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História Caçadora Pelas Circunstâncias - O Pedido de Poseidon


Escrita por: CrisdeLeao

Notas do Autor


Boa tarde a todos. Obrigada pelos comentários. Aí vai o capítulo de hoje.

Foto da capa Conselho Olimpiano

Capítulo 61 - O Pedido de Poseidon


Fanfic / Fanfiction Caçadora Pelas Circunstâncias - O Pedido de Poseidon

No acampamento das caçadoras, Nina acordava depois de muito tempo. Ela abre os olhos e senta de supetão, olha para os lados e constata que está em sua barraca, respira aliviada.

Quando olha para o lado, um garoto estava deitado dormindo.

- Pai? – ela o sacode. – Pai, acorde.

Poseidon dá um gemido e abre os olhos, uma menina olhava para ele.

- Nina – ele se senta rapidamente. – Filha que bom que acordou.

- O que aconteceu, por que está na minha barraca? – ela perguntou confusa.

- Você não se lembra?

- Não.

- Você levou uma descarga elétrica de Thalia ao meu pedido.

- Por quê?

- Porque foi o único jeito de parar você – disse. – Nina, você tentou me matar.

Nina arregala os olhos, incrédula.

- O quê?

- Escute, não era você naquela hora – ele explica. – Você sofreu um apagão que mudou sua personalidade, você me atacou porque não me reconheceu.

- Pai... por quê? Por que eu fiz isso? – ela pergunta nervosa.

- Acalme-se, está tudo bem. Eu estou bem – ele disse pegando a sua mão. – A culpa foi de Zeus, ele desencadeou isso em você.

- Como?

- Quando eu cheguei ao local você o tinha paralisado e com sua espada fez um corte em seu peito e daí, estava retirando seu ícor o deixando quase a beira do desvanecimento – disse. – Eu tentei impedir, mas você me atacou.

- Zeus – murmurou.

- Você estava fazendo com ele o que fez com Akylis.

- Eu juro que não lembro de nada – disse negando.

- Eu sei, mas eu quero que você me diga do que se lembra, antes de apagar.

Nina enxuga as lágrimas e pensa.

- Eu fui para o lago, levei o alvo e o meu arco – disse -, fiquei praticando por algum tempo e depois eu entrei no lago pra me refrescar e mergulhei até o fundo e então, eu vi um filhote de pássaro se debatendo na superfície. Peguei o filhote e o levei para a margem onde estavam as minhas roupas. Quando me virei para vesti-las, um par de braços me agarrou por trás me imobilizando e tampando a minha boca e nariz. Eu fiquei sem ar, tentei me libertar, mas era inútil – disse ela às lágrimas. – Ele.... ele passou a mão pelo o meu corpo – disse de cabeça baixa. – Depois disso, não lembro mais nada.

Então foi isso, aquele miserável ia abusar da minha filha – pensou. Isso não vai ficar assim.

- Pai... – Nina continua -, será que ele....

- Não – disse ele enfático -, não acho que ele tenha tido tempo. Deve ter sido nessa hora que você o atacou. Agora entendo por que você ficou daquele jeito. Você só se defendeu, não foi sua culpa.

- Mas pai, eu ataquei você também e se acontecer de novo? Talvez Zeus tenha razão, eu sou perigoso.

- Não diga isso, você não representa perigo pra ninguém – disse ele a tranquilizando. – Parece que só acontece quando você está em perigo e se sente incapaz.

- Eu não gosto de me sentir assim, isso me deixa com muita raiva.

- Exatamente, a fúria do mar não pode ser contida – disse Poseidon. – Você tem o mar dentro de si, e como o mar muda de calmaria para fúria sem que possa controlar. É a sua natureza.

- Ah pai – Nina se joga nos braços do pai e chora. Toda a tensão pelo o que passou a deixou sensível. Por isso, chorou.

Poseidon por sua vez, abraçou a filha e jurou a si mesmo que nunca iria abandoná-la. Que se dane as Leis Antigas, Percy era seu único filho semideus e depois desse episódio, agora mesmo que não ia deixá-lo. Não importava se a convivência iria humanizá-lo, ele já estava humanizado. O próprio Zeus contribuiu ao torná-lo mortal.

Agora ele sabia que ser humano, era ser frágil, sujeito a dor, fome, cansaço e medo; passou a entender melhor o lado dos mortais, as incertezas, as frustrações, as angústias e a insegurança. Ali com o filho na forma de menina, jurou a protegê-lo e também aos que ele ama.

Depois que Nina se acalmou, ela voltou a dormir. Poseidon saiu da barraca à procura de Ártemis.

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No Olimpo, enquanto Zeus se recuperava, os deuses se reuniam na sala dos tronos a pedido de Poseidon.

Depois que Nina voltou a dormir ele saiu à procura de Ártemis.

- Com licença Ártemis.

- Pode entrar. Como está Nina?

- Ela acordou, mas voltou a dormir – disse. – Ela me contou o que aconteceu antes de apagar.

- Continue.

- Zeus tentou abusar dela – disse ele. – Aquele miserável tocou nela.

Ártemis se levanta e anda de um lado para outro, suas suspeitas estavam certas. Mais uma vez o episódio se repete, Zeus atentou novamente contra uma caçadora em seu território.

- Você disse que ela apagou você acha que ele....

- Não, Nina atacou antes que ele consumasse seu intento.

- Foi isso que desencadeou o apagão?

- É o que eu acho – disse. – Eu tenho uma teoria, isso só acontece quando Percy está sob uma forte tensão emocional que ameace sua vida ou de outra pessoa importante para ele, e quando acontece ele apaga dando lugar ao furor.

- Então ele só se defendeu – comentou Ártemis.

- Nina disse que Zeus a agarrou por trás enquanto estava distraída, tapou sua boca e nariz fazendo-a perder os sentidos – disse – inconscientemente reagiu.

- Zeus teve o que mereceu – disse a deusa com raiva.

- Você sabe que Zeus é vingativo, ele vai atentar contra a vida do meu filho.

- O que pretende fazer?

- Eu tenho uma ideia, mas vou precisar do apoio dos deuses. Por isso, peço que me leve ao Olimpo.

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Na sala dos tronos, os deuses ouviam o relato de Poseidon sobre o ocorrido. À medida que ele falava as reações eram diversas. Choque, indignação, perplexidade, vergonha, outros não demonstravam o que sentia, mas ficaram pensativos de cenho franzido.

- E foi isso que Nina me contou até onde se lembra.

Todos ficam calados por um tempo até que Héstia falou:

- Como ele pôde fazer uma coisa dessas com a Nina, com o Percy?

- Zeus sempre foi um pervertido – disse Deméter –, não é a primeira vez que ele faz isso, não importa se é homem ou mulher.

- Ele foi longe demais dessa vez – disse Hades.

- Concordo – disse Afrodite. – A Nina, ou melhor, o Percy é o herói do Olimpo, lutou para nos manter no poder. Zeus foi injusto ao bani-lo, agora isso, inaceitável.

- Só que dessa vez ele se deu muito mal – disse Hefesto com um sorriso de canto -, mexeu com a pessoa errada.

- É. O moleque se defendeu – disse Ares com um sorriso.

- Eu tenho medo que Zeus queira se vingar de Percy depois do que aconteceu – disse Poseidon olhando para todos. – Por isso, eu quero a ajuda de vocês.

- Sabe que não podemos fazer nada contra Zeus – disse Atena.

- Eu sei disso – disse ele -, também sei que não posso exigir nada porque não sou mais um deus, mas vocês podem fazer alguma coisa.

- Podemos exigir explicações – disse Deméter -, mas isso não vai mudar nada. Zeus sairá impune como sempre.

- A única que poderia bater de frente com ele não está aqui – comentou Hermes. – Somente Hera poderia exigir algo de Zeus.

- Mesmo assim Zeus não recuaria – disse Deméter.

- Eu posso – disse Ártemis que estava calada. – Afinal, Nina é minha serva, Zeus invadiu meu território pela segunda vez. Eu levei Percy para a caçada a fim de protegê-lo, ele é minha responsabilidade. Portanto, eu posso fazer isso e eu já sei como.

Atena levantou uma sobrancelha já imaginando o plano de Ártemis, mas esperaria para ver.

- Obrigado Ártemis – disse Poseidon.

Os deuses se dispersaram e Ártemis e Poseidon voltaram para o acampamento.


Notas Finais


Até o próximo.


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