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História Cada Um Faz Seu Destino - Para de ser egoísta.


Escrita por: andreniz

Notas do Autor


Falaaaa leitores!
Caraca a fanfic já está com mais de 100 comentários!! <3 Obrigada por todos eles!!!
Nossa fiquei muito feliz com isso ~ só para frisar~
Como eu disse no post passado, haveria uma treta... Não vou dizer quem são os envolvidos para não estragar.
Boa leitura!

''O destino é imprevisível. O controle é pura ilusão. A gente se sente pequeno. Impotente. ''
-13 Reasons Why

Capítulo 39 - Para de ser egoísta.


Fanfic / Fanfiction Cada Um Faz Seu Destino - Para de ser egoísta.

Tem sensação pior do que magoar uma pessoa importante para você? 

Possivelmente, mas só eu sei o que estou sentindo nesse momento e para mim  com certeza é a pior.

Era para eu ter seguido o conselho do meu velho e sábio pai: ''No momento de raiva,se afaste da causa, respire fundo, esfrie a cabeça e só ai tente resolver a situação''.

Entretanto, eu sou o Edward , faço coisas por impulso e sofro com as consequências depois.

2 Horas atrás

-Você sumiu hoje a tarde, estava conhecendo o restante da cidade? - pergunto tentando não parecer muito curioso.

Lia demora um pouco para responder, terminando de passar seu batom.

-Não, estava salvando um amigo. - ela diz conferindo o seu reflexo no espelho.

Fico sem entender. Até aonde eu sei, ela não tem nenhum conhecido em Londres.

-Trabalhamos na agência e sempre que não conseguimos fazer algum trabalho, quebramos o galho um do outro. - continua. - Por conta da tempestade da noite passada, ele não conseguiu pegar um voo então irei cobrir um casamento amanhã. Que tal?

Como um monumento que deveria ser apreciado constantemente, ela para na minha frente com as mãos na cintura. Olho-a de baixo para cima. Passo pelos seus pés com um par de sapato preto alto, que lhe dar uma postura incrível  ressaltando as suas pernas,chegando na sua saia curta dourada e subo até a sua blusa preta com um decote que desenha muito bem os seus seios, tento não olhar tanto para eles, finalmente encontro o seu rosto lindíssimo com uma maquiagem ressaltando os seus olhos , sendo contornado pelo seu cabelo em um leve ondulado.

-Linda é muito pouco para te elogiar. - respondo recuperando a fala e consertando o meu óculos.

-Para com isso, Sheeran. - ela desviar o olhar sem  jeito. - De qualquer forma obrigada.

Observo-a arrumar a sua bolsa colocando coisas de mulher que eu não entendo.

-Então como vai ser esse casamento? - pergunto puxando assunto. Faço de tudo para ouvi-lá falando.

-Na verdade preciso de um favor seu sobre isso. - ela senta na cama cruzando as pernas e bate no espaço vazio.

Sem hesitar desencosto da poltrona e levanto do chão indo me acomodar ao seu lado.

-Estou a postos. - sinto o seu perfume e fecho os olhos me controlando para não agarrá-la.

-Bom, me encontrei com a melhor amiga da noiva que também é a organizadora do evento, ela pensou nos mínimos detalhes e está fazendo de tudo para esse dia seja perfeito para amiga. Por acaso ela me falou como aconteceu o pedido do noivo e você não vai acreditar. - ela faz uma pausa um pouco dramática sorrindo. - Foi ao som de Thinking Out Loud, é uma canção de uma cantor  que talvez você nem o conheça.

-Acho que não conheço. - coço o queixo fingindo uma expressão de pensando.- Ah, já ouvi falar sim. 

-Que ótimo! -ela bate palmas empolgada. -Eu estava pensando se esse cantor poderia fazer uma surpresa. Porque além disso, a noiva é muito fã dele e um passarinho me contou que as músicas deste indivíduo esteve presente em diversos momentos desse casal.

-Nossa, eu ia adorar fazer isso. - quem fica empolgado agora sou eu.

-Então você topa? - ela pergunta não escondendo a sua felicidade.

-Com toda certeza desse mundo. Amo fazer surpresas. - respondo finalmente amarrando os cardaços do meu de tênis surrado de tanto usar.

-Serio? Eu também. - ela bate no meu ombro levemente.

-Olha só, temos algo em comum. - respondo imitando o seu ato.

-Estou pronto. - Murray aparece no quarto da Lia com o cabelo molhado e bagunçado. 

-Vamos logo, Londres é uma loucura sábado a noite. - em uma sincronia perfeita eu e Lia levantamos no mesmo instante.

-Espera aí, vocês vão para uma balada ou uma premiação? - Murray barra a nossa saída nos encarando com uma expressão de surpresa. 

Olho para a minha roupa: calça, camisa e jaqueta preta. E concordando com ele, certamente eu iria para uma premiação com essa roupa tem muito a minha cara e além do mais, me deixa magro. 

-Para uma balada, é claro. - Lia responde franzindo a testa confusa.

-Vocês estão muito arrumados, pareço um mendigo perto de vocês. - ele abre os braços dando ênfase. 

-Concordo plenamente, mas não temos tempo de esperar a princesa se arrumar. - agarro um dos seus braços arrastando-o pelo corredor.

-Não! Deixa eu trocar pelo menos a camisa. - Murray reclama tento se soltar, entretanto eu sou um gordinho forte.

-Aposto que você nem deve ter camisa limpa. - digo com convicção.

-Provavelmente não, mas daí você me empresta uma das suas. - ele sugere. 

-Relaxa, você está um gato. Te pegava fácil hoje. - Lia diz segurando o outro braço dele.

-Jura? - Murray pergunta esperançoso. E sinto uma vontade imensa de jogar ele pela escada enquanto descemos. 

-Levando em conta se estivesse tudo escuro, é lógico. -troco uma batida com Lia concordando com ela. 

Além de linda, inteligente e sensual é engraçada. Ou seja, é perfeita.

*****

Pedimos um táxi, pois chegamos a conclusão que beberíamos e não teríamos condições de dirigir. Durante o caminho aturamos um Murray inconformado com o seu look e uma Lia bastante zueira e tudo só piorou quando chegamos no local da balada.

-Tira esse boné e vai mostrar a sua cara para o segurança. Tenho certeza que vamos consegui entrar sem enfrentar essa fila toda. - Murray propõe.

-Nem pensar, se alguém me reconhecer isso vai virar uma loucura. Preciso curtir essa noite longe de flash's. - respondo cruzando os braços e falando mais baixo.

-Eu tenho uma ideia me sigam. - Lia diz misteriosamente saindo da fila.

Eu e Murray nos entreolhamos, damos e ombros e fazemos o que ela ordenou.

Caminhamos em silêncio por uma rua estreita com pouca iluminação na companhia de alguns casais se pegando sem vergonha, cotainers de lixo e moradores de ruas .Meu primeiro pensamento é que a qualquer momento o Batman ou o Homem-Aranha irão aparecer nos salvando de algum bandido, porque esse momento me lembra muito a cena típica desses filmes.

-Cara, para onde será que ela está nos levando?- Murray reduz os passos ficando um pouco para traz. 

Volto ao seu encontro revirando os olhos, puxando-o para retomar a caminhada.

-E se ela for uma sequestradora de famosos? Fomos enganados esse tempo todo. -com uma expressão de espanto ele continua.

-Quieto, seu idiota. -vejo a Lia parar no final da rua olhando para a direita.

-Vou na frente para ver se está tudo ok, dai vocês vem ao meu encontro. - ela nos informa quando chegamos mais perto.

-Está pensando em entrar pelos fundos, sem pagar nem nada?- pergunto sem acreditar.

-Tem alguma ideia melhor?-Lia arqueia a sobrancelha me desafiando.

Permaneço calado pois não tenho nada melhor para lhe responder. 

-Foi o que pensei. Até parece que nunca fez isso na adolescência, Sheeran.- ela volta a sua atenção para a rua.

-Na adolescência, Cammelia, já passamos dos 20. - retruco.

Rapidamente Lia me dar as costa andando normalmente como se não fosse invadir um espaço privado correndo o risco de ser pega. Em poucos segundos ela acena para nós dois e meio relutante vou na sua direção.

-Você é muito doida, Lia. Estou te adorando por isso. - feliz Murray entra por uma porta escrito ''Acesso de funcionários'' sem pensar duas vezes

-Se a Mônica ou Stu souberem disso estaremos mortos. - aviso-a já imaginando tudo.

-Não seja pessimista, meu caro. Vamos nos divertir, apenas isso. - ela pisca para mim seguindo o Murray.

Respiro fundo percebendo que estou parecendo um velho reclamão, nunca fui assim sempre deixei os momentos me levarem e não será agora que vai ser diferente. 

Sinto uma adrenalina correr pelo me corpo quando passo correndo pelo depósito da balada já escultando as batidas de música eletrônica. Encontro o Murray e a Lia se acabando na pista de dança ao som de Stay. Sem me controlar, começo a me balançar fazendo uns passos bem sem noção arrancando risadas da Lia que tanta me imitar.

-Vou pegar as bebibas. - grito na sua direção apontando para o bar lotado. Em resposta ela confirma com a cabeça antes de se deixar levar pela música novamente.

Após alguns minutos que na verdade pareceu horas, consigo três garrafas de cervejas depois de furar a fila algumas vezes.Bom, a  Lia está se tornando uma péssima influência para mim.  Falando nela não a encontro quando retorno.

-A Lia ainda não deixou a pista? Não sei como ela consegue aguentar aqueles saltos. - digo ao Murray sentando em uma das poucas mesas, colocando as nossas bebidas nela.

-Não sei se aquilo é uma dança...-Murray deixa a frase no ar apontando o queixo para pista de dança.

Fico sem acreditar na cena que eu vejo. Talvez qualquer um que visse esse momento trataria da norma mais normal possível. Entretanto eu não sou qualquer um...

A Lia se encontra com a língua dentro da boca de um cara na maior pegação e aparentemente ela está gostando e muito por sinal. 

Esculto o Murray me chamar, mas não consigo desviar os olhos daquilo. 

-Ed? Esqueci isso, irmão.- ele tenta de novo e dessa vez o encaro.

-Esquecer? -me controlo para não lhe dar um soco. -Quer saber? Para mim essa noite acabou. 

Respiro fundo contando de um até dez tentando forçar os meus pés a saírem do lugar. 

-Não, não, não! - Murray me segura pelos ombros me firmando no lugar. -O Edward Christopher Sheeran que eu conheço vai sentar nessa mesa, tomar tequila, pegar uma caneta e um guardanapo, e vai escrever sobre esse momento. Porque como todas as outras, vai sair uma música genial!

O discurso de convencimento do Murray provavelmente funcionaria em outras épocas.

-Esse cara que você conheceu amadureceu e aprendeu a lidar com o que sente sem bebida e um guardanapo.- tento me desvencilhar dele, mas seu aperto se torna mais forte. 

-Eu não acredito que em tão pouco tempo você já está apaixonado pela Lia! - incrédulo ele diz.

-E dai que tenha sido tão rápido? E sim eu estou apaixonado pela aquela mulher!- respondo quase gritando, mas isso não faria diferença a música está tão alto que ninguém escultaria.

-Como é que é? - mas a Lia escultou.

-Você cronometrou isso não foi?-pergunto rangendo os dentes ao Murray antes de me virar.

Ela apenas dá de ombros saindo das minhas vistas.

-Já dispensou o cara? - cruzo os braços e percebo os seus lábios bastante vermelhos. E a minha raiva só aumenta.

-O que você acabou de dizer é verdade? - ela pergunta ignorando a minha pergunta.

-Tanto faz, Cammélia. - passo por ela retornando pelo caminho que entramos. 

Do lado de fora deixo o ar entrar pelos os meus pulmões, mas não resolve a situação.

-Você não pode estar apaixonado por mim. - tomo um susto ao escultar a sua voz.

 Vejo-a ao meu lado esfregando as mãos no seu rosto como se demonstrasse cansaço. Ou pior como se essa situação já tivesse acontecido mais de uma vez.

-E porque não? O fato de você não se permitir amar alguém, isso não lhe impede de proibir os outros! - explodo não segurando essa raiva toda.

-Ah, me perdoe, Sheeran!- ela diz ironicamente respondendo no mesmo tom - Apenas estou tentando te poupar de escrever uma música deprimente sobre nós dois. 

Se esse momento não estivesse tão tenso com certeza cairia na gargalhada diante desse comentário. É por essas e outras que eu não consigo ficar com raiva dessa mulher por muito tempo é mais forte do que eu.

-E outra eu já te falei que relacionamentos não são para mim.- continua, interrompendo a minha linha de pensamento.

-Deixa você passar dos trinta, trinta e cinco, ir chegando nos quarenta e não casar e nem ter esses monstros que eles chamam de filhos, casa própria nem porra nenhuma! Acordar no meio da tarde, de ressaca, olhar sua cara no espelho. Sozinha em casa, sozinha na cidade, sozinha no mundo. Vai doer tanto, Lia. -  falo tudo isso mais calmo.

-Quem é você para saber sobre a minha vida futuramente!? -mais uma vez vejo a mesma Lia que eu encontrei na primeira vez, irritada. -Você está  tão desesperado para encontrar o amor da sua vida que chega achar que pode ser eu! 

-E se for você? - pergunto e eu tenho conciência que as palavras que ela acabou de me dizer vai fazer sentindo mais tarde quando eu parar para refletir. 

Ela me encara, coloca as mãos na cintura e fecha os olhos antes de me responder.

-Talvez eu até mereça essa sua atenção, mas a longo prazo eu sou uma garota que não funciona direito. É como se eu fosse uma vitrola antiga, com a agulha defeituosa. Se você parar para prestar mais atenção em mim, vai se dar conta que eu fico roçando no vinil e atrapalhando a música, provocando aqueles ruídos que dão agonia nos dentes. E sabe o que é pior? Eu não tenho conserto, não há peças de reposição no mercado, sou uma causa perdida. Porque você não abraça uma árvore? Vai dar na mesma. 

Por alguns instantes fico impressionado pela sua frieza ao dizer isso e a minha vontade é de pegá-la nos meus braços e dizer que eu posso consertá-la independente de quem tenha lhe machucado. Dou um passo na sua direção, mas ela se afasta balançando a cabeça. 

-A gente se gosta. Tá na cara isso. - começo suavemente.- Ou vai dizer que meu ciuminho foi proposital e aquele “se cuida” é da boca para fora? Pode negar, reclamar ou fingir que não se importa. Mas não adianta,Lia, deixar de sentir é uma especialidade que nem todos possuem. 

Ela abre a boca para dizer algo, mas desiste.

 -Nós ficaríamos bem juntos, não acha? -questiono.

-Não. -com certeza ela diz.

-Por quê? -cruzo os braço a desafiando.

-Porque eu vou quebrar seu coração. - ela imita o meu gesto.

-Talvez eu quebre o seu. -continuo a nossa batalha.

-Ninguém quebra o meu coração. - ela faz uma pausa.- Não mais.

Agora eu sei, alguém a machucou e não foi pouco.

-Eu não sou como os outros caras...

-Esse é o problema, Ed! Você não é como os outros que eu posso descartar e tratar como uma diversão momentânea. VOCÊ NÃO MERECE ISSO! -ela grita exaultada.

-NÃO CONSEGUE ENTENDER QUE EU TE QUERO? PARA DE SER EGOÍSTA E PENSAR SÓ EM VOCÊ,LIA! - grito de volta perdendo a cabeça e só me dou conta da burrada que falei quando vejo os seus olhos marejarem.

Ela passa por mim e eu ainda tento pegar no seu braço e impedi-la, mas é tarde de mais vejo a sua silhueta sumir quando ela vira a esquina da rua por onde passamos.

Olho para o imenso céu inspirando o ar com bastante força. Esculto passos e me viro o mais rápido possível na esperança que seja ela, todavia é o Murray. 

-Pela sua cara as coisas não foram boas. - ele diz com cuidado, pois sabe que foi o causador disso, em partes.

Apenas dou de ombros sem vontade de falar com ele.

-Vamos, vou te levar para casa. - ele passa um braço pelos meus ombros.

-Não, preciso de álcool no meu sangue. - digo decidido.

-Opa, agora sim, meu parça! - um sorriso enorme aparece no seu rosto.

-Pode ir parando, eu estou uma fera com você ainda. - saiu andando deixando ele para trás. 

-O que vai querer? - o bartender me pergunta quando me sento em um banco do bar.

-10 doses de tequila com limão e sal. - peço sem pensar. 

-Muita calma nessa hora, Sheeran. - Murray diz sentando ao meu lado sem folego.

-Sou o velho e conhecido Edward que você falou mais cedo, infelizmente não mudei. - viro a primeira, a segunda, a terceira dose de tequila assim que vejo os copos na minha frente....

E só me lembro da noite anterior até essa parte.  Não faço a mínima ideia do que aconteceu depois ou como eu cheguei em casa vivo.Mas no momento isso é o que menos importa. 

Não basta você errar, seu cérebro tem que fazer com que você pense toda hora sobre o erro e como tudo poderia ter sido melhor se você não tivesse errado. Por conta disso estou acordado á uns 15 minutos passando a minha discussão com a Lia na mente várias vezes, como eu disse as palavras só iriam fazer sentindo quando eu parasse para refletir, e chego a conclusão que eu sou um idiota e retardado total sem limites. 

-Que merda! Eu me odeio! - soco o travesseiro para não socar a minha própria cara.

Como o conselho do meu pai não funcionou prefiro seguir o que minha mãe sempre diz: ''Sempre que estiver tendo um dia ruim, alguém lá fora está tendo um dia pior ainda, então pare e se concentre nas coisas boas. '' E a coisa boa é que eu tenho a oportunidade de amenizar as coisas com a Lia, afinal temos um casamento e uma surpresa para fazermos. 

Mas antes eu preciso de um banho e algumas aspirina para me livrar dessa ressaca.


Notas Finais


a treta foi, foi, foi... de LIED, muito bem!
Gostei muito de escrever esse capitulo, pq amo tretas e já estava na hora daquela magia dessa casal dar um pausa.

E aí o que acha que vai acontecer??

Nós vemos em breve,até logo!


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