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História Cadê Você ? Mary - CONHECIDOS


Escrita por: Anavi2000

Notas do Autor


Can't slow down, I'm a rolling freight train

Capítulo 8 - CONHECIDOS


Fanfic / Fanfiction Cadê Você ? Mary - CONHECIDOS

Eu era muito pequena quando esses devaneios vinham até mim — ou simplesmente eram criados pela minha criativa cabecinha. Cenas, uma trás da outra, diálogos perfeitos que eu podia controlar, sempre estaria pro cima. 

Mas a vida real é diferente, não estamos dentro da outra pessoa com quem estamos conversando, não podemos controlar suas ações e suas “brilhantes” falas. 

Espulso o gás carbônico dos meus pulmões e enlasso as alças da sacola de plástico em meu pulso firmemente. Era pra ser uma noite normal, não pensava que ao me despedir de Peter e sair da livraria, meu ser fosse encontrar a alma podre da Jenna e seus estúpidos seguidores. 

Minha respiração estava entrecortada, a sensação de que o meu formigueiro iria ser esmagado estava almentendo. Ela podia sentir o medo esvaindo de mim, e como o palhaço de It, o meu temor a alimentava. 

Pensei em correr, mas eu era desastrada de mais para isso — e além do mais para onde eu correria? —, a livraria estava a dois quarteirões, não chegaria a tempo com os meus dois pés direitos. Ser posta em um labirinto seria melhor do que isso, talvez presa entre várias paredes, eu não me sentirá tão presa quanto agora, tentando desifrar os sorrisos irônicos que me eram lançados. 

— Hoje não — um risco fino e invisíveis, igual a minha voz. — hoje não. 

Me atrevo a dar um passo pra trás, eles não se mechem — estavam esperando a ratinha aqui correr —, mas eu já tinha apanhado de mais para saber que despertar a adrenalina em seus corpos, faria os meus e-mails perdurarem por meses. Sou humana, mas não irei errar duas vezes. 

— Por que você não corre? — um dos garotos( o loiro de olhos pretos para ser mais exata), já estava ficando inquieto por ficar parado em volta do silêncio por muito tempo. 

Minha avó me disse uma vez que deixar um jovem de 17 anos cheio de músculos e hormônios com tédio, era pior do que ser esmurrado dez vezes. Eles queriam ação, não pretendia me tornar um show televisivo para entrete-lo. Como eu disse, hoje não.

— Está muito frio para correr  — não estava mintindo, o tempo tinha esfriado, junto com o sangue dentro das minhas veias. Os créditos por eu não ter movido um músculo para fora dali, deveria ser dado ao pânico e o terror paralisante. 

As ruas estavam desertas, as casas pareciam ter sido abandonadas naquele momento, não parecia ter ninguem nesse bairro. Pior caminho, mas também o mais rápido. 

Os bolsos da minha calça movimentam-se com o impacto do vento frio neles, fazendo as minhas chaves baterem uma nas outras, como pequenos sinos. A minha casa não fica tão longe, talvez eu possa... 

A camisa da Jenna foi iluminada como um enorme painel, consegui ouvir um motor de carro. Ele estava dobrando a rua — a outra rua, quando as luzes ameaçaram desaparecer na outra esquina atrás de mim, dobrei os meus calcanhares e comecei a correr. Pela lentidão que a luz foi deixando a camisa dessa besta, eles não estavam em alta velocidade, torcia realmente por isso. 

— Eu pego ela ! — um dos brutamontes grita atrás de mim. 

Meu corpo estava cheio de adrenalina, eu estava em alerta, programada hormonalmente para a fuga. Agradeci mentalmente por ter conseguido dobrar a esquina sem nenhum deles terem encostado a mão em mim. 

— Não foge ratinha 

Corre Mary, corre...

O carro estava a alguns metros de mim, se movimentando lentamente. Os livros dentro da sacola estavam atrapalhando a minha corrida, os jogo no chão sem para em nenhum instante. Derrubo algumas latas de luxo com as mãos, nos filmes isso funciona. Meu pulmão já estava ardendo, gotas de salgadas de suor entravam pelos meus lábios entre abertos. 

Se concentra no carro...

Minhas pernas ameaçavam falhar a qualquer momento, nunca tinha corrido tanto. Desesperada, e feliz por esta alcançando o carro — ignoro a resistência do meu corpo em continuar — e acelero o passo, ficando ao lado do carro em movimento. 

— Parem o carro! — grito mexendo os braços frenéticos no ar — Parem o maldito carro. 

Olho para trás, meu Deus, eles já estavam se aproximando. Não penso duas vezes, me jogo em frente ao carro. Não dava pra ver quem estava dirigindo, o vidro era completamente preto, mas eu agradeci quando um homem trajando um terno fino e careca, desceu xingado do carro. 

— Você tá louca menina — Grita se aproximando — que morrer? 

Arfando, Caio de joelhos no chão. Olho para os lados e não vejo mais os meus perceguidores em lugar nenhum. 

— O-senhor-não-sabe-mas-acabou-de-salvar-a-minha-vida — falo o mais rápido que consigo. 

— você está bem menina? — se curva pra frente e toca os meus ombros. 

Forço um sorriso e digo que sim. Ele me ajuda a levantar.

— Tudo isso por um altografo? 

— O que? — pergunto confusa me apoiando no capô do carro. 

— Você queria um altografo, né? 

— Do senhor? — Do que esse cara estava falando?

Quando ele abre a boca pra responder, a porta dos passageiros e aberta e de lá são um garota alto com a pele bronzeada. Seus cabelos eram castanhos e com uma pequena franja para o lado, olhos azuis e ombros largos. Diferente do homem que não me atropelou, ele usava calça jeans, blusa e jaqueta. 

— O que está acontecendo... — ele desce olhando para o homem careca, mas quando seus olhos reparam em mim, sua boca se abre em um enorme O — Só pode está brincando comigo. 

— Olha...

— É a Mary gente. 

Minhas mãos se afastam do carro com uma enorme rapidez. Eu não conhecia aquele garoto, como ele me conhecia. Olho de relance para o careca e ele sorri pra mim, muito diferente da sua cara fechada de minutos atrás. 

Outra pessoa sai do carro, uma menina de cabelos castanhos. Estava ficando no garoto de franjinha — mas do mesmo modo que ele — ela exclamou um “ tá de sacanagem”, — me deixando zangada. 

 — Tchau— sussurro dando meia volta— obrigada mais uma vez por não ter me atropelado. 

Já tinha me afastado alguns metros do carro— tomando cautela para algum ataque eminente — quando alguém gritou o meu nome. Mesmo sabendo que era uma das pessoas daquele carro, eu me virei. Agora foi a minha fez de dizer “ só pode está de brincadeira”. 

Enxugo o suor da minha testa e continuo encarando o garoto que tinha gritado o meu nome. Seu rosto era familiar, mas eu não conseguia encontrar nenhuma conexão com sua aparição que fisesse sentindo pra mim. 

Ele usava uma camisa simples de manga comprida azul, calça jeans e tenis. Seu rosto tinha um formato um pouco quadrado, mesmo de longe, pude notar suas bochechas ficarem rosadas pelo frio que a minha pele quente pela corrida ainda não estava sentindo. Ele era alto, pelo menos de longe ele parecia ser, seus cabelos lisos castanhos, sofriam pequenas ondulações na frente, e ele está andando em minha direção...

Desperto do meu grande e volto a procurar os meus queridos livros. Sabia exatamente onde os tinha largado — em frente a casa com a lixeira Rosa que eu tinha jogando no chão, espalhando lixo pela calçada. 

— Beleza — teria que juntar tudo e colocar no lugar— Malditos filmes de ação. 

— Eu pensei que você os adorasse — grossa, minha pele se arrepiou por inteiro. Não pode ser, óbvio que não. — Mary. 

Me viro, ele estava perto de mais e suas voz era parecida de mais com o meu desconhecido favorito. Eu só conseguia pensar no quanto eu deveria está desajeitada. Seu sorriso era lindo, mas não podia ser ele, certo? 

— Não sou um fruto da sua imaginação — sussurra sorrindo ainda mais, se é que isso fosse possível. 

Até os seus dentes eram perfeitos. 

— Puta merda — digo largando finalmente a casca de banana. 

— Oi Mary — ele não se movia, muito menos eu. 

Ainda estava surpresa, talvez o nome dele nem fosse Peter.

— Seu nome é realmente Peter? 

Ele me olha surpreso, gargalhando em seguida jogando sua cabeça pra trás. Ótimo, pelo menos ele me acha engraçada. Coloco uma mecha do meu cabelo para trás da orelha e o fuzilo com os olhos. 

— Mesmo me conhecendo pessoalmente você ainda não sabe quem eu sou — esfrega seu lindo queixo com suas linda mãos, como se estivesse pensando no que dizer — Eu me chamo Shawn Peter Raul Mendes, mas pode me chamar apenas de Shawn Mendes. 

Arregalo os olhos e tusso, como se a coceira da surpresa tivesse atingido em cheio a minha garganta. 

— Já ouvi falar de você.

— E eu só falo sobre você — diz tímido — Do que você estava correndo Mary? 

Como se tudo tivesse voltado ao normal —  eu pelo menos estava tentando fazer com que a imagem do Peter antigo que eu tinha na minha cabeça voltasse — me agacho e começo a recolher o lixo. Ele se agacha do meu lado, me ajudando na fedorenta tarefa. 

— As pessoas idiotas que eu vivo dando pra você — contrário a boca em disposto. Ele deveria me achar uma garota idiota e tola , só mais uma das que gritam por ele. — hoje eles queriam saber se eu conseguia correr rápido. 

O barulho de metal sendo atacado me chama atenção, Shawn estava com os punhos fechados ao redor de uma pequena lata de refrigerante, a apertando com força. 

— Você pode se machucar — Me inclino pra frente e retiro o objeto com potencial cortante de suas mãos. 

Jogo-a dentro da sacola azul que por sorte não estava rasgada. Continuamos recolhendo lixo em silêncio, até que ele me estende uma sacola branca. Meu livros... Sorrindo para ele, digo um baixo “obrigada”, abrindo a sacola para me certificar de que os meus bebês estavam bem. 

— Vem, vou te levar pra casa — pega minha mão. 

Arfo, suas mãos estavam quentes como uma brisa reconfortante afastando o frio  — vejam bem, quando eu tirei latinha das suas enormes mãos, eu fiz o máximo de esforço para não toca-lo —, mas agora... Eu podia sentir uma eletricidade, até uma certa complicidade sendo trocada em uma leve entrelaçar de dedos. Ele podia sentir isso também, seus olhos estavam vidrados iguais aos meus. 

— Você não sabe o quanto eu esperei esse momento  — diz fazendo uma leve pressão em meus dedos — você é tão linda. 

O que eu poderia dizer? Esse desgraçado estava me deixando constrangida e vermelha. Ele sabia disso também, pois não exitou em tocar as minhas bochechas quentes e suadas. O vento da sua aproximação me fez ficar paralisada novamente— Pois agora eu não estava com medo. 

— Eu ainda sou o Peter não famoso que conversava com você — sussurra com os lábios pairando os lado do meu ouvido. 

— Eu sei — foi idiota? Foi! Mas eu não sabia o que mais eu poderia responder. 

Peter sorri e me puxa para um abraço. Que músculos... Como eu estava segurando os livros, me conti em apenas sentir o seu peitoral enquanto seus braços me envolviam em uma abraço quente e apertado. Seu cheiro era maravilhoso, inebriante — nunca tinha cheirado algo assim.... Como se fosse único, ou talvez fosse só loção pós barba. Mas mesmo sendo ótima, continuava sendo forte de mais para o meu nariz, é um espirro — que eu juro ter tentando controlar—  sai atingindo sua linda camisa. 

Fecho os olhos e me xingou mentalmente, tapando a boca junto com o naris com a minha mão desocupada. Shawn parece não ligar, pois me aperta ainda mais, mesmo com o seu corpo vibrando ao meu redor pela sua gargalhada. 

— Para de sorrir de mim — a minha voz sai abafada pela mão. 

— Não é minha culpa — sorri mais uma vez  — você é muito desastrada.

— Arg. — Reclamo me livrando dos seus braços — não gosto de você. 

Ele tenta segurar o riso, e tem exito com tamanho esforço. 

— Não minuta para si mesmo. 

Como se eu já o conhece a muito tempo, ou como os emojis que eu mando via aplicativo, dou lingua para o lindo homem a minha frente. Ele devolve, me fazendo rir. 

— Nós temos que ir Shawn — seus amigos gritam — Vamos Mary. 

— Odeio saber que eles sabem o meu nome, enquanto que eu não sei o deles. — pego a tampa de metal e tao o lixeiro. — Vamos, pelo menos eu ganhei o carona. 

— Oxi — bufa vindo liga trás de mim — e me conhecer também não foi bom?

— Não tanto quanto saber que eu não vou andando pra casa. 

— Interesseira — diz. 

Ele falou na brincadeira, mas aquilo me atingiu em cheio. Será que era assim que os seus amigos me viam? Talvez eles nem tenham acreditado que eu não sabia quem ele era. Mesmo eu sabendo que não estava mentindo, o medo de parecer estar fazendo isso, era maior do que eu. 

— Ninguém mandou oferecer — forço um sorriso. 

Estávamos nos aproximando do carro quando um dos seus amigos — um garoto que eu ainda não tinha visto — me abraçou com força, tirando os meus pés do chão. 

— Finalmente — diz me largando no chão — Mary, nós estávamos ansiosos para te conhecer. 

Será que todos naquele carro tinha um sorriso lindo? Ele estava do meus jeito que Peter, usando uma calça jeans, jaqueta e blusa e um tênis. Ele tinha mais ou menos o meu tamanho, sendo só alguns centímetros maior do que eu, seus ombros eram largos e seu porte era Atlético como todos ali. Fiquei meio reciosa, fingir olhar pro chão, mas eu estava olhando mesmo era para a minha barriga: isso que dá quer comer Doritos toda hora. 

— Verdade — uma garota de cabelo preto diz atrás dele. 

A minha alto estima sumiu no momento em que eu a vi por completo — se ainda tivesse uma claro. Mesmo usando um moletom, suas curvas e sua bele de bebê, a tornavam uma das mulheres mais bonitas que eu já tinha visto. Cabelos lisos e sedosos caiam em castradas onduladas pela sua costa,olhos castanhos claros e um rosto — como eu poderia dizer — um pouco quadrado mais perfeitamente acimetrico. Lábios carnudos e rosados... Eu tenho que parar de ficar encarando. 

A garota outra garota era igual a ela, só mudava a cor do cabelo e as roupas que estava usando— casaco e calça jeans. E eu aqui, na minha leg simples e casaco desgastado, cabelos desgranhados pela corrida e sardas espalhadas pelo rosto todo. Meus olhos são verdes? São, mas isso não me faz competir com as modelos na minha frente. Eu já estava ficando desconfortavel. 

— Esse é o Nash — Peter surgi do meu lado e aponta para o garoto de franjinha, ele sorri e preta a minha mão — Esses são Cameron, Jena e Jasmim. 

Estremeci ao pronunciamento do nome Jena, e como Peter estava com a mão apoiada nas minhas costas, ele me olhou com o senhor franzido. Ergui às sombrancelhas o desafiando a lembras das nossas conversas. Ele abre e fecha a boca, fechando a cara e alisando as minhas costas, Peter entendeu. Ela tinha o mesmo nome da garota que gostava de me bater, ele pareceu ter percebido mais alguma coisa, pois seus sábios estava comprimidos com muita força, construindo uma linha rígida em seu rosto. 

— Prazer — aperto a mão de todos, até do segurança que tinha salvado a minha vida. Seu nome era Frenklyn, ele era muito mais amigável do que aparentava ser. Entramos no carro um a um, e eu Peter fomos os primeiros — eu encostada na porta e ele do meu lado. 

O carro era como um limosine por dentro, dividido em duas partes, a de trás onde eu estava com Peter e Jasmin e a parte a nossa frente, onde estava Nash, Cameron e Jena. Eles estavam conversando entre sim, como eu não tinha intimidade com quase ninguém ali — Nem com Peter pessoalmente — resolvi olhar as casas que passavam lentamente pela janela. 

— Para me levar pra casa,  Frenklyn não precisa do meu endereço? — sussurro tentando fazer com que somente Peter escute. 

— Ele já sabe onde você mora — Entrelaça os nossos dedos mindinhos. 

— Stalker. 

— Sou mesmo — eu podia sentir seus olhos em mim, mas tentem me entender, eu nunca passei por algo desse tipo, nunca ninguém até aquele momento tinha demonstrado interesse em mim. Não olhei de volta, senti sua frustração. Mas ele não desistiu, largando o meu dedo mindinho, Shawn entrelaça as nossas mãos e beija a minha bochecha. 

— Estamos realmente perdendo um soldado — Nash comenta com uma falsa tristeza.

Sorrio.

— Cala boca babaca — Peter chuta de leve a canela do amigo e volta sua atenção pra mim. 

— Vai se ferrar seu selvagem — Nash geme de dor e mostra o dedo do meio para Peter, o mesmo da de ombros e ignora. — Eu se fosse você Mary, procuraria uma pessoa civilizada. 

— Você que provocou Nash — imito Shawn e dou de ombros. 

— Otário — Peter provoca — Ela está do meu lado babaca. 

— Coitadinho do meu bebê — Jamisn puxa Nash para um abraço, acariando sues cabelos. 

— Coitadinho nada — Cameron bate nos braços de Nash e sorri — tô com o Shawn. 

— Traidor — Nash levanta um pouco  cabeça para fazer uma careta, fazendo todos caírem na gargalhada, depois volta se deitar no colo da namorada. 

— Seus amigos são legais.

— A partir de hoje eles também são. — perto de mais, perto de mais. 

— E você também não é? — não resistir a provocação.

— Eu sou muito mais que seu amigo, e você sabe disse Mary.


Notas Finais


Não posso desacelerar, sou um trem de carga móvel.


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