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História Cachecol Yaoi - O Cachecol Entrelaçado


Escrita por: Taimokio

Notas do Autor


A cor do capítulo está um pouco mais fraca do que a do anterior. Isso representa a fragilidade dos personagens principais, apesar de parecerem fortes.

Capítulo 9 - O Cachecol Entrelaçado


Fanfic / Fanfiction Cachecol Yaoi - O Cachecol Entrelaçado

Julie deu uma olhada para o lindo rapaz e em seguida sorriu. Ana estava com um potinho rosa de bolinhas brancas na mão, e dentro dele havia um grande brigadeiro de chocolate. A cada colherada de plástico, ela se deliciava com o sabor, negligenciando um pouco a conversa de sua melhor amiga com o rapaz novo. Talvez fosse de propósito, mas ninguém sabia.

— Vocês se conhecem? — Ana diz enquanto prova mais um pouco do doce.

— Um pouco. Ele é o novo atendente da locadora de filmes. — Ela diz.

— Desculpem-me. Ainda não me apresentei. Meu nome é Mark! — Ele diz.

— É um prazer em te conhecer, Mark. Eu sou a Julie e ela é a Ana, minha melhor amiga. — Julie diz.

— Prazer, Ana! — Ele diz e estende a mão para a loira, que a aperta.

Mark senta no banco logo à frente da tenda dos brigadeiros. Julie ficou o olhando de vez em quando enquanto sua amiga provava o doce. Ana olha para a morena e a chama para um banco separado das tendas. As duas vão e sentam juntas.

— Julie, sobre aquilo que conversamos... eu acho que não era real. Eu confundi. Eu gosto de você como uma melhor amiga. — Ana diz.

— Você tem certeza? Isso é bom..., mas, você tem certeza mesmo? — Julie diz, preocupada.

— Sim. Eu sempre notei o quão leal você é comigo, e isso acabou me deixando dependente de nossa amizade. Você é muito boa para mim, e eu gosto tanto de você, mas tanto, que eu acabei pensando estar apaixonada. — Ela diz.

— Que bom! Mas você não está mentindo para mim, está? — Julie pergunta semicerrando os olhos para a loira, e baixando um pouco a cabeça enquanto o faz.

— Não, não! — Ana diz sorrindo, fechando o punho direito e estendendo para a amiga.

Julie levanta seu punho esquerdo fechado e toca no de Ana, firmando o pacto das duas de serem sempre sinceras e honestas uma com a outra. A mais alegre olha um pouco para baixo e depois encara os lindos olhos em sua frente novamente.

— Eu posso até mesmo provar... Julie. — Ela diz.

— Pode? Como? — Julie diz, abrindo um pouco mais os olhos.

— Eu estou apaixonada por um garoto. — Ela diz.

Enquanto isso acontecia, a equipe de culinária finalmente terminou de preparar os aperitivos. André foi o primeiro a receber uma das bandejas, pois era o mais próximo do clube dos chefes de cozinha. A bandeja de doces estava cheia de cupcakes deliciosos com os mais variados sabores: nozes, avelã, chocolate, caramelo, morango... e outros gostos deliciosos.

— Ei, moço! Me vê um cupcake de caramelo! — Um moleque diz para André, que estava parado como uma estátua olhando friamente para os aperitivos.

O bad boy olhou para o pirralho e desferiu um olhar que era mais ou menos assim: “E por acaso eu tenho cara de garçom?!”, mas logo lembrou de que ele realmente era um garçom naquela festa.

Assustado, o cliente pegou o cupcake de caramelo e foi embora rápido do bar. André costumava ser mais gentil com seus amigos e familiares, mas achava que já tinha amigos o suficiente, sendo então frio como aço com desconhecidos.

Duas garotas animadas e ocupadas pararam na minha frente e na do Gabriel. Cada uma tinha uma bandeja com aperitivos diferentes. As duas curvaram a cabeça rapidamente para frente e entregaram uma para cada um de nós dois.

— Bom trabalho, rapazes! — Elas dizem e saem correndo para cozinhar mais, apressadas e felizes ao mesmo tempo por estarem fazendo doces deliciosos.

— Obrigado. — Digo. — Olha só, Gabriel. Minha bandeja tem potes de pudim! Eu adoro pudim. Nem tanto, na verdade. Gosto mais de massa folhada.

— Pudim... tenho pesadelos com pudim. Meus pais já me entregaram um de chocolate com frutas cristalizadas bem no meio.... Imagina o gosto do chocolate se misturar com o sabor de ferro e abacaxi das frutinhas. — Ele diz e expressa repulsão no rosto.

— Nossa. Deve ter sido horrível. Eu sempre queimo pipocas, mas pudim de chocolate com frutas cristalizadas... eca! — Digo.

— Você já queimou algumas pipocas quando eu dormi na sua casa também. — Ele diz e ri. — Que bom que os meus aperitivos não são pudim. Olha só para essas pequenas pizzas. Não parecem deliciosas?

Uma menina discretamente começou a correr pelo corredor e esbarrou em mim olhando para baixo, derrubando todos os potes de pudim no meu peito, barriga e pernas. Ela me deixou completamente sujo e melado, e continuou correndo bem rápido até a praça da escola sem que pudéssemos notar seu rosto.

— Caramba! Olha por onde anda! — Digo enquanto escuto o barulho alto dos potes de alumínio ao baterem no chão.

— Que descuidada! Você está bem, Oliver? — Gabriel diz e olha para trás, vendo o rosto da Stefanny na sala mais próxima.

— Estou..., mas não foi nada legal o que ela fez. — Digo e observo toda a minha roupa suja de pudim.

A garota modelo sai de sua sala e se posiciona em minha frente, retirando do bolso de seu vestido rosa um lenço. Alta, ela se abaixa para me olhar e força um sorriso, entregando o paninho em minha mão.

— Aqui, toma. É um pedido de desculpas por ter sido extremamente infantil e ter te derrubado aquela vez. — Ela diz.

— Então você resolveu pedir desculpas? Bonito da sua parte. — Gabriel diz, sorrindo.

— Ah... obrigada, Gabriel! — Ela diz e o encara com o melhor olhar que consegue fazer.

Peguei o lenço e fiquei olhando para o rosto da Stefanny. Eu sabia que as desculpas não eram sinceras, e também desconfiava de que a menina que esbarrou em mim era uma de suas capangas. O ruivo estava comovido com o pedido de desculpas, e ele por ser bom ficaria chateado comigo caso eu o recusasse.

— Desculpas aceitas. — Digo e passo o lenço na minha roupa.

O lenço era tão minúsculo que era completamente inútil, mas o grandão não era tão esperto, apesar de ter um grande coração. Ele considerava bonito apenas o ato da patricinha, mas não enxergava o por trás daquilo e nem prestava atenção que aquele lenço era para lágrimas, e não para desastres grandes com líquidos.

Naquela hora, fiquei bastante chateado. Sempre pensei estar preparado para tudo a qualquer hora. Sempre guardei um pedaço de cabo de aspirador do lado da minha cama para proteção, e tentei estar prevenido para qualquer tipo de ameaça, mas parece que não consegui notar uma garota apressada correndo em direção à minha bandeja de doces. Minha festa seria arruinada por ter de voltar para casa e trocar de roupas.

Julie e Ana estavam tendo uma conversa tensa, mas ouviram o barulho dos potes de pudim mesmo longe.

— Alguém derrubou alguma coisa! — Ana diz.

— Sim. Depois a gente confere. Eu quero saber de quem a minha amiga gosta agora. — Julie diz e segura as duas mãos da loira, a fazendo não poder mudar de assunto.

— Tudo bem. Lá vai. Estou apaixonada pelo André. — Ela diz.

Julie mudou de um sorriso para um sorriso forçado. Estava forçando os lábios a manterem uma aparência amigável, mas escondia uma tremenda preocupação por dentro de seu peito. A morena também estava apaixonada pelo André, e estava com bastante dificuldade para continuar sorrindo. Julie sempre foi uma garota leal com os amigos, e abandonaria o próprio amor para não magoar sua melhor amiga. Quando ela me perguntou uma vez por telefone de quem eu gostava, ela secretamente estava com medo de que fosse o André também. Naquele dia, acabei desligando o celular e fiquei sem responder sua pergunta.



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