História Caçadora Pelas Circunstâncias - Implicância

Depois do almoço, os primos se reúnem juntamente com Piper e Annabeth. Eles vão para os campos de morango.

- Ah como é bom está de volta! – disse Nina. – Senti falta desse lugar. Achei que nunca mais voltaria pra cá.

- Que bom que você voltou – disse Piper. – Estávamos muito preocupados com você.

- Graças a Ártemis estou aqui com vocês – disse Nina sorrindo.

- Ainda bem que você continua do mesmo jeito – disse Nico. – Impetuoso, agindo sem pensar.

- Não posso fazer nada quanto a isso – disse ela. – É como se uma força invisível me impelisse a ação. Quando me dou conta já fiz.

- Poseidon é assim mesmo, impetuoso – disse Annabeth.

- Deve ser seu instinto protetor agindo – disse Thalia.

- Acho que nisso você deve ter puxado a sua mãe – disse Annabeth. – Sally pode ver através da névoa, é bem capaz de ela entrar em luta com um monstro só para te proteger.

- Foi mais por isso que eu aceitei entrar pra caçada – disse Nina. – Eu não queria expor minha mãe e o Paul ao perigo. Ela já fez muitos sacrifícios por mim.

- Mudando de assunto, a sua ideia da bola d’água foi interessante – comentou Nico.

- A barreira não ia aguentar muito tempo. De repente me veio essa ideia – disse Nina.

- A participação do Jason foi fundamental – disse Piper com orgulho.

Os outros sorriram.

- Você é suspeita pra falar – disse ele.

- Ela tem razão. Você teve um papel importante nessa maluquice – disse Nina.

- Ok, o importante é que deu certo – disse ele.

Depois eles se separam para fazerem suas atividades.

- Annabeth posso falar com você a sós? – pergunta Nina.

- Claro, vamos até a praia – disse ela.

As duas se dirigem à praia e se sentam.

- Eu estava com saudade do nosso cantinho – disse Nina. – Principalmente de você.

- Eu também – disse Annabeth – eu também estava morrendo de saudades de você.

- Eu quero te propor uma coisa – disse Nina. – Podemos nos encontrar no chalé do meu pai, mas temos que ter muito cuidado. A não ser que você se incomode de se agarrar com uma garota.

- Pra mim não importa se você é uma garota, eu amo você do mesmo jeito – disse ela.

- Mesmo que eu fique assim permanentemente?

- Sim. Eu descobri que se fechar os olhos, eu vejo você como era. O meu Cabeça de Algas – disse ela sorrindo.

- Minha Sabidinha – disse ela sorrindo.

A vontade de Nina era abraçar e beijar Annabeth, mas tinha que se conter. Se alguém as visse seria um desastre. Então, lhe ocorreu uma ideia.

- Vem comigo – disse ela repentinamente.

- Para onde?

- Pra lá – disse Nina apontando para o mar – onde ninguém nos verá.

Annabeth assente. O mar era o território de Poseidon e o deus estava acobertando Percy.

As duas entram no mar de mãos dadas e Nina cria uma bolha de ar que as envolve. Ambas se aproximam e se beijam loucamente tendo apenas o vasto mar como testemunha.

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No ínterim, no chalé oito, Mirian se perguntava aonde Nina estava, desde que foi reclamada ela quase não ficava com as companheiras. Depois da batalha, os campistas não paravam de falar nos feitos dela. Era Nina pra lá era Nina pra cá, Nina isso Nina aquilo, já não aguentava mais ouvir isso, todos a comparavam com esse tal de Percy, o que, aliás, foi muito bem feito o que lhe aconteceu e como quem não quer nada perguntou às meninas:

- Alguém sabe onde a Nina está?

- Não faço a menor ideia – disse uma das meninas desinteressada.

- Ela deve está cavalgando – disse Sophie. – Ou cuidando do cavalo do irmão.

- Eu soube que o pégaso negro ficou feliz em saber que Nina era filha de Poseidon – disse Patrícia filha de Hermes.

- Uma filha de Afrodite me disse que ele estava muito triste pelo sumiço do Percy – disse Meg. – Depois que Nina passou a cuidar dele, ele ficou mais acessível.

- A Nina é demais! – disse Caroline e as outras assentem.

Thalia entra.

- Do que estão falando meninas?

- Da Nina.

- O que tem a Nina? – perguntou Thalia se empertigando.

- Estamos falando do quanto a Nina é demais – disse Caroline. – Desde que chegou que ela tem ajudado bastante.

- É. Até o pégaso negro está feliz – disse Meg.

- A Nina é tão sensível quanto o Percy – comentou Thalia.

Todas assentem.

- Vocês não acham que ela está querendo chamar atenção? – perguntou Mirian mostrando claramente a sua inveja. Todas olham para ela. – Não acha que ela está querendo tomar o lugar do irmão?

As meninas olham para Thalia que estava de olhos estreitos.

- Não, não acho – disse ela. – A Nina não faz as coisas pra chamar atenção. Ela quer conhecer o mundo em que o irmão vivia, já que ela talvez nunca se encontre com ele por causa da injustiça de Zeus. Por isso, ela veste a roupa dele, anda com os amigos dele, fez amizade com a namorada dele, cuida do seu chalé e do seu pégaso – disse ela num só fôlego. – É melhor deixar a Nina em paz para o seu próprio bem.

- Está me ameaçando tenente? – perguntou atrevida.

- Não, só estou avisando – disse ela. – E mais uma coisa que talvez você não saiba. Atena e Poseidon podem não se dá bem, mas ela tem grande admiração pelo filho dele.

Mirian abaixa a cabeça derrotada. As meninas reprimem um sorriso.

- Vamos nos aprontar para o jantar – disse Thalia encerrando a conversa.

As meninas se mexem e se arrumam.

Nesse momento Nina e Annabeth saem do mar.

- Isso me lembrou nosso primeiro beijo embaixo d’água – disse Nina.

- A mim também – disse Annabeth. – Eu te amo Cabeça de Algas.

- Eu também te amo Sabdinha – disse Nina.

As duas sorriem uma para a outra.