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História Cada Um Faz Seu Destino - Nevasca


Escrita por: andreniz

Notas do Autor


Ehhhhh consegui postar na sexta! Faz tempo que isso não ocorre.
Vamos ter Lied nesse capitulo, irá ser bem focado neles.
Sem mais delongas....
Boa leitura!

''Oh, Dona Maluca, que tal pararmos de falar sobre destino?''
- The Vampire Diares.

Capítulo 25 - Nevasca


Fanfic / Fanfiction Cada Um Faz Seu Destino - Nevasca

-Estar entregue. - Christian estaciona em frente ao prédio que moro.

-Não vai subir? - pergunto tirando o cinto de segurança.

-Melhor não. Vou deixar você descançar, já dá para ver as olheiras. - ele diz muito sério focando na região abaixo dos meus olhos. 

-Sério!? - olho o meu reflexo no visor do meu celular e não vejo nada. - Quer me matar? 

-Continuaria bonita, como sempre. - encontro os seus olhos cinzas e de costume coloco a minha mão esquerda sobre o seu rosto. 

Fico muito sem graça quando sou elogiada. O que é muito estranho, pois gosto que me achem bonita. 

-Palhaço. Só quero tomar um banho quente, deitar na cama, fechar os olhos e fingir que a vida não existe por cinco minutos. - mentalizo isso na esperança que realmente aconteça.

-Vamos fazer isso acontecer. - ele sai do carro e em seguida aparece ao meu lado abrindo a porta para mim. 

-Obrigada. - agradeço. Assim que eu coloco o pé no chão sinto as botas molharem novamente. 

 Christian carrega a minha mala até os degraus da escada para evitar que fique na mesma situação que os meus pés. Abro a porta do passageiro e Jonny sai correndo, com um pouco de dificuldade por conta da neve. 

- Sempre ao meu lado nos piores momentos, como um bote de salva-vidas.  - digo sorrindo e ele sorri de volta.

-Estou aqui para isso, é só gritar por socorro. Boa noite, te ligo amanhã.- recebo um beijo de despedida na bochecha.

 -Boa noite. Obrigada por tudo. - como sempre, ele espera eu entrar para ir embora. Cuidado tipico de um irmão. 

Passo pela recepção onde o Phill não está, o que não é novidade. Ainda vai nascer a pessoa que consiga superá-lo como o  pior porteiro. 

-Viu? De que adianta correr tanto e ficar com a cara na porta? - falo para Jonny assim que apareço no corredor referente ao meu andar.

 Antes de chegar no meu apartamento, Will abre a porta do seu surgindo com a Charlotte, sua cadela ,ao seu lado.

-Lia? - ele pergunta inseguro.

-Olá, Will. - fico na sua frente e pego na sua mão para sinalizar que realmente sou eu, acaricio a sua cadela comprimentando-a.  - Oi, Charlotte.

-Nossa, quanto tempo não te vejo. - ele se dá conta do que disse e não conseguimos segurar o riso. - Piada de cego.

-Muito boa! Estava viajando a trabalho. - Jonny fica do meu lado encarando a cadela de Will, da mesma maneira quando ele fica curioso sobre alguma coisa. A cabeça inclinada para um lado e uma orelha levantada. 

-E como foi? - questiona ajeitando os seus óculos que desta vez é com as lentes pretas.

-Foi...- tento pensar em uma palavra para classificar esses últimos 11 dias. - Surpreendente. Mas, estou esgotada. Terrivelmente esgotada.

-Imagino. Seja bem-vinda novamente. - ele sorri de maneira receptiva.

-Obrigada e como está sendo conviver com a neve? - reparo as suas roupas. Uma jaqueta escura aparentemente bem grossa, um cachecol também escuro, uma calça de moletom vermelha e meias nos seus pés. 

-Frio, muito frio. - ele se encolhe quando diz isso. - Entretanto, gosto muito desse tempo.

-Igualmente a mim, nada como um bom frio. - o telefone da sua casa começa a tocar. - É melhor ir atender.

-Deve ser a minha mãe, está me ligando de 15 em 15 para saber como eu estou me virando nesse tempo. - diz suspirando. - A gente se vê.

-Até logo, Will. - digo. 

Quando entro em casa sinto um cheiro típico de ambiente que fica muito tempo fechado. 

-Lar, doce lar. - largo a mala na sala, finalmente me livrando dela. - Vou tomar um banho, Jonny.

Ele se encontra esparramado no sofá tentando se livrar do cachecol.

-Vem que eu te ajudo, meu bebê.-  ao falar isso ele começa a procurar brincadeira. -EURECA! - grito depois de conseguir tirar o cachecol e enxugando meu rosto com sua baba. - Seu nojentinho.  

Ele me acompanha até o banheiro. Ou seja, vai ser o meu chiclete novamente. Devo confessar que essa foi a parte que mais senti falta. Tiro a lente de contato antes de entrar no banho, ligo o chuveiro e assim que a água morna cai nas minha costas relaxo  instantaneamente, me fazendo esquecer as últimas 24 horas que passei com Charlie.

Termino o banho 30 minutos depois, só por que Jonny começou arranhar a porta impaciente. Seco meu cabelo com secador pensando em mudar novamente a cor dele, talvez um tom mais escuro, tenho que começar a estudar essa possibilidade. Visto meu moletom tamanho G velhinho e cinza, uma calça pijama com estampa de patinho e pantufas de coelhinhos. Minha roupa predileta. 

-Não apreço uma criança de 10 anos? - pergunto ao Jonny e ele late em resposta. - Sempre concordamos, impressionante. Que tal uma maratona de How I Met Your Mother antes de ir para cama?

Antes que eu me sente no sofá a campainha toca. Quem pode ser?  

-Não sei para quê existe interfone o Phill nunca avisa antes. - resmungo abrindo a porta sem conferir quem é pelo o olho mágico. 

O que foi um erro. 

Só pode ser uma miragem. Não, ele está realmente na minha frente. Na minha casa! Como isso é possível? 

-Na verdade o interfone da portaria está com defeito, segundo o porteiro. Ele só me informou o andar, disse que não sabia se você já tinha retornado. Então resolvi arriscar, mas não foi muito difícil achar o seu apartamento. - Ed diz apontando para o meu tapete com a estampa de uma câmera fotográfica em frente a porta.  

Quando volta olhar para mim sua testa franze como se estivesse confuso sobre alguma coisa. E antes que eu possa questiona-lo ele volta a falar. 

-Seus olhos... por que estão assim? - prendo a respiração e fecho os olhos sentindo que estou sem a lente azul.  Fico paralisada sem saber o que fazer ou falar. -Tem alguém aí? - ele balança uma das suas mãos em frente ao meu rosto assim que abro os olhos.

-Parabéns, Sheeran. Acabou de descobrir o meu segredo mais profundo. - falo em tom de brincadeira, é a única forma de me livrar desta situação.  - Isso se chama heterocromia. 

-Hete... desculpa, pode repetir? - ele pergunta. 

-Entra. Esse tipo de assunto não se tem assim em um corredor.  - dou passagem para que ele entre, tentando recuperar a postura. Porém, é meio difícil quando se está vestida da forma que eu estou. -Como conseguiu o meu endereço? - faço a pergunta que está na minha mente desde o momento em que o vi.

-Foi uma missão difícil. Mas, lembrei do contrato que você assinou com o Stu....Opa!

 Jonny passa por Ed vindo na minha direção ficando de pé e se apoiando nos meus seios. O que sempre faz quando qualquer homem vem aqui em casa, como se estivesse protegendo o seu território. 

- Uau, ele é tão grande quanto na foto. E aí, garotão? - ele diz fazendo menção de tocar em Jonny. 

-Melhor não. - alerto e ele recua sem entender. -Ele é muito cismado e ciumento, dê um tempo até ele se acostumar com sua presença. Jonny! - chamo-o e assim que ele olha para mim, entende o recado retornado ao sofá , mas continua olhando na nossa direção.

-Aceita um chá? -ofereço indo para a cozinha.

-Não quero incomodar. - ele diz sem jeito, colocando as mãos nos bolso da calça e olhando nos meus olhos fixamente interessado.

-Eu vou colocar a lente...

-Não! - me interrompe. - Desculpa. Eu vou me adaptar, só me dê alguns minutos. Não é como se você tivesse cortado o cabelo. - diz sorrindo.

-Certo. - e mais uma vez me sinto a vontade com ele. 

Sigo para a cozinha, colocando um pouco de água no fogo e mesmo de costas tenho aquela sensação de estar sendo observada. 

-Bela pantufa. - olho rapidamente na sua direção e ele se encontra apoiado do outro lado do balcão já sentado.

-Se eu soubesse que iria receber um famoso na minha residência, teria colocado o meu gorro de borboleta para complementar o look.  - esculto a sua risada e ela me faz rir também. - Chá preto ou erva-doce?

-Chá preto, por favor. - despejo a água fervente em duas xícaras, coloco os sachês e ponho as xícaras na bancada.

-Não é um britânico, mas dá para beber. - assopro o meu chá e bebo um gole saboreando-o. 

-Está ótimo. -ele diz após beber, limpando as lentes do seus óculos que ficaram embaçadas. E novamente ele olha diretamente nos meus olhos.

-A heterocromia é uma anomalia genética.- começo a explicar enquanto mexo o chá distraidamente. - A minha é causada de maneira hereditária, a minha mãe também tinha. É muito rara nas pessoas e eu fui privilegiada. Normalmente é causado por falta ou excesso de melanina e na maioria dos casos, a coloração incomum dos olhos é quase imperceptível, mas os meus são bem distintos. - concluo olhando para ele piscando um olho de cada vez. 

- Incrível. - acho que se ele pudesse tocar nos meus olhos tocaria, pois a sua expressão é de fascinação. -Não tem como reverter?

-Não possui cura ou tratamento específico, no entanto não promove nenhum sintoma além das cores diferentes. - dou de ombros.

-E porque usa lente? - ele pergunta. - Você fica muito bem assim. 

-Para evitar questionamentos, olhares curiosos, explicações...

-Reações como a minha. - ele sugere.

-Exatamente. Passei a minha infância e adolescência presenciando reações como a sua ou piores. - relembro alguns momentos sobre essa situação e pensando agora, até que eram engraçadas. 

-Você deve ser bem parecida com a sua mãe. - ele afirma ao invés de questionar. 

- É o que dizem. - bebo o restante do chá. - Vem, vou te mostrar uma foto dela.

Ele me acompanha até o meu quarto, mas para na porta meio indeciso sobre adentrar ou não. 

-Pode vim, não tem nada que qualquer outro quarto não tenha. - com isso ele vem na minha direção e para ao meu lado olhando o meu mural de fotografias. - Essa é a minha mãe. - aponto para a foto preta e branca de uma mulher sorrindo tanto com os lábios quanto com os olhos. 

-Vocês são idênticas, o mesmo sorriso e os mesmos olhos. - ele se aproxima um pouco mais do mural analisando o restante das fotos. - Por que todas são preta e branca?

-Para mim fotos pretas e brancas te fazem explorar a sua imaginação para pensar quais cores componhe cada elemento. - respondo.

-Faz sentido. Você tirou todas? - ele pergunta .

-Grande parte. Aí estão todas as pessoas que foram ou que ainda são importantes para mim. Meio meloso eu sei, mas é uma forma de sempre lembrar de cada um deles. - um sorriso surge involuntariamente no meu rosto. 

-Entendo, dá para ver pelo seu sorriso que cada um tem motivo para estar aí. - ele aponta para o mural. - Vou separar uma foto minha para fazer parte desse espaço. 

Olho na sua direção para ver se ele está brincando, mas a sua expressão é de seriedade. 

-Seu quarto é muito interessante e extremamente organizado. - diz olhando ao redor. - Aquilo são vinis? 

-Sim. Sou colecionadora. - vou em direção a minha estante onde estão os discos de vinis, passando a minha mão neles. - Tem de tudo um pouco. 

-Meu próximo disco, terá versão para vinil. - percebo que isso foi uma sugestão. 

-Quem sabe ele esteja aqui futuramente? - arqueio a sobrancelha . - Mas, só se for muito bom. 

-Acho que irei rever ele novamente antes de lançar. - rimos. - Olha só, um mapa mundi. Essas marcações são dos lugares que já visitou?

-Quem me dera. - digo olhando a quantidade de tachinhas no mapa. - Os que estão marcados é para aonde irei futuramente. Os em branco foram os que eu já pude conheci. 

-Qual é o lugar mais desejado? - tiro uma tachinha verde revelando o nome. - Ilhas Maldivas? 

-Isso. - devolvo a tachinha. 

-Porquê? - nos encolhemos no mesmo momento quando um vento invade o quarto. 

-Apenas gosto desse lugar, é paradisíaco. Espero ir em alguma ocasião especial. - digo enquanto fecho a janela percebendo que a neve começou a cair mais forte.  - Vamos conhecer o restante da minha casa. Não espere nada como uma adega ou um pub e muito menos uma passagem secreta. 

Mostro para ele os outros três cômodos: o banheiro, um outro quarto que transformei em um espaço onde revelo as fotos. Esse foi a parte que ele mais adorou, disse que supera toda a casa dele e por fim a sala. 

-Demoramos 2 horas para conhecer tudo. - falo brincando quando nos encontramos novamente na cozinha que é americana então é a mesma coisa que estar na sala.

-Só isso? Achei que tinha sido 3 horas, estou morto. - entrando na brincadeira ele diz. 

-Isso, Sheeran. Tire sarro da minha caixa de fosforo que se chama apartamento. - dou um soco de leve no seu braço. 

-Desculpa, inquilina. Na real, é um espaço bem acolhedor, para cada canto que eu olho tem uma característica sua. Moraria sem problemas aqui. - o noticiário que está passando na televisão prende a minha atenção.

''Mais de meio metro de neve e ventos de 56 km/h estão previstos para a região a partir da noite desta segunda, de acordo com o Serviço Nacional Meteorológico (SNM), que emitiu um alerta até a meia-noite de terça-feira. Achamos que será a primeira nevasca da temporada. Este é realmente o primeiro período de frio. Recomendamos que nenhum indivíduo saia de casa hoje a noite, para evitar incidentes".  

Concluí a jornalista chamando os comercias.

-É melhor eu ir então. - Ed diz indo em direção a porta.

-Está doido? Você acabou de escultar que tem uma nevasca prevista para essa noite. Eu seria morta pelas suas fãs, incluindo a minha irmã e a minha melhor amiga se deixasse você sair nesse tempo. - e de repente me lembro da Nina e Nora se elas souberem que ele esteve aqui. Vão me matar realmente.

-E o que sugere? Que eu durma aqui? - ele diz erguendo as sobrancelhas.

Um questionamento surge na minha mente:

Eu não posso deixar um estranho dormir na minha casa. Mas, eu dormi na casa dele por 10 dias, dei carona para ele, até já ficamos bêbados juntos. Então ele não é um estranho. Além do mais seria muita crueldade deixar ele ir embora. Imagina se ele se machucasse ou algo pior acontecesse

Todo esse questionamento durou menos que 20 segundos. 

-E porque não? Eu reconheço que o espaço é minusculo, mas nada que uma empurrada nos moveis não resolva. - ouvimos o vento atingir a janela fazendo barulho.

-Pelo visto não tenho muita opção. - Ed diz conformado.

Rapidamente montei uma ''cama'' para ele .Dois colchonetes que eu uso para acampar, travesseiros e edredons compôs a sua hospedagem por essa noite. 

-Espero que esteja a altura da sua senhoria. - digo quando terminamos de arrumar tudo. 

-Com certeza estará. Muito obrigada, está dispensada. - ele se joga na cama colocando os braços atrás da cabeça. 

-Vem , Jonny. - ele vem na minha direção entrando no quarto. Pelo visto já se acostumou com Ed, não ficou mais olhando para ele, até andou bem próximo sem cheira-lo ou nada parecido.  -Boa noite, Sheeran. 

-Boa noite, Cammélia. - Ed diz tirando os tênis e os óculos se enfiando debaixo das cobertas. - Eu esqueci de perguntar. Conseguiu resolver o seu problema? 

Fico sem entender ao que ele se refere, com isso ele tenta novamente.

-Em Los Angeles, sobre o seu parente no hospital. - fala bocejando e eu imito o seu gesto.

-Sim, consegui resolver. -respondo fazendo um coque no cabelo.  -Obrigada por perguntar. 

-Fico feliz. Durma bem. - Ed diz sonolento. 

-Você também. - apago as luzes sorrindo. 

Mesmo com sono tenho dificuldade para dormir, me remexo na cama com Jonny ao meu lado roncando baixinho. Olho para a prateleira na parede em frente a minha cama e vejo uma câmera fotográfica polaroide antiga. Levanto e pego-a conferindo se tem algum filme e por sorte há. 

Bem devagar abro a porta do quarto e vejo Ed deitado de lado, com um braço a mostra por cima do corpo aparentemente em um sono profundo. Ligo apenas a luz do abaju, posiciono a câmera e tiro uma foto sua. Espero alguns segundos para que a foto seja revelada,  então a sua imagem aparece preta e branca no papel. Apago a luz e volto para o quarto. Consigo achar uma fita duplex na gaveta da cômoda, retiro um pedaço, coloco atrás da foto e prendo-a no mural ao lado da foto do Finn.

 Retorno para cama caindo no sono imediatamente. 

 

 

 


Notas Finais


E aí o que acaharam?
Espero que tenham gostado.
Não percam o próximo cap. ! Terá um acontecimento...

Até breve ;)


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