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História Caçados - Levy


Escrita por: 6lilith

Notas do Autor


As partes destacadas junto com isso : ■ são flashbacks.

Capítulo rescrito☆

Capítulo 4 - Levy


Fanfic / Fanfiction Caçados - Levy

- Agora podemos conversar. - Lucy diz puxando uma cadeira para se sentar.

Eles haviam chegado na casa tinha algumas horas. Natsu e Erza se acomodaram como quiseram mas Lucy não tinha descansado desde que chegou, estava angustiada e precisava saber o que tinha acontecido com sua amiga. Gray não estava diferente mas ele temia pelo quê a loira pensaria quando terminasse de ouvir a história dele.

Os dois estavam sentados na mesa de madeira da cozinha, em silêncio. Seu amigo não sabia como começar a conversa.

- Bem... vou tentar resumir da melhor maneira que consigo. - Lucy não disse nada, apenas esperou ele prosseguir. - Começou quando Levy percebeu que a comida estava acabando. Eu não queria ir até a cidade, mas essa área da floresta está prejudicada, não temos mais nossa plantação e os recursos estavam no limite. Foi ela que me convenceu. Disse que seria bom pois com o trabalho na cidade poderíamos ter mais chances de encontrar você.. então eu não consegui recusar.

- Tudo bem. - Gray diz, rendido aos pedidos da menor. - Eu vou com você. - Levy saltou de felicidade. - Mas sem magia. Você sabe o que acontece se descobrirem que camponeses usam magia.

- Claro que sei. Prometo não usar magia. - levantou uma das mãos fazendo uma promessa.

Os dois partiram para a cidade. A vantagem era que ninguém ali sabia de sua existência, então foi fácil arrumar alguma coisa. Com Levy trabalhando como garçonete eles tinham acesso a algumas informações privilegiadas, que os guardas do reino se embebedavam com facilidade. Isso era um ponto, eles sentiam estar cada vez mais próximos de Lucy.

- Eu sabia que aqui seria mais difícil do que onde a gente morava. - disse o moreno, jogando a cabeça para trás.

Os dias de trabalhos eram árduos, os dois se encontravam quase no limite.

- Mas é melhor. - disse Levy - Pense pelo lado positivo.

- Você sempre com bom humor. Seu rosto um dia deve cair de tanto sorrir.

- Credo Gray! - empurrou o moreno de leve - Não é bom humor. É que eu tenho esperança de que vai dar tudo certo.

- Queria ter essa sua motivação.

- Vai ficar querendo, agora andando. - Levy puxou o amigo para fora do hotel.

- Pra onde? - indagou confuso.

- Arrumar outro emprego! Temos que ganhar dinheiro rápido querido, a cada minuto que passa Lucy pode estar mais perto.

- Não exagera.

Conseguiram de novo, mesmo que isso custasse seu sono e tempo livre. A parte complicada era que o trabalho dobrado de Levy iria até mais tarde do que o de Gray, então assim que ele terminava seu turno, o moreno ia até o bar onde a azulada trabalhava e eles voltavam pro hotel juntos.

Contudo, naquela noite foi diferente. Gray teve de ficar um pouco mais tarde no trabalho a mando do chefe, o mesmo estava preocupado então decidiu ir avistar Levy.

Pegou uma lacrima de chamada e ligou para a amiga.

- Pode falar, Gray.

- Levy, desculpa, mas vou sair um pouco mais tarde... - coçou o pescoço incomodado.

- Entendendo... posso me virar sozinha. - respondeu receosa.

- Me escute: preste bem atenção nas ruas e nos becos! Vá depresa pro hotel!

- Gray, não sou mais uma criança. - diz com cara de tédio.

- Eu sei... só tome cuidado ok?

- ok, ok. Tchau Gray.

- Cuidado, hein. - a ligação foi encerrada.

Assim que terminou o expediente, Levy seguiu em direção para o hotel. As ruas eram de dar medo em qualquer um. Estavam desertas, não havia sequer uma loja aberta ou alguém passando nas calçadas.

Ela andava com pressa quando um homem alto a segura pelo pulso e a faz se virar para ele. O homem estava fardado com um emblema dos soldados de umas das guardas de Zeref.

Ele a jogou contra a parede de modo brusco, dava para sentir o cheiro insuportável de álcool no homem.

- Ora, ora que gracinha você é. - acariciou o rosto da pequena - Não sabia que é perigoso andar sozinha nessas ruas mocinha? Ainda mais a essa hora.

- O-obrigada pelo conselho senhor, mas se me der licença... - tentou sair, porém ele a emprensou na parede ainda mais.

- Já vai?

- Pode me deixar passar, senhor? - Levy tentava ser o mais educada possível pois era um soldado de Zeref. Se faltasse com respeito seria presa.

- Não quer passar um tempo comigo, princesa? - acariciou seus fios azulados e chegou mais perto dela.

Passou as mãos pela cintura de Levy tentando aproximar mais seus lábios dos dela. Mas antes que pudesse perceber o homem é arremesado para longe por uma forte rajada de gelo. Levy se vira e encontra seu amigo suado, com a respiração descontrolada e a expressão raivosa.

- Ainda bem... - disse ofegante.

- Gray! -correu para perto do amigo - Você está bem?

- Estou... - disse tentando controlar a respiração - Vim pra cá correndo. Eu sabia que não era bom você vir sozinha.

- Obrigada. - a azulada deu forte abraço no moreno, agradecendo mentalmente pela boa intuição de Gray.

- M-muleque como ousa?! - diz o soldado se levantando - Posso está em péssimo estado agora... mas ainda vou me lembrar de seu rosto... - limpou o canto da boca sujo de sangue - Vão me pagar caro.

Decidiram não revidar as ameaças, e com pressa Gray puxa Levy para saírem dali o mais rápido possível.

Passaram a noite toda arrumando suas coisas para fugirem do hotel, mas no meio da madrugada, com as malas feitas, foram surpreendidos por relinchos de cavalos. Quando Levy se aproximou da janela avistou um pequeno grupo de guardas parados em frente ao hotel.

- Gray, vem ver... - Levy abriu um pouco a curtina, revelando o tanto de soldados cercando a entrada, todos armados.

- Não creio que aquele merda fez mesmo isso. - indignado, Gray pega Levy e desce sem as malas encarando a multidão com ódio.

- Vejo que vai ser do jeito fácil. - diz um homem de longo cabelo preto e olhos vermelhos - Podem prende-los.

- Não! - Gray esbraveja - Ele - apontou para o homem da noite anterior - iria abusar da minha amiga! Ele mereceu! - disse o encarando.

- Acho que você não sabe com quem está falando. - diz o moreno de olhos vermelhos - Sou o capitão da guarda real, Gajeel e esse é um de meus subordinados. Você desobedeceu uma lei feita para ser seguida. Magia é restrita para camponeses.

- Mas...

- Você ouviu garoto. - diz o homem que Gray havia atingido, com um sorriso no rosto. - Quero a mulher presa e o homem morto.

- Desgraçado! - Gray gritou enfurecido.

Gajeel olhou para o homem que havia dito aquilo com reprovação.

- Não é você que dá as ordens aqui. - diz o encarando - Mas tem razão. Matem o camponês. - Gray e Levy arregalam os olhos - Aprender e utilazar magia são crimes compensados com a morte.

Uns soldados sacaram suas espadas e partiram para cima de Gray, contudo, Levy entrou na frente conjurando um campo de força amarelo não deixando as armas penetrarem.

Não conseguiria sozinha, então Gray ergueu uma barreira de gelo em volta dos dois, impedindo os ataques alheios.

- Eu tive uma ideia... Confia em mim... - a azulada disse pondo as mãos no ombro do amigo, tentando acalmar o mesmo.

Em situações como aquela o normal seria Gray tomar as rédeas, mas por algum motivo que ele desconhecia estava impossível pensar em um plano ou tomar a frente do problema.

Ele estava com medo.

Logo depois, Levy se agachou pondo uma das mãos no solo e a outra levantada fazendo com que um arco cheio de flores surgisse atrás deles.

- Infelizmente é apenas um de cada vez... - levantou seu olhar para o mais velho.

Gray tentou reformular o que acabara de ouvir. Um de cada vez significava que Levy ficaria para trás, significava que ela correria risco de ser morta.

- Não... - respondeu em baixo tom - Não vou te deixar aqui...

- Escuta, Gray - pegou no rosto pálido do rapaz - as vezes precisamos ser impulsivos. Não temos como pensar em outra saída agora. - desviou o olhar para uma parte rachada da barreira, engolindo em seco. Os soldados estavam tentando entrar a força. - Se eu for quem vai garantir que você fuja?

- Não! Eu não vou fazer isso! - disse O moreno em desespero.

Mais e mais o gelo ia se rachando, era questão de minutos para que os guardas conseguissem alcançar os dois. Levy ciente da situação, apertou o amigo em um abraço forte. Lágrimas escorriam de seus olhos e seu coração estava acelerado, a pequena fada estava sem ideias, precisava ser impulsiva.

Então, com toda sua força, empurrou Gray para dentro do portal.

- Encontre a Lucy. - Levy disse caindo de joelhos.

A última imagem que teve antes do portal se fechar foi dos soldados invadindo a barreira de gelo, pegando Levy de maneira bruta.

- Eu fui fraco Lucy. Não tive coragem para reagir corretamente. - desviou o rosto na tentativa de evitar o choro.

Lucy que ouviu tudo atentamente, se levanta, indo até Gray cabisbaixa.

- Você fez o que pôde. - tocou o topo da cabeça do moreno, o acariciando gentilmente, o que fez Gray soltar as lágrimas presas.

- Desculpa... - disse em meio aos soluços.

Como resposta, Lucy abraçou o amigo que retribuiu de imediato.

- Vamos atrás dela. Não importa como, mas vamos atrás dela.

Depois de uma longa conversa sobre arrependimentos e culpa, foram para seus respectivos quartos. Lucy conseguiu acalmar Gray que estava em péssimo estado. Guardar tudo aquilo para si não fez bem ao homem, ninguém ficaria bem com tanto peso nas costas.

Antes de Lucy adentrar no seu cômodo, a porta do lado foi aberta e o rosado saiu de lá a encarando, logo depois seguiu em direção a cozinha.

Ela suspirou entrando no quarto e se jogando na cama, se sentindo esgotada.

- Eu vou atrás de você, Levy. Me espere.

~*~


- Ei, olhe pra mim. - dizia um soldado para prisioneira - Olhe para mim, senão...

- Deixe-a em paz, Max. - Gajeel fala adentrando no local. - Pode sair.

- Mas senh...

- Saia. - ordenou com a voz firme.

O guarda saudou o capitão, saindo em seguida como ordenado.

Gajeel se aproximou da cela em passos lentos, a admirou por um tempo, depois se abaixou, colocando uma mão em seu queixo. Encarava a face machucada da pequena mulher, que estava de olhos fechados.

- No que tanto pensa, pequena fada?

Levy abriu lentamente os olhos, sorrindo sincera para o brutamontes em sua frente.

- Em um futuro melhor.


Notas Finais


Até o próximo.


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