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História Cachecol Yaoi - O Cachecol Bem Feito


Escrita por: Taimokio

Notas do Autor


A cor roxa da capa representa a personalidade de Julie. Bela, inteligente e popular, a garota certamente poderia atrair qualquer garoto que quisesse (ou algo diferente do que um garoto).

Capítulo 7 - O Cachecol Bem Feito


Fanfic / Fanfiction Cachecol Yaoi - O Cachecol Bem Feito

Depois de ter voltado para casa, minha mãe estava esperando no seu notebook fazendo suas coisas. Eu cheguei bastante animado e feliz por ter visitado o Gabriel. Quando abri a porta, sorridente, meu sorriso logo se esvaiu ao ver o rosto sério e frio como pedra de minha mãe.

— Oi mãe. — Digo.

— ... Oi filho. Por onde esteve? — Ela pergunta enquanto tecla com o rosto sério de sempre.

— Na casa do Gabriel. Fui depois da aula. — Digo e começo a andar até o meu quarto.

— Hum... tem massa folhada na cozinha. Comprei hoje. — Ela diz.

— Ok. — Digo.

Fui até o meu quarto e me joguei na cama. Sempre achei muito gostoso ficar todo atirado no colchão; é como fazer asas de anjo deitado na neve, mas na cama. Ouvi alguns passos de felino e minha gatinha pulou e deitou nas minhas costas. Ela era uma gata siamesa e raramente aceitava carinho. Eu enchia tanto a gatinha de carinho, que ela acabou se tornando violenta e começou a só aceitar afagos quando ela mesma quisesse. Este era um dos momentos raros em que ela estava carente.

— Oi, Asuna! — Digo.

Ela ronrona bastante e se aninha nas minhas costas. Estava tão quentinha. Não queria sair da posição para não perder a chance de deitar com ela. Sempre quis dormir com ela, mas os lambidos irritantes dela acabavam me deixando louco.

Na próxima semana, a escola organizaria um evento anual novamente. Era como uma grande festa, e todos os alunos adoravam. Seria bem divertido, assim como foi nos anos passados. Estudantes legais por toda a parte e vários locais com comes e bebes. Apostava que eu poderia dar uma boa olhada e descobrir se existia mais algum garoto interessante. Não podia iniciar um interesse amoroso com meus amigos sem saber se me apaixonaria por um estranho.

Levantei e tirei devagar a gatinha das costas. Sentei na minha cadeira de rodas da mesa do notebook e o liguei. Acabei só o deixando ligado mesmo. Escorei minhas costas na cadeira bem para trás e fiquei olhando para o teto, atirado.

— Ah... como seria bom estar abraçado no Gabriel agora... — Digo.

Minha mãe bate na porta e logo abre em seguida. Fico vermelho pensando que ela me ouviu.

— Filho, vá jantar. — Ela diz.

— Ok, mãe. — Digo.

No dia seguinte, estávamos na sala de aula e a professora de educação física estava organizando equipes para o festival. Cada equipe faria alguma coisa para contribuir com a festança.

— Oliver, que tal a gente servir lanches para todos na festa? — Julie diz, atrás de mim.

— Seria bastante divertido. — Digo.

— Eu topo também! — Diz Ana, atrás de Julie.

— Oliver, seu grupo vai cuidar de que parte? — Diz a professora.

— Vamos servir os lanches para o pessoal. — Digo. — Vocês também concordam, né? André e Gabriel.

— Claro. — Gabriel diz.

— Por mim tudo bem. — André diz.

No intervalo, nós cinco estávamos sentados em uma das mesas do refeitório. Julie e Ana estavam sentadas uma do lado da outra. Nós três, os rapazes, estávamos sentados juntos do outro lado da mesa. Eu estava no meio deles.

— Julie, você não esqueceu o filme? — Ana diz.

— Ah! Preciso ir correndo! Já volto pessoal! — Julie diz, apressada.

Ela levanta da mesa e corre até o portão da escola, indo bem rápido até a locadora de filmes mais próxima.

— De que filme vocês estão falando? — André diz.

— Nós teremos outra sessão de meninas hoje. O filme é secreto. — Ana diz e mostra a língua para ele. — Ela acabou esquecendo o filme, de novo.

— Precisamos ter alguma sessão de meninos também. — Gabriel diz.

— Concordo. Coisas de garotos... — André diz e Ana o olha com um rosto de quem vai perguntar algo. — Só para garotos, mocinha.

— Acho que seria divertido..., mas me dá medo ir em algum encontro com vocês dois. Aposto que vão aprontar muitas coisas perigosas. — Digo.

Chegando na locadora, Julie corre até os catálogos e pega o filme: “Estou apaixonada? ”. Ela o entrega para o vendedor com pressa. Era um novo vendedor. Um garoto jovem e bastante bonito, com uma aparência feita da mistura de Gabriel e André a atende. Seus cabelos eram da cor de mel e seus olhos eram da cor de um castanho bem claro; seu corpo era de tamanho médio e seus braços e pernas eram fortes; sua voz era um pouco brincalhona e também rouca.

— Seja bem-vinda! — Ele diz.

Ela finalmente olha para o rosto do vendedor, que está sorrindo, e acaba tendo suas duas bochechas coradas. A garota não sabia que se depararia com um rapaz tão atraente como ele, e sempre frequentava aquela locadora.

— ... obrigada! — Ela diz.

O atendente registra o filme no computador e ela retira rapidamente de seus bolsos uma nota de dez reais.

— Você está tentando descobrir se está apaixonada? — Ele diz, a encarando.

— Não... não é isso! É para minha amiga. — Ela diz e entrega o dinheiro.

O pagamento não precisou de troco. O dinheiro entregue era exato. O filme foi colocado em uma sacola e entregue para a linda Julie.

— Olha... você pode ser minha amiga se quiser. Eu acabei de começar a trabalhar aqui... vim de longe. Entendo muito de filmes. Acho que é por isso que fui contratado. — Ele diz.

— Claro! Podemos ser amigos sim! — Ela concorda rapidamente e ainda tenta parecer educada, mas está muito apressada.

Faltavam dois minutos para o intervalo da escola acabar. Os portões se fechariam e ela não mais poderia entrar. Era difícil de resistir à tentação de tentar agradar o novo morador, mas ela precisava ser direta.

— Faltam só dois minutos para o portão da escola fechar. Eu preciso ir urgente! Desculpa! — Ela diz e sai correndo para a escola.

O rapaz acena durante a rápida olhada que ela dá ao sair da locadora.

Nós quatro já estávamos esperando pela Julie no portão. Dois funcionários, um em cada lado, estavam se preparando para o trancar. Faltavam trinta segundos e ela finalmente chegou.

— Amiga! Finalmente! Você deveria ser uma corredora. — Ana diz.

— Desculpem... acabei me atrasando. Quase fiquei presa do lado de fora. — Julie diz.

— Você é realmente muito rápida! — André diz. — Poderia fazer uma maratona.

Nós todos rimos dela e entramos na sala de aula. Já estava tudo decidido sobre o grande festival. Um grupo de meninas faria os aperitivos e nós os entregaríamos e distribuiríamos para todo o pessoal da festa. Eu deveria me aproximar mais do André também, afinal, não era só o Gabriel que tentava me proteger e se esforçar para me ver bem.

No pátio da escola estava Stefanny, escondida atrás de uma das árvores nos espiando. Ela teria tramado alguma coisa para fazer contra mim no festival, mas eu não sabia de nada; estava feliz com os meus amigos e confiante sobre dar um ponto de início no possível amor por um dos meus amigos. Meu coração estava frágil e meu único refúgio eram eles. Não aguentava mais viver com pais separados e ter uma mãe tão fria e negligente. Achava que eu não gostaria de ter uma decepção amorosa... e para se evitar uma, basta não se apaixonar.



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