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História Caçadora Pelas Circunstâncias - Nos Tempos de Infância


Escrita por: CrisdeLeao

Notas do Autor


Olá, uma pequena descontração.

Foto da Poseidon

Capítulo 57 - Nos Tempos de Infância


Fanfic / Fanfiction Caçadora Pelas Circunstâncias - Nos Tempos de Infância

Depois que saíram de Bethel, o grupo das caçadoras, seguiram em frente.

Durante o percurso elas tiveram que se esconder de uma gangue de motoqueiros que passava pela estrada. Depois disso, acamparam perto de uma fazenda, Nina foi logo procurar água para abastecer o acampamento.

Enquanto isso, Poseidon, não querendo ficar sem fazer nada foi procurar gravetos para a fogueira, as meninas sorriram quando viram o ex deus aparecer com os braços cheios.

- Aqui está mocinha, é o suficiente?

- É o bastante, obrigada tio – disse Caroline.

- Mais alguma coisa que eu possa fazer?

- Bem, vejamos – disse ela pensativa. – Que tal cortar alguns legumes?

- Claro – disse ele alegre pegando a faca de caça e se sentando. – O que quer que eu corte?

- Corte aquelas cebolas em pequenos pedaços para um refogado.

Poseidon não ficou com uma cara muito feliz.

- Tudo bem tio?

- É que eu tive uma experiência ruim com cebolas.

- É mesmo? Conta pra gente? – ela perguntou curiosa. – Enquanto isso corte as batatas.

- Tudo bem – disse ele deixando as cebolas de lado e pegando as batatas. – Bem, tudo começou quando eu e meus irmãos éramos pirralhos...

- Espera aí, vocês não estavam no estômago de seu pai, como pode ser isso? – interrompeu Patrícia filha de Hermes que ficou no lugar de Meg na cozinha.

- Isso foi depois que saímos de lá – disse -, nossa mãe queria que voltássemos a ser crianças, já que ela não teve a oportunidade de nos criar. Então, ela nos transformou.

As meninas assentem.

- Continuando – disse -, enquanto as meninas estavam conversando entre elas, eu, Hades e Zeus fomos explorar a ilha onde nossa mãe o criou. Ele nos mostrou as partes mais legais de lá, aí quando nos aproximamos de umas pedras, eu senti cheiro de água. Eu corri na frente e os dois me seguiram.

Lembrança on

- O que foi Poseidon? – perguntou Hades.

- Água, tem água depois dessas pedras.

- Como você sabe?

- Posso sentir o cheiro.

- Espera, esse é o lago das náiades, não podemos ir praí – disse Zeus.

- Por quê? É só um lago – disse Poseidon subindo nas pedras.

- Poseidon, desce daí, você não ouviu? – disse Hades.

Poseidon não deu ouvidos aos irmãos e continuou a subir, ele dá um impulso para cima e chega ao topo.

O lago era grande, rodeado de árvores e uma pequena queda d’água dava um lindo visual. Poseidon ficou fascinado com a visão e então viu algumas meninas brincando na água, ele ficou com vontade de mergulhar no lago. Foi então, que uma delas o viu.

- Oi garoto, quer vir brincar com a gente?

- Eu posso?

- É claro que sim, venha.

Poseidon ia descer quando uma mão fria toca seu ombro.

- O que pensa que vai fazer, vamos embora – disse Hades sério.

- Por quê? Elas só querem brincar – disse – vem com a gente.

- Não, essas garotas não são o que parece.

- Como você sabe?

- Zeus me disse.

- E você acreditou? Zeus conta muita mentira.

- Mas...

- Não esquenta irmão, eu vou brincar com as meninas, se você quiser pode vir também.

Poseidon desce até o lago e as meninas o rodeiam.

- Oh, é um garoto!

- Vamos brincar de mergulhar?

- Vamos! – gritaram todas juntas.

Elas empurram Poseidon para dentro do lago e o puxam para debaixo d’água. Hades, que ficou no mesmo lugar, esperou que o irmão voltasse à tona, mas passou um bom tempo e nada de Poseidon. Zeus chegou até ele.

- Por que estão demorando? Cadê Poseidon?

- Está lá embaixo.

- Não o estou vendo.

- As náiades o levaram para dentro do lago, estão demorando.

- Essa não, a mamãe me disse que as náiades afogam os homens. Por isso, ela nunca me deixou vir pra cá.

- Tá dizendo que elas afogaram Poseidon?

- Sim.

- Impossível. Somos deuses, duvido que isso aconteça.

- Somos deuses sem domínio, esqueceu?

- Então...

- Elas afogaram ele.

Os dois olham novamente em direção do lago, onde o irmão foi levado pelas náiades e não retornou.

- O que vamos fazer Zeus?

- Não sei, mas vamos levar uma bronca da mamãe.

- Já sei – disse Hades -, vamos falar com as meninas, talvez elas possam nos ajudar.

- Tudo bem, vamos.

Os dois descem das pedras até o chão e correm à procura das irmãs.

No ínterim, Héstia, Deméter e Hera jogavam conversa fora quando Zeus e Hades apareceram um tanto assustados.

- O que foi, vocês estão pálidos – perguntou Deméter.

- Onde está Poseidon? – perguntou Hestia.

- Morreu afogado – disse Hades à queima roupa.

Zeus olhou para o irmão de olhos arregalado e as três o olharam incrédulas.

- O QUÊÊÊ!!

- Pôxa Hades, não precisava ser tão direto – reclamou Zeus.

- Como assim morreu afogado? – perguntou Hera nervosa.

- Ele entrou no lago das náiades e elas o puxaram para baixo d’água e não voltou mais – disse Hades sério.

Se fosse Zeus a contar essa história, as meninas não acreditariam, pois o garoto gostava de contar vantagem só para fazer inveja aos irmãos, mas se tratando de Hades, que nunca mentia, era melhor levar a sério.

- Isso é impossível, ele não pode ter morrido, somos deuses, não é? – perguntou Deméter olhando para os irmãos.

- Ainda não temos domínio definido – disse Héstia. – Vamos até o lago.

Os cinco correm até o lago onde não havia sinal nem das náiades e nem de Poseidon.

- POSEIDONNN! – gritou Héstia, mas sua voz se perdeu com o barulho da queda d’água.

- Não adianta, ele não vai ouvir – disse Hera.

- Eu disse praquele imbecil não vir pra cá porque a mamãe proibiu, mas nããão, ele veio assim mesmo – disse Zeus.

- O que vamos dizer à mamãe? – perguntou Deméter.

- Vamos contar a verdade, oras – disse Hera.

De repente, elas ouvem um barulho de água vindo do lago. Os cinco se viram ao mesmo tempo e ficam perplexos com o que veem.

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Poseidon quando foi levado para o fundo do lago ficou fascinado, as meninas mostraram tudo para ele, inclusive onde elas moravam.

- Vocês moram aqui?

- Sim – disseram todas.

- Legal!

- Ei, quer aprender um truque?

- Uhum.

As náiades se concentram e sua parte inferior começou a mudar. Onde antes existiam pernas surgiu uma cauda de peixe. Depois elas começaram a nadar ao redor de Poseidon.

- Uau! Vocês me ensinam?

- É só se concentrar, pense numa cauda e então suas pernas viram uma.

- O.K.

Ele se concentra e suas pernas começam a mudar, uma cauda verde azulada aparece no lugar.

- Consegui!

- Agora você poderá nadar mais rápido – disseram.

Poseidon testa sua cauda e nada junto com as meninas. Enquanto fazia isso, ele ouve alguém lhe chamar, embora estivesse embaixo d’água ele conseguiu ouvir. Então, devagar aproximou-se da superfície e viu a silhueta de seus irmãos e irmãs na beira do lago. Foi então, que teve a ideia de surpreendê-los, nadou até o fundo do lago e impulsionando para cima a toda velocidade chega à superfície, faz uma cambalhota em pleno ar e cai novamente na água.

SPLASH!

Espirrando água pra todo o lado molhando os cinco que o olhavam estupefatos.

- E aí irmãos, gostaram da minha cauda? – ele pergunta alegre.

Deméter foi a primeira a se manifestar.

- Poseidon, seu imbecil, olha o que você fez – disse ela verde de raiva fazendo com isso brotar algumas plantas ao seu redor.

- Pelo menos ele não se afogou – disse Zeus aliviado.

- Como ele conseguiu essa cauda? – perguntou Hera admirada.

- Ei, vocês querem nadar?

- Não, sai daí antes que a mamãe descubra o que você fez – disse Deméter ainda zangada por ele tê-la molhado.

- Ah, mas tá tão bom aqui – disse ele.

- Já chega Poseidon, nós achávamos que você tinha se afogado – disse Hades. – Saia daí, por favor.

Poseidon suspirou.

- Está bem, eu vou sair – ele disse voltando para o fundo do lago onde as náiades brincavam. – Ei, como eu faço pra ter minhas pernas de volta?

- Do mesmo jeito que conseguiu a cauda – disse uma delas.

- Entendi – ele disse se concentrando e a cauda desaparece dando lugar as pernas. – Tchau meninas.

- Tchau! – disseram.

Ele nada até a superfície e sai do lago, seus irmãos o esperavam.

Quando voltam para casa, a mãe olhando para os filhos ensopados perguntou:

- Por que estão molhados?

Todos apontam para Poseidon.

Réia suspirou.

Desde que os filhos foram libertados da “prisão” de Cronos que eles ficaram curiosos com o mundo aqui fora e às vezes aprontavam, principalmente Poseidon que era o mais entusiasmado.

- Poseidon, por que molhou seus irmãos?

- Foi sem querer mãe, eu queria mostrar minha cauda pra eles.

- Cauda?

- É, a minha cauda de peixe.

- Espere um pouco aí, por acaso você entrou no lago das náiades? – ela perguntou com as mãos na cintura.

- S...sim – disse ele hesitante.

- ZEUS!

- Eu disse pra ele não ir pra lá, mas ele foi assim mesmo – disse o garoto se defendendo.

- É verdade mãe – confirmou Hades.

- E vocês três?

- Nós fomos pra lá porque os meninos disseram que Poseidon tinha morrido afogado. Por isso, corremos pra lá – disse Deméter -, mas esse idiota apareceu de repente e nos molhou.

- Tudo bem, vão trocar de roupa, menos você Poseidon – disse ela séria.

Enquanto os outros saíam, Réia olhou para o filho que estava de cabeça baixa. Uma cauda de peixe – pensou. Isso só podia significar uma coisa.

- Escute filho, por que você entrou no lago?

- Eu senti vontade, era como se a água me chamasse e as meninas do lago me ensinaram a fazer a cauda.

- O que você sentiu quando entrou na água?

- Eu me senti feliz – disse ele sorrindo. – Eu consegui respirar embaixo d’água!

- Fico feliz que não tenha se afogado, mas você quebrou uma regra. Por isso vou ter que te dá um castigo.

- O...o que a senhora vai fazer? – perguntou engolindo em seco.

- Venha comigo.

Poseidon seguiu a mãe, apreensivo.

- Tome – disse ela lhe entregando uma faca e duas cebolas grandes -, corte em pedaços pequenos.

O menino levantou os olhos para a mãe numa pergunta muda.

- Esse é o seu castigo. Agora, senta e corta as cebolas.

Poseidon deu de ombros e começou a descascá-las e depois foi cortando em rodelas pra depois cortá-la em pedaços pequenos como foi mandado. Ao fazer isso, seus olhos começaram a arder, ele piscava e lágrimas se formavam, mas ele não parava de cortar. Quando terminou, seus olhos estavam vermelhos e lacrimosos.

- Já acabei mãe – disse ele fungando.

- Muito bem, agora venha lavar as mãos – ela põe uma vasilha com água para ele lavar as mãos e olhos que ardiam – agora vá mudar de roupa e chame seus irmãos para almoçar.

Lembrança off

Quando Poseidon termina seu relato ele dá um sorriso nostálgico.

- Aqueles foram bons tempos.

- Então é por isso que não quer cortar as cebolas? – pergunta Caroline.

- Essa não foi a única vez que eu cortei cebolas – disse ele entregando as batatas. – Aqui está.

- Obrigada, deixe o resto com a gente – disse a menina.


Notas Finais


É claro que nenhuma mãe sensata daria uma faca para um filho pequeno, mas em se tratando de deuses.....

Até o próximo.


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