Pulei a janela do quarto na noite de sábado e encontrei James no jardim brincando com Snuffles.
- Oops, alguém foi pega no flagra. – Ele disse ainda brincando com o nosso novo cachorrinho e sem olhar para mim.
- Você não vai me entregar né?
- Pra onde você está indo? E quando você colocou um piercing?
- Essa semana com o Snuffles. – Eu ri. – Vou me encontrar com ele, vamos no parque.
James suspirou.
- Ficou legal, mas... Não acho que você deveria ir.
- E todas as vezes que eu acobertei você e os marotos, não conta? – Pergunto, esperando que isso amoleça ele, James deu de ombros.
- Ok, quer saber de uma coisa, eu não te vi. – Ele disse voltando a brincar com o totó.
- Você é o melhor irmão do mundo. – Digo dando um beijo na bochecha dele.
Eu pego o carro e vou para o parque, mandei uma mensagem para Sirius, mas ele tem me respondido tão ceco que preciso saber o que está acontecendo.
“Então, o nosso passeio ainda está de pé?”
“Preciso falar com você, te espero na entrada às 10 horas”.
Eu revi as mensagens em meu celular depois de estacionar o carro perto de onde estava estacionada a Fênix. Saí do porshe azul e avistei Sirius encostado no muro do parque, com um ar displicente e as mãos nos bolsos.
- Olá! – digo sorrindo e o abraço, ele mal me corresponde.
- Oi. – diz arqueando as sobrancelhas e virando a cara.
- Então, vamos entrar ou...
- Não vamos entrar. – Ele me encara, os olhos acinzentados ríspidos como nunca os vi antes e ele cruza os braços. – O que você estava fazendo andando com os Death Eaters?
- Como você sabe? Bem, uma amiga minha namora um deles e me chamou para andar com eles ontem, são bem divertidos na verdade.
- Se você acha que bater em mendigos e assustar pessoas é divertido, então acho que eu me enganei sobre você, Katerina. – Ele disse me chamando pelo nome, o que significava que era realmente sério, ele nem tinha fingido confundir com qualquer outro nome parecido ou nem tão parecido assim.
- Olha isso não é da sua conta, mas... eles são legais, exageram um pouco, claro, mas são legais. Eu não queria voltar para casa e achei um lugar para ir.
- Você é maluca, garota. – Ele explodiu do nada. – Pra que tanto drama só por que seus pais estão se separando? Oh coitadinha da Katy! Vai ter duas casas enormes para decidir em qual morar e em qual passar as férias, e quem sabe ter um padrasto e uma madrasta gente boa. Pelo que eu ouvi de você até hoje seus pais se preocupam com você... Algumas pessoas não têm tanta sorte.
Eu o ouvia de olhos arregalados, um pouco ofendida e um pouco irritada, mas acima de tudo culpada, bem, eu estava realmente sendo egoísta. Sirius devia morar naquele bairro de periferia do galpão e eu não passava de uma garota mimada para ele fazendo todo aquele drama. Ainda não entendia o porquê de toda aquela raiva dos Death Eaters, mas também não tive tempo de perguntar, ele foi para a moto e eu o segui.
- Sirius, espera... – Eu pedi, mas ele já estava colocando o capacete e acelerando a moto. – Droga! Eu sou tão idiota. – Sussurrei para mim mesma passando a mão pelos longos cabelos castanhos.
Só o que me restava era voltar para casa. No caminho, eu pensava como eu estava agindo como uma idiota, mandei algumas mensagens para Sirius e quando cheguei encontrei minha mãe na sala, parecendo cansada e preocupada, ela ergueu os olhos para mim, e se levantou, mas antes que ela pudesse dizer algo eu levantei as mãos.
- Antes que fale alguma coisa, me desculpe, eu saí mesmo estando de castigo, fui encontrar um amigo no parque, não avisei para onde iria e estive sendo uma idiota egoísta, me desculpe é sério, eu amo você – digo para a minha mãe antes de abraçá-la com lágrimas nos olhos.
- E-está tudo bem querida. – Mamãe me abraçou forte. – E me desculpe também, eu sei que seu pai e eu temos culpa pelo modo como você está agindo, vai ficar tudo bem.
Choramos e conversamos muito, eu estava cansada de bancar a rebelde e no fim acabamos fazendo alguns doces na cozinha, contei a ela sobre Snuffles, como ele era, mas que estávamos brigados, ela me disse para dar um tempo a ele.
POV Sirius
Saí do parque de diversão e fui para a casa dos Mckinnon. Joguei pedras na janela de Beth, eu não sou muito bem vindo na casa dos Mckinnon, porque Beth era uma mocinha doce e comportada antes de me conhecer, mas eu não sou o único mau exemplo para ela, Marlene também não é exatamente uma santa.
Ela abriu a janela, sorriu maliciosa e jogou uma corda, da qual eu subi sem dificuldade, pulei para dentro do quarto e beijei a loira sem dizer nem mesmo uma palavra.
- O que foi? Você parece nervoso. – Ela reparou.
- Não é nada demais lindinha. – Minto voltando a beijá-la.
- Ok, então. – Ela da de ombros, fecha a porta e a tranca, eu já estou tirando a camiseta.
- Ei Beth, você sabe que isso é completamente sem compromisso, certo? Não somos namorados. – Eu deixo claro para a loira.
- Ta. – ela disse meio chateada. – Você tem certeza que não quer falar sobre você estar irritado? Foi sua mãe de novo?
- Não, eu definitivamente não quero falar. – digo e a beijo levando-a para a cama.
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