História Caçador de borboletas - Erro

Você sempre foi um grande fã de borboletas, não é mesmo? Gostava de suas cores, da beleza e na raridade que elas representavam. Mas havia uma coisa que você sempre odiou nelas: a liberdade que elas tinham.

Lembro como me senti feliz quando você me disse que eu parecia uma de suas borboletas, fui tolo ao pensar que aquilo era um elogio; afinal você estava me comparando com a coisa que mais amava, porem quilo era um sinal de alerta, uma ameaça.

O seu amor por elas era doentio, assim como o seu amor por mim.

Nunca acreditei ao menos uma vez quando me disseram que você não era o cara certo para mim. Afinal nenhum deles te entendia, nenhum deles sabia o que se passava com você ou sobre o seu passado, mas aí está o meu segundo engano: Acreditar que eu lhe conhecia.

Eu namorei um estranho, casei com ele e fui acorrentado pelo mesmo.

Não fui o primeiro e nem o último a ser comparado com uma borboleta por você, tiveram muitos outros que você foi capaz de enganar e trancafiar no mesmo quarto escuro em que me encontro. Você os tratou abusivamente e os fez acreditar que era amor, mas amor não sufoca e nem mata.

Minho, você me disse que eu era precioso demais para as pessoas, que você era o único capaz de me amar de qualquer forma. Também disse que o motivo para ter cortado minhas asas quando eu queria fugir era porque estava me protegendo dos perigos do mundo. Mas querido havia um perigo no qual você nunca pode me defender: Você.

Você sempre foi as correntes que me prendiam, a mordaça que me calava e a muleta que eu não precisava.

Porque talvez você gostasse tanto de caçar borboletas que tentou me prender como uma.