Loba
Senti como se um balde de água completamente gelada tivesse sido derramado sobre mim. No instante que aquele nome foi citado, algo dentro de mim pareceu mudar de irritada para surpresa e ao mesmo tempo intrigada. Jensen me garantiu que ela estava morta, como isso era possível. Bom, em um mundo onde vampiros e lobisomens existem, isso não poderia ser tão impossível.
— Lydia? — Jensen novamente disse o nome dela, extremamente surpreso e encabulado. Imagino que pra ele aquilo parecia um sonho. Deve ser bizarro você reencontrar anos depois com uma pessoa que você achou estar morta.
— Jen. — a morena dos olhos incrivelmente azuis intensos disse e correu em direção à Jensen, abraçando-o forte. Ele ainda parecia estar em choque, mas logo após voltou a realidade e a abraçou de volta.
— O que... — ele nem conseguia dizer o que queria, isso se ele realmente soubesse o que queria dizer. — Você... como?
— Eles. — Lydia apontou para o grupo com grandes vestimentas pretas. — Os Bastille me salvaram.
— Bastille? — indaguei baixo para mim mesma.
Aquele nome era familiar para mim. Devo ter ouvido alguém na alcatéia falar sobre eles, mas o que eram eles? Uma enorme família? Seres sobrenaturais?
Enquanto me perguntava o que os Bastille eram, Jensen e Lydia conversavam longe de todos.
— Bom, eu não tenho mais o que fazer aqui. — disse, e comecei a caminhar pelos trilhos de trem.
— Não têm nenhuma idéia de quem somos? — um dos Bastille entrou na minha frente, sem retirar sua capa que escondia seu rosto.
— Não e nem quero saber, agora saia da minha frente. — respondi grosseiramente e passei por ele empurrando seu ombro.
— Têm certeza que vai deixar seu namorado sozinho com a gente? — parei no exato momento — Eu quero dizer, ele conhece a Lydia, mas ela está conosco agora. — me virei para o garoto — Ela é impiedosa, por que acha que ela é a preferida de Anthony? — se virou rapidamente apontando com a cabeça para o homem que parecia o chefe de todos.
— O que vocês querem? — perguntei, desconfiada — O que ela quer com Jensen? Por que só depois de tantos anos ela veio atrás dele?
— Bom, ela têm interesse nele. Além de que ela ainda gosta dele. Mas não viemos atrás dele por Lydia ainda amá-lo, na verdade isso não nos interessa nem um pouco. — explicou.
— Então, qual é o real interesse que vocês têm nele?
— Ele é o único envolvido com vampiros e lobos, e é o único que têm acesso à alcatéia e ao castelo.
— E daí?
— Isso você logo descobrirá. — disse e tirou seu capus em seguida, mostrando seu rosto. O jovem de pele clara, olhos intensos e azuis, e cabelos louros cacheados, deu um sorriso maroto.
— O que quer dizer... — antes que pudesse terminar minha pergunta, os olhos dele se tornaram totalmente negros, e minha visão começou a ficar descompensada.
Imagens começaram a passar pela minha cabeça em uma velocidade extraordinária.
Parecia ser verão, a luz do sol iluminava tudo. Foquei em olhos vermelhos e raivosos que combinavam perfeitamente com os cabelos vermelho que pareciam sangue debaixo do sol. Jade me encarava com ódio. Bruce estava ao seu lado, assim como vários outros vampiros, era uma quantidade incrível.
Tudo começou a passar rápido depois. Sangue por vários lados, e lutas assustadoras.
Novamente meus olhos se focaram em outros olhos, mas dessa vez eram olhos assustados e que pareciam estar sofrendo. Kayn me olhou de volta e logo depois começaram a se fechar.
Em outro momento, meus olhos estavam de novo encarando os de Jade. Ela em cima de mim, com suas mãos em meu pescoço apertando fortemente, o sorriso que se formou em seu rosto mostrava o quanto ela estava se sentindo bem ao fazer aquilo.
Pelo canto do olho pude ver Jensen, ao lado de Lydia e os outros Bastille. Jensen vestia as mesmas roupas deles. Seus olhos pairaram sobre os meus, mas não havia piedade nada neles, era como se ele não sentisse nada ao me ver morrendo pelas mãos da minha inimiga.
Ao abrir os olhos e levantar no susto, foi como se eu tivesse acordado de um sono profundo.
Me levantei e percebi que ainda estava no mesmo lugar, em cima dos trilhos, congelando de frio e ainda era noite. Mas estava sozinha. Jensen não estava ali, muito menos aqueles seres que eu não fazia idéia do que eram.
Ainda estava assustada com o que tinha acabado de acontecer. O que era aquilo? Aquele Bastille tinha colocado aquelas visões na minha cabeça? Aquilo estava pra acontecer? O que são eles?
Levaram Jensen. E provavelmente irão transformá-lo em um deles.
— Jensen! — gritei o mais alto que consegui.
Eu precisava encontrá-lo. Aquelas coisas não poderiam acontecer. Não pode ocorrer uma segunda guerra.
— Jensen!
(...)
A noite já havia ido embora, mas o frio continuava. O sol da manhã não esquentava em nada meu corpo e eu me encolhia cada vez mais dentro do casaco surrado.
Não me sentia nem um pouco cansada, mesmo tendo caminhado por horas e horas. A angústia no meu peito era grande demais para dar espaço a qualquer outra coisa. Jensen havia sido levado e eu não fiz absolutamente nada. Se algo acontecer com ele, eu nunca irei me perdoar.
Outra coisa que me incomodava era o fato de não saber o que eram aqueles Bastille. Um deles invadiu minha mente! Se vê-lo na próxima vez com toda certeza irei matá-lo, mas antes irei descobrir o que eram aquelas "visões".
Um som me tirou dos meus devaneios. Um galho sendo quebrado. Senti uma presença perto de mim e rosnei, mas logo relaxei ao sentir o cheiro tão conhecido de banana com um toque leve amoras.
— Lou! — ouvi Ray gritando e em seguida seu abraço forte. Abraçei-o de volta na mesma intensidade, estava realmente morrendo de falta do meu lobinho. — Onde você esteve? Por que fugiu daquele jeito? Por que nos abandonou? — perguntou desesperado.
— Se acalma, quando chegarmos na alcatéia eu te explico. — disse e peguei na mão dele, continuamos a caminhar pela Floresta.
Ao chegarmos na Vila, a atenção de todos se voltou para mim. Era como se eu fosse uma aberração e não fosse mais bem vinda ali. Bom, eu não esperava outra reação já que os "abandonei".
— Louisa! — Elisa gritou ao me ver e veio em minha direção, abraçando-me. — Onde esteve?
— Primeiro vou tomar um banho e comer algo, depois eu explico a todos. — disse e começei a caminhar em direção a minha velha cabana.
Entrei e senti o cheiro familiar de Ray e Elisa, eles provavelmente devem ter entrado muito aqui enquanto estive fora.
Caminhei até meu quarto e não tinha nada fora do lugar. Peguei uma muda de roupas e fui em direção ao banheiro.
Ao sentir aquela água morna bater contra meu corpo um alívio tomou conta de mim. Infelizmente não durou muito tempo. Logo após sair do banho, começei a pensar em Jensen e o que podem estar fazendo com ele nesse exato momento.
— Aconteceu algo. — voltei a realidade e percebi que Ray estava no quarto. — Você está pensando muito.
— Foi por isso que voltei. — admiti
— Por que fugiu, Lou? — perguntou, se sentando na minha cama e me puxou para sentar ao seu lado.
— Kayn.
— O que ele fez? — perguntou com um olhar assustado
— Você sabe, você estava lá quando ele deixou Jensen ser levado pelos vampiros! — me exaltei
Raymond abaixou a cabeça, arrependido.
— Eu tentei dizer algo, mas ele é o Alpha. Não posso contraria-lo.
Balançei minha cabeça olhando com desgosto para ele.
— O seu problema é que você é covarde, Ray. E você sabe disso. — ele olhou para mim surpreso pelo que eu disse, Louisa nunca falaria com ele de tal maneira. — Você poderia ter feito algo, ido atrás dos vampiros. Qualquer coisa, mas não! Você deixou que levassem-no para o corredor da morte.
— Sinto muito! — ele explodiu, se levantando da cama de relance. — Eu fui um idiota sim, mas não havia muito o que fazer. Me desculpa. Eu fui um covarde.
Não o respondi, aquilo era tudo verdade de qualquer jeito.
— Você fugiu para ir atrás dele, certo?
— Sim. Ele precisava de mim.
— E conseguiu salvá-lo?
— Sim, estávamos juntos esse tempo em que eu estive fora.
— E onde ele está agora?
— Jensen foi levado. — respondi, sentindo um aperto no peito e minha garganta se fechando.
— Levado? Por quem? Pelos vampiros? Eles acharam vocês?
— Não. Foram outros seres. — disse e me lembrei o que um deles fez comigo. As imagens ficavam se repetindo na minha cabeça. Era uma coisa simplesmente bizarra e ao mesmo tempo curiosa.
— Que seres?
—Eles se apresentaram como Bastille.
— Bastille? — Raymond cruzou o cenho — Nunca ouvi falar.
— Nem eu, por isso eu voltei. Vim procurar por respostas. E só uma pessoa as têm.
Saí do quarto sem dar atenção a Ray me chamando. Ao abrir a porta da cabana, um vento forte soprou contra meu rosto. Passei a caminhar na direção da maior cabana da Vila. Todos continuavam a me encarar como se eu fosse uma intrusa. E aquilo estava começando a me incomodar extremamente. Tentei me segurar, mas não resisti por muito tempo.
— O que foi?! — gritei — Eu vivo nessa Vila há mais de quatro anos, sou tão bem vinda quanto vocês. E se eu fui embora, foi por um motivo, e não foi um motivo irrelevante. Aposto que se uma pessoa importante pra vocês estivesse correndo risco de vida, vocês abandonariam tudo e iriam tentar salvá-la, mas se a resposta de vocês for "não", os ruins aqui são vocês. Então, antes de me julgar, por que não tentam se colocar no meu lugar?
Todos me encaravam atentamente, alguns me encaravam de uma forma que não consegui compreender e outros refletiam sobre as minhas palavras.
Um cheiro familiar me chamou atenção, o famoso cheiro de pinheiro e terra.
Virei-me encarando os olhos profundos e a barba por fazer, ele parecia mais magro e mais branco do que o normal. Kayn me encarava de volta como se o que visse não fosse real, como se ele achasse que eu não estava ali, que era só uma coisa da cabeça dele.
Demorou basicamente um minuto até que ele se desse conta que era mesmo eu, mas ao mesmo tempo seus olhos ficaram negros. E seu nariz se contorceu como se ele tivesse tentando entender meu cheiro. Naquele momento eu soube que não era Kayn me cheirando e me analisando, era seu lobo.
— Na minha cabana, agora! — foi tudo o que ele disse, antes de se virar e ir em direção a sua cabana, esperando que eu fosse atrás.
Jade Black
Depois que Victoria saiu do meu quarto eu me senti sozinha, sozinha e perdida. Não havia mais ninguém que pudesse me ajudar agora, nem eu mesma.
Olhei para as minhas mãos e me sentei na cama com cautela, como se eu fosse me quebrar em vários pedaços. Eu não entendia. Não entendia minha capacidade de fazer uma pedra de gelo se transformar numa avalanche de destruição.
Primeiramente, se eu não tivesse conhecido Jensen, não teria sido proibida de sair do castelo, não teria sido atacada por seres estranhos e os caçadores não teriam se machucado.
Sim, eu fui a causa disso tudo e não me resta mais nada. Eu estava aflita, sozinha e sem poder fazer nada produtivo, eu era fútil, sem utilidade para o Clã, era só a filha do Líder, a "princesinha".
Eu devia parar de querer o bem para os vampiros, afinal, você quer ser bonzinho mas nada retorna para você, mesmo que faça com todo o coração, você nunca vai ser suficiente para ninguém e todos te descartarão logo depois.
Eu vou fazer alguma coisa por mim, vou atrás de Jensen. Eu sentia um pouco de falta dele, ele que fazia a diferença aqui no território, sempre com histórias interessantes e uns desejos humanos tão estranhos. Quando ele dizia que "precisava dormir" eu ficava pensando como seria se eu voltasse a ser humana também. Confesso que tenho um pouco de vontade...
Olhei ao meu redor e tentei ouvir se alguém estava por perto, no caso, no corredor. Nenhum som. Eu não queria que me pegassem novamente, então fui até meu armário, mancando, e peguei uma adaga que eu tinha, lobo, vampiro, humano e criatura nenhuma iriam me pegar agora. Verifiquei se alguém me veria pela janela, pensei em deixar um recado para Bruce, caso ele voltasse, mas acho que ele estava pouco se lixando.
Um copo com sangue estava do lado da minha cama, bebi tudo e passei meu antebraço para limpar a boca. Eu ainda estava derrotada, mas eu tinha que ir atrás de Jensen!
Pulei a janela e aproveitei que não tinha ninguém naquela pequena região do castelo. Quando aterrissei no chão senti uma dor horrível, abafei os gritos com a mão e fiquei encostada nas pedras por uns dois minutos até que a dor passasse. Segui andando e vi que o portão estava aberto, como sempre. Sorri convencida, esperava voltar em breve, sem que percebessem minha saída.
Quando entrei em domínio comum me arrependi completamente, quem eu pensava que era? Eu morreria aqui, estava sozinha, completamente sozinha, já que das últimas vezes, os caçadores estavam comigo, ou Jensen, que me ajudava. Mas agora, eu estava só, perdida e machucada. O Noturno Ryan bem que me avisou certa vez, aqueles Selvagens que eu enfrentei eram fracos, e se eu encontrasse um bem mais forte do que eu?
Uma vozinha na minha cabeça disse para eu não desistir e ir procurá-lo. Senti culpa. Bruce ficaria com muita raiva de mim, mas eu voltaria antes, já que ele deveria estar se divertindo com a Katrina. Fui correndo até o trailer que eu sabia muito bem onde ficava, adentrei e o cheiro era bem familiar, bem Jensen...
Vi pela janela que estava escurecendo, não sabia se isso era bom ou ruim. Os Selvagens eram bons tanto na caça de dia quanto à noite, e como os Noturnos são nômades, eu provavelmente não os encontraria próximos daqui como da última vez que lutei juntamente com Jensen.
Apesar dos Selvagens não serem de Vilas, eles tinham seus territórios, não sei como, mas, se você quisesse criar seu território, teria que começar por você mesmo e juntar o máximo de lobos que conseguir para andarem juntos. Porém, se você quisesse pegar o território de uma gangue, ambas teriam que lutar para isso.
Eu não esperava ver isso nesse exato momento, duas gangues de Selvagens lutando ferozmente, sedentos por sangue e ambição de poder. Não era lá uma das cenas mais agradáveis de ver, mas nesse momento, isso nem importava. O jeito como eles se atacavam era diferente, era mais potente digamos assim. Instantaneamente, lembrei do que o Noturno Ryan uma vez tinha dito.
"— Porquê não atacou eles? — Jensen perguntou para Ryan, segurando um pedaço de carne em um espeto, ele fazia um churrasco ali. Ryan deu de ombros.
— Não queria gastar meu tempo com Harry, e também não foi necessário — ele tomou vários goles de sangue. — Também temos um trato entre nós, não devemos chegar perto um dos outros para não dar briga.
— Então porque os Selvagens foram atrás deles? — Rue perguntou desviando seu olhar de Jensen para Ryan.
— Porque eles mataram dois lobos — um homem que até então estava calado se pronunciou. Todos olharam para mim e para Jensen intrigados.
— Foi ela — Jensen apontou para mim e eu me senti traída.
— Tudo bem pessoal, os lobos de Harry são fracos, qualquer coisa, nós damos conta. Jade, Jensen, vocês tiveram sorte de não cair nas mãos um Selvagem mais forte. — Ryan sorriu e piscou para mim."
Era exatamente isso, Selvagens mais fortes. Um frio percorreu pelo meu corpo e eu parei de andar. Olhei em volta e senti que estava sendo observada. De repente, a atmosfera parecia escura e apertada demais para fugir, eu estava numa sensação de terror que me tremia as pernas. Comecei a olhar rapidamente para todas as árvores e todas elas possuíam sombras estranhas.
Era demais pra mim. Entrei em desespero e dei meia volta completamente aterrorizada. Minha face bateu com violência em alguém que estava atrás de mim esse tempo todo e apareceu do nada na minha frente, dei um grito ensurdecedor, até reconhecer quem estava ali.
— O que tá fazendo aqui, e sozinha? — era Ryan, o noturno que salvou eu e Jensen naquele dia em que quase morremos.
Me recuperei do susto e balancei a cabeça, confusa.
— Não sabia que Noturnos apareciam de dia, bem contraditório. — ele deu um risinho de canto.
— Alguém veio com você? — perguntou, olhando para todos os lados.
— Não.
— Que estranho... estou com uma sensação de que estamos sendo...
— Observados... — completei.
— Se quiser, te levo para nossa toca e você fica até amanhã, estará segura.
— Não... acabei de sair do castelo, tenho que esticar as pernas e ir para o mais longe daqui.
— Você saiu sem permissão? — ele me olhou um pouco incrédulo.
— Estava chato...
— Alguém como você saiu do castelo... Você decidiu se tornar uma Noturna?
— O quê? Não, não, não! — gesticulei.
— Ah... desisto de você
Ele deu as costas e começou a andar, eu ia ignorar aquele maluco e voltar a procurar, mas toda aquela tensão tinha me feito esquecer o motivo da minha fuga. Chamei Ryan.
— Ei, você viu o Jensen por aí? Ele está com vocês? — gritei
— Jensen? — ele se virou pra mim.
— O humano!
— Ele sumiu? — gritou.
— Sim! — gritei de volta.
— Oh, desista. Com tantas criaturas por aí... acho difícil alguém como ele sobreviver. — fiquei chateada.
A atmosfera ficou ainda mais tensa quando ouvi um estrondo no topo de uma árvore e um assovio suave. Eram eles.
— Ryan... acho que chamamos muita atenção.
— Corra, Jade! — ele fez um gesto para segui-lo e assim o fiz.
Ouvi pisadas atrás de mim, mesmo com toda nossa velocidade, eles pareciam ainda poder nos alcançar, até que eu senti uma dor na barriga e cai no chão.
Continuei me arrastando para longe e recebi um chute em seguida. Ok, isso doeu de verdade.
Virei-me para ver a cara do idiota que tanto se divertia com meu sofrimento, como uma criança segurando uma lupa sob uma formiga no sol.
Para minha surpresa era uma mulher, tinha cabelos loiros em uma trança, parecia uma boa pessoa se não fossem seus pés chutando meu estômago como um saco de pancadas.
A dita cuja me levantou pelo casaco e grunhiu na minha cara.
— Você vem comigo.
Antes de apagar, com o canto do olho, pude ver um sorriso sarcástico de Ryan. Uma armadilha.
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