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História Cada Um Faz Seu Destino - Momento Certo


Escrita por: andreniz

Notas do Autor


Ora, ora, ora...olha quem ressurgiu dos mortos. EU! Voltei e agora é para ficar, porque aqui é o meu lugar....
DESCULPAS INFINITAS por esse sumiço. Essas ultimas semanas fiquei sem tempo realmente, tanto que só comecei a escrever esse capitulo na sexta, iria postar, mas estava faltando muita coisa. Enfim, desculpas mais uma vez, fizemos um acordo e não cumprir. Esse é especial, é narrado por Ed e Lia e está bem comprido para recompensar a minha falta. Aaaaaah e falando nele...Ed veio e já voltou, não pude ao show mais uma vez, mas pelo menos respirei o mesmo ar que ele.
Espero que gostem!
Boa leitura.
P.s: tem uma surpresa nos momentos finais do capitulos...não vale pular logo para o final!

''O destino começa a te surpreender quando você deixa de esperar tanto dele.''
- Victor Érik

Capítulo 26 - Momento Certo


Fanfic / Fanfiction Cada Um Faz Seu Destino - Momento Certo

ED

Estou acordado há 10 minutos, encarando a porta fechada do quarto dela. Pensei que estava sonhando ,mas aos poucos, momentos da noite anterior veio á mente. Desde a forma que consegui seu endereço até o momento que ela me desejou boa noite. Observo mais uma vez a sua casa, cada elemento, o mais simples que seja, á lembra e isso torna esse ambiente acolhedor.

Tento fazer o mínimo de barulho ao levantar. Me arrumo vestindo o casaco e o gorro, recolho as chaves da casa do Stu, a carteira, o relógio e os óculos. 

Deixo um recado em um guardanapo, que estava no balcão da cozinha, agradecendo a hospedagem. Antes de ir passo pelo quadro que chamou a minha atenção ontem , tem escrito ''Para a minha próxima viagem'' no vidro e dentro dele algumas notas com diversos valores. Pego na minha carteira uma nota de vinte dólares e deposito dentro dele, dessa vez ela não vai me devolver. 

Assim que fecho a porta da sua casa, percebo que não arrumei a cama que dormi.

-Muito bom Edward,você é um ótimo hospede. - resmungo para mim mesmo.

Quando chego do lado de fora do prédio a quantidade de neve é impressionante. Afundo meus pés vela e sinto a dificuldade ao andar. O problema que não está passando nenhum táxi ou melhor quase ninguém se encontra na rua, a minha única opção é bom e velho metrô. 

Passo o trajeto cabisbaixo para evitar olhares curiosos. Se o Stu ou a Mônica souber aonde estou agora com certeza comeriam meu fígado. Falando em Stu, quando chego na sua casa sou recebido com um olhar furioso. 

-Isso são horas? - ele pergunta agindo como o meu pai.

-Eu deixei um recado. - respondo me jogando no seu sofá.

-Recado que diz : ''Gafanhoto, dei uma saída. Murray pediu para avisar que retorna mais tarde. X''. Eu aceitei de boa sobre você não ter um celular, nunca tentei controlar as suas saídas e muito menos com quem passa a noite. Mas isso Ed? Qual é o acordo que temos? - pergunta tirando os pés do sofá. 

-Sempre deixar um recado para o outro quando sair. - falo pausadamente. - Mas, eu deixei um recado...

-Sem dizer aonde iria ou á que horas retornava. - ele me interrompe falando mais alto. -Houve uma nevasca essa noite!

- Já vamos começar o dia com DR? - Murray surge na sala com os cabelos incrivelmente bagunçados e de olhos semicerrados.

-Como você chegou em casa com aquele tempo? - pergunto a ele surpreso. 

-Eu...-  boceja. - vi a noticia enquanto pegava um táxi e resolvi voltar para casa. 

-Pensei que nunca iria dizer isso mas, até ele foi mais prudente que você. - Stu diz me repreendendo.

-Ok. Foi mal, não pretendia ficar fora tanto tempo, aconteceu essa nevasca e eu fiquei preso na Lia. - levanto indo procurar um cigarro que guardei na gaveta da estante. 

Encontro-o intacto com um acendedor ao seu lado. Percebo um silêncio no ambiente e olho na direção deles. Murray com os olhos arregalados e o Stu parado feito uma estátua no mesmo lugar.

-O que foi dessa vez? - coloco o cigarro entre os lábios mas, não o acendo presumindo que seja essa a razão da reação deles. 

-Você dormiu com a Lia? - Murray fala incrédulo. -Mas... já? 

-Eu não acredito que você fez isso Edward. - Stu joga a almofada na minha direção e por sorte consigo agarra-la.

-Não dormir com a Lia! Só passei a noite... - recebo o olhar de desconfiança do Murray e dou o dedo do meio para ele. -  dormindo na sala, não aconteceu nada do que vocês estão pensando. 

-Jura pela sua vida? - Stu analisa o meu rosto com cuidado.

-Juro pela minha alma. Se eu estiver mentindo que um iceberg caia em cima do Murray. - assim que digo o seu nome ele começa a reclamar. 

-Depois disso espero que você esteja mentindo. -Stu diz rindo. Pelo visto o momento bronca já passou. 

-Vou aliviar o estresse. - aponto para o cigarro e a sacada.

-Não tinha parado de fumar? - Murray pergunta.

-E quem disse que não? - pisco para ele.

-Você está afim dá Lia. - Stu diz de repente.

-O que? - fico confuso.

-Está estampado no seu rosto. - ele insiste.

-Você me conhece e sabe que não é necessário a minha resposta se já sabe qual é. - passo por ele dando um tapa no seu ombro , acendo o cigarro na sacada e dou a primeira tragada com satisfação, me aquecendo nesse frio. 

Sim, estou afim dela. Sei que é precipitado esse sentimento por ela, e na verdade não estou apaixonado ou algo do tipo. Querendo ou não eu tenho uma relação com a Cherry, ela é ótima. Seria muita sacanagem da minha parte. Mas posso dizer que sinto uma atração pela Lia. Muito forte. 

 

Me esqueci completamente da entrevista para a rádio Duran essa manhã. Já estava acostumado com a minha rotina e em poucos dias tudo vai voltar a ser como antes. Tomei um banho bem rápido, em menos de 15 minutos já estava pronto e indo a caminho do centro de Nova York. Passo o trajeto relembrando a última vez que estive aqui. A noite com a Athina, a fuga dos paparazzi e a carona com Lia. É muito engraçado como o destino é surpreendente, tudo acontece quando menos esperamos e isso me assusta um pouco. 

Saímos do carro quando Murray estaciona na garagem. Á poucos metros de distancia veja a Lia apoiada no seu carro falando ao celular.

-Tenho um lugar para te levar essa noite... é surpresa. - esculto ela dizer quando estou mais próximo. - Lindo do jeito que você é qualquer roupa irá combinar...- ela nota a nossa chegada e nos cumprimenta com um aceno. - Tenho que ir,a gente se vê mais tarde. Beijos. - encerra a ligação. 

-Olá, dama de preto. - digo me referindo a sua roupa. Todas peças que veste são da cor preta. 

-Bom dia. - ela sorri afastando algumas mexas loiras.

Seu cabelo está preso e é a primeira vez que o vejo assim, ressalta ainda mais o seu rosto. Noto a lente azul e fico tentado a pedi-lá que retire mas, com certeza no minimo ela me enterraria na neve.

-Espero que tenha passado a noite bem, Sheeran. -ela diz quando entramos no estúdio.

-Muito bem. Deixei um recado para você, espero que não tenha se importado por ter sido no guardanapo. - ela me olha franzindo a testa.

-Recado? Tem certeza? - diz confusa. 

-Sim...na bancada da sua cozinha. -respondo após tirar uma selfie com um funcionário da rádio. 

-Acordei muito atrasada, só tive tempo para tomar banho,me arrumar, desenterrar meu carro da neve e trocar os pneus para esse tempo. - ela diz muito rápido me fazendo rir. 

-Então não reparou que eu deixei a minha cama bagunçada, certo? -pergunto.

-Certamente não. A porta estará aberta se quiser ir arrumar. -tento decifrar as suas palavras.

 Será que ela está me convidando para dormir lá novamente? Ou é apenas brincadeira.

-Que tal hoje á noite? -arrisco. 

-Hoje não dá. Tenho um encontro. - antes que eu possa dizer algo Mônica me chama avisando que a entrevista vai começar.

Então o ''lindo'' do telefonema é o cara de um encontro. Coloquei um sorriso no rosto, respirei fundo e tentei esquecer as últimas palavras da Lia.

Como eu disse, tentei.

 

LIA

Passei a entrevista inteira do Ed pensando no bilhete que ele me deixou.

 O que será que ele escreveu? Se a Nina aparecer de surpresa e ver ele, vai surtar. 

Forço a minha mente a focar no trabalho e funciona por alguns minutos o suficiente para prestar atenção total atenção na música que Ed toca, Eraser. E como as demais músicas que já ouvi dele, é fantástica. Ressalta mais uma vez a sua vida e é tão natural a forma como ele transforma isso em música que eu fico me perguntando como seria a minha vida na sua voz. Quando ele concluí, o meu pensamento vai até a ligação que tive com Ruan. 

-Só posso estar sonhando. -ele atende com uma voz incrivelmente sexy.

Que homem esse , Senhor.

-Pode ser que sim, pode ser que não. - respondo sorrindo. - Estou incomodando?

-Eu queria ser incomodado todo dia assim. - e eu queria ouvir essa sua voz no meu ouvido todo dia, penso em dizer isso mas, ele volta a falar. - Está em Nova York? Só pode ter sido você que trouxe essa neve inesperada. 

-Me declaro culpada. Ela veio comigo na mala. -ele dá uma risada do outro lado da linha. 

-Então podemos marcar aquele encontro prometido?-tento controlar a empolgação na minha voz.

-Por mim tudo bem. - já começo a imaginar alguns lugares.

-Ótimo! Alguma sugestão? - pergunta animado.

-Tenho um lugar para te levar essa noite. - ah sim, um lugar ideal.

-Hmm... posso saber qual.

 Minha cama.

-É surpresa. - tenho que conferir se o clube de patinação ainda está aberta. 

-Devo vestir algo especial? 

Que tal, nada?

-Lindo do jeito que você é qualquer roupa irá combinar. - só me dou conta do que digo depois que fecho a boca. Pelo menos não era o que eu tinha em mente. 

Neste momento a equipe pareceu como salvadores, consegui terminar a ligação sem falar mais besteira. 

Estou ansiosa para vê-lo. Tento não criar expectativas sobre esse encontro, vai que seja uma decepção. Que o príncipe encantado seja um sapo. 

A entrevista terminou logo, junto com o meu trabalho. Tenho a tarde e noite livre. Quase  livres. 

Passo na casa da Sofi para pega-la, passaremos a tarde juntas como nos velhos tempos. Como eu estou trabalhando muito e a falta de compatibilidade em nossos horários acabamos nos vendo pouco nesses últimos meses. Até que hoje mais cedo a Ema me ligou perguntando  se eu poderia ficar com a Sofi por algumas horas enquanto resolvia alguns problemas juridicos.E graças a essa ligação fui despertada e não me atrasando ainda mais.

-O que vamos fazer, madrinha?- Sofi apertando a minha mão saltitante. 

-Deixe eu pensar...- faço uma falsa expressão de pensativa. 

Com essa neve os melhores lugares que eu poderia leva-lá se tornou restrito. 

-Que tal uma tarde de meninas? Com direito a salão de beleza em casa e desfile? Afinal, tenho um encontro hoje e preciso da opinião da super Sofia Fashion sobre meu figurino. - ela faz uma pose de super-herói para enfatizar o seu apelido. 

-Um encontro com um menino? - procura as chaves de casa na minha bolsa.

-Sim, com um menino. - respondo,percebendo que eu esqueci de pagar a chave por causa da pressa. Recorro ao plano B.

-Meu pai disse que eu só terei encontro com meninos quando tiver 30 anos. - dou uma risada enquanto passo a mão debaixo do tapete encontrando a chave reserva.

-Seu pai é um controlador, minha princesa. Ele vai te levar para faculdade, a mais longe que seja, todos os dias. - assim que abro a porta Jonny vem em cima da Sofi quase a derrubando. 

-Oi, Jonny. - ele não me dá a mínima atenção. -Eu só sirvo para limpar suas necessidades, ingrato.  

Passo por ele e vejo a cama em que Ed dormiu bagunçada, bem como ele disse. E como um flash lembro do seu bilhete. Ele encontra aberto com a caneta ,que normalmente fica em uma mesinha ao lado do sofá, em cima dele.Sento na bancada cruzando as pernas. Mesmo estando em um guardanapo, a sua letra é bem legível, facilitando a leitura. 

''Cammélia,

Sei que pareço um estranho saindo sem me despedir ou ao menos agradecer, mas se acostume sou assim. Estranho. Não queria te acordar. A nevasca passou ou seja não irei morrer, fique tranquila. Obrigado pela hospedagem, posso considerar ser um hotel de cinco estrelas. Desculpa por ter aparecido de surpresa, mas não tenho um celular. Será que ainda existe pombos-correios?...É como eu disse sou estranho.

 Esse bilhete está se transformando em uma carta. 

Nos vemos mais tarde. X''

Abaixo do ''X'' se encontra a sua assinatura ou o seu autógrafo. Termino com um sorriso não voluntário no rosto e imagino ele na minha frente com as mãos no bolso da calça. Envergonhado, levemente corado e sorrindo somente com os lábios. Sendo fofo. 

-Madrinha, por que está sorrindo desse jeito? - Sofi pergunta e eu ajudo-a sentar na bancada ao meu lado. 

-Desse jeito como? - arrumo a sua franjinha loira. 

-Como se tivesse visto algo lindo. - agora ela que arruma o meu cabelo com as suas mãozinhas pequenas. 

-Não sei. Talvez seja por isso. - aponto para o guardanapo, a sua testa franze enquanto ela olha para ele.

-Quem escreve em um guardanapo, não sabe que existe papel? - ela diz e eu caio na gargalhada. Inteligente e sincera como sempre. 

-Vem, vamos começar a nossa sessão salão de beleza! -voltamos para o chão e a Sofi sai em disparada para o meu quarto.

 No caminho tenho uma sensação que há algo diferente no quadro onde eu deposito o dinheiro que sobra do meu salário para uma viagem. Mas Jonny passa por mim correndo,me distraindo. Dobro o guardanapo e guardo dentro de um livro da prateleira.

Começamos pintando as unhas, com a mesma cor , vermelha. Em seguida foi o cabelo, fiz um penteado no dela enquanto o meu apenas escovei fazendo algumas ondas. A maquiagem foi super básica para ambas, optei por um batom nude, uma base e muita mascara de cílios. Já a Sofi se maquiou sozinha e se não fosse pelo exagero no blush poderia ficado maravilhosa. 

-Por favor, me diz que essa roupa está ótima. - imploro a ela, depois de ter trocado de roupa 15 vezes. Porque os sapatos escolhido  por ela não combina com alguma peça. 

-Ficou linda! - responde aplaudindo e pulando na cama.

 Me olho no espelho e é por isso que eu a chamo de Sofia Fashion. Os tênis brancos combinou muito com a calça preta rasgada nos joelhos, o moletom rosa e o cachecol branco. Pareço a Lia de sempre, e isso me deixa confortável. Mas principalmente confiante. 

Faço um lanche para a Sofi e no momento exato que a sirvo, a campainha toca. 

-Deve ser a sua mãe. - confiro o horário no relógio, tenho que sair em 20 minutos. 

-Mas, já? - Sofi pergunta com a boca cheia de salada de fruta. 

Abro a porta e fico surpresa ao ver Christian.

-Achei que seria a Ema. - ele passa por mim depositando um beijo na minha bochecha.

-Ela pediu para ficar a Sofi hoje. E aí, princesa? - ela tenta falar ,mas a sua boca continua cheia. - Gulosa igual ao pai. 

-Concordo plenamente. - rimos. 

-Para onde vai tão linda assim? - ele pergunta se sentando cadeira. A mesma em que Ed se sentou na noite anterior. 

-Ela tem um encontro com um menino. - Sofi diz pela primeira desde que o pai chegou. Christian me olha levantando as sobrancelhas para mim pedindo uma explicação.

-Tenho um encontro com um menino. - dou de ombros. Pegando um pedaço de maça da salada de frutas da Sofi.

-Quem vai ser o sofredor dessa vez? - ele diz segurando o riso. 

-Não vou dizer. - dou um soco no seu braço.

-Por que? Já sei, porque como os outros vai despensa-lo em menos de uma semana. - ele diz rindo. 

-Pode rir, tirar sarro da minha vida amorosa. - reviro os olhos. - E você? Não te vejo tendo um encontro a séculos.

-Talvez eu tenha nascido apenas para ser amigo de todos e nunca amor de ninguém. - ele diz me olhando com intensidade. 

-Você é o meu amor ,papai. - Sofi diz me fazendo desviar os olhos. 

-Sim, minha princesa. Você é a única mulher da minha vida. - ele diz beijando a sua bochecha. - É melhor irmos. 

-O Jonny pode vim também? Ele vai ficar sozinho aqui. - Sofi diz fazendo beicinho. Não consigo resistir a essa carinha.

-Tem como dizer não a esse pedido. - me agacho para ficar na altura dela, fazendo cócegas. -Ele pode ir, passo para buscar ele amanhã. 

No momento em Jonny soube que passaria a noite com a Sofi, quase derrubou todos os móveis da casa. 

Me despeço deles com um ultimo aceno antes de entrar no meu carro. Confiro mais uma vez o endereço que Ruan me passou por mensagem quando confirmou a tarde se realmente iriamos sair. Checo no GPS, de acordo com ele, estarei cara a cara com aquele deus grego em menos de 37 minutos. 

 

Dou duas buzinadas em frente ao prédio de 12 andares, localizado na área nobre de Nova York. Fico apoiada no carro e em poucos minutos e então ele surge. Tem alguma possibilidade de alguém ficar mais lindo em poucos dias? Se não, tenho uma prova viva como comprovação. Ruan vem na direção em passos largos. Vestindo uma camisa branca, um jeans rasgado nos joelhos, uma bota marrom e para completar a sua produção um sobretudo na cor mostarda o que deixou ainda mais alto e sutilmente disfarçando os seus músulos. 

-Desculpa a demora. - ele diz quando nos cumprimentando com beijos na bochecha.

 Sinto o seu perfume rapidamente e é igual ao dia que nos conhecemos. Que homem cheiroso!

-Que nada. - dou de ombros. Aponto para as nossas calças que tem os rasgos no mesmo lugar. - Parece que pulamos a mesma cerca. 

Sério, Cammelia? É o melhor que tem para dizer?

-Acho que sim. Que pena que isso ocorreu em momentos diferentes. - ele diz rindo. - Aliás, você está maravilhosa. 

Recebo um olhar de cima a baixo e mentalmente agradeço a Sofi Fashion pela ajuda. 

-Obrigada. Posso dizer o mesmo de você, no caso maravilhoso. - ele diz alguma coisa que eu não esculto, porque ele morde o lábio inferior sem seguida de um jeito sexy e respiro fundo para não agarra-lo bem ali.

Seguimos o caminho conversando sobre o que fizemos nesses últimos dias. Ele não ganhou a competição, justificou não estando muito preparado. Contei que estava trabalhando para o Ed Sheeran e por incrível que pareça ele não o conhecia. Como é possível? Mas ficou muito interessado em como era a experiência de estar com um famoso o tempo todo. Fomos obrigados a parar o conversa quando chegamos ao nosso destino final. 

-Está falando sério? - ele pergunta para mim quando estaciono em frente a entrada da pista de patinação ao ar livre. 

-Gostou? - pergunto insegura. Não consigo decifrar a sua expressão.

-Qualquer lugar que você me levasse eu iria gostar, pois estaria com você. - recebo um sorriso seu. 

Lindo, sexy, estiloso e fofo. Ele é real? 

-Mas irei logo avisando que não sei patinar. - seu sorriso se transforma em uma risada. 

-Pode deixar. Seria uma ótima professora. - pisco para ele.

Não, não fui.

 Ruan não conseguiu ficar em pé com os patins sem me segurar nem um minuto, toda vez que caia gargalhávamos muito assustando as pessoas ao redor. Ficamos uns 40 minutos nisso, até que ele desistiu com o rosto vermelho, reclamando de dor nos quadris. 

-Sou péssima professora. - digo quando devolvemos os patins no balcão de devolução.

-Eu que sou péssimo aluno. - ele diz rindo. - Vamos comer alguma coisa? 

-Claro. Que tal um hambúrguer com muito queijo cheeder e um copo de refrigerante. - só de falar nisso sinto água na boca. 

-Iria sugerir algo mais leve. Sou vergano. - fico sem reação.

Por que? Eu amo carne! Talvez o príncipe encantado não seja tão encantado. 

Qual é Cammélia? Ele só é vergano, a coisa mais natural do mundo. Já diz o ditado, os oposto de atraem. Meu subconsciente diz.

-Ah, tudo bem. Vamos comer algo mais leve. - digo me apegando no meu ultimo pensamento. É apenas uma diferença boba. 

Ele passa um braço pelo meus ombros e eu na sua cintura sentindo  a definição das suas costas. Já até esqueci o lance do vergano. Fomos andando até um restaurante que ficava a duas quadras dali. Estava com pouco movimento, era um ambiente acolhedor, com muitas plantas fazendo referencia ao estilo do restaurante. Vergano. Nunca me imaginei em um lugar como esse, mas para tudo tem uma primeira vez. 

Ele sugeriu que eu experimentasse um hambúrguer de feijão branco com molho de pepino e uma serie de verduras que eu não me lembro. Para ele uma espécie de berinjela recheado com cogumelos, dizendo que sempre come isso quando vem aqui e de bebida um cerveja artesanal. Eu escolheria um vinho branco porque combina muito com vegetais, mas por incrível que pareça não tinha vinhos no cardápio. 

-Espero que goste. - ele diz quando o prato com o nosso pedido  chega. 

Olho para o hambúrguer até poderia considera-lo um hambúrguer de queijo se ao menos tivesse queijo. Dou a primeira mordida sentindo uma série de sabores juntos, até que não é ruim. 

-É muito bom. - digo dando outra mordida. 

-Ufa! Achei que iria odiar, pela cara que fez quando ele chegou. - ele diz rindo. 

-Desculpa, sou muito adepta da carne. - como já tinha experimentado cerveja artesanal na Irlanda então o gosto era familiar. 

-Entendo, me tornei vergano á 5 anos e foi um desafio porque também era louco por carne. Entretanto me trouxe muito benefícios, deveria experimentar. - diz levantando seu copo de cerveja. 

-Não, não. Sou carnívora como a minha representação no signo do zoodíaco. Leão. - termino o hambúrguer ainda com fome.

-O que mais a Lia é? - pergunta curioso.

-Eu sou o tipo de pessoa que é fechada demais. Que não conta seus problemas, que guarda pra si. Que tenta compreender os outros, mas que não se compreende. Que busca algo na vida, mas não sabe o que é. Que tenta ser feliz o tempo. Que sente tudo, mas não demonstra nada. Que segura às lágrimas o máximo possível. Que não gosta de ajuda. Que quer o impossível. Prazer, esse sou eu. - concluo lembrando de algo importante. -Ah, que ama carne. 

-E linda, inteligente, decidida, incrivelmente sexy...

-E que não sabe agir quando é elogiada. - digo escondendo o meu rosto com o  cardápio. 

Ruan tira o cardápio da minha mão e segura ela me olhando fixamente.

-Apenas aceite. Pois, você é isso e tudo mais. - acho que se a mesa não estivesse entre nós um beijo rolaria. 

Terminamos o jantar com uma sobremesa muito gostosa, e algumas indireta dele. Retornamos o caminho onde o carro ficou estacionado de mãos dadas. Um pouco contra minha vontade, isso é um passo muito grande para uma noite. Como Christain disse provavelmente não o verei daqui a uma semana. Parece uma maldição, não consigo passar mais do que 7 dias com o mesmo cara. Começo a me cansar da sua presença então dou uma desculpa e terminamos. Terminamos entre aspas, porque normalmente nem chegamos a namorar.

Meu pensamento é interrompido quando Ruan pedi a chave do meu carro. 

-Porque? - pergunto desconfiada. 

-Relaxe, apenas vou te levar para casa. - ele estende a mão na minha direção.

-Mas a sua casa vem primeiro que a minha. - digo ainda sem entender. 

-Eu sei, te deixo em casa e volto de táxi. - concordo entregando a chave. 

E quem disse que ele voltou para casa? Tudo começou um beijo, um beijo muito bom. E terminou na cama, na minha cama. Desejei tanto ver aquele corpo, toca-lo e quando chegou o momento foi sem defeitos. 

A muito tempo não tinha uma noite como essa. Caio no sono com o pensamento na Sofi, graças a ela o Jonny não está aqui. Com certeza nada disso teria rolado se ele estive em casa. 

 

Ruan acordou primeiro, abro os olhos e vejo a sua sombra saindo do banheiro. 

-Bom dia, gata. - ele vem na minha direção se inclinado da cama e me beijando, vestindo apenas a sua cueca branca.

 Não me lembro quando ele começou a me chamar assim, talvez quando começou a tirar a minha roupa. 

-Bom dia. - me espreguiço conferindo o horário no relógio da comoda. Oito horas e quarenta minutos. Quando eu dormir tanto tempo assim? 

-Posso tomar um banho? - ele pergunta recolhendo as suas peças de roupa espalhadas pelo quarto. 

-Claro. Tem uma toalha pendurada atrás da porta do banheiro pode usar. - digo vestindo um pijama sem estampa de criança. 

-Já volto. -antes de ir me beija novamente. 

Esculto a campainha tocar, se for o Jonny estou ferrada. Prendo o cabelo em um coque e vejo no espelho que dormi com a lente. Melhor do que acordar sem ela. 

-Ed? - digo quando vejo-o parado a minha frente com algumas sacolas de mercado. 

-Olá, bom dia. Como deixei a minha cama desarrumada, pensei que poderia me redimir. - ele levanta as sacolas. -Espero que não tenha tomado café. 

-Não, ainda não.- digo ainda confusa. - Entre. 

Dou passagem para ele entrar, pego as sacolas da sua mão e retiramos as coisas que ele comprou de maneira organizada na bancada. Tem de tudo:Iogurte, leite fresco, pães, frutas, torradas, geleia, queijo branco e sachês de chá.

-Uau, não lembro quando nesta casa teve um café da manhã de verdade. - digo mordendo uma torrada. 

A porta do banheiro abre e Ruan aparece com uma toalha presa na cintura, com o corpo ainda molhado. Se tivesse nós dois apenas, já estaríamos na cama ou no chão mesmo. E por alguns estantes esqueci completamente da presença do Ed.

-Ed esse o Ruan. Ruan esse o Ed. - apresento os dois e por alguns momentos a sala fica em um total silencio. Ateá que Ed estende a mão na direção de Ruan que aperta. 

-Prazer. - dizem um para o outro. 

-Bom, vou tomar um banho. Já volto. - digo para eles indo para o banheiro. 

Tenho a sensação de que eles não foram muito com a cara um do outro. Deve ser coisa de homem.

ED

Não gostei nem um pouco desse Ruan. Posso estar errado sobre ele, mas tem algo que não me agrada. Talvez seja a cena que eu vi. Estava na esperança de encontrar a Lia sozinha, talvez decepcionada com o encontro que teve. Mas quem ficou na surpresa foi eu. Me sento no banco da bancada, comendo uma uva, esperando um dos dois voltarei a sala e para o meu azar é ele. 

-Então... é amigo da Lia muito tempo? - pergunto ao Ruan quando ele retorna do quarto dela já vestido.

-Sou namorado dela a pouco tempo. - ele diz fazendo questão de frisar bem a palavra namorado. 

Até aonde eu sei a LIa não namora. Se eu analisar bem, pouco sei da sua vida. 

-E você, a conhece quanto tempo? - pergunta enchendo um bule com água, como se a casa fosse dele. 

-Algum tempo, trabalhamos juntos. Ela é a minha fotografa particular. - faço questão de dizer a última palavra.

-Ah, você é o cantor que ela está trabalhando. Ed...? -faz uma pausa como se tentasse lembrar do meu sobrenome. De propósito.

-Sheeran. Ed Sheeran. - pela primeira vez digo o meu nome com muita satisfação. 

-Isso. Ed Sheeran. Será que a Lia vai querer café? - ele diz abrindo os armários procurando alguma coisa.

-Ela não gosta de café. - digo como se fosse óbvio e só então percebo que ele não sabia dessa informação. 

Você pode ser o namorado, mas eu sei disso. Ponto para mim, Ruan. 

-Claro, tinha esquecido. - ele bate na testa de maneira forçada.

 O celular dele começa a tocar quando Lia sai do banheiro, deixando a sala com um cheiro muito bom de rosas. O cheiro dela. Ele atende a ligação, mas eu não faço o mínimo esforço para ouvir o que ele diz. 

-Se não for pedir demais, seria possível você fazer aquele chá com direito a leite? - ela diz quando chega ao meu lado secando o cabelo com a toalha. 

-Pode deixar. - atravesso a bancada e Ruan que me olha sem entender porque tomei o posto dele. 

Aproveito a água que ele pôs para esquentar e deixo ferver mais um pouco. 

-Queria passar o dia com você. Mas o trabalho me chama, vou me encontrar com alguns patrocinadores. Te ligo e se eu conseguir me livrar deles, marcamos alguma coisa. - ele a beija e percebo o desconforto dela quando nos olhares se encontra rapidamente ao final do beijo.

-Sem problemas, tenho que resolver algumas coisas. - eles vão em direção a porta. 

-Foi um prazer Ed, espero te ver novamente. - a sensação de algo errado com ele retorna, apenas aceno com a cabeça em resposta.

Antes dele finalmente ir mais um beijo rola entre eles, mas dessa vez desvio o olhar. 

Encontro duas xícaras no escorredor da pia, depósito a água e escolho o chá de menta como sabor para nós dois.

- Reconheço esse cheiro. - ela vem na minha direção de olhos fechado empinando o nariz. 

Finalizo com o leite e a sirvo. Vejo a satisfação e o conforto no rosto . Conforto que ela não teve a poucos minutos atrás. 

-Isso sim é um chá. - ela diz sorrindo para mim. - Nem sei como te agradecer, Sheeran.

Tiro a xícara da mão dela, ponho em cima da bancada ao lado da minha, ela franze a testa ,mas não contesta. Me aproximo dela, deslizando as minhas mão pela sua cintura, percebo que ela prende a respiração. Sem pensar duas vezes cubro a sua boca com a minha. E a beijo.


Notas Finais


Tantas informações. Espero que não tenha ficado muito confuso, por ter sido longo e com fortes emoções.
Alguns pontos que eu gostaria de ressaltar:
*Ed Sheeran sempre aparecendo nos momentos inapropriados...
*Queria ter dois gatos como esses se enfrentando por mim....
*Viram a Lia toda safadinha com Ruan? Ela é meio louca, diz que mãos dadas é um passo grande, agora dormir com um cara no primeiro encontro não.
*E como vocês pediram tantas vezes, o beijo rolooooooou! WE ARE THE CHAMPIONS....
*Esse beijo será o marco de uma nova era?

****Creio que essa semana o capitulo saia no domingo por ter sido postado hoje. MAS não vou prometer.
Até breve!

P.s: QUEM VIU O VIDEO DO ED SARRANDO E A SUA RISADA? QUEM NÃO VIU, TEM QUE VER O MAIS RÁPIDO POSSíVEL.
Link abaixo:https://www.youtube.com/watch?v=OlYPapzf3cE


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