo quando com ele. Passamos por momentos difíceis, e eu me lembro muito bem de como eu era, á oito anos atrás. Por muito tempo, até mesmo com o Harry junto a mim, eu me deixava ser fraco, me deixava vencer, e me machucava. Mas, com o tempo, eu aprendi que quando você se machuca ou destrói a si mesmo, a dor que você sente, as pessoas que te amam sentem ao dobro. E, acredite, sempre tem alguém. Podemos não perceber, pode ser um momento apenas, mas sempre tem alguém ali. Você nunca está sozinho, apenas talvez, ainda não tenha encontrado as pessoas certas. O que eu tenho á dizer sobre isso? Procure-as.

 As vezes nos machucamos sem nem perceber, e não percebemos nem o quão fundo vamos. Alguns machucados são mais profundos do que imaginamos e podemos pensar. Mas, com o tempo, eu passei á pensar diferente sobre isso. É necessário sempre acreditar que o sonho é sim, possível. Pensar que o céu é seu limite, e convencer principalmente a si mesmo, que você é imbatível, e que nada, nem ninguém vai derrubar você.

 As vezes, nem mesmo percebemos a proporção de algumas coisas. Nos escondemos atrás de máscaras, o que deveria ser a última coisa á fazermos. Não tem problema ser você mesmo. Quem amar você de verdade, não vai se importar se você apenas sorri, mas também chora, nem se você é só feliz nem triste. Quem ama você vai ajudar. E não se sinta errado por ser você mesmo, isso é o mais certo á se fazer. Nunca, jamais, esqueça quem você é, por dentro. Saiba, que nada é errado se te faz feliz.

 Durante os anos, eu e Harry passamos por mudanças grandes, algumas até mesmo difíceis de se acostumar. Eu demorei muito pra de fato esquecer tudo o que aconteceu, mas á cada passo que eu dava, eu tinha ele ali comigo. Se eu caísse, eu tinha ele pra me levantar. Se eu estivesse sem força alguma e pensasse, nem que fosse por um segundo que não conseguiria mais levantar do chão, ele estaria ali, pra ser a minha força. Sempre foi assim. Eu por você, você por mim. Era o nosso juramento. Foi o que dissemos no altar, depois do nosso primeiro beijo casados. É o que sempre dissemos um pro outro quando precisávamos ouvir, e é o que pra sempre será dito.

 Pensei, por um segundo, se algo tivesse sido diferente no meu passado. Se algo tivesse sido diferente do que foi, talvez eu nunca teria o conhecido. As vezes não entendemos na hora, mas depois, todas as dores, lágrimas, machucados valem a pena. Não entendemos o porque da tempestade, mas depois o arco-íris vem. O inverno, rigoroso, pra depois vir o verão. Uma coisa sempre se transforma em outra, basta termos paciência pra isso.

 Eu sei que passei por momentos em que as únicas coisas que eu me perguntava era o porque de ter nascido, e o porque de sentir tanta dor. Mas, por um grande período, a dor não passa, você apenas se acostuma com ela, e passa a lidar de uma forma diferente.

 Pela minha mente, se passou toda a minha vida. Fechei meus olhos e me permiti pensar em tudo. Enquanto ia lembrando de tantas coisas, eu ia agradecendo mentalmente. Talvez foram algumas dessas coisas que me fizeram conhecer o Harry. Lembrei de quando era criança, quando meus irmãos eram pequenos e eu devia ajudar minha mãe a cuidar deles. Lembrei da adolescência, um dos períodos mais difíceis da minha vida, até chegar aqui. Tudo que eu vivi, aprendi e vi, me tornou quem eu sou hoje. Todas as vezes que meu coração se partiu e continuou batendo, foram pra me mostrar que uma pessoa que desiste de você não merece nenhuma lágrima, nenhum rastro de lembrança minha.

 Sempre me reprimi por meus erros. Nunca aceitei errar. Mas, teve vezes, que quanto mais eu tentava acertar, mais eu errava, e aprendi que isso era normal. Erros são normais. Acontece, que as vezes você tem que fazer a coisa errada. As vezes você tem que cometer um grande erro pra aprender á fazer o certo. Os erros são dolorosos, mas eles são uma das únicas maneiras de descobrir quem você realmente é.

 Talvez uma dor não passe rápido. Em algum momento, você vai se sentir inútil e incapaz. Mas a vida ensinar que em algum momento, você precisa esquecer, pra poder seguir em frente. Pra não estragar seu presente e seu futuro com problemas do passado. Não se deixar abater por alguém que não faria o mesmo. E, aproveite o tempo. O tempo é o melhor professor. Mesmo que não tenhamos perguntas, ele com paciência e calma, nos mostra as melhores respostas. Mas, as vezes, achamos que vamos ter mais tempo. Aí, o tempo acaba. Não tenha medo de viver o hoje, não tenha medo de sentir, não se reprima por erros ou pelo seu passado, ou por alguém que te deixou uma cicatriz ainda aberta. Surpreenda todos aqueles que duvidaram de você, ou que não esperam nada de você.

 As vezes, você vai tomar decisões erradas. Mesmo quando lutar pra tomar decisões certas, não vai ser isso que vai acontecer, porque eu sei que instintivamente protegemos as pessoas que amamos e fazemos o possível pra tomar decisões certas por elas. Mas nem sempre é assim. As vezes, decisões erradas precisam ocorrer pra gente aprender o que fazer da próxima vez.

 E mesmo que nada funcione, eu ainda estarei de pé, e isso, pra sempre ao lado da pessoa que me apoiou nos piores momentos e nesses esteve comigo, em quem me amou apesar dos defeitos, me aceitou com todas as imperfeições e me abraçou apesar dos espinhos.

 Um conselho: sua pele não é papel, não a corte. Seu rosto não é uma máscara, não o esconda. Sua vida não é um filme, não coloque um fim nela.

 

 Harry & Louis. : eles sabiam que o mundo era preto e branco, mas perceberam que os olhos um do outro refletiam cor.

 

 Pode apostar que as vezes você vai se sentir como um trem. Mesmo vazio, tem que continuar a viagem. Você vai sentir como se tudo estivesse errado, como se até você fosse errado, mas garantimos que não. Com o passar do tempo, você aprende que nem tudo é o que parece ser, e isso também vem das pessoas. Normalmente, você sempre vai se decepcionar com quem mais ama, por você não espera uma atitude má de uma pessoa que antes parecia ser tão presente, tão amigo. Mas, garantimos que isso vai acontecer. E não se preocupe, a dor passa. Você conhece novas pessoas e aquele espaço vazio é preenchido.

 Saiba também, que a parte mais difícil de seguir em frente é exatamente não olhar pra trás. O primeiro passo sempre será o mais difícil e longo, e não se deixe vencer por qualquer coisa que tente lhe convencer que você não é forte o suficiente pra caminhar todo o seu caminho. Você é forte, é especial e é único, apenas precisa perceber e encontrar isso dentro de você.

 A vida são esses altos e baixos mesmos. Se, por acaso ela for contínua, talvez algo em você tenha morrido, então, procure forças e encontre isso, e torne fogo novamente, pra deixar de serem cinzas. Se por acaso por dentro você não sentir mais nada, não fique esperando que sinta. Procure sentir. Quando aparecer uma luz, vá com tudo e siga ela. Não tem problema em errar ou em não ser perfeito. Quem for pra ser, quem for pra seguir sua estrada com você, vai ficar, independente dos seus erros, defeitos, ou do seu passado.

 Não grite contra o destino, tudo tem um preço, tudo tem uma razão, um propósito, um tempo. Hoje você apenas aplaude, mas pode ser que amanhã apresente o espetáculo. Não deixe de ser feliz, de aproveitar a vida por ter sido machucado, tudo tem um lado bom, procure ele até encontrar.

 Saiba que o sorriso mais lindo de todos é o que luta contra as lágrimas que querem ser derramadas. Sorria, independente da dor. Seu sorriso é lindo, e o mundo anda tão cheio de caos e tristeza, permita que seu sorriso transmita a paz que talvez alguém por aí ande precisando.

 Qualquer um pode amar uma rosa, mas é preciso força pra amar os espinhos. Permita-se ter força, e permita que encontrem força em você. Todo mundo tem um propósito, uma razão. Encontre a sua, e permita que alguém em meio á sete bilhões de pessoas, encontre sua razão em você.

 E por fim, não desista. Permita que as borboletas criem vida no seu estômago, mesmo que seja pra sofrer. Tem gente que compensa as feridas.

 

 Butterfly.  


Notas Finais


Eu não sei por onde começar, sério. Essa fanfic não tinha como ser mais importante pra mim, podem ter certeza disso. Bom, quero começar agradecendo á todos que estiveram acompanhando a fanfic, mas em especial uma pessoinha. William Kauan (MEU leãozinho) obrigado por estar comigo me apoiando e me motivando a continuar escrevendo essa nossa coisinha aqui mesmo quando eu não queria. Eu te amo com tudo o que posso, e você sabe disso <3 Obrigado por ser essa pessoa maravilhosa pra mim e por me provar que amor de verdade e o "pra sempre" combinam. E claro, agradecer novamente á todos que estiveram aqui, de coração, obrigada <3
Talvez algum dia eu brote aqui com uma nova história, não sei... mas obrigado por tudo até aqui!
Até a próxima, fiquem bem,
~Nick. <3


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