História Caçadora Pelas Circunstâncias - Clima Tenso

OLIMPO

Depois que Zeus fulminou a esposa, os deuses presentes chocados demais para dizer o que quer que fosse, ficaram recostados em seus tronos pensando nos acontecimentos.

Os mais perturbados eram os mais achegados com Hera, a saber, Deméter, Hades, Hefesto e Hebe. A deusa da juventude tentava a todo custo impedir que as lágrimas rolassem, Perséfone, que estava ao seu lado apertou sua mão em solidariedade à irmã.

Héstia estava tão indignada que fez o fogo que mantinha aceso na sala dos tronos, aumentar de intensidade, alguns deuses que estavam perto dela tiveram que se afastar.

O clima estava tenso, Deméter apertava os braços de seu trono se segurando para não enforcar Zeus com um cipó. Hefesto de cabeça baixa parou de mexer em uma engenhoca que manipulava e Hades tamborilava com os dedos, os braços de seu trono.

Havia aqueles que estavam gostando da situação: Ares que adorava uma confusão e torcia que o pai fulminasse mais alguém e Héracles que detestava a madrasta e estava exultante, mas ficou quieto para não magoar a esposa que estava sofrendo e também não queria atrair a fúria dos demais deuses sobre si.

De repente, Zeus se levantou e disse:

- Reunião encerrada por hoje.

Assim que terminou de falar, Hefesto desapareceu. Hebe amparada pelo marido se retirou do salão aos prantos. Todos os outros deuses se teletransportaram cada um para seu templo, menos Zeus que permaneceu sentado em seu trono.

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Quando Zeus dispensou a todos, Hefesto que foi o primeiro a se retirar foi direto para a sua oficina construir o dispositivo do qual tinha em mente. Desde que Zeus sentenciou sua mãe, ele imediatamente mentalizou um modo de ajudá-la.

Durante a reunião ele mexia com algumas de suas invenções, mas depois parou e foi quando teve uma ideia, mas precisava voltar para a sua oficina.

Chegando lá ele começou a trabalhar, pegou suas ferramentas e a matéria-prima para o que tinha em mente.

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Ártemis reapareceu em seu templo e foi até a varanda olhar as estrelas. Localizou a constelação de Zoe e pensou na amiga e confidente que sempre estava ao seu lado nos momentos difíceis. Agora tinha Thalia que se mostrou tão sua amiga quanto Zoe.

Ficou pensando também no irmão que foi mandado para o acampamento como mortal. Esperava que ele estivesse bem, pois do jeito que era mimado com certeza ele sofreria muito, lembrou-se da carruagem do sol, precisava ver como estavam os cavalos. Saiu do seu templo e foi até o templo do sol e se dirigiu até os estábulos onde os animais estavam inquietos.

Ela se aproxima e os cavalos relincham.

- Eu sei, eu sei vocês querem sair, não é? – disse. – Eu vou soltá-los, mas nada de fugirem, viu?

Ela tirou os arreios e os desatrelou da carruagem. Os animais quando se viram soltos correram pela pastagem atrás do templo.

Ártemis sorri e se vira para ir embora e se depara com Atena parada perto da carruagem.

- Imaginei que estivesse aqui – disse ela -, fui ao seu templo e você não estava.

- E por que foi me procurar?

- Queria saber se está bem.

- Sim e não – disse a deusa da caça – Apolo é meu irmão gêmeo e tudo que lhe acontece, me afeta, o contrário também é verdadeiro. Ele arriscou tudo para me ajudar, até interferir na missão dos semideuses.

- Pelo menos no acampamento ele terá ajuda – disse Atena -, não estará sozinho. Quiron fará o possível para ajudá-lo a se adaptar à vida mortal. Além disso, ele terá seus filhos por perto e.... Perseu.

Ártemis olha para a irmã de cenho franzido, mas antes que fale Atena se explica.

- Eu vi quando você se aproximou de Poseidon – disse -, então deduzi que você iria propor algo a ele em relação a Perseu.

Ártemis suspirou. Nada passava despercebido por essa coruja.

- Espero que tenha sido só você a perceber isso.

- Não se preocupe ninguém percebeu, além de mim.

- Zeus não mencionou o acampamento das caçadoras, então, eu tive a ideia de levá-lo para lá – disse. – É claro que precisava da autorização de Poseidon.

- E como ele está se saindo como caçadora?

- Ele está se divertindo, está bem adaptado e Thalia está feliz da vida. Percy é uma pessoa especial, mesmo na forma de garota ele não se mistura com as meninas.

- Deve ser porque ele ainda não se acostumou em estar à vontade com elas – disse Atena. – Ele pode estar no corpo de uma menina, mas na cabeça ainda é um menino.

- Por isso fiz questão de ajudá-lo, sei que posso confiar nele.

- Sua ideia foi genial – disse Atena – transformá-lo numa caçadora. Zeus não vai poder fazer nada contra ele.

- Exato. Enquanto ele for meu servo, ele estará protegido.

- Assim, nessa condição ele pode voltar ao acampamento – disse Atena pensativa. – Minha filha deve está feliz com a volta dele. Ela ficou arrasada com a sentença de Zeus, sentiu-se culpada por isso.

- Eu duvido que o Percy a tenha culpado – disse Ártemis. – A essa altura ele já deve ter conversado com ela.

- E como será que está o namoro deles, agora que é uma garota?

- Ele não fez os votos. Nada impede que eles continuem desde que sejam discretos – disse. – Por enquanto ninguém pode saber que Percy Jackson está no acampamento.

- Então é melhor você se preparar, quando Zeus souber disso...

- Eu sei, mas por enquanto ele deve ter conhecimento apenas de Nina, uma filha de Poseidon.

- Esse vai ser outro problema, Zeus não vai gostar de saber que existe outra cria de Poseidon que pode se tornar uma ameaça.

- Por isso Atena, eu quero te pedir um favor – disse Ártemis. – Se me acontecer alguma coisa...

- Eu sei, pode contar comigo.

- Obrigada.

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Poseidon foi para seu templo e fechou as portas, não queria ser perturbado. Por isso, usou sua magia para impedir que alguém entrasse. Foi direto para a fonte mágica, queria ver o filho. A imagem mostrava Nina ao lado da filha de Atena na praia, as duas correm para o mar e lá Nina faz uma bolha de ar envolvendo a ambas e então, ele vê as duas meninas se beijarem.

Ele sorri, mesmo nessa forma Percy não deixou de ser ele mesmo e parece que Annabeth não se importou. Outra cena mostrava a ocasião em que Apolo foi mandado para o acampamento. Os campistas alvoroçados se aglomeraram em torno do garoto todo machucado. Dessa vez Zeus não teve pena do filho, o garoto possuía queimaduras por todo o corpo.

Ele viu várias cenas em que Nina participava. Caça a bandeira, corrida no Labirinto, treinando e por fim sendo abraçada por Apolo. Ele franze o cenho com essa cena, mas então ele vê Nina repreendendo Apolo.

O deus do mar suspirou. Por enquanto estava tudo bem. Ele desfaz a imagem e fica pensativo, algo de ruim ia acontecer, ele podia sentir um perigo no ar, mas não sabia se era por causa do Labirinto ou de Percy. De qualquer forma, ele tinha que se preparar para quando Zeus descobrir sobre Nina.

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Na sua oficina, o deus das forjas terminava a sua invenção. Ele sorriu e olhava com satisfação a pulseira de ouro imperial que fez para a mãe. Agora, só precisava canalizar a essência dela para ativar o dispositivo.

Ele sai de sua oficina e se dirige até o templo de Hera. Lá chegando procura pelo cetro de poder de sua mãe. Colocou a pulseira ao redor do topo do cetro e esperou que o dispositivo carregasse. Enquanto esperava, viu o pavão de estimação da mãe andando de um lado para o outro. O animal parecia inquieto, olhou para uma prateleira em que tinha uma tigela com petiscos, ele pega e joga para o pavão que come rapidamente.

Hefesto ouve um bip e coloca a tigela no lugar e vai até o cetro. Ele pega a pulseira e sorri, estava ativado. Depois volta para a sua oficina e recomeça o trabalho. Desta vez, ele faria um dispositivo para si mesmo, pois pretendia levar a pulseira à mãe no Alasca.