História Cabe a cada um prender sua felicidade. Kookmin - Nós não estamos sozinhos.

Mundo Colgar, Reino de Thomorrah 352 d.R

Narrador.

- Eu me pergunto como pode nascer um bebê daqui, quando você não engordou nada.

- Eu sou especial.

- Sim, você é. - Alguém falou à sua direita.

- Kwinza?

- Que bom que não se esqueceu de mim. - O Elfo sorriu gentil. - Mas pode ser que queira me esquecer depois do que vou falar agora.

- Como eu poderia querer esquecer você? - Jimin levantou-se. Queria abraçar o velho amigo, quase não acreditava que ele estava vivo ali na sua frente. - Depois de tudo o que passei com você, depois do que aconteceu a sua vila por minha causa. Eu achei que você estivesse morto.

- O que aconteceu a minha vila não foi sua culpa e você sabe disso. - Jimin quis se aproximar do verdinho, mas ele sinal para que parasse. - Seu pai pediu para que eu falasse com você.

- O que aconteceu com ele?

- Eu não sei, talvez tenha virado humano não tenho certeza, mas preste atenção. Eu preciso que você lembre de algo que o Anjo do esquecimento falou para você.

Só de pensar no Anjo Jimin teve um calafrio e Jungkook o abraçou para confortar.

- Purah?

- Sim.

- O que eu deveria lembrar?

- Alguma coisa que ele tenha dito, mas que depois sabia que apagaria de sua memória.

No mesmo instante as lembranças do primeiro dia que conheceu o Anjo surgiram em sua mente.

...

- Por que um Anjo está ajudando um vampiro comum?

- Tenho meus motivos.

- Os mesmos que disse que me faria esquecer depois de contar?

- Sim.

- Não é triste?

- O que?

- Não poder confiar em ninguém.

- Quem disse que não confio?

...

Seria algo desse dia? Jimin franziu o cenho tentando lembrar o resto da conversa. Estava dentro de uma banheira e Purah estava contando algo que sabia ou pensava que ele esqueceria depois, mas não era algo tão importante.

...

- Quer mesmo saber?

- Sim.

- Vou ter que fazer você esquecer depois.

- Mas pelo menos vai ter me contado.

- Você não vai lembrar.

Sentou-se na banheira e o olhou sem muita paciência.

- Vai contar ou não.

O outro deu uma risadinha e recostou-se na cadeira.

- Tudo bem, vou contar. - Jimin deitou-se de novo esperando o Anjo continuar. - Os humanos fizeram coisa horríveis com você, tão ruins ao ponto de torna-lo perigoso até mesmo para os Anjos.

...

- Ele falou que eu seria perigoso até para o Anjos.

- Tem mais alguma coisa? - Kwinza o encorajou a pensar mais um pouco.

...

- Isso não parece tão ruim ao ponto de me fazer esquecer.

- Eu não estou lhe ajudando em obediência aos superiores que querem manter você sendo vigiado. Meu objetivo é outro, eles nem sequer sabem que você está comigo.

- Qual o motivo de você me ajudar então?

- Se não souberem quem é você, não vão poder lhe impedir.

- Me impedir de que?

- De destruir essa dimensão.

...

- Purah disse que eu destruiria essa dimensão. - Voltou a encarar o Elfo. - Mas eu sei que não tenho poder suficiente para isso.

- Você não Jimin. Essa foi a única coisa que o Anjo errou. - O Verdinho já começava a desaparecer. - Não é você, é o seu filho.

- O que quer dizer com isso? - Jungkook pôs a mão sobre o ventre de Jimin, um reflexo do desejo de proteger o pequeno que ainda não havia nascido.

- Eu estou do outro lado do continente nesse momento e não vou conseguir manter minha imagem por muito tempo, por isso vou ser rápido. - Ele respirou fundo antes de voltar a falar. - Os Anjos sempre souberam onde você estava, mas não fizeram nem um movimento por que você não é uma ameaça a eles, porém isso muda se você der a luz a essa criança.

- Porque?

- Essa criança não é perigosa apenas para os Anjos. Se ela nascer pode pôr em risco bem mais que apenas o Mundo Colgar. Por isso eles vão vir atrás do bebê.

- O que os Anjos querem fazer com meu filho? - Ele teve medo de perguntar, no entanto ainda queria saber o que eles seriam capazes de fazer.

- Jimin... - O Elfo hesitou em falar.

O baixinho pegou na mão de Jungkook sobre seu ventre e a apertou.

- Me diga.

- Você é um dos mais fortes vampiros e ainda tem o sangue de Anjo de seu pai, junte com o do Lobo e não é qualquer Lobo. - Sim, Jungkook não era qualquer Lobo, era um Glabro o que o tornava ainda mais forte do que um Lúpus. - Isso deixaria qualquer pessoa com medo do que poderia vir a ser essa criança, para manter a ordem um sacrifício seria feito.

- Eu não ouvi isso. - Jimin rangeu os dentes pela ira que o abraçou sendo bem-vinda. A pressão subindo fez suas mão tremerem.

- Aquele nascido de um Vampiro e um Lobo e que também carrega o sangue sagrado de um Anjo vai trazer o fim dos tempos junto ao seu nascimento. A escolha entre proteger ou destruir e se vale a pena preservar nosso mundo, caem sobre as mãos dessa criança. - As palavras ditas na linguagem Élfica mesmo sem serem traduzidas eram facilmente compreendidas, mas o que surpreendeu a todos não foi ter entendido a mensagem e sim quem a passou. - Já faz um longo tempo não é. - A Elfo sorriu parando ao lado de Kwinza.

Aquela estava sendo uma tarde e tanto, Jimin poderia se perguntar quantas pessoas ainda iria reencontrar antes de ver o fim do dia. Contudo, de todas as pessoas que se quer pudesse ter imaginado, nunca pensou que se encontraria logo com Haeyon uma das últimas Elfo cinza e Irmã de J-Hope.

- Você conseguiu encontrar. - O verdinho bagunçou os cabelos dela como se agradece o esforço realizado. - Não sei o que seria de mim sem você Yon, mas vai esgotar o círculo magico se nos dois o dividirmos.

- Desculpe, eu só queria ver um velho amigo. - Acenou para todos dizendo 'oi'. - Você me deve uma.

- Depois conversamos. - Falou antes dela sair do círculo. - Eu apenas vim avisar. - Olhou para o outro casal que também estava ali. - Espero que possamos nos encontrar de novo algum dia.

- Em uma situação um pouco menos complicada, quem sabe? - Jin lhe sorriu.

- Levem Jimin para a água, ela é a base de qualquer vida, vai ajudar... - E então o Elfo desapareceu, não deu tempo de despedidas e provavelmente ele tinha mais coisas a falar, mas sua magia pouco durava em situações importantes.

Jimin tremia ainda mais depois que ouviu Haeyon, segurava a paciência em si para não perder a calma que a pouco o abandonou.

- Só porque é meu filho? - Perguntou baixinho. - Nosso filho? - referiu-se ao companheiro.

Jungkook o virou de frente para si e levantou a cabeça dele até seus olhos se encontrem.

- Não vai acontecer nada com o nosso bebê.

- Mas e se acontecer? E se não conseguirmos o manter a salvo o que aconteceria depois? - A cada palavra dita o medo dando um empurrão na raiva. - E depois?! Os Anjos vão vir atrás do meu segundo filho? E do terceiro? E de todos os que eu quiser ter para manter aquelas bundas intactas enquanto voam no paraíso? - Uma dor começava a incomodar no baixo ventre aos poucos roubando o folego que o baixinho tinha. - Eu não quero... - Tentou recuperar a calma. - Que ele viva fugindo. - Puxou ar com força sentido as pernas fracas e Jungkook o segurou em pé. - Eu não quero isso para o meu filho.

Gritou encolhendo o corpo pela dor forte o deixando tonto, o alfa sentou no chão com Jimin pressionando com força sobre o desenho abaixo do umbigo.

- O que foi? Jimin? O que aconteceu? - Jungkook desesperou-se com o companheiro já quase se contorcendo no chão.

- Eu acho que ele está entrando em trabalho de parto. - O ômega correu para junto deles sendo seguido por Namjoon.

Jimin suava de maneira excessiva com seus fios negros grudados ao rosto e o corpo esquentando como se estivesse sobre o fogo, tentava respirar com calma mais parecia que quanto mais respirava mais faltava ar.

- Ele está perdendo muito suor.

- Podemos levar ele até a lagoa aqui perto. Como o Elfo disse, podemos por ele na água. - Namjoon sugeriu.

- Vai na frente.

Não tinham tempo a perder, Jungkook pegou o baixinho no colo e correram. A cada paço dado, se perguntava o que aconteceria. Jimin ficaria bem, não é? Depois de todos aqueles dias em que ele esteve desacordado, temia qualquer coisa que pudesse lhe tirar o companheiro e não era para menos que o alfa exercesse sua preocupação, afinal, não tinham a menor ideia de como aconteceria aquele parto.

Não demorou até ouvirem o barulho calmo da água e logo já estavam na lagoa. Entrou até a água bater acima de seus joelhos e sentou-se com Jimin em seu colo.

A água era completamente transparente, podiam ver todo o fundo do rio e algumas pedras refletindo o brilho do Sol da tarde. Se algum deles houvesse parado para olhar em volta teriam visto como era bonito, mas a preocupação com o baixinho quase apagou o entorno.

Quando Jimin sentiu a água acolher o seu corpo, foi como se acolhessem também a sua dor. Sentiu os músculos relaxaram, mas a temperatura continuava a subir. Escorou a cabeça no ombro de Jungkook enquanto seu corpo dizia para si que estava tudo bem.

- Jimin, se concentre. - Jin que já estava ao seu lado media os batimentos de seu coração. - Deixe os olhos bem abertos porque você não pode deixar a temperatura de seu corpo cair.

As bochechas do baixinho já estavam vermelhas de tão quente e ele tentava não se deixar levar pelo efeito calmante das águas. Sua pele ficou sensível, qualquer lugar que encostasse ou estava encostado, mandava arrepios para o resto do corpo. Ainda estava quente, mas seu corpo tremia como se estivesse tendo calafrios. De repente todas as sensações desceram para a região logo a baixo do umbigo e ele arqueou as costas sentindo o corpo todo formigar naquela direção.

- É agora? - O alfa perguntou, ainda com medo do que estava acontecendo.

- Eu me sinto estranho. - Apertou a mão de Jungkook com força.

Jin não sabia mais o que fazer, os batimentos estavam em um bom ritmo, a respiração estava sendo controlada no possível e a temperatura não estava caindo. Isso era bom, não era? A maioria dos nascimentos a mãe mantinha a temperatura do corpo quente então estava no caminho certo, não é? Esperava que sim. Ouviu um rosnado e de repente seu coração acelerou. Alguém estava saindo da mata e Namjoon o avisava claramente para não seguir em frente, não deixaria ele sozinho. Não podia fazer mais nada para ajudar Jimin, mas podia se juntar ao seu companheiro para proteger os dois amigos e o bebê prestes a nascer.

- Jimin? - Chamou por ele e esperou que o olhasse. - Mantenha a calma, deixe que seu corpo faça tudo sozinho, esse é o tipo de nascimento que só você pode fazer. - Pegou em seu pulso medindo seus batimentos uma última vez. - Tudo vai ficar bem, o momento é perfeito e o lugar também. Eu vou sair da água e deixar vocês dois, apenas deixe acontecer.

O baixinho assentiu ainda tremendo.

- Jin. - Ele foi chamado pelo alfa. - Tudo bem?

Ele negou com a cabeça como se dissesse para ele não falar nada que pudesse estressar o baixinho.

- Eu vou ficar ao lado do Nam, não se preocupe comigo. - Sorriu e virou-se saindo da água. Por sorte eles estavam de costas para a beirada da lagoa, por isso não viram quando seja lá quem fosse saiu da mata.

- Eu já falei para você ir para outro lugar amigo.

O ômega percebeu que seu companheiro estava muito tenso e não era para menos, assim que olhou para o intruso soube quem era. Arrepiou-se ao lembrar de como Jimin havia paralisado de medo ao sentir que ele estava vindo para o pegar. Não esqueceria daquele rosto.

- Purah...

Realmente estavam de parabéns por todos os reencontros do dia, mas aquele não era de forma alguma aceitável. Não enquanto Jungkook não podia defender ao companheiro e este estava vulnerável.

- Como é possível que me conheça?

- Um demônio nunca esquece a cara de um Anjo. - Seus olhos ficaram rosa, como sempre que sentia seu demônio à deriva. - Some daqui.

- Eu quero aquele bebê. - Tamanha a ousadia do Anjo em achar que teria chance de levar um fio de cabelo se quer de algo que não lhe pertencia.

- Você não quer ninguém se não quiser morrer no processo. - A voz do alfa ameaçou.

- Vocês vão morrer se tentarem em impedir.

- Eu quero muito socar alguém a algum tempo. Você me parece perfeito para a ocasião. - Jin começou a andar na direção do Anjo já estralando os dedos em antecipação.

- Não Jin, você não vai brigar. - O ômega demorou alguns segundos para processar o que seu companheiro havia falado e depois o olhou.

- Eu também sei brigar, senhor Kim Namjoon.

- Que tipo de alfa e companheiro eu seria se deixasse você brigar primeiro? - Ergueu uma sobrancelha.

- Muito bonito, mas eu estou com pressa. - Falou o Anjo indiferente.

Purah tentou seguir, mas os dois trancavam seu caminho.

- Você não vai passar daqui. - O alfa tencionou o corpo, estava pronto para a luta.

Jimin sentiu desconforto em todo corpo, mesmo com a água o mantendo relaxado, ainda podia sentir algumas dorzinhas aqui ou ali. Todas as suas forças diminuíam como se carregassem a criança prestes a nascer e quando estava quase chegando ao limite parou.

A tatuagem a baixo do umbigo juntou-se em uma única bolinha e então descolou-se da pele aos poucos duplicando o tamanho até formar uma perfeita esfera que flutuou a cima da água. A cor preta pingava como se a esfera estivesse sendo purificada deixando apenas uma bolha transparente e dentro dela estava o bebê mais bonito e pequeno que já havia visto, todo branquinho e gordinho. O baixinho estendeu as mãos tremulas para pega-lo e quando encostou na bolha o resto da água escorreu deixando apenas o pequeno sobre suas mãos.

Os dois sorriram ao ver o pequeno se mexer começando a chorar dando as boas-vindas ao novo mundo e Jimin o trouxe para perto o colocando confortável em seus braços.

- Que pequeno. - Jungkook cutucou uma das mãozinhas fazendo ele agarrar seu dedo. - Condiz com o seu tamanho.

- Olha pequeno, parece que seu pai quer apanhar.

- Não ensine essas coisa para ele. - O alfa riu baixinho.

- Ouse nos chamar de pequenos de novo e eu ensino ele a chutar a sua canela.

- Mas você também chamou ele de pequeno.

Jimin sorriu e deixou um beijo no bebê.

- Só eu posso.

Aos poucos ele começou a se acalmar, abriu os olhos minimante ainda fungando pelo choro, mas não largou o dedo de Jungkook, ao contrario disso, ele puxou-o até a boca e mordeu. O alfa riu de novo e mexeu o dedo vendo ele ser agarrado e mordido com mais força.

- Ele tem presas. Mal chegou ao mundo e já quer morder os outros.

- Isso mesmo, pode morder ele. - passou a mão de leve sobre a cabeça do filho. - Morda com força e se vingue por ele te chamar de pequeno.

Um estrondo fez os pássaros voaram para todos os lados como se escapassem de um predador. Os dois olharam na direção do barulho.

- Fique aqui, eu vou ver o que aconteceu.

- Não me deixe sozinho. Eu não tenho um pingo de força para defender a mim e ao pequeno.

- Tudo bem. - Suspirou. - Mas se acontecer alguma coisa, me deixe para traz e proteja o nosso filhote.

O baixinho assentiu e eles saíram da água cautelosamente indo na direção do barulho. Jungkook ia a frente olhando em volta e tentando capitar qualquer ruído estranho na mata, ouviu uma movimentação logo à frente e seguiu. Havia uma árvore derrubada o que já fez o alfa duplicar a atenção. Mais ao lado Jin estava olhando para o céu e respirava como se tentasse renovar a calma e Namjoon ao seu lado segurava a lateral do próprio corpo provavelmente com um machucado sério, estava sangrando Jungkook constatou ao cheirar o ar, porém, não parecia tão preocupado com o próprio machucado ao ver o nível de estres do ômega.

- Jin, foi um arranhão. Apenas um arranhão. - Ele se explicava.

- Mas ele machucou você.

- Mas não foi fundo. Faz parte de uma luta se machucar.

- Não peça para que eu mantenha a calma depois de ver você se machucar.

- Eu já falei que estou bem, você não precisava ter interferido.

- Não precisava? - E a calma se esgotou. - Quem vai cuidar de mim e do meu filho se acontecer alguma coisa com você? - Ele falou baixo ameaçando. - Quer que eu cuide dele sozinho é? - Apertou a ferida do alfa o fazendo dobrar o corpo e segurar as mãos do companheiro. - Não te dei permissão para se machucar. Você é meu! Então trate de ficar inteiro!

- Calma, assim também não ajuda. - Puxou ele fazendo os dois se colarem. - Não pode se estressar. Jin, me desculpe, tudo bem? Até parece que não confia nas minhas habilidades, caramba.

- Eu confio em você. - Falou desgostoso, acreditava no companheiro, mas estava estressado de mais para admitir que havia agido errado.

- Então por que entrou no meio? Podia ter se machucado.

- Eu não aguentei ver vocês se atacando.

- O que eu faço com você? - Namjoon o abraçou com calma fazendo um carinho nas costas do companheiro. - Vai ferir o meu orgulho se meu ômega me salvar.

- Desculpa.

- Tudo bem. Só não faça mais isso.

- O que diabos aconteceu? - Jungkook se aproximou e então parou quando viu alguém caído no chão, o cheiro entregou a identidade do desafortunado. O casal abraçado se entre olhou e depois voltou a olhar para o outro alfa.

- Era Purah. - Namjoon lhe disse o obvio

- Era?

- Era. - Jin o confirmou. - Agora não vai mais incomodar ninguém.

Jimin que vinha logo atrás apertou o filho contra o peito ao ver o Anjo no chão.

- Anjos não morrem tão fácil. - Ele disse parando atrás de Jungkook.

Jin jogou algo que rolou até perto dos pés deles.

- Quero ver ele tentar ficar vivo sem isso aí.

O baixinho arregalou os olhos ao ver o órgão no chão. O coração.

- Não tem como tirar o coração de um ser celestial se não for pelas costas entre as asas.

- Ele nunca vai saber o que o atingiu. - Falou indiferente. O ômega quando era atiçado pelos próprios demônios era como se assumisse outra personalidade, pouco oferecia de piedade aos inimigos, apenas mantinha o ciúmes e preocupação pelo companheiro e pessoas queridas.

- O que vamos fazer agora? Digo, sobre essa situação toda. Namjoon soltou o companheiro e pegou em sua mão. - Minha lealdade é apenas para você e ela não vai mudar. Se algum dia te acusarem de traidor, serei traidor também.

Os casal se aproximou de Jungkook e Jin terminou a fala.

- Nós fizemos um juramente. Para sempre juntos, até a morte nos protegendo uns aos outros, por que acreditamos em você. Mesmo que diga para não fazer, ainda vamos ficar ao seu lado. Você é nosso príncipe Jungkook.

- Eu não quero que algo ruim aconteça a vocês, esse é um problema meu e do Jimin.

- Eu praticamente crie você, é tão importante quanto um filho para mim e Jimin também. - O ômega falava com sinceridade, não haviam seguido o alfa até hoje para que quando as coisas ficassem realmente perigosas pedisse para que o abandonassem. - Para onde vocês iriam? Não tem onde se esconder dos olhos dos Anjos em Colgar.

- É por isso que deveriam me deixar e ter uma vida tranquila. Eu não preciso que me protejam mais.

- Vida tranquila? - O beta apareceu surgindo da mata junto ao seu companheiro. - Desde quando os amigos de Jungkook tem uma vida tranquila? - Deu um leve assobio quando viu o corpo do Anjo no chão. - Taehyung se apresentando para o serviço. - Fez reverencia como se estivesse no exército do castelo e sorriu. - Juntou ao seu lindo companheiro Hope. - O abraçou ao terminar de falar.

- É um prazer revê-los. - O Elfo cinza sorriu. - Mas não viemos sozinhos.

- Jungkook realmente pensa que conseguiríamos voltar a própria vida cotidiana depois de experimentar aventuras? - Logo atrás deles Sane vinha de mãos dadas com o companheiro.

- Eu estou enjoado de viver na fronteira. - O alfa baixinho deu de ombro. - E o que vale é ver Sane feliz.

- É dessa vez vamos aprontar uma grande. - Tae estava animado, assim como sempre estava quando recebia um trabalho.

- Vocês são loucos, estão assinando a própria morte. - Jungkook falou desacreditado ao ver todos os seus amigos ali.

- Está dizendo que vai deixar os Anjos matarem vocês? - Suga perguntou.

- Não, nunca!

- Então não vai ser nossa morte. - Sane piscou ao responder.

- Mas vai ser realmente difícil sabendo que não existe um lugar nesse mundo onde eles não possam ver. - Hobi falou pensativo.

- Na verdade tem... - Todos olharam para Jin.

- Aonde? - Foi a única palavra que ouviram daquele que estava calado o tempo todo. Jimin saiu de traz de Jungkook encarando quem poderia ter a solução para todos os seus problemas.

- Tem um lugar onde eles não podem olhar ou entrar, mas não é exatamente fácil, como posso dizer... É quase impossível chegar lá.

- Você está falando daquele lugar? - Nam o perguntou. - “Aquele” lugar? - Perguntou duas vezes frisando a palavra sabendo que Jin entendia a que lugar ele se referia e o companheiro apenas assentiu.

- Sim. - Encarou todos ali. - Se estamos todos nos juntos de novo. - Sorriu. - Tenho certeza que conseguimos chegar lá.