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História Caçadora Pelas Circunstâncias - Banido


Escrita por: CrisdeLeao

Notas do Autor


Olá leitores, estou de volta para mais uma aventura do nosso Cabeças de Algas. Espero que gostem desse primeiro capítulo.

Boa leitura!

Foto da capa Logan Lerman como Percy

Capítulo 1 - Banido


Fanfic / Fanfiction Caçadora Pelas Circunstâncias - Banido

No acampamento Meio-Sangue tudo estava tranquilo. A guerra tinha acabado os dois acampamentos selaram um acordo de paz. Agora gregos e romanos podiam viver em paz, uma vez que aquele que os instigava não existia mais.

Percy estava pensando nisso quando um sátiro se aproximou o chamando.

- Percy, Quiron o está chamando na Casa Grande.

- Obrigado.

Percy se dirige à Casa Grande. Quando entra encontra todos os conselheiros reunidos.

- Ah, entre Percy e se acomode, por favor – disse Quiron.

Percy vai para o seu lugar. Ele olha para Annabeth que abaixa a cabeça, Percy franze o cenho estranhando essa atitude. Depois olha ao redor para todos os conselheiros. Eles estavam inquietos e ao mesmo tempo curiosos. Olhou para Nico numa pergunta muda, este lhe devolveu o olhar e deu de ombros como que dizendo “sei tanto quanto você”.

Sua atenção foi desviada para uma luz roxa brilhante no meio da sala. Era Dioniso que não parecia muito feliz. Todos o olhavam com curiosidade, ele por sua vez, olhou ao redor para cada rosto, mas se demorou em Percy que levantou uma sobrancelha e sustentou o olhar do deus.

Quiron pigarreou.

- Sr. D?

Dioniso respirou fundo e falou:

- Eu tenho uma notícia nada animadora pra vocês.

Todos se entreolharam nervosos.

- E qual é a notícia? – perguntou Quiron.

- O Conselho Olimpiano decidiu que de hoje em diante Perseu Jackson não fará mais parte do Acampamento Meio-Sangue – houve um murmúrio geral entre os conselheiros. – E você Perseu será banido dos dois acampamentos. Você deve se afastar definitivamente de todos os semideuses e do Olimpo e se fizer qualquer tentativa de voltar ou mesmo se comunicar com eles estará sob pena de morte.

Todos na sala ficaram chocados com a notícia. Quiron ficou muito perturbado.

- Sr. D, isso é sério?

- Infelizmente sim, Quiron – ele se vira para Percy que ainda não havia se pronunciado devido ao choque. – Saiba garoto que eu não concordei com isso e eu não fui o único. Você ainda tem aliados entre os deuses.

- Percy... – Quiron ia dizer algo quando Percy pergunta:

- Eu posso ao menos saber por quê? – perguntou saindo do choque. – Por que eu estou sendo banido?

Dioniso olhou para Annabeth que ficou branca como papel.

- Pergunte a sua namorada – disse ele sério. Todos olharam para a loura que ficou sem jeito.

- Então Annabeth, comece a falar – disse Percy olhando em seus olhos.

Annabeth engole em seco.

- B... bem, eu... eu fui chamada ao Olimpo por minha mãe, ela queria falar comigo.

Lembrança on

Annabeth estava sozinha em seu chalé deitada na cama lendo um livro quando Hermes aparece de repente assustando a garota.

- Lorde Hermes? – cumprimentou a garota que se levanta num salto e se ajoelha.

- Olá Annabeth, vim buscá-la, sua mãe deseja sua presença – disse o deus. – Vamos?

- Sim, vamos – ela diz se levantando e os dois desaparecem. Hermes deixa a semideusa em frente ao templo de Atena e some novamente.

Annabeth entra no templo de sua mãe.

- Mãe! – ela chama.

- Aqui na biblioteca! – responde a deusa.

Annabeth se dirige a biblioteca, Atena arrumava uma prateleira.

- Mãe, mandou me chamar?

- Sim, sente-se – disse Atena terminando de arrumar os livros. Depois que vê tudo no seu devido lugar ela dá atenção à filha que a observava. – Eu chamei você aqui porque Zeus quer um relatório completo do que aconteceu no Tártaro.

Annabeth ia falar algo, mas Atena foi logo falando:

- Eu sei que Perseu também poderia fazer o relatório, mas eu prefiro que você o faça você seria capaz de falar detalhes que talvez ele não lembrasse ou se recusasse a falar.

- Mas por que Zeus quer um relatório? Sinceramente eu não quero lembrar nada do que aconteceu lá – disse a semideusa apreensiva.

- Eu sei filha, Zeus é uma cabeça dura, ele quer saber de tudo pelo o que vocês passaram para ter uma ideia de como estão as coisas por lá – disse a deusa. – Não se preocupe eu estarei com você – disse ela tranquilizando-a.

Logo mãe e filha se dirigem à Sala dos Tronos. Os deuses estavam sentados esperando as duas.

- Pai, minha filha Annabeth – Atena chama a atenção de todos. Ela se afasta e Annabeth fica no meio do salão. Ela se ajoelha perante Zeus que lhe dá permissão para se levantar.

- Bem Annabeth, estamos prontos para ouvir seu relato. Pode começar – ordenou.

Annabeth começou seu relato quando ela e Percy caíram no Tártaro indo parar no rio das lamentações, o Cócito, onde Percy quase sucumbiu aos lamentos que vinham do rio. Ela foi atacada por Aracne, que se não fosse Percy ter agido rápido ela teria morrido. Eles beberam água do Flegetone, o rio de fogo, eles mandaram um bilhete para Rachel via Hermes, o que surpreendeu o deus. Ela sabendo que ele ficou curioso disse:

- Encontramos seu templo no Tártaro. Ele estava destruído, mas o altar estava intacto. O alimento ofertado a você por seus filhos matou a nossa fome. Lá paramos para descansar um pouco, sob a vigilância de Bob ou Jápeto que Percy havia jogado no Lete quando saiu em missão no reino de Hades com Thalia e Nico.

Todos olharam para Hades.

- Perguntem a Perséfone, foi ela quem deu a missão a eles – disse o deus se justificando.

- Continue – disse Zeus.

- Graças a ajuda de Bob conseguimos chegar a salvo na cabana de Dámasen, o gigante anti-Ares, que ao contrário dos irmãos, era pacífico. Ele nos deu alimento e abrigo, nós até conseguimos dormir. Estávamos sendo caçados por Polibotes que sentiu o cheiro do Percy. No começo Dámasen não quis nos ajudar, mas eu argumentei com ele para quebrar sua maldição e que sem a sua ajuda não conseguiríamos fechar os Portões da Morte. Jápeto, apesar de ter recuperado a memória nos ajudou. Ele nos indicou para onde deveríamos ir. No caminho enfrentamos muitos obstáculos. Chegamos numa floresta escura e lá fomos atacados pelas arai que a cada ferimento que nos infringiam era uma maldição de monstros e seres que nos amaldiçoaram quando os matamos. Numa dessas, a maldição de Polifemo me atingiu me deixando cega por tê-lo enganado. Isso me apavorou, mas o Bob me curou. Percy foi o mais amaldiçoado ele quase morreu se não fosse Bob tê-lo curado. Passamos por um lugar em que monstros e titãs mortos se refaziam, não ficamos ali por muito tempo. Bob havia nos dito que para chegarmos até os portões teríamos que passar despercebidos. Então ele nos levou a Akhlys, deusa da miséria que poderia nos disfarçar com a Névoa da Morte. A princípio ela não queria nos ajudar, mas Percy conseguiu convencê-la dizendo que se ela nos ajudasse haveria muitas lamentações por parte dos monstros e titãs que se sentiriam frustrados. Isso bastou para fazê-la mudar de ideia. Daí ela nos levou até perto do abismo onde habitava sua mãe, Nix. Foi então que nós sentimos uma névoa escura nos envolvendo e nos transformando em cadáveres. Mas a deusa tinha outros planos, ela queria nos dá como oferenda a sua mãe, então ela se transformou e queria nos matar, ela fez crescer flores venenosas que quando inaladas entorpeciam os sentidos, Percy era o alvo principal dela, foi quando ele usou seu poder contra a deusa. Ele conseguiu fazer com que o veneno se voltasse contra ela que começou a tossir e a lagrimar, então Percy usou essa oportunidade para controlar o corpo dela.

- Controlar? – perguntou Zeus.

- Sim. Controlando a parte líquida do corpo dela e o ícor. Como ela estava lagrimando muito por causa da toxina e seu ícor escorria pelo rosto por causa da autoflagelação ele aproveitou para controlar isso.

Os deuses se mexeram em seus tronos.

- E o que aconteceu? – perguntou Atena.

- Ele a sufocou com suas próprias lágrimas.

Os deuses ficaram chocados e temerosos, pois não era sempre que um semideus fosse capaz de matar um deus. Percy era o primeiro a conseguir isso.

- Poseidon, explique – exigiu Zeus.

- O que você quer que eu explique, Percy se tornou poderoso por sua própria conta. Nunca nenhum de meus filhos semideuses desenvolveu tanto poder – disse o deus.

- Isso provavelmente é porque Perseu seja seu único filho semideus nessa era – disse Atena.

- Explique Atena – pediu Zeus.

- Lembre-se de Héracles, ele desenvolveu seu próprio poder, a força. Ele era seu único filho semideus da época. Assim, seu poder ficou concentrado só nele. O mesmo se dá com Perseu, todo poder de Poseidon se concentra nele, fazendo com que ele desenvolva seu próprio poder – explicou a deusa.

Todos ficam em silêncio digerindo a informação até que Ares se pronuncia.

- Ei garota, como o fedelho fez isso? – perguntou curioso.

- Ele a paralisou e fez com que toda a água do corpo dela saísse por seus poros e orifícios, ela ficou ressecada como uma múmia e depois ele fez que essa água entrasse por sua boca e nariz a afogando – disse ela com cara de medo lembrando que os olhos dele ficaram com um brilho amedrontador. – Depois que ela parou de se debater ele pegou a espada e a enfiou em seu peito ressequido e arrancou-lhe o coração. A deusa simplesmente se transformou em pó. Eu não consegui me mexer do lugar, eu fiquei com muito medo, aquele não era o Percy, ele parecia outra pessoa – disse a garota com lágrimas escorrendo pelo rosto.

- Explique – exigiu Poseidon.

- Eu implorei que Percy não a matasse, ela já estava derrotada por causa do veneno, mas ele não me escutou. Ele estava determinado a matá-la, sequer me dava atenção, era como se eu não estivesse ali. Seus olhos ficaram com um brilho intenso ele parecia um psicopata – disse a semideusa tremendo. – Depois que a matou ele voltou ao normal.

Depois desse relato todos ficaram em silêncio. Mais uma vez Zeus falou:

- Esse moleque é muito perigoso.

- O que está querendo dizer? – perguntou Poseidon de cenho franzido.

- Estou querendo dizer que esse seu filho é uma ameaça para nós.

- Não é não – disse Poseidon.

- Você não ouviu o relato? Ele matou uma deusa.

- E daí? Ele matou uma inimiga que ameaçou a vida dele.

- Ele cometeu um assassinato – teimou Zeus.

- Ele só se defendeu. Ele não é ameaça para nós, pelo contrário, ele é um aliado poderoso cujo defeito fatal é a lealdade. Ele nunca se voltaria contra nós – disse Poseidon exaltado.

- Será mesmo? Ele já foi desrespeitoso lembra-se? Recusou a imortalidade, nos obrigou a fazer um juramento, exigiu um monte de coisas e você ainda acha que esse moleque não usaria seu poder contra nós? – vociferou Zeus.

- Ele só fez o que era certo, nada do que ele pediu estava fora do nosso alcance – argumentou Poseidon perdendo a paciência – Além do mais ele tinha razão. Foi por negligenciarmos nossos filhos que eles se aliaram ao inimigo, até a Coruja concordou com isso – disse ele olhando para Atena que levantou uma sobrancelha a menção de coruja.

- Mesmo assim ele é perigoso ou você já esqueceu que foi ele que libertou Tifão ao explodir o Monte Sant Helena? – teima Zeus.

- Aquilo foi um acidente pai. Ele quase foi morto por telquines, não teve alternativa, a não ser liberar todo seu poder pra salvar a vida – argumentou Hefesto.

- Ele foi um inconsequente e por causa disso aquele monstro quase nos destruiu – contra-argumentou Zeus. – Ele é perigoso sim.

Poseidon encosta no seu trono cansado da tolice de seu irmão.

- Alguém diga a esse cabeça de vento que Percy está do nosso lado? – disse o deus olhando para o teto.

- Poseidon tem razão – disse Hera para surpresa de todos. – Percy já demonstrou sua lealdade a nós de várias maneiras – disse ela calmamente. – Tudo bem, ele se tornou poderoso, mas não quer dizer que vá se voltar contra nós. Não é melhor ter alguém poderoso do nosso lado? Pense bem, se formos atacados de novo, Percy pode muito bem ser a ajuda que precisamos.

- Eu concordo – falou Deméter e os outros assentiram.

- De todo modo é muito poder para um semideus. E se num acesso de fúria ele se descontrolar? – argumenta Zeus. – Não, ele não pode ficar perto de outros campistas.

- Do que está falando? Ele nunca machucaria seus amigos. Você está querendo encontrar um jeito de puni-lo – acusa Poseidon.

- E é isso mesmo que pretendo fazer – disse Zeus.

- Não vou permitir! – gritou Poseidon.

- Zeus, o que vai fazer? – pergunta Héstia que até então estava quieta. – Não se atreva a tocar num fio de cabelo daquele menino – ameaça.

- Não vou machucá-lo – disse o deus. – Mas ele será banido, afastado de todos, inclusive de você Poseidon.

- Não, você tá querendo demais – disse ele. – Não vou me afastar do meu filho só porque você se amedrontou.

- Eu sou o rei, eu decido o que é bom ou ruim para todos – gritou Zeus.

- Você é um ingrato, o que está fazendo é injusto – argumentou Poseidon.

- Pai, não seria melhor ouvir o lado do Percy? – falou Apolo querendo ajudar o tio.

- Cale-se Apolo, você não pode opinar. Ainda está de castigo – esbravejou Zeus. – Você também Hera – disse para a esposa que ia falar. – Já está decidido. Ou o banimento ou a morte.

Todos ficaram calados. Acharam melhor não argumentarem, pois Zeus seria bem capaz de fazer coisa pior com o Percy.

Lembrança off

- E foi isso que aconteceu – disse Annabeth de cabeça baixa.

Havia um silêncio sepulcral no recinto. Percy estava triste, não pela decisão de Zeus, mas porque sua namorada teve medo dele.

- Você ainda está com medo de mim? – Annabeth levanta a cabeça, seus olhos se encontram, mas ela desvia os seus.

- Aquele não era você – disse ela sem olhar pra ele. – Eu fiquei com medo sim, você não é assim.

- Quando se arranca o coração de um deus, arranca com ele a sua essência. Akhlys vai levar milhares de anos pra renascer – disse Quiron. – Ou talvez nunca mais volte.

- Eu não me lembro de nada disso – disse ele. – Eu lembro que fiquei furioso porque ela estava mexendo com as minhas emoções, mas não lembro em tê-la torturado. Eu nunca faria isso nem mesmo com um inimigo. Ainda mais arrancar-lhe o coração, isso é pura maldade – disse ele de cenho franzido.

- Seu pai disse isso a Zeus, mas ele não quis saber decidiu que você é um perigo para todos, por isso você foi banido dos acampamentos – disse o Sr. D.

- Tudo bem, eu vou embora, não quero trazer problemas pra ninguém – disse Percy se retirando.

- Espera Percy – disse Piper se levantando e correndo atrás dele sendo seguida por Jason e Nico. 


Notas Finais


O relato de Annabeth sobre os acontecimentos no Tártaro estão de acordo com o livro, eu fiz algumas modificações. Embora Percy não tenha matado a deusa, ele usou o veneno das plantas contra ela fazendo com que lacrimejasse. Ele realmente tinha a intenção de sufocá-la, mas não matá-la. Quem leu A Casa de Hades deve se lembrar dessa parte.

Não julguem o livro pela capa esperem os próximos capítulos.

Até o próximo.


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