1. Spirit Fanfics >
  2. By Your Side >
  3. Capitulo Único

História By Your Side - Capitulo Único


Escrita por: takeabow

Notas do Autor


Magu... Esse é pra você

Capítulo 1 - Capitulo Único


Sentir seu cheiro pela manhã era uma sensação indescritível. Seus braços enroscados em minha cintura nua. Seus dedos ásperos involuntariamente acariciando minha pele enquanto sua respiração pesada entregava seu sono profundo. Ainda era cedo, o relógio marcava 5:30 da manhã. Minha cabeça ainda confusa da noite anterior. O cheiro do álcool ainda deixava seus vestígios pelo quarto. Algumas garrafas espalhadas traziam à tona as lembranças ainda confusas da noite anterior. A única coisa que eu conseguia pensar no momento era de como eu senti falta de acordar assim, ao seu lado.

Os últimos 2 meses sem ele foram confusos. Me entupir de trabalho era mais fácil do que aceitar o que estava acontecendo. Minha vida turbulenta não me havia deixado tempo para processar nossa separação, e eu estava bem com isso, até o início dessa semana, Foi quando a realidade foi brutalmente jogada contra meu rosto. Finalmente uma tarde tranquila, eu pensei, uma tarde livre depois de tanto tempo. Liguei a televisão e a primeira coisa que me apareceu foi sua foto ao lado de uma mulher desconhecida. Ele era o grande assunto dos sites de fofoca. Minha foto ao seu lado apareceu logo em seguida. Mas é claro, a mídia ainda não sabia do nosso término e eu gostaria de manter segredo, mas ele foi mais rápido, ele arrumou outra. Desliguei a televisão em um impulso. Meu cérebro anda processando a informação, dessa vez não teria volta, e a culpa era toda minha. Eu o havia mandado seguir em frente, eu disse que a nossa relação era desgastante, eu o deixei.

Esperei que o fim da semana chegasse, para que pudesse então afogar minhas magoas, lembranças e arrependimentos. Passei toda a semana pensando apenas nisso, era impossível me concentrar no trabalho ou em qualquer outra coisa que eu tentasse usar para me distrair, aquela imagem sempre voltava à minha cabeça. Uma loira, completamente normal, como ele gostava. Ele nunca escondeu que o que ele mais gostava no nosso relacionamento era como parecia com um relacionamento comum, entre duas pessoas comuns, quando estávamos juntos esquecíamos da mídia, do mundo ao nosso redor e de tudo mais que conseguíssemos, éramos só nos dois, e agora ele tinha alguém com quem ele podia realmente escapar da realidade, alguém que tinha outra realidade, mais tranquila do que a que dividíamos.

Quando estacionei em frente ao primeiro bar que consegui encontrar no caminho de volta para casa, recebi alguns olhares de quem passava na rua, por um momento me senti culpada, como se todos estivessem me julgando. O interior era mais calmo, ninguém ali parecia se importar com quem eu era ou o que estava fazendo ali, todos estavam apenas bêbados demais ou concentrados demais para reparar na garota de vestido preto que fazia seu caminho até a outra ponta do balcão. Meus dedos trilhavam seu caminho sob a madeira úmida do qual era feito o balcão. Após o terceiro drinque já estava mais pensativa, um tanto deprimida, As memorias pareciam voltar com mais intensidade e nitidez e isso era o extremo contrário do que eu buscava esta noite.

Em algum ponto da noite eu já estava bêbada demais para prestar muita atenção na silhueta que havia se sentado ao meu lado, sem uma palavra, as vezes me encarava e voltava a mexer com as duas pedras de gelo que boiavam em seu copo de uísque. Minha cabeça já zonza e minha visão embaçada me diziam que era hora de parar, mas minhas lembranças, as únicas que o álcool não conseguiu apagar, me incentivavam a continuar. Seu cheiro ainda era vivido em minha mente, era como se eu pudesse sentir seu perfume novamente, como no dia em que nos encontramos pela primeira vez. Era como se eu estivesse revivendo o momento em que o deixei escapar por entre meus dedos a noite inteira.

Não importava quantos drinques eu tomasse, o estranho ao meu lado continuava a encarar o mesmo copo com suas duas pedras de gelo a derreter. Comecei a criar curiosidade, por que ele me olhava tanto? O que havia de errado com o seu copo? Ele parecia tão cabisbaixo e deprimido, todos ali dentro pareciam. Seus olhos correram para me olhar mais uma vez quando em um estalo me dei conta. Eu conhecia aqueles olhos, mais do que eu gostaria de admitir, já havia passado horas a admirar sua cor e profundidade. Seu rosto virou logo em seguida, não me restou tempo de ter certeza. Meu corpo estava congelado com a aflição e ao mesmo tempo minhas bochechas avermelhadas com a adrenalina e o álcool que corriam em minhas veias. Quando me dei conta ele ainda estava lá, mais encolhido sob o banco de madeira comprido e estreito, sentado ao meu lado, com o mesmo medo que eu sentia de olhar-lhe nos olhos.

 

- Eu sinto muito – depois de longos minutos em silencio, criei coragem, estufei meu peito e com a voz um pouco presa eu falei – por tudo

 

Esperei cautelosamente enquanto meus sentidos aguçados e confusos me deixavam extremamente atenta a cada movimento seu. Notei que ao ouvir minha voz ele bebeu em um só gole todo o seu uísque batendo o copo de vidro na mesa logo em seguida, o barulho estridente das pedras de gelo contra o vidro me alertou sobre uma leve dor de cabeça que até agora nem sequer tinha notado.

 

- John... Eu sei que a culpa de tudo isso é minha, eu sei que eu não tenho o direito de reclamar. Tudo o que eu disse é verdade, nossa relação não estava no seu melhor momento mas eu precisei te perder, mais de uma vez, para perceber que não importa o quão ruim as coisas estejam entre nós, ainda é melhor do que qualquer hipótese de vida sem você.

 

Era frustrante esperar por alguma reação, ele continuava sentado no mesmo lugar, não mexia um musculo. Respirei fundo uma última vez tentando segurar todas as emoções que estavam por surgir, joguei algumas notas sobre o balcão e me apressei para o lado de fora. O vento frio em meu rosto me devolveu parte da sobriedade. Recostei-me contra a parede de tijolos expostos que ficava logo ao lado e tomei meu tempo. Não demorou muito para que a porta ao meu lado se abrisse revelando um rosto confuso que olhava em todas as direções buscando por algo, buscando por mim. Quando seus olhos encontraram os meus pela segunda vez eu percebi a dor que ele sentia, eu sabia como era porque nos últimos meses era a mesma que eu sentia. Em questão de segundos senti suas mãos geladas tocarem-me o rosto e seus lábios sedentos buscarem por mim. Nossos lábios buscavam um ao outro e nossos dedos se enroscavam buscando acabar ali mesmo com toda a distância que havíamos tomado durante os meses que passaram.

 

- Eu tentei, eu juro que tentei fazer tudo que me pediu. Eu tentei seguir em frente, te esquecer – ele disse com seus olhos fechados, sua testa colada na minha e respiração ofegante – era impossível, tudo me lembra você. Em cada rosto que eu olho eu vejo você. Hoje eu achei que eu estava enlouquecendo de voz, eu achei que o álcool estava me causando alucinações. Sentir seu cheiro ao entrar naquele bar, ver sua silhueta escorada no balcão. E então você começou a falar, e eu tive certeza de que era você, que não era mais um dos muitos sonhos e devaneios que eu venho tido com você - ele me olhou fundo nos olhos e me beijou mais uma vez – não me importa o que você disser, Katy, eu não vou te deixar ir novamente, eu tenho o direito de ser egoísta, eu não vou passar por tudo isso mais uma vez. Nunca mais.

 

Soltei-lhe as mãos e puxei seu corpo contra o meu, beijando-lhe uma última vez antes de agarra-lhe pelos ombros e cambalear em direção ao meu carro que estava estacionado a poucas vagas de distância. Suas mãos percorreram meu braço até chegarem as minhas, e sem que eu percebesse ele pegou as chaves que eu segurava. Beijou-me castamente nos lábios e entrou no banco do motorista. Sozinha do lado de fora, mordi meus lábios e entrei ao seu lado, ruborizada e um tanto excitada, cruzei as peras e não disse uma sequer palavra até que chegássemos à frente da minha casa.

Quando a porta se abriu seus lábios buscaram os meus com menor pudor, Suas mãos explorando o território já conhecido, demoravam mais em pequenos pontos que ele descobriu, com o tempo, que me enlouqueciam. Minhas pernas já bambas com a mistura do álcool e a excitação me levaram a enroscar-me em sua cintura enquanto suas mãos escorregavam até minha bunda buscando apoio. Seus lábios desciam até meu pescoço e empurravam as alças finas que prendiam meu vestido no lugar. A cada movimento seu, eu podia sentir se membro se enrijecendo contra minha virilha. O caminho até a grande mesa de carvalho que eu mantinha no centro da sala parecia mais comprido a caba beijo.

Quando ele finalmente apoiou meu corpo sobre a mesa, seus dedos me despiram rapidamente, logo estava completamente nua e entregue ao seu toque. Minha pele sensível previa sua trilha de beijos antes mesmo que a tocasse, seus lábios sedentos percorriam todo o meu corpo avidamente até acharem seu lugar favorito. Meu sexo inundado pelo prazer me mandava arrepios e espasmos de prazer por todo o meu corpo, se derretendo e se adaptando ao seu toque. Seus lábios já estavam muito bem familiarizados com meu corpo e em questão de míseros minutos eu cheguei ao clímax extremo do meu prazer. Ele continuou a traçar seu caminho pelo meu corpo desta vez com seus dedos ásperos me penetrando tortuosamente devagar. Meus seios sensíveis e enrijecidos me fizeram tremer ao seu primeiro toque, seus lábios depositaram um beijo gelado em seu topo e então ele seguiu caminho até minha boca.

 

- Ah eu senti tanto a sua falta – gemi ao sentir que ele estava a se aproximas dos meus lábios e então acabei de vez com a distância entre nós.

 

Eu podia sentir o meu gosto em sua boca. Por minha vez ajeitei-me contra a mesa de modo que pudesse despi-lo sem perder totalmente o contato. Puxei sua camisa branca até a base do seu pescoço e quando, de uma vez, retirou seus dedos de dentro de mim, gemi em protesto e deitei-me mais uma vez sobre a mesa. Em questão de segundos ele estava completamente nu, e apesar da rotina essa era uma imagem que me fazia enrubescer toda vez que via à tona. Sem perder tempo minhas mãos correram para segura-lo, minha boca buscava pela sua e meu ego inflava ao ouvi-lo gemer meu nome sob meu toque. Fechei meus olhos e apenas senti o momento. Ele pulsava em minhas mãos e gemia contra meu corpo, meus lábios inquietos buscaram agrada-lo e percorreram toda a sua extensão, com a mão que me restava livre abri a embalagem de alumínio que ele sempre levava consigo no bolso mais interno de sua jaqueta, e coloquei-a no lugar. Eu estava pronta e por mais que senti-lo derreter sob meu toque fosse satisfatório, não era o suficiente. Eu queria mais, eu precisava de mais. Sentei-me na beirada da mesa e aguardei ansiosamente seu próximo movimento.

Sua boca presa a minha e sua cintura me pressionando contra a superfície me fizeram estremecer e desmanchar em seus braços enquanto ele me posicionava novamente deitada e então me preencheu por inteiro. Era como se fossemos feitos um para o outro, naquele momento todos os problemas desapareceram junto com o sofrimento dos últimos meses.

 

 

Eu sentia as gotas quentes baterem contra meu rosto enquanto me ensaboava por inteira. Meus olhos fechados me permitiam curtir apenas a sensação de um bom banho após uma noite ardente de reconciliação. Minha mente estava leve e minha consciência consideravelmente mais tranquila. Eu estava entretida o suficiente com meus pensamentos para não perceber a porta se abrindo atrás de mim. Suas mãos contra meu corpo me fizeram pular e então logo em seguia me joguei em seus braços. Sem nenhuma palavra, segurei-me em seus ombros e o beijei enroscando meus dedos em seus cabelos recém-cortados. E ali dentro daquele pequeno box, ou em qualquer lugar, eu me sentia segura, eu me sentia bem, eu me sentia livre. Eu estava ao seu lado. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...