Xiumin POV's ON
Estava mais uma vez naquela cafeteria com ele... A cafeteria onde tudo começou.
Onde ele tomou coragem para me pedir em namoro, para falar que me amava pela primeira vez.
Nessa pequena cafeteria perto de sua casa.
Lembro-me tão bem de como nós nos vimos pela primeira vez.
Eu estava perdido na faculdade e me vi obrigado a pedir ajuda a um garoto um pouco maior que eu que estava com a cara emburrada.
E você me ajudou resmungando, mas ajudou.
E depois disso me chamou para tomar um café em uma cafeteria perto do colégio e de sua casa, e então começamos a conversar e conversar.
E depois de mais alguns meses viramos melhores amigos.
Depois um sentimento maior nasceu entre nós.
Até que nós nos tocamos que nos amávamos, e você resolveu me pedir em namoro.
Como esquecer do cara marrento da escola tremendo e suando quando veio me fazer o tão esperado pedido de namoro.
E da vez em que estávamos completando dois meses de namoro e você conseguiu perder nosso anel de namoro.
Quase te matei aquele dia.
Ah Kim JongDae, temos muitas memória boas juntos... Não é mesmo?
Rio por um momento de meus pensamentos.
- O que foi? – Me pergunta com um sorriso curioso, enquanto passava o indicador pela borda da xícara de café que agora estava vazia.
- Hum? – Eu estava longe, mesmo entendendo o que ele disse meu cérebro não conseguiu processar.
- Por que está rindo? Não lembro de ter contado nenhuma piada. – Um sorriso travesso estava prendendo minha atenção.
- Grosso! – Deixei um riso escapar e estiquei meu braço para lhe dar um soco, e o filho da mãe desviou.
- Mas falando sério, o que foi?
- Estava lembrando da época que deveria ter matado você por perder nossa aliança. – Ri e terminei de tomar meu café, agora simplesmente ficaríamos conversando até cansar.
- Olha, o amor não tem que ser simbolizado por objetos, o amor é um sentimento, ninguém pode solidificar um sentimento e o que eu sinto por você... – Não consegui me fingir de bravo, acabei rindo sem querer. Essa é a desculpa mais esfarrapada do mundo! - ...eu sei que você já me perdoou.
- Quem sabe. – Segurei a xícara com as duas mãos, aproveitando o calor que emanava da mesma antes que ficasse gelada.
- Você também tem os seus momentos.
- Tipo...?
- A vez que entregou meus materiais pra aqueles garotos e...
- Ah não! – Eu ainda me sentia culpado por aquele “incidente”.
- Agora você vai me ouvir! – Ele debochou e eu tentei protestar contra, mas ele levantou um dedo me fazendo ficar quieto. – Você sabe como foi ver meu material todo dentro de um vaso sanitário?
- Eu não sabia que eles iam fazer aquilo! – Mesmo preocupado eu continuava rindo, sabia que um dia iríamos rir dessa história.
- Como não? Você sabia que eu tinha problemas com eles, eu não te entendo Min-Seok! – Ele ria inquieto. Ok, isso demanda um pedido de desculpas e um pouco de drama, talvez.
- Eu pensei que eles estavam bonzinhos – JongDae me olhou incrédulo – MAS eu me arrependi, desculpe. – Fiz uma cara triste digna de papel na novela.
- Ah não Min...
Deu o meu sorriso mais largo e em seguida comecei a rir da sua expressão enraivecida. Ele esticou o braço e conseguiu me dar um soquinho, isso era uma das coisas que me deixava bravo.
- Por que eu nunca consigo desviar como você? – Coloquei a mão instintivamente no local do “soco”.
- Seus reflexos são péssimos. – Ele riu e começou a brincar com a xícara.
E de repente, tudo ao meu redor ficou silencioso. Eu só conseguia ver cada traço de JongDae em câmera lenta e minha mente girava ao redor de algo que eu não sabia o que era, mas o centro do que quer que fosse isso era com certeza ele.
- Droga JongDae. – Disse de uma vez, com a expressão séria.
- O que foi? – Soltou a xícara assustado.
Eu não deveria assustá-lo e nem queria, mas é tão difícil, olhá-lo praticamente todos os dias e não querer ele do meu lado. Não sei se eu sou muito ruim com palavras ou se é realmente um sentimento único que você descreve para os outros, mas é impossível de passá-lo. Kim JongDae...
- Eu te amo. – Abaixei meu rosto e apertei os olhos, não sei porque, mas me sentia totalmente idiota. Como um sonhador visto por uma pessoa realista e pé no chão.
- Ah MinSeok... – O ouvi se levantar e então agachar ao meu lado, suas mãos tocavam as minhas, um gesto para me reconfortar.
- Você sabe que eu também te amo! – Não consegui evitar dar um riso desesperado.
- Eu esperava mais romantismo da sua parte. – Sorrimos e nossos lábios juntos num piscar de olhos.
Nossas mãos se apertaram, o beijo suave. O típico momento em que você se permite aproveitar e viajar pra onde quiser, o mais longe possível. E o melhor disso foi senti-lo me acompanhar, o beijo era a passagem para irmos a qualquer lugar juntos. Me pergunto se ele se sente da mesma forma, até onde se permite ir ao meu lado, o quanto o amor lhe da impulso.
As vezes eu me pego em momentos de insegurança, ainda bem que ele nunca precisou justificar nada para me lembrar de tudo o que sente.
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