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História Caçadora Pelas Circunstâncias - O Deus da Fúria


Escrita por: CrisdeLeao

Notas do Autor


Olá. Uau, que semana, viu? O capítulo de hoje.

Foto da capa Percabeth

Capítulo 71 - O Deus da Fúria


Fanfic / Fanfiction Caçadora Pelas Circunstâncias - O Deus da Fúria

OLIMPO

Depois que se despediu do filho, Poseidon voltou ao Olimpo com Héstia e Hades. Os deuses estavam na expectativa do que iria acontecer, pois Poseidon não ia deixar barato o que Zeus fez com Perseu.

Quem estava mais ansioso por algo era Ares, o deus da guerra torcia para que houvesse um confronto entre os dois poderosos.

Quando os três reaparecem perante os deuses, todos sem perceberem sustentaram a respiração. Zeus engoliu em seco.

- Seja bem vindo Irmão – ele começou – eu vou....

- Me poupe dos seus discursos chatos – disse Poseidon o interrompendo. – Ande logo com isso.

Zeus olhou com raiva para o irmão, mas atendeu o seu pedido. Lançou um raio esverdeado na direção de Poseidon que quando o atingiu foi absorvido pelo seu corpo. Então, um brilho dourado emanou do corpo do garoto e à medida que o brilho se intensificava a sua aparência ia mudando. Quando o brilho se apagou um homem adulto por volta dos trinta anos estava no lugar do adolescente de dezessete anos.

Poseidon cresceu até a altura de doze metros e sorriu.

- É bom ter tudo de volta – disse olhando ao redor. E então seu olhar se demorou em Zeus. – Espero que tenha uma boa desculpa para o que você fez.

- Eu admito que errei. Por isso, peço desculpas – aquilo estava sendo humilhante demais para um cara orgulhoso e egocêntrico.

- Hein, eu não ouvi direito – disse Poseidon com as duas mãos atrás das orelhas. – Pode falar novamente?

Zeus respirava devagar para não estourar, Poseidon quando estava em vantagem sempre tirava proveito da situação. E Zeus detestava quando era ele o alvo dos deboches do irmão.

- Eu disse que peço desculpas – trovejou.

- Ah, agora sim deu pra ouvir direito – disse Poseidon sorrindo da cara zangada do irmão.

Alguns deuses presentes dentre eles os menores que presenciavam aquele embate, reprimiram um sorriso, pois nunca tinham visto o rei dos deuses se humilhar daquele jeito.

- Eu vou pensar nas suas desculpas – disse o deus dos mares. – Eu espero que nunca mais ameace meu filho ou você vai se ver comigo.

- Eu já prometi a Ártemis que deixaria aquele moleque em paz....

- Aquele moleque tem nome, é Perseu. Chame-o pelo nome.

- Já chega! Você não vai me humilhar na frente dos outros – disse Zeus se levantando faiscando.

- Você se sente humilhado, mais do que a humilhação que tentou impor ao meu filho? – disse Poseidon emanando seu poder que resfriou o salão. – Saiba irmão, que nunca vou perdoá-lo por isso.

De repente, Zeus se viu preso, não conseguia se mover, olhou para Poseidon que estava com os olhos escuros. Os mesmos olhos escuros de Perseu quando o subjugou e o feriu mortalmente. Uma onda de medo o invadiu, agora sabia de quem o semideus havia herdado esse poder. Poseidon nunca tinha manifestado isso antes, pelo menos não que ele soubesse.

- Pare! – disse Zeus.

- O que está acontecendo? – perguntou Deméter.

- Não pode ser! – disse Atena num sussurro.

- Ninguém se mexe! – disse Hades impedindo os deuses que iam intervir. – Héstia, rápido.

A deusa da lareira aproximou-se cautelosamente de Poseidon que estava concentrado somente em Zeus, ela colocou sua mão no ombro do irmão mandando uma onda de calmaria para ele que relaxou. Seus olhos voltaram ao verde água normal e o poder que antes ele emanava foi se dissipando. O clima voltou ao normal e Zeus se vendo livre sentou em seu trono ofegante e tremendo.

Poseidon piscou várias vezes, e olhou para a irmã que estava ao seu lado.

- O que foi, por que está me olhando? – perguntou de cenho franzido.

- Você não tinha que ir a um banquete? – ela pergunta.

- É mesmo – ele se vira para Zeus. – Vou voltar ao Acampamento Júpiter, os romanos farão um banquete em minha homenagem. Fui – ele disse desaparecendo.

Os deuses ficaram perplexos com a atitude de Poseidon.

- Você está bem irmão? – Héstia pergunta preocupada.

Ele assente, mas ela sabia que não, pois Zeus estava muito pálido.

- O que foi isso, afinal? – perguntou Afrodite confusa.

- Isso, foi a manifestação da fúria do mar – disse Héstia. – A mesma fúria que Perseu desenvolveu.

- Desde quando você sabe disso? – perguntou Atena.

- Desde que éramos mais novos – disse Hades. – Ele manifestou esse poder somente uma vez. Nossa mãe o selou para que ele não o usasse mais.

- Ela concluiu que era perigoso demais – completou Héstia. – Poseidon entrava em transe e se alguém interferisse ele voltava a sua fúria para quem estivesse por perto.

- Quando ouvimos o relato sobre Perseu no Tártaro lembramos de Poseidon – disse Hades -, mas como o próprio Poseidon não lembra que ele também pode manifestar esse poder ficamos calados.

- Por que nunca me contaram? – perguntou Zeus zangado. – Eu tinha o direito de saber.

- Pra quê? Para mantê-lo acorrentado a sua disposição? – disse Héstia. – Nossa mãe nos proibiu de contar até mesmo pra você.

- Além dela, somente eu e Héstia sabíamos disso – disse Hades. – Nós três presenciamos Poseidon em ação. A vítima dele foi um curete.

- Somente eu posso acalmá-lo – disse Héstia. – Infelizmente quanto a Perseu não posso fazer nada. Afinal, não podemos interferir, não é? – disse ela olhando para Zeus.

Ele a olhou de cenho franzido, mas não disse nada.

- Pelo o que acabamos de presenciar, Poseidon também não lembra o que faz – comentou Atena.

- Exatamente igual a Perseu – disse Deméter. – Isso foi realmente uma surpresa. Agora sabemos de quem o garoto herdou o poder.

- Tem uma coisa que eu não entendi – disse Afrodite. – Se Poseidon estava selado, por que ele manifestou esse poder?

- Boa pergunta – disse Hefesto.

Afrodite sorriu para ele.

- Deve ser porque o selo foi rompido – disse Atena. – Quando Zeus o transformou em mortal, o selo que antes o impedia deixou de existir – explicou. – Agora que ele voltou a ser um deus o poder está livre para se manifestar.

- Isso pode ser um problema? – perguntou Dioniso.

- Talvez – disse ela -, o poder só se manifesta quando algo o perturba.

- O problema é que Poseidon é instável – disse Zeus. – Quando está “perturbado”, ocorrem muitas tragédias.

- Ultimamente Poseidon está mais calmo – disse Hades. – O estopim da sua fúria é Perseu. Caso o menino seja ameaçado, ele não vai se segurar.

- Então, é melhor não mexer com o garoto, certo? – disse Dioniso. – Vamos deixá-lo em paz e tudo ficará bem com o papai do mar.

- É melhor você ter cuidado Dioniso – disse Deméter -, porque é você quem mais persegue o garoto.

Os deuses riram da cara de Dioniso.

Nisso, um vento frio aparece do nada deixando os deuses arrepiados. Bóreas aparece com Hera na sala dos tronos.

- Estou de volta meu senhor com vossa esposa – disse o Vento Norte com uma reverência.

- Obrigado Bóreas – disse Zeus.

O Vento Norte some numa brisa gelada.

Hera, vestida com um casaco de frio estava no meio do salão olhando ao redor. Por mais que estivesse longe, estava sentindo falta daquele lugar.

- Olá querida – disse Zeus sorrindo.

Seu sorriso sumiu ante o olhar da esposa.

- Não me chame de querida, seu idiota! – ela esbravejou. – Você me mandou para o Alasca sem uma roupa adequada, eu quase morri de frio.

- Er..., mas você parece muito bem – disse o deus sem graça.

- Eu estou bem porque alguém me encontrou e me deu abrigo – disse ela zangada. – Se não fosse essa pessoa eu estaria mortinha da silva.

- Não precisa exagerar, eu sabia que você conseguiria – disse ele sorrindo.

- Tá esperando o quê pra me devolver os poderes? – ela pergunta de braços cruzados.

Hefesto do seu trono reprimia um sorriso. Sua mãe quando queria conseguia se impor.

Zeus suspirando fez aparecer um raio de brilho marrom e lançou na esposa. O raio foi absorvido pelo corpo de Hera que brilhou em dourado. Suas roupas de antes transformaram-se no vestido grego que ela usava antes de ser punida. O brilho desaparece e Hera cresce 12m de altura, o seu tamanho divino.

- Assim está melhor – disse ela.

- Bem-vinda de volta irmã – disse Hades.

- Obrigada – ela diz olhando ao redor. – Onde estão Poseidon e Hermes?

- Hermes está numa missão e Poseidon está no Acampamento Júpiter – informou Zeus.

Hera levantou uma sobrancelha.

- E por que ele está no Acampamento Júpiter?

- Porque os romanos fizeram um banquete em sua homenagem – disse ele.

- Ah é? – ela disse pensativa. – E você não ficou ofendido porque não te convidaram?

- Na verdade não – disse ele -, o banquete foi um pedido de Perseu.

- O Percy está no Acampamento Júpiter? – ela pergunta surpresa. – Você não o tinha banido dos acampamentos? O que aconteceu na minha ausência?

- Muita coisa. Depois conversaremos sobre isso – disse Zeus desconfortável.

- Se quiser eu contarei tudo pra você tintim por tintim – se ofereceu Afrodite sorrindo.

- Claro que sim – disse Hera com um sorriso predador. – Quero saber todos os detalhes.

Todos notaram que Zeus ficou pálido, ele estava ferrado, muito ferrado.

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No Acampamento Meio-Sangue, Nico Di Angelo perturbado com a rachadura no chalé três falava com Quiron.

- Quiron, se é verdade que Poseidon está morto, isso quer dizer que o Acampamento Júpiter foi atacado. O Percy e o pai dele foram pra lá.

- É uma possibilidade – disse o centauro.

- Eu quero ir até lá – disse Nico. – Eu preciso saber se a minha irmã está bem.

- Você não está pensando em ir pelas sombras, não é? – disse Will preocupado.

- Sim, estou – disse o filho de Hades determinado.

- Nico!

- Eu não vou sozinho – disse ele. – E então Quiron?

- Está bem, tenha cuidado – disse o centauro.

- Obrigado – disse Nico se dirigindo para a floresta.

Will sai correndo atrás do namorado.

- Nico espera!

- O que é, estou com pressa.

- Por favor, Nico você ainda não está bem – disse.

- Pare de me tratar como um doente, Will – disse Nico aborrecido. – Eu sei muito bem dos riscos. Por isso, vou com a Senhora O´Leary para não ficar sobrecarregado.

- Só estava preocupado – disse ofendido.

Nico suspirou.

- Desculpe, mas eu me sinto sufocado com tanto cuidado – disse ele mais brando. – Você é um bom médico e um ótimo namorado, eu adoro os seus mimos, mas eu não sou mais um garotinho indefeso. Entenda, por favor.

- Eu não sabia que você se sentia assim – disse Will -, me perdoe, Nico.

- É claro que eu perdoo – disse Nico lhe dando um selinho. – Quando eu voltar a gente conversa está bem?

Will assente.

Nico assobia e de uma sombra sai um enorme cão que lhe dá uma lambida.

- Também estou feliz em vê-la garota – disse o semideus acariciando o animal. – Vamos procurar o Percy – ele diz e a cadela late ao ouvir o nome do dono.

Nico monta na cadela e acena para Will que retribui. O cão entra numa sombra e desaparece.

Will suspira e volta para junto dos outros.

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No Acampamento Júpiter, Netuno estava se divertindo ao lado do filho e dos campistas romanos. Ele estava na mesa dos pretores com Hazel, Percy e Annabeth.

Ele contava o que aconteceu no Olimpo.

- Daí eu disse para ele repetir bem alto as desculpas e foi muito engraçado – disse Netuno rindo. – Ele ficou muito zangado.

- Pai, você não tem jeito – disse Percy balançando a cabeça em negação.

- Às vezes, Júpiter precisa de uns puxões de orelhas – disse o deus descontraído. – Mudando de assunto, esse banquete está maravilhoso. Vocês estão de parabéns.

- Obrigada milorde – disse Reyna sorrindo aliviada, pois, tanto ela como Frank, ficaram sem graça enquanto Netuno zombava de Júpiter, o patrono do seu acampamento.

- Cadê a Belinha? – ele pergunta procurando alguém.

- Quem é Belinha? – perguntou Percy.

- Belona – disse ele. – Ela odeia esse apelido.

- Eu não sabia que a minha mãe tinha um apelido – disse Reyna surpresa.

- Só eu a chamo assim – disse ele sorrindo.

- Ela deve ter voltado para o Olimpo – disse Annabeth.

- Que pena, eu queria um par para dançar – disse ele.

- Vamos ter música? – perguntou Percy sorrindo.

- Vamos, os filhos de Febo prepararam um baile – disse Reyna. – É melhor se prepararem, porque todos vão ter que dançar.

- Vou ter que escolher outro par – disse Netuno dando uma colherada na comida italiana em seu prato.

Depois do banquete, os campistas voltaram para os seus alojamentos, trocaram de roupa e se dirigiram ao centro da praça onde o palco montado para o discurso do funeral foi arrumado com instrumentos musicais. Os filhos de Febo afinavam os instrumentos enquanto os campistas enchiam a praça. Cada um com o seu par.

No alojamento masculino, Percy e Netuno se arrumavam, o deus resolveu ficar na forma adolescente romano.

- Está pronto pai? – pergunta o semideus.

- Já – ele disse ajeitando o cinto. – O que acha?

- Bem romano – disse Percy que vestia uma túnica grega. – Você na sua forma romana, não parece tanto comigo.

- É porque eu tenho que ficar parecendo um jovem romano – disse. – Se eu ficasse parecido com você, eu estaria na forma grega.

- Certo, vamos?

Os dois saem do alojamento em direção ao alojamento feminino. Annabeth saía do seu quarto no exato momento em que eles chegavam.

Percy ficou de queixo caído.

Annabeth usava um vestido branco no estilo grego, sandálias trançadas, douradas e o cabelo louro cacheado caía em cascata pelos ombros. Ela estava encantadora.

Netuno sorriu, pois a menina estava parecida com a mãe quando resolvia se arrumar.

- Você está linda! – disse Percy com um sorriso bobo.

- Obrigada – disse ela sorrindo.

Netuno olhou de um para outro e resolveu intervir antes que chegassem atrasados.

- Ele tem razão, você está encantadora – disse ele.

- Obrigada milorde – disse ela corada.

- Então vamos andando porque eu ainda tenho que procurar um par – disse ele andando na frente.


Notas Finais


Até o próximo.


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