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História By Instinct - Décimo Terceiro


Escrita por: Maggies e LydiaV

Notas do Autor


E ai gente! LyV aqui.
Desculpa a demora pra postar, já tinhamos esse cap pronto à um tempo mas aconteceu uns problemas e decidimos esperar um pouco. A avó da Sarah faleceu há pouco tempo e ela ainda está em luto, por isos esperamos q entendam q vamos demorar mais um pouquinho para postar os próximos caps. A história não está mt longe do fim, acho que vamos postar mais ou menos até o vigésimo ou alguns à mais, ainda não temos certeza, mas não vamos parar com a história. Porém, como eu já disse, vamos demorar mais um pouco pra postar, espero q vcs continuem conosco. Enfim, esse é um dos meus caps preferidos, tomara q gostem! Se tiverem esquecido oq aconteceu no cap anterior, vai lá no começo da históri e escolha o cap em q vc parou, e aproveita tmb para ler a nova sinopse e capa nova feitas por minha pessoa. Boa leitura e até la nas notas finais.

Capítulo 13 - Décimo Terceiro


Jade Black

Depois de algumas horas naquele quarto e deitada na cama, eu resolvi sair, saber o que aconteceu com os outros, se estavam bem. Pode parecer contraditório da minha parte em me preocupar com eles, mas, eu queria ver o que as criaturas podiam fazer. Curiosidade é tudo. Depois daquilo, Bruce não me deixava nem sair do quarto, com a desculpa de que se preocupava comigo e eu estava machucada. Sim, alguém me machucou feio na floresta, no abdômen. Bruce disse que os vampiros da Guarda encontraram tudo destruído por lá, Aaron estava muito machucado, Nicolas também. Os gêmeos Foster estavam desaparecidos, Olivia tinha se machucado bastante e estava psicologicamente horrível, já que seu parceiro Ian, morreu.

 E era exatamente por causa disso tudo que eu estava com muito medo. Durante o ataque, alguns flashes de Jensen tinham passado pela minha cabeça e eu fiquei pensando, aterrorizada, se ele estava vivo. Realmente, era assustador eu não estar tão machucada quanto eles, essa era a dúvida da minha cabeça.

 Saí do quarto bem devagar e mancando, alguns vampiros ainda conversavam lá embaixo, e por sorte não tinha ninguém no corredor. Fui em direção á sala onde os caçadores costumavam se encontrar e abri a porta bem devagar. Para minha surpresa, Olivia estava lá de joelhos no chão num canto da sala, ela não parava de chorar e ainda não tinha me visto.

— Olivia? — fui chegando bem perto dela e foi ai que a maluca levou um susto e começou a berrar.

— SAI DAQUI AGORA! VOCÊ ME ASSUSTOU! — ela voltou a chorar. Branca do jeito que era, estava quase na cor azul, eu não tinha nem como consolá-la, e nem faria isso.

— Calma... — Olivia me fitou com ódio nos olhos.

— Como você quer que eu fique calma? — soluçou — O amor da minha vida se foi, meus sentidos também! Você não sabe a cena que eu vi! Foi horrível, foi horrível! — ela me agarrou em um abraço desesperado — Tira essa dor de mim, por favor!  — tentei empurrá-la — ELE NÃO MERECIA ISSO, JADE! TER DUVIDADO DE VOCÊ... essas criaturas existem... — ela estava realmente desesperada, eu não sabia o que dizer, porque não tinha o que dizer!

Olivia acabou de dizer que tinha perdido seus sentidos... sentidos de vampiro? Arregalei os olhos. Será que eles podiam fazer com que nós voltássemos para a vida humana? 

A soltei friamente e saí da sala, ela continuou gritando. Fui até a sala de Bruce, ele era o único que estava com as respostas para as minhas perguntas, e eu precisava saber de tudo! Respirei fundo e dei duas batidas na porta. Em três segundos ela foi aberta e para a minha infelicidade, Katrina foi quem apareceu.

 — O que deseja, Jade? — perguntou com desdém.

 — Preciso falar com ele, agora! 

— Você não devia estar no quarto? Bruce me contou o que aconteceu... — ela olhou para a minha barriga e eu revirei os olhos. Não preciso de ninguém se preocupando comigo, droga! 

Em pouco tempo Bruce apareceu na porta e me olhou um pouco cansado, vê-lo do lado de Katrina me dava nojo. Eu até o respeitava  como Líder mas daí lembrava que ele estava com ela, nunca gostei daquela relação. 

— Eu falei que...

— É urgente! — o cortei e ele me fuzilou com os olhos.

Bruce olhou para Katrina e ela entendeu apenas com o olhar, entrou no quarto e fechou a porta. Me encostei na parede do corredor e ele cruzou os braços.

— Tomara que seja importante pra você me interromper nesse horário. Além do mais, não era pra você estar fora do seu quarto — outro sermão.

— Eu já falei que estou bem — ele me encarou desacreditado. — Eu só quero saber porque a Olivia perdeu os sentidos. 

— O quê?

— Ela me disse, até se assustou quando eu cheguei lá. Não era pra isso ter acontecido. Eu tô ficando assustada com essa história! 

— Jade, não se preocupe... por que você acha que eu prezo sua segurança te mantendo aqui no castelo? 

— Você não tá entendendo! — virei de costas o rápido que pude, porém, a dor no abdômen foi aguda, eu ia cair no chão mas Bruce me segurou. Um olhar de repreensão foi suficiente.

Ele me levou rapidamente até meu quarto e me deixou na cama, fiquei com cara de tacho. Tentei levantar de novo e Bruce me empurrou para a cama. Aquilo era um castigo.

— Pode parar? — encarei.

— Eu que te peço pra parar de testar minha paciência! 

— Não tem que se importar comigo

— Quer dizer que agora vai virar uma noturna? 

— Não falei isso. Só quero que pare de me tratar como uma criança! 

— Eu só estou cuidando de você, te ajudando...

— Você que já está testando minha paciência com isso! Para! — ele me olhou e respirou fundo.

— Um dia você vai me agradecer — Bruce saiu do meu quarto e eu fiquei aliviada. Bom, nem tanto. A dor no meu abdômen era enorme e não tinha nada para fazer aquela dor cessar. Grunhi um pouco.

Ouvi umas batidinhas irritantes na janela que eu tinha. Deduzi que fosse a Victoria e gritei.

— Entra!  — em segundos ela subiu e apareceu na janela.

— Oi amiga... fiquei sabendo do que aconteceu. Você tá bem? Ouvi a voz do Líder aqui e tal... 

— Tá tudo bem — respondi seca.

— Tem certeza? Não quer falar sobre o que aconteceu? 

— Muitos vultos pretos, sangue e a morte de Ian.

— É, Olivia deve estar muito mal...

— Ninguém liga pra ela

— Mas e se fosse comigo ou com você, vai que... 

— Eu não namoro ninguém, nem você. Tá com medo de ficar viúva?

— Acho que não é bem o momento para fazer piadas, Jade.

— Mas eu estou falando sério. E vamos ficar com pena por quê? Eu avisei para todos eles que tinham criaturas perigosas por aí. O casalzinho riu da minha cara, olha só no que deu! 

— Nossa, você tá tão fria...

— Vic, por favor. Não vou bancar a coitada aqui, né? "Oh pai, por favor me ajude, estou com tanta dor!" — fiz uma imitação com voz fina. — "Pobre Olivia! Perdeu o amor da sua vida, como se não existissem outros vampiros por aí".

— Você fala assim porque não foi contigo! — fiz cara feia.

— O que você veio fazer aqui mesmo?

— Ver se você está bem, mas pelo jeito... 

— Olha aqui... — sentei na cama, gemendo de dor, mas sem perder a postura. — Eu avisei a todos eles! Se não quiseram me ouvir e riram da minha cara, o que você quer que eu diga? "Ah, teria sido diferente se eles me levassem a sério" 

— Você não entendeu!? Um vampiro MORREU, Jade! Não acha que isso é mais grave do que uma discussão boba de vocês? 

— Oh, e você acha que eles ligaram quando aquela Louisa chegou aqui e matou, não foi só um, foram vários que ela MATOU. Eu tinha avisado que ela era uma ameaça! Eu sempre aviso e ninguém nunca me ouve! Você quer que eu fique com pena? A minha parte eu já fiz, avisei, leve a sério se quiser! Danem-se! — gemi de dor no final.

Eu estava com muita raiva, e com o olhar que Victoria estava me lançando eu me sentia pior. Ela me fitava como se eu fosse um monstro ou algo do tipo, eu nem discordo se isso for o que ela está pensando, até porque a verdade só existe para os fortes, os que aguentam saber, não para os mais sentimentais que ficam por aí se alimentando de lamúrias e arrependimentos, nunca acham bom quando a verdade é jogada na cara deles, esse é o problema.

— Você não tem coração...

Louisa Wayne - Loba

 Dois meses desde que decidi fugir da alcatéia para salvar Jensen. Dois meses desde que havia dominado Louisa.

 Eu havia tentado tantas vezes traze-la de volta, mas desde aquele dia ela não me respondeu. Era como se ela tivesse sumido completamente. Como se tivesse desistido de mim. Sempre me pergunto se ela está com raiva de mim e está apenas me dando um gelo para que eu aprendesse que eu não sou a mesma sem ela. Mas esse gelo está durando tempo demais.

 Após aquela noite em que Nicolas me ajudou a fugir do castelo, e encontramos aquela vampira mimada desmaiada, tudo mudou.

 Nicolas levou a vampira embora nos braços e eu fiquei ali sem saber o que fazer. Ele havia me perguntado se eu ficaria bem e eu apenas assenti com a cabeça. Ele não levou aquilo à sério, mas foi embora do mesmo jeito.

 Naquela mesma noite, logo depois de Nicolas ir embora levando a garota nos braços, eu continuei ali mais alguns minutos, pensando no que faria. Não podia simplesmente desistir de procurar Jensen e voltar para a alcatéia como se nada tivesse acontecido. E então, depois de pensar o bastante, uma luz pareceu se acender na minha mente. O trailer. Aquele trailer velho que eu havia o encontrado da primeira vez. Era um pouco afastado dali, mas como estava na minha forma lupina, consegui chegar lá em menos de uma hora.

 Mesmo antes de entrar eu senti a presença dele e seu cheiro.

 Rugi apenas uma vez, para que ele pudesse me ouvir. Ele tentou fugir pela porta de trás. Talvez tivesse achado que fosse algum Selvagem, ou Kayn. Mas assim que eu apareci em sua frente ele se surpreendeu e me abraçou.

 Me transformei e ele me emprestou umas roupas velhas que haviam no trailer. Nós passamos aquela noite conversando sobre tudo o que havia ocorrido, e ele ficou pasmo. Durmimos por menos de duas horas e assim que amanheceu decidimos partir para outro lugar, o mais afastado possível do castelo e da Vila. Juntamos coisas úteis como roupas, cobertores, e algumas facas para caso encontrarmos algum animal ou então se formos atacados por o quer que seja.

 Achamos uma pequena cabana perto de um rio e estamos aqui desde então. Retiramos bastante água e colocamos em galões, para que pudessemos tomar banho no rio sem beber água suja dos nossos próprios corpos.

 Quanto a comida, eu caço e passei a ensinar Jensen a caçar também.

 Eu e ele nos aproximamos muito nesse meio tempo. Uma noite, alguns dias depois de termos saído do trailer, ficamos conversando a noite inteira sobre como eram nossas vidas antes de todo esse caos. Ele novamente tocou no assunto da ex namorada que conheceu num grupo de sobreviventes. Dessa vez ele havia me dito seu nome. Lydia. Ela nunca disse à ele seu sobrenome, dizia que aquilo era relevante quanto à tudo o que estava acontecendo. Eu também contei como foi o relacionamento de Nathan e Louisa, mas como Jensen ainda não sabe que eu não sou a Louisa, tive que dizer como se eu fosse ela. Disse o quanto foi complicado, já que ela e ele são pessoas completamente distintas. Além de que Kayn era contra porque ele sabia da fama de Nathan. Ou seja, aquilo tinha tudo para dar errado, e agradeço por ter dado.

 Rimos bastante, e logo após eu decidi que tinhamos que parar de falar sobre aquilo.

— Ok. Isso é tudo passado. — disse após nossa crise de risadas que pareciam não querer cessar.

— Concordo. — ele disse, suspirando. — Lydia se foi, assim como seu relacionamento com aquele idiota foi pelo ralo.

— É. Ainda bem.

— Ainda bem mesmo. — ele me encarou. — Acho que temos que focar mais no presente.

— Temos sim. — eu disse, sem perceber ao que ele realmente se referia.

— Acho que devíamos focar nisso. — encarei seus olhos caramelados que me fitavam curiosos.

— Nisso?

— É, eu e você. — ele disse e rapidamente senti meu coração batendo mais forte. — Olha a loucura que fizemos, Lou. Fugimos de tudo o que nos separava, Kayn e os vampiros. Agora... estamos livres. E finalmente eu posso dizer o que eu estava querendo dizer à tempos.

— E o que é?

— Você é especial. Me salvou inúmeras vezes, e fez loucuras impensáveis. Eu sou muito grato à você por isso. E não é apenas isso, você mudou completamente tudo. Eu gosto... muito de você.

 Respirei fundo, sorrindo em seguida. Não consegui pensar em nada a dizer, apenas agi e com isso aconteceu nosso primeiro beijo.

 Foi exatamente como eu pensei todo esse tempo. O jeito dele segurar na minha cintura de um jeito protetor e carinhoso ao mesmo tempo, o toque de sua mão no meu rosto e seu sorriso no final, foi tudo exatamente como eu havia pensado que seria. Simplesmente perfeito. 

 Durante todo esse tempo que estamos aqui tem sido assim. Ele está sempre tentando, de alguma forma, roubar um beijo meu. E eu, é claro, faço o mesmo.

 Nunca pensei que fugir da alcatéia poderia me fazer tão feliz, mas agora eu vejo que era tudo o que eu precisava fazer.

 Eu sinto falta de muita gente, Raymond, Eliza, Alex, até mesmo Kayn, mesmo sentindo raiva dele por tudo o que fez. Mas eu não voltarei à alcatéia, não tão cedo. Talvez nunca mais.

 A única coisa que realmente têm me incomodado, é esse sumiço de Louisa. Ela parece estar disposta à não falar comigo, mas depois de dois meses, isso já está ficando sério e estou começando a ficar incomodada. Até mesmo assustada. Ou isso é uma brincadeira dela, ou isso é sério e eu estou completamente ferrada.

 Jensen havia saído para pegar mais lenha, a noite está extremamente fria e os casacos velhos não estavam nos esquentando o suficiente. A fogueira que haviamos feito estava quase apagando devido à pouca lenha. Já estava quase indo atrás de Jensen quando ele surgiu de repente detrás da cabana.

— Estava quase indo atrás de você. Demorou. — eu disse e ele sorriu de leve.

 Ele carregava bastante lenha, se aproximou e juntou no fogo.

— Eu achei que tinha me perdido, por isso demorei. — respondeu.

— Por que achou que tinha se perdido? É tão simples.

— Eu só... esquece, não foi nada. Eu estou aqui, não estou? — brincou e eu o encarei.

— O que houve, Jensen? O que aconteceu lá?

— Nada. — respondeu, sem me olhar, mas assim que percebeu que eu continuava a olhá-lo, ele resolvei me olhar. — Eu só achei que estava sendo observado. Nada demais.

— Nada demais? Por que achou isso?

— Viu só? Por isso não queria te contar, sabia que ia ficar assustada.

— Asssustada? Eu não estou assustada! Só não acho normal você achar que está sendo observado. Você acha que alguém nos seguiu?

— Eu não sei. Acho que não. Eu procurei por alguns minutos, mas não achei ninguém. Acho que eu que estou assustado. — suspirou, dando um sorriso sem graça. — Por incrível que pareça ainda não me acostumei com o apocalipse. Parece que a cada segundo você vai ser atacado por algo ou alguém. Você nunca sabe se está seguro.

 Encarei-o por mais alguns segundos e então me dei conta de que Jensen é realmente uma pessoa assustada. Eu achava que era reflexo, todas ás vezes que ele sacava sua faca quando ouvia algum ruído, e quando acordava no meio da noite por causa de algum pesadelo. Ele ainda não se acostumou com essa vida de matar ou morrer, desse perigo costante.

— Vêm cá. — chamei-o para se aproximar e ele o fez, sentou-se ao meu lado em cima do pano que eu havia colocado no chão.

 Juntei suas mãos com as minhas e soprei numa tentativa de esquenta-las.

— Está tudo bem. Eu estou aqui, ok? — confortei-o. — Nós vamos nos proteger de tudo. Eu prometo.

 Jensen sorriu e assentiu com a cabeça. Sorri junto e o aproximei para que assim pudesse beijá-lo de forma carinhosa para demonstrar o quanto eu me importava com ele e que estava tudo bem.

 Nos separamos rapidamente para que pudessemos puxar ar, mas seu olhar penetrante sobre mim me fez puxa-lo para perto novamente beijando-o. Jensen passou suas mãos pela minha cintura, me puxando para mais e mais perto, até que eu estivesse em seu colo. Seu contato no meu corpo me fazia perder a noção de tudo. Era como se minha vida dependesse daquilo naquele momento.

 O frio que estava sentindo há alguns segundos atrás pareceu sumir sem que eu desse conta.

 Podia sentir o quanto ele queria ir adiante com aquilo, e eu é claro, queria o mesmo. 

 Mas aquilo não estava certo. Não com ele achando que eu sou a Louisa. Nós não podemos nos fazer um do outro com ele achando que está sendo da Louisa.

— Jensen... — chamei-o enquanto ele beijava incontrolavelmente meu pescoço.

— Que foi? — perguntou, sem parar os beijos.

— Para. Para. — me afastei repentinamente.

— Lou... desculpa, eu não devia ter feito isso. Eu fui muito rápido, me desculpa. — pegou na minha mão arrependido.

— Tudo bem. Eu também quero, quero muito. Mas eu não posso.

 Jensen me encarou sem entender.

— Não com você achando que eu sou quem eu não sou.

 Ele cruzou o cenho.

— O que quer dizer com isso?

 Abaixei meu olhar, respirando fundo e tomando coragem. A reprovação dele é a última coisa que eu quero.

— Naquela noite em que eu fugi da alcatéia, uma coisa estava me impedindo de continuar a minha caminhada até o castelo.

— O que te impedia?

 Encarei Jensen nos olhos e pude ver o quanto ele estava perdido. Aquilo acabava comigo.

— Louisa.

 Como se eu tivesse dito algo completamente sem sentido, Jensen continuou me encarando e juntou suas sombrancelhas numa expressão de dúvida.

— Lou, você sabe que não está dizendo coisa com coisa, certo?

— Jensen, isso não é uma brincadeira!

 Respirei fundo mais uma vez, suspirando em seguida.

— Ela não queria continuar indo até o castelo, achava que aquilo estava errado e queria voltar, mas eu não podia deixa-la fazer aquilo. Eu... precisava te salvar. Então, eu a dominei. Eu já havia a dominado antes, naquela vez que você fugiu da alcatéia. Porém... — senti meus olhos ardendo e senti raiva de mim mesma por ser tão tola. — Dessa vez foi diferente. Ela não me responde quando tento falar com ela.

— Você está dizendo que você não é a Lou e sim a loba dela?

— É, é exatamente o que eu estou dizendo. — uma lágrima escorreu e eu tratei rapidamente de secá-la.

— Ah, merda. — Jensen se levantou, e passou a mão nos seus cabelos nervosamente. — Você sabe como reverter isso, certo?

— Se eu soubesse como, eu teria revertido a partir do momento em que eu percebi que ela não estava mais aqui. — respondi e só depois percebi que havia saído rude demais.

— Por que fez isso? Por que?!

— Eu não sei! — exclamei, me levantando. — Eu estava disposta a ir te salvar, fiz isso por você!

— Eu não pedi para me salvar! Na verdade, a Jade fez isso antes de você.

 Aquilo foi como uma facada no meu peito. Ele estava realmente fazendo aquilo?

— Eu... você é tão babaca! Eu vou traze-la de volta. Não se preocupe.

 Passei por ele, e comecei a andar para outra direção. 

— Lou... Para onde você vai? Está de noite, é muito perigoso.

 Ignorei-o e continuei andando. Até senti-lo puxando meu braço me impedindo de continuar.

— Para onde vai? Voltar para alcatéia? E o que acha que vai encontrar no caminho? Você sabe muito bem que ninguém têm piedade de ninguém, então não aja como se fosse a mais forte e corajosa do mundo, porque você não é. Eu não vou deixar que você se arrisque.

— Eu não preciso que você se preocupe comigo. E não cabe a você decidir o que eu faço. Agora me solta.

 Talvez a forma como eu falei ou o jeito em que eu encarei, tão fria e indiferente, que o fez me soltar sem pestanejar.

 Dei uma última olhada nele, antes de me virar e continuar a andar. Dei apenas dois passos, antes de escutar uma coisa que me chamou a atenção e certamente a de Jensen.

 Um assobio. Similar a de um pássaro.

 E logo depois mais um, e mais um.

 Silhuetas em vestimentas pretas começaram a sair por detrás das árvores.

 Dei um passo para trás, assustada com aquilo. Eu já havia visto um deles, estava fazendo alguma coisa com aquela vampira. Mas agora eles estão em grupo. E o pior é que eu não faço idéia do que essas criaturas são capazes.

 Dois deles continuaram a caminhar enquanto os outros ficaram parados.

 O capuz foi retirado e assim pude perceber que era uma pessoa, mas não era realmente uma pessoa. Seu cheiro denúnciava que ele não era humano.

 A pessoa, era um homem. Um homem com características fortes, seus olhos negros e penetrantes me fitavam.

— Olá, loba. — ele disse, e sua voz grossa me fez sentir um pequeno choque. — Jensen. — olhou para o humano ao meu lado. 

— Como... como nos conhece? — vacilei por alguns instantes.

— Eu apenas sei.

— O que vocês são? — indaguei.

— Que pergunta inconveniente. Despensa apresentações?

— Pelo visto você já sabe quem somos, então nos resta apenas saber quem são vocês. — Jensen se manisfestou.

— Bom argumento. — disse o homem. — Somos os Bastille.

— São seres? — perguntei, ainda curiosa.

 A pergunta pareceu divertir as pessoas que ainda usavam os capus.

— Pode se dizer que sim. — respondeu.

— Por que têm nos observado? — perguntou Jensen.

— Por um motivo simples. Você.

— O que... o que isso quer dizer? — perguntei, começando a ficar apavorada.

 O homem não respondeu, apenas virou seu rosto na direção da outra pessoa que havia se aproximado junto com ele.

 A pessoa retirou seu capuz, revelando uma garota de cabelos negros e olhos azuis tão penetrantes quanto o do homem. Ela é simplesmente a personificação de um ser humano lindo. Mas o que me deixou curiosa nela não foi sua beleza, e sim o jeito que olhava para Jensen.

 Olhei para ele, que parecia petrificado, assustado e surpreso. Tudo ao mesmo tempo.

— Lydia? — foi apenas o que ele disse.


Notas Finais


Tantas dúvidas e surpresas nesse cap. Gostaram?? Comentem ai oq acharam e qualquer dúvida tmb nós respondemos.
Quero pedir uma coisinha à vcs, a Sarah está passando por um momento muito difícil pra ela, várias coisas estão acontecendo e o falecimento da avó dela apenas fez as coisas piorarem, quero pedir à vcs q mandem mensagens de apoio pra ela através dos comentários. Um "vc é incrível" "vc vai passar por isso" "vai ficar tudo bem", coisas simples, já ajuda. Quem fizer isso eu agradeço. Tenham uma ótima semana, um bj e até a próxima💙


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