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História Cachecol Yaoi - O Cachecol de Lã Amarela


Escrita por: Taimokio

Notas do Autor


A cor amarela da capa representa o lado feliz e divertido de ter amigos, mas também o lado "feliz excitante" da coisa, pois amarelo também lembra bananas... se é que me entendem.

Capítulo 6 - O Cachecol de Lã Amarela


Fanfic / Fanfiction Cachecol Yaoi - O Cachecol de Lã Amarela

Eu estava abraçado com o Gabriel. A sensação de ser protegido por um grandão era ótima. Seus braços eram tão grandes e fortes... era tão gostoso.

— É só que... eu queria uma mãe melhor. — Digo entre lágrimas e soluços.

— Ah... vai ficar tudo bem... — Ele diz e acaricia meus cabelos.

Coloquei minhas mãos apoiadas no peito dele e comecei a chorar bastante, como se nunca tivesse tido tempo para desabar em lágrimas. Passaram-se alguns vários minutos e ele ainda estava na mesma posição comigo. Resolvi parar de chorar.

— Tudo bem... já passou. — Digo e enxugo as lágrimas com a manga do meu blusão.

— Tem certeza? — Ele diz.

— Sim! — Digo tão rápido quanto o término de sua fala. — Vamos jogar!

— Ok! — Ele diz.

Gabriel sorri de leve, se afasta de mim devagar e se inclina para ligar o videogame. Enquanto ele estava de costas, era possível perceber seus músculos.

Ele terminou de ligar o videogame e colocou o nosso jogo favorito para rodar. Era um jogo de ação e magia, que também era cheio de armas muito divertidas. Eu tinha a versão atualizada em casa, mas acabei indo para a direção errada e paramos em sua casa.

— Você vai com o sacerdote de novo? — Pergunto.

— Vou sim. — Ele diz.

— Por que gosta tanto de ajudar os outros? — Pergunto.

— É divertido te salvar. — Ele diz.

— Não preciso que me salve... sou muito poderoso. — Digo brincando e começo a sorrir.

Nós dois estávamos com os olhos fixados na tela da televisão. Conversávamos e esboçávamos reações com nossas faces, mas não desgrudávamos do jogo. Já éramos bastante peritos naquele bom e velho joguinho.

— Às vezes as pessoas poderosas também precisam de proteção. — Ele diz.

— Palavras sábias. — Digo.

Ele levantou suas duas grandes pernas e as cruzou em cima do sofá. Olhei com o canto dos olhos e logo voltei a prestar atenção na tela.

— Sabe, eu já até sonhei com esse jogo. — Digo.

— Ah é? E como foi o sonho? — Ele diz.

— Eu era tão rápido quanto uma sombra. Estava correndo e correndo, e detonava qualquer um que aparecesse. — Digo empolgado enquanto inclino o controle para cima, destruindo três robôs inimigos de uma só vez no videogame.

— Sabe, tem algo em você que eu gosto. — Ele diz enquanto dispara explosivos nos robozinhos extras.

— E o que é? — Digo.

— Você é como um leão furioso, mas é um gatinho assustado por dentro. — Ele diz e solta algumas risadinhas bem de leve.

— Droga... não vou mais desabafar com você. — Digo e movo os lábios para o canto da boca.

— Foi só uma brincadeira... bobão. — Ele diz e esfrega sua mão na minha cabeça com força para me incomodar.

— Ei... eu não posso ficar muito. Minha mãe já deve estar por chegar. — Digo.

Gabriel fez uma expressão meio triste no rosto. Largou seu controle em cima do videogame e ficou me olhando. Acabei largando o meu também para falar com ele.

— Quando você vai vir de novo? — Ele pergunta.

— Não sei... — Digo e coço a cabeça.

— Ah, vem... meus pais te adoram. Você pode dormir uma noite aqui. — Ele diz e me puxa para seu colo.

Minhas bochechas ficaram mais vermelhas do que uma pimenta. Ele simplesmente me colocou no seu colo! O que eu poderia fazer? Era algo que eu não esperava do Gabriel. Sempre achei que ele fosse tão tímido quanto a Julie.

— Por que você me colocou no seu colo? — Pergunto olhando para o chão.

— Estou esperando você dizer “sim”. — Ele diz.

— Como assim? Você me prendeu no seu colo até eu dizer “sim”? — Digo.

— Sim. Coisas de meninos. Duvido muito que você seja mais forte do que eu para escapar. — Ele diz e me coloca de costas para o peito dele, prendendo o meu com seus dois braços fortes.

— Por que essas brincadeiras de meninos são sempre tão violentas? — Pergunto sorrindo sem graça.

— Porque nós somos violentos. Precisamos proteger as garotas que não conseguem se proteger sozinhas. — Ele diz.

Fiquei um pouco sem reação com sua frase. Seria ele realmente gay? Bissexual? Heterossexual? E seria também o André? O que eu faria se nenhum dos dois pudesse se apaixonar por mim? Eram essas as perguntas que bloqueavam a tentativa de me apaixonar por eles.

— Você protegeria muito bem sua esposa. — Digo enquanto tento me soltar em câmera lenta, mas sem parar.

— Por que? — Ele pergunta e se mantém firme com os braços, o que era fácil para ele.

— Oras... você é grande e forte. Qualquer garota se apaixonaria por você. — Digo e começo a preparar minhas pernas para dar uma cambalhota e puxar os ombros dele para baixo.

— Obrigado pelo elogio. — Ele diz e prende minhas pernas com as dele no chão.

— Sim. — Digo.

— Finalmente se rendeu? — Ele pergunta.

— Sim, me rendi. — Digo.

Ele agarrou a minha barriga e me levantou no ar. Um braço segurava o contorno do meu quadril e o outro segurava minhas costas; era como se estivesse carregando um bebê.

— Você parece meu irmãozinho mais novo. — Ele diz.

— Seu irmãozinho? — Pergunto corado.

Ótimo. Fui colocado na família dele, e como irmão dele. Deveria eu cancelar todas as expectativas de relacionamento com ele?

— Sim. Você é tão fraquinho e baixinho. Ainda joga videogame comigo, como os irmãos fazem. — Ele diz e continua me segurando em seu colo.

— Ei... somos homens... fica estranho você me segurar no seu colo. E você que é grande demais, eu tenho tamanho normal! — Digo.

— Fica estranho você dizer isso. Você realmente se parece com um irmãozinho mais novo. — Ele diz e vai até a cozinha.

Gabriel me colocou no chão com cuidado e abriu a geladeira. Pegou uma jarra de suco de maracujá e serviu o suco em dois copos amarelos. Me entregou um, sorrindo gentilmente.

— Obrigado... é o meu suco favorito. — Digo e sorrio de volta para ele, ainda um pouco sem graça com a situação de antes.

— Eu te conheço, Oliver. — Ele diz e toma vários goles do suco, até que termina e toma tudo bem rápido.

— Finalmente voltou ao normal? O Gabriel que conheço não costuma me incomodar tanto assim. — Digo e sorrio com o canto dos lábios.

— Desculpa... não me segurei. E estou com saudades da minha irmã. — Ele diz.

— A Tália? Ela era uma pestinha... — Digo e tomo um gole do suco. — Ela sempre fazia de tudo para me perturbar.

— Ela sempre teve ciúmes de mim. Eu era para tomar cuidado só dela. — Ele diz e ri um pouquinho.

— Muito ciúmes... — Digo e semicerro os olhos, lembrando de uma situação em que ela derrubou comida em cima de mim de propósito.

— Ei, Oliver. — Ele diz, sorrindo. — Você sempre foi bom em massagens, não é?

— Sim. Por que? — Pergunto inocente.

— Que tal fazer uma em mim? — Ele pergunta e começa a tirar a blusa, exibindo seu peitoral definido e musculoso, com um pouco de suor.

— Eu... preciso ir! Minha mãe vai me matar se eu demorar mais. — Digo e fico novamente com as bochechas vermelhas.

— Hum... já até tirei a blusa. E você está vermelho por quê? — Ele diz e cruza os braços.

Literalmente, meu volume entre as pernas já estava bastante grande. Não pude fazer nenhum movimento ousado, pois ele perceberia meu estado. Gabriel era tão ou mais excitante do que André. Ele só estava me incomodando e me tratando como um irmãozinho para eu me distrair dos pensamentos tristes (ele sempre soube que eu me animava com “brincadeiras bobas de amigos”), mas aquilo tudo acabava me deixando muito excitado.

Fechei os olhos, respirei fundo e olhei para ele. Andei até ele e abracei suas costas devagar, deitando minha bochecha em seu peito suado.

— Obrigado por se esforçar para me animar, irmãozão. Vou dormir aqui um dia sim. — Digo sorrindo carinhosamente.

Ele ficou com o rosto corado. Parou de ser brincalhão ao perceber que entendi sua atitude de me animar; voltou a ser o Gabriel tímido de sempre ao perceber que eu estava melhor; percebeu o quão longe foi com as brincadeiras e quase gaguejou só de ter um rostinho pequeno deitado em seu grande e forte peitoral.

— Até amanhã na escola. — Digo e sorrio com todos os dentes à mostra e os olhos quase fechados.

— Até amanhã! — Ele diz, gaguejando um pouco e me olhando andar de costas até a porta, sem reação nenhuma.

Gabriel mal pôde me acompanhar até a saída. Estava com os olhos um pouco arregalados e foi colocando sua blusa devagar. Quando fechei a porta do lado de fora, soltei todo o ar pela boca e minhas bochechas coraram novamente. Meu volume estava pulsando tanto que eu não sabia como pude me controlar. Mesmo não estando ereto, o pênis dele marcava muito sua calça e quase encostou no meu durante o abraço. Sem falar que pude senti-lo totalmente enquanto estava no seu colo.

— Que quente... — Digo e começo a andar para minha casa, mordendo os lábios.

Aquele resto de tarde me renderia muito tempo sozinho no banho.


Notas Finais


Escrevi e postei este rapidamente! Estou empolgado. <3 Obrigado pelos comentários e apoio de sempre!


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