História Cabe a cada um prender sua felicidade. Kookmin - Medos dispensáveis...

Mundo Colgar, Floresta Cytchilis 567 d.R

Em algum lugar da floresta.

Narrador.

Namjoon era tão carinhoso que ficava quase impossível não se sentir confortável até na pior das situações. Ele fazia cafune em seu ômega e tentava transmitir toda a confiança que ele precisava, mas não o forçaria a dizer nada. Jin abraçou seu alfa e encostou seu rosto na curva do pescoço do mesmo.

- Nam, eu te amo mais que tudo nesse mundo, mas não sei se mereço estar com você. Te amo tanto e sou tão egoísta que não quero deixar você ir nem mesmo se eu não merecer o seu amor.

- O que você está falando? Eu é que nunca vou deixar você ir.

- Poderia dizer o mesmo se eu lhe contasse que sou metade demônio? - Jin queria saber o que Namjoon iria falar, mais o medo pela resposta só aumentou suas lagrimas. Depois de soltar aquelas palavras sentiu seu coração acelerar, essa reação não vinha dele, nem mesmo de Namjoon. Era da companheira do príncipe.

Mas porque podia senti-la? Pôs a mão sobre o coração, não estava enganado era ela. Olhou para seu alfa e ele sentia a mesma coisa que Jin só que ele não sabia de onde vinha a sensação de desespero e ... solidão? Levantou-se e correu até a barraca do príncipe.

- Kook? Tudo bem?

- Jin? Pode entrar, eu estou acordado.

Jin abriu a barraca e entrou seguido por Namjoon que apenas ficou na entrada.

- O Nam está comigo.

- Tudo bem. - O alfa mais novo estava com sua companheira no colo enquanto a abraçava, ela segurava firme a camisa ainda desacordada com o cenho franzido.

- O que foi?

- Eu senti que sua companheira não estava bem. Achei que havia acontecido alguma coisa. - Olhou para o alfa na entrada da barraca depois para o casal mais novo. - Por isso vim ver.

- Agora está tudo bem. - Passou a mão pelos fios do ômega em seu colo. - Parece que ela estava tendo um pesadelo. – Conforme Jungkook falava, Jimin relaxava em seu colo, agora já parecia dormir tranquilamente. - Ela se acalmou agora. Mas como você sabia?

 - Eu não sei apenas senti. - Pôs a mão sobre o peito. - Na verdade ainda sinto. Agora ela está tranquila.

- Eu também posso sentir através da minha ligação com Jin. O que aconteceu naquele tempo em que vocês ficaram sozinhos?

Jin olhou para o alfa mais novo, depois para o mais velho e em seguida para o mais novo com um pedido de permissão escondido no olhar.

Jungkook apenas fez um gesto para o outro alfa entrar na barraca agora pequena devido a quantidade de pessoas dentro dela. E depois olhou para Jin.

- Já disse a ele? - Foi tudo o que ele perguntou e Jin sabia sobre o que era.

- Mais ou menos... Estava no meio, quando senti algo estranho e aqui estamos. - Falou mais para si mesmo pois seu tom de voz quase não se pode ouvir.

Os dois olharam para Namjoon. Jin imaginando milhares de respostas, Jungkook apenas esperando o que já sabia que o mais velho diria, ou talvez não. Porém nada do que Jin imaginara saiu da boca do alfa e até mesmo Jungkook ficou surpreso.

- Eu já sabia. - Falou o alfa mais velho. Os outros dois tinham um enorme ponto de interrogação estampado na testa. Namjoon riu e ajeitou-se para a conversar. - Meu amor eu nunca perdi nem sequer um dos shows que é você tomar banho na fonte, a sua pele branca e molhada refletindo a luz da Lua as pequenas traphins que iam brincar a sua volta. Eu vi a sua marca, aquela que você tem bem na linha da coluna que começa logo acima do bumbum. Eu fui procurar o que era pois achei que era belíssima e adivinhe como fiquei quando soube que ela era uma cauda escondida? Eu só tinha pensamentos realmente impuros com você.

- De que marca ele está falando? - Jungkook pouco entendia da conversa mais dava para entender que o segredo de Jin, na verdade não era um segredo.

- Eu... - O ômega estava vermelho. - Eu tenho uma cauda, mas a escondo como uma marca na linha da coluna, cada súcubo tem uma e cada uma das marcas é única, são poucos os que tem conhecimento sobre isso. - O ômega tapou seu corpo como se estivesse nu. - Você ficava espiando o meu banho?

- Os meus hormônios estavam E estão a flor da pele e eu sabia que você seria meu. Cortejei você por tanto tempo que agora seu cio está chegando e ainda não tivemos... - Jin tapou a boca do alfa e ficou mais vermelho do que já estava.

- Eu já entendi, mas porque não me contou?

- Eu queria que você se sentisse confortável para me dizer. - O alfa sorriu satisfeito com si mesmo.

- Eu não... - Sentiu as lagrimas caindo de novo. - Então é por isso que essas lagrimas persistentemente estão caindo com tanta frequência, eu não sou de ficar chorando. É o meu cio, como eu não percebi? - Fungou. - Se você já sabia de tudo, porque eu fiquei me culpando tanto tempo? Namjoon eu odeio você. - Disse por fim e sentou-se com os joelhos próximos ao peito ainda fungando.

Namjoon apenas abraçou o ômega e o puxou para mais perto.

- Não, você me ama. - Beijou sua testa. - Agora o que aconteceu mais cedo?

- Eu tentei sugar a essência da companheira dele.

- Mas não conseguiu e ainda por cima ela quase pega a dele. Talvez as duas tenham se misturado um pouco.

- É possível que outra razão teria para eu conseguir sentir ela.

Jin sentiu a pedrinha que estava em seu bolso esquentar. O Elfo parecia querer falar com ele.

         .                                 .                                     .                                      . 

Jin. 

A pedrinha além de quente parecia vibrar em meu bolso, mais o que esse Elfo quer?

Ah! É mesmo, esqueci-me de falar com ele depois que entreguei a erva de mato. Mas agora ele teria que esperar, estava ocupado. A companheira do príncipe parecia inquieta, sua respiração estava ficando mais rápida. Só eu percebi?

- Jungkook? - O menor respondeu com um “Hum?” - Você está sentindo sua companheira desconfortável?

- Ela deve estar tendo outro pesadelo.

Fiquei a olhando por um tempo, ela vestia apenas uma camisa branca e grande parecida com as que o Jungkook usa quando está no palácio a serviço e uma calça que por estar tão colada deveria ser de Sane que tinha as pernas magras. A camisa parecia que tinha um degote generoso por ser tão grande e quando olhei para o pescoço dela me assustei, pequenas marcas pretas saiam de seu pescoço subindo para vários lados de forma tão calma que era ainda mais preocupante.

- Eu acho que não é outro pesadelo. - Aproxime-me e puxei a gola da camisa um pouco para o lado expondo as marcas que se espalhavam. - Ela está perdendo o controle de novo. Não vai adiantar mantê-la dormindo se mesmo assim essa coisa conseguir tentar sair. - Que problema, grande problema!

- Como pode tentar controlar ela mesmo dormindo? - Jungkook deveria estar mais preocupado do que eu e tentava passar mensagens de confiança para a companheira. Eles deveriam ter uma ligação bem forte.

- Não sei. - Mas na verdade eu sabia, isso quer dizer que faz parte da essência dela e que ela teria que aceitar a parte ruim, mas a pressão poderia mata-la como ela consegui se controlar até hoje? Corrigindo... Como ela não morreu até hoje?

- Jin? - Namjoon sabia que eu estava mentindo, ele sempre sabia era quase como se pudesse ler minha mente.

As vezes eu acho que ele realmente pode. Mandei um olhar para ele, um que dizia claramente “Não ouse falar um aí” e peguei a pedrinha que já estava caindo de meu bolso.

- O que você quer? - Falei irritado.

- Preciso fazer o selo, eu sinto que ela está perdendo o controle. Precisa me deixar ajudar.

- E como você poderia ajudar? - Eu olho para um ponto da barraca onde se supõem que não deveria ter nada e conversava sozinho. Os dois alfas me encarram e depois olharam para onde eu estava respondendo. Perfeito, devem pensar que eu pirei de vez. - Me diga o que fazer.

- Precisa de ervas, três ervas para ser exato. Você pode lançar feitiços?

- Não sou bom nisso, mas sei.

- Ok, de a pedra para aquele que está perto da saída, eu direi a ele o que pegar e depois vamos começar o feitiço, as ervas são para aumentar a força.

- Namjoon, pegue essa pedra e obedeça ao que o verdinho falar.

O meu alfa pegou a pedra e levou um susto quando de repente o Elfo apareceu em sua frente.

- Meu sagrado anjo, Jin como diabos tem um Elfo dentro de uma pedra!

- Apenas obedeça ao que ele falar. - Eu não podia mais ver o Elfo pois era Namjoon que segurava a pedra eu apenas via ele confirmando com a cabeça depois me devolver a pedra e correr barraca a fora. Quando o verdinho reapareceu na minha frente eu apenas perguntei. - E como vamos começar?

Jungkook colocou a pequena ômega no centro da barraca e apenas pediu para que não o mandasse sair de perto dela e que não iria atrapalhar.

Kwinza (como ele pediu para ser chamado), me passou o que era para fazer de forma calma e objetiva, eu tinha alguma noção de feitiços, mas não era como se eu pudesse sair por ai jogando magia. Namjoon logo voltou e eu ia repetindo o que os dois eram para fazer. Depois que terminamos a primeira parte, um círculo lilás bem puxado para o rosa apareceu sobre a companheira do príncipe. Os círculos de magia tendem a puxar para a cor da essência de cada um, essa era a cor da minha. Se o Elfo tivesse feito então seria verde. Porém era como se o círculo que eu fiz estivesse sendo carregado de maneira bem lenta da direita para a esquerda.

- Por que ele está se preenchendo? - Jungkook perguntou olhando o círculo acima de nossas cabeças.

- É o tempo de vida útil, ele vai se preencher e depois está terminado. Mas conforme for passando os dias ele vai se esvaziar e depois teremos que refazer o selo. - Respondi repetindo exatamente o que Kwinza falou.

- E como vamos saber o quanto que ele vai durar? - Namjoon falou bocejando, logo amanheceria.

- Não sabemos, depende dela e da força de vontade. Mas o selo vai colar na pele dela, aí poderemos ver quando ele estiver quase esgotado. - Repeti de novo. - Já está tudo pronto vamos dormir Nam. - Meu alfa se despediu e saiu primeiro da barraca depois que eu me despedi e sai ele me pegou no colo. - Ei não precisa me carregar.

- Eu vi que você ficou fraco ao usar feitiço quando não é acostumado.

- Mas eu estou bem.

- Não reclame e deixe eu te mimar.

- Bobo. - Abracei seu pescoço e deixei que ele me levasse até a nossa barraca.