História Cabe a cada um prender sua felicidade. Kookmin - A primeira vez que encontrou o Lobo.

Mundo Colgar, Reino de Thomorrah 352 d.R

A muito tempo atrás, quando todos ainda usavam roupas extravagantes e o mundo era dividido por reinos, existia um grupo que se chamava a “Alma da noite”. Esses também conhecidos como vampiros não aceitavam a mistura de outras raças com seu sangue puro, mas devido a uma inesperada situação, a filha do rei apaixonou-se por um Feahel (Anjo Caído). Dessa paixão ela teve uma gravidez arriscada de trigêmeos, sem que os seus súditos soubessem, o rei aprisionou a filha no castelo e baniu de seu reino o Feahel. Quando os bebês nasceram foram tratados como puro sangue já que não apresentavam traços do pai.

Os trigêmeos (duas meninas e um menino) eram os xodós do reino, mas como qualquer família real eles tinham seus inimigos. As duas meninas tinham cabelos ondulados e pretos, olhos castanhos quase como mini copias da mãe, já o menino tinha cabelos lisos e olhos castanho mel, porém todos com a pele tão branca que quase eram visíveis as veias. O mais novo por questões de segurança e por ser candidato direto ao trono, era tratado como uma menina e usava os mesmos estilos de vestes. Vale lembra que, somente o rei e sua filha sabiam que entre as trigêmeas uma era na verdade um menino.

Até os quatro anos cronológicos em estrelas eles viviam bem, mas no aniversário de cinco anos dos pequenos, Vannylia (a mãe) foi assassinada. Nesse mesmo tempo, o mais novo dos trigêmeos rompeu um lacre de magia. Apenas uma a cada milhões de crianças nasciam com tal capacidade, mas para o pequeno essa não era uma boa notícia. Seu corpo era fraco não aguentava toda a magia que lhe era concebida.

Ao completarem seis anos o castelo sofreu um ataque, houve poucas baixas, mas o tio das trigêmeas levou a mais nova para o laboratório de Idart que ficava ao Extremo Norte para tratar seu poder em excesso. E lá ele ficou, por dois anos sem receber notícias de sua família, até que soube por fofocas entre os médicos e técnicos que suas irmãs estavam desaparecidas. Eles não sabiam que o pequeno  era da família real e seria melhor que não soubessem mesmo.

...

Mundo Colgar, Villa Mondryar 567 d.R

Alguns anos depois da fuga do Laboratório.

- Kwinza! Kwinza! Vamos, depressa, nós já chegamos. - Jimin "a garota" chamava pelo Elfo. - Olhe para baixo da montanha, é a Villa Mondryar.

Jimin tinha os cabelos muito longos e brancos, em todos os anos de sua vida foram poucas as oportunidades que teve para corta-lo, seus olhos eram cinza, como se houvessem apagado todas as suas cores.

- Senhorita Jimin! Espere senhorita Jimin! não corra ou poderá se machucar.

- Fale menos e ande mais. - Jimin corria sorrindo com a possibilidade de finalmente encontrar seu pai. -  Aqui nós poderemos encontra-lo, meu pai deve estar aqui, tenho certeza. Ele tem que estar.

Kwinza era um Elfo Green, tinha orelhas pontudas e a pele meio esverdeada, seus olhos eram azul-claro, seu cabelo cinza escuro, carregava sempre um cajado com uma pedra negra trincada em vários lugares.

Logo seria noite e ainda havia uma densa floresta pela frente. As árvores eram uma matriz de verdes e azuis de diversos formatos com suas copas tão brilhantes quanto diamantes e o céu criava tons de roxo e laranja anunciando a chegada da noite.

- Temos que nos abrigar, já é noite e seria perigoso deixar a senhorita caminhado por essa floresta.

- Já falei que não precisa ficar me chamando de senhorita? E não se preocupe na verdade eu deveria caminhar mais a noite do que durante o dia, sabe o quanto o Sol me deixa fraco. - Corrigiu-se. - Fraca.

Sabia que não conseguiria convence-la de ficar e descansar, por isso depois de discutirem o que fariam quando chegassem a vila, voltaram a caminhar.

...

Não muito longe da li um grupo de Lycan’s caminhavam em silêncio entre as árvores, o grupo era de três machos e duas fêmeas. O objetivo dos dois grupos era o mesmo, encontrar o Feahel. Porém cada um tinha uma razão diferente. Para os Lycan’s o Anjo Caído saberia onde encontrar a Arma Suprema que salvaria todos os reinos e evitaria a Guerra dos Continentes.

- Jungkook, vamos ir até a vila ou devemos montar as barracas? - O ômega do grupo pergunta.

O garoto de cabelos pretos bagunçados e olhos laranjas olhou para quem o chamava. Jungkook tinha um corpo definido, nada em excesso, nada faltando. Um perfeito abdômen e o rosto que qualquer um teria inveja, um Alfa e ainda por cima filho do rei Lycan.

- Namjoon, o que acha? - Jungkook olhou para o outro Alfa. - Ficamos aqui ou vamos até a vila?

- Vamos ficar aqui essa noite, Jin mal aguenta as próprias pernas, e Sane e Urit também estão cansadas. - Namjoon era alto, mantinha um penteado curto e um corpo musculoso.

- Ok, eu vou dar um passeio e já volto. Jin quer que eu busque água?

Jin era o único Omega do grupo, era tão alto quanto Namjoon, seu corpo era mais delicado, mas não deixava de transparecer a masculinidade, seu cabelo era curto e liso quase na altura dos olhos.

- Sim, não vá muito longe, volte rápido que eu farei um caldo para relaxar o corpo e todos descansar bem essa noite.

Estavam apressando o máximo que podiam a viajem, mas descansar também era algo importante. Principalmente quando não se sabia o que poderiam encontrar pela frente.

...

No outro dia quando Jimin acordou, sentiu o desconforto pelo Sol, nada que não resolvesse com uma manta de magia, já que a sua era muito forte e tinha que constantemente ficar gastando-a para não levar seu corpo ao limite. Essa pequena manta que ficava ativada durante todo o dia já ajudava muito. Saiu de fininho do quarto, pois não queria acordar Kwinza e foi olhar a vila.

Em apenas uma hora conseguiu as informações que precisava, o mais interessante foi que consegui também entrar em uma briga com um bêbado e quase destruir um bar. Eles que o perdoassem pois Jimin não era de levar desaforo para casa muito menos uma passada de mão na sua bunda. Aproveitou que estava já no centro da vila e foi ver o festival que estavam realizando, algo a respeito da boa colheita que haviam conseguido. Todos se divertiam com musicas danças e comida para todos os lados quando se deu conta da hora já estava escuro e prontificou-se a voltar para a pousada antes que Kwinza surtasse de preocupação. No caminho de volta viu que já não existia uma alma viva andando na rua. Estava sozinho. Estranho, pois a não muito tempo atrás haviam pessoas cantando e dançando.

Seguindo pela rua, Jimin teve uma sensação estranha. Olhou em volta e não viu nada, mas sabia que alguém o estava observando. Seguindo seu caminho parou em frente a um beco escuro. No final do mesmo tinha um garoto jogado no chão, um cheiro de sangue vinha dele. Correndo até o garoto e tentou ver de onde vinha o cheiro de sangue. A luz fraca da Lua Crescente iluminou as sombras do beco. Quando virou o garoto o mesmo abriu os olhos.

Trocou a posição  prensando Jimin no chão, enquanto o farejava. A princípio se assustou, mas o garoto era de tirar o folego. Não sabia o que fazer.

- Quem é você? - Perguntou o garoto ainda o cheirando.

- Primeiro para de me cheira, e depois me fale quem é você. - Frisou a ultima parte.

- Me chamo Jungkook pequena cheirosa.