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História Caçadora Pelas Circunstâncias - Encurralado


Escrita por: CrisdeLeao

Notas do Autor


Olá, com atraso, mas estou aqui. Muito obrigada pelos comentários.

Aí vai o capítulo de hoje.

Foto da capa deusa Ártemis

Capítulo 62 - Encurralado


Fanfic / Fanfiction Caçadora Pelas Circunstâncias - Encurralado

Depois da reunião cada um dos deuses volta para suas designações. Dioniso voltou para o Acampamento Meio-Sangue.

Nesse momento ele contava a Quiron o incidente entre Zeus e Nina.

- Por todos os deuses! – disse o centauro perplexo. – Então o que Poseidon temia aconteceu.

- Infelizmente não podemos fazer nada a esse respeito – disse o deus.

- Mas isso não pode ficar assim – disse o centauro batendo com o punho na mesa -, algo tem que ser feito.

- Ártemis fará algo, foi o que ela disse.

- Mas é claro, Nina é sua caçadora – disse o centauro esperançoso. – Ela pode exigir reparação.

- Espero que ela consiga – disse o deus.

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No acampamento das caçadoras o clima era de incertezas. As meninas não sabiam como tratar Nina, agora que sabiam sobre sua identidade.

Nesse momento, Nina falava com as colegas.

- Eu sinto muito meninas por tê-las enganado, mas eu não podia contar. Por isso peço desculpas.

- Não se preocupe Nina, Lady Ártemis já nos contou tudo – disse Sophie. – Ficamos surpresas é verdade, mas você se mostrou íntegra, não temos do que nos queixar. Vamos sentir a falta da Nina.

As outras, assente.

- Obrigada.

Nina volta para junto de seu pai.

- E então, como foi com as meninas?

- Foi bem, elas aceitaram as minhas desculpas – disse de cabeça baixa.

- O que foi filha, em que está pensando?

- Estou pensando nas muitas mulheres que sofrem violência às mãos de homens inescrupulosos – disse. – Pensei na minha mãe que sofria calada aos maus tratos do Gabe. Ela nunca me disse nada, mas eu sabia que ele batia nela e eu não podia fazer nada porque eu era fraco. Também pensei na Zoe que foi enganada por Hércules e morta pelo próprio pai, além de muitas outras – disse com o semblante triste. – Agora compreendo o que elas sentem quando estão a mercê de homens assim; medo, fragilidade, incapacidade e raiva.

- Eu me arrependo muito de ter deixado sua mãe – disse o ex deus. – Olhando para trás, eu poderia ter feito algo por ela, mas eu estaria pondo a vida dela e a sua em risco. Se Zeus ou Hades soubessem, tanto você como ela não estariam vivos. Por isso me afastei, mas não fiquei longe. Eu sempre olhei por você desde que nasceu eu te visitei uma vez. Enquanto sua mãe dormia, eu me aproximei do berço, você estava acordado, mas quietinho, eu falei com você e você me respondeu com um sorriso – disse ele sorrindo. – Sabe filho, quando eu te disse que você não deveria ter nascido era porque eu sabia que a sua vida não seria fácil. Como filho de um dos Três Grandes, você teria uma grande responsabilidade. Eu não queria que você passasse por isso, mas você superou minhas expectativas, se tornou o grande herói que é. Eu tenho muito orgulho de você.

- Obrigada pai – disse ele o abraçando.

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No Olimpo, Zeus finalmente recuperado, abre os olhos e franze o cenho ao não reconhecer o lugar.

- Olá irmão, finalmente acordou – disse uma voz feminina que ele demorou a reconhecer.

Ele olha para o lado e vê uma mulher ruiva que o encarava.

- Héstia – diz com a voz fraca. – Onde estou?

- Na enfermaria do templo de Apolo – disse a deusa ainda olhando pra ele.

- O que aconteceu, por que estou aqui? – pergunta confuso.

- Você não se lembra? Ártemis o trouxe.

Zeus olhou para a irmã de cenho franzido, mas a menção do nome de Ártemis o faz lembrar-se de tudo. Da tentativa de estrupo de Nina e da reação da mesma. Automaticamente sua mão foi até seu peito onde a espada de Nina o golpeou. Então, lembrou-se do terror que sentiu ao ser golpeado e sua vida sendo retirada aos litros de seu corpo, sentiu-se fraco e, pela primeira vez com muito medo.

- Lembrou agora? – perguntou Héstia.

- Foi você que me curou? – ele responde com uma pergunta.

- Eu apenas fechei o ferimento, o resto foi graças ao néctar e a ambrosia. Você perdeu muito ícor, estava muito pálido.

- Aquele moleque quase me matou, ele vai pagar por isso.

- Você não vai fazer nada contra ele – disse Ártemis que estava mais afastada esperando ele acordar. – Você mesmo causou a sua desgraça. Portanto, você é o único culpado por isso.

- Do que está falando? – ele pergunta se fazendo de desentendido.

- Não me venha com essa – disse a deusa irada. – Você invadiu meu território e tenta abusar de uma das minhas caçadoras pela segunda vez. O que tem a dizer sobre isso?

- Eu não tinha essa intenção, só queria dá um susto nela – mentiu descaradamente.

- Mentira! – disse ela. – Nina nos contou o que você fez, tocou nela e fez perder os sentidos e ainda vem me dizer que não tinha a intenção de fazer-lhe mal? Seu hipócrita!

Zeus fica calado.

- Então Zeus, você tinha mesmo a intenção de abusar da Nina? – pergunta Héstia com raiva.

- Não devo satisfação a vocês – disse ele se sentindo acuado.

- Ah deve sim – disse Ártemis -, deve a mim. Eu exijo reparação.

- Reparação pelo quê se não houve nada? Pelo contrário, aquela “menina” tentou me matar, eu é que deveria exigir alguma coisa aqui.

- Só não aconteceu porque ela se defendeu, não é? Não é por isso que você está com raiva?

- Vocês não estão entendendo, aquele moleque é mais perigoso do que pensávamos, ele tem que ser eliminado – disse ele com os punhos fechados.

- Não se atreva a fazer nada com o Percy! – vociferou Hestia furiosa. – Você provocou a ira nele que só se defendeu. Você não morreu porque Poseidon o interrompeu, se não fosse por isso, você teria o mesmo fim de Akhylis.

- Nós discutimos sobre isso enquanto você estava desacordado – disse Atena entrando na enfermaria. – Quando Perseu fica semi-inconsciente e sofre um apagão, seu subconsciente entra em ação. É uma espécie de autodefesa que só acontece quando suas emoções são fortemente abaladas ou ele está em perigo. Ele sofreu uma grande pressão emocional quando não conseguiu se defender e daí a mudança repentina. Ele só queria eliminar o perigo que punha em risco a sua vida. Foi o que aconteceu no Tártaro e no monte Sant Helena.

- Você causou essa pressão nele. Portanto, você é o culpado de Percy ter agido daquela forma – disse Hestia. – Não procure desculpas para acusá-lo.

- Eu exijo que você retire todas as acusações dele e revogue o banimento – disse Ártemis – e vai deixá-lo em paz para viver a sua vida.

- De jeito nenhum – disse ele teimoso.

- Nesse caso Zeus, eu me retiro do conselho e dou o meu lugar à Héstia – disse Ártemis chocando a deusa citada.

- Você não pode está falando sério – disse o deus, mortificado.

- Não era essa a sua intenção quando ia me transformar em mortal? De qualquer forma eu estaria fora do conselho – disse a caçadora séria.

Zeus olhou para a filha e viu determinação em seus olhos.

- Você está mesmo disposta a deixar tudo para trás por causa de um semideus? – ele pergunta incrédulo.

- Não é por causa de semideus nenhum – disse ela exaltada -, mas pela sua cara de pau. Acha que eu esqueci o que fez com Calisto? Você nem sequer me pediu desculpas pelo o que fez. O que tentou fazer com a Nina foi a gota d’água. Portanto, tenho todo o direito de exigir reparação, você decide.

Héstia olha de um para outro, ainda atordoada, com o que Ártemis falou. Atena, de cenho franzido estava pensativa com a mão no queixo.

Quanto a Zeus, ele não esperava que o rumo dos acontecimentos se voltasse contra ele. Entretanto, Ártemis estava falando sério, ela era bem capaz de cumprir a ameaça. Se ele negasse, não só perderia Ártemis, mas também Apolo, já que ambos eram muito ligados.

- Muito bem, eu retirarei as acusações e revogarei o banimento, desde que você me garanta que o garoto não vai mais fazer isso.

- Desde que você não volte a ameaçá-lo, a fúria do mar não voltará, mas não posso garantir nada – disse a deusa. – Ele não vai ficar comigo pra sempre.

- Está bem, vou deixá-lo em paz. Ele pode ter a sua vida de volta. Feliz?

- É claro que estou, mas é melhor que você cumpra o que disse, ou eu juro pelo Estige que o Olimpo nunca mais vai me ver.

Um trovão ecoou ao longe selando o juramento.

- Vou voltar ao meu acampamento e dá a notícia à Nina – disse ela desaparecendo num brilho prateado.

- Essa foi a melhor decisão que você já tomou – disse Héstia. – Espero realmente irmão que não volte atrás – ela disse se retirando.

Somente Atena permaneceu.

- Você também está zangada comigo? – ele pergunta à filha que o encarava sem emoção.

- Fico imaginando se fosse o contrário – disse -, se Poseidon atacasse Thalia, o que você faria, exigiria reparação? Como você se sentiria se sua única filha semideusa fosse molestada por ele?

Zeus entendeu aonde ela quis chegar. Por isso, ficou calado ouvindo seus argumentos.

- Sabia que Nina também tentou matar o pai? – diz – Poseidon teve que lutar pela própria vida porque a filha não o reconheceu. Provavelmente ela achou que ele era uma ameaça e por isso atacou. Ponha-se no lugar dele, como ele deve ter se sentido.

Zeus continuava calado.

- Percy Jackson é o namorado da minha filha, não era o que eu queria pra ela, mas – os olhos dela ficaram mais escuros – foi a escolha dela. Portanto, cumpra com o que prometeu à Ártemis, do contrário, eu é que me retirarei do conselho.

Ela lhe vira as costas e sai da enfermaria. Zeus fica de cabeça baixa e pensa na grande burrada que fez.

Ele suspira e volta para seu templo.

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No acampamento das caçadoras Ártemis contava à Nina sobre a revogação.

- Verdade, então eu posso voltar para o acampamento, sem que Zeus me fulmine?

- Pode. Você não precisa mais se esconder – disse ela sorrindo.

- Então, eu posso fazer a Faculdade com a Sabidinha – disse ela feliz.

- Que bom Nina – disse Thalia feliz pela prima.

- Como conseguiu convencer Zeus? – perguntou Poseidon.

- Eu ameacei de sair do conselho se ele não aceitasse as minhas exigências – disse ela. – Ele sabe que as minhas ameaças não são meras palavras.

- Você faria isso mesmo? – ele pergunta.

- Sim, eu jurei pelo Estige – disse ela.

- Bom, eu agradeço muito o que fez por minha filha – disse ele surpreso.

- Faria isso por qualquer donzela – disse ela. – Agora que está tudo resolvido, já está mais do que na hora de trazer Percy Jackson de volta.

Nina assente e Ártemis faz com que uma névoa prateada envolva Nina. Quando ela se dissipa um garoto aparece.

- Está feito – disse ela.

Percy toca seu rosto e passa a mão nos cabelos que agora estavam curtos, depois apalpa seu corpo pra ver se estava tudo no lugar.

- Acho que não me esqueci de nada não é? – pergunta a deusa sorrindo.

- Er... não – disse Percy sem graça. – Obrigado, por tudo.

- Quando quiser pode se juntar a nós novamente, mas terá que usar calcinha e sutiã – disse a deusa rindo.

- Por mim tudo bem – disse ele sorrindo.

- Você vai direto para o Acampamento Júpiter? – perguntou Thalia.

- Não sei, eu queria ver a minha mãe primeiro, essa falta de comunicação é um estorvo – disse ele. – Queria que Blackjack estivesse aqui.

- Ou a Senhora O’Leary – disse Thalia.

Percy olhou para a prima e para os demais e só então caiu a ficha.

- Parece que não foi só a aparência que voltou, a lerdeza também – comentou Thalia rindo.

- Tá bom – disse Percy rindo também.

- Estamos indo para o Acampamento Júpiter, se quiser pode viajar conosco – disse Ártemis. – De lá poderá mandar uma águia mensageira para sua mãe.

- É verdade, não me lembrava disso – disse ele pensativo.

- É claro que não, vai ser bom ter sua companhia, agora como você mesmo – disse Thalia.

- Então vamos levantar acampamento e seguir viagem – disse a deusa.


Notas Finais


Até o próximo.


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