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História Caídos no Inferno - Torturas não são apenas físicas


Escrita por: Blue_ID-S

Capítulo 19 - Torturas não são apenas físicas


O som de algo pesado caindo ao lado de Sam a desperta novamente. Já não sente mais a dor insuportável de antes.

 É confuso olhar para seu braço direito e não o ver mais. Ver apenas um curativo ensanguentado um pouco acima do cotovelo que não existe mais.

 Ela está tonta e fraca. Provavelmente fora sedada por Nicholas depois que desmaiou. Não pode tocar seu rosto mas sente os esparadrapos colados nele. Não foi um pesadelo. Foi real. Tudo real. 

Os rosnados graves pela sala a fazem olhar na direção do som. Jeremy está inquieto, andando de um lado para o outro. As outras cadeiras não estão mais vazias. Ela não consegue enxergar com clareza mas deduz que ao seu lado esta Gary, e na outra alguém não identificável. Joseph? Talvez. 

Passos sonoros são ouvidos no corredor.

"Investigadores? Isso pode ser um impecilho sem tamanho…" a voz do lado de fora da porta é desconhecida para ela. Não parece ser a de Nick "Se mandaram esses o que garante que não vão mandar outros?" 

"Você já conseguiu terminar aquilo? Se nos descobrirem antes disso terá sido tudo em vão!" A pessoa que fala também não deve ser Nick. Parece bem mais jovem. Um adolescente talvez. 

"Se acalmem senhores, mais um pouco de tempo e estará tudo terminado… ela ainda tem algumas falhas. Não funciona em algumas pessoas mas eu já estou cuidando disso... agora entrem eu vou mostrar meus brinquedos novos a vocês!" A maçaneta gira.

"O que você fez com ela Nick? Ela está destruída." O jovem ergue a cabeça de Samara pelos cabelos, fazendo uma expressão de desgosto quando olha para o estado da mulher.

"Vocês não disseram que eu não podia brincar com invasores!" A risada do médico é nojenta.

"O que temos aqui… se não é o amável professor Black!" Ele a solta e faz o mesmo com Gary que está desacordado "Seu filho da mãe… Por que não matou ele ainda Nick?" 

"Por que ele fugiu da primeira vez. E agora eu quero transformar ele no meu cachorrinho. Quero que ele se junte aos coleguinhas dele!" 

"Contenha seu ódio por ele Charles. Logo ele estará tão passivo que você poderá torná-lo seu escravo..." O outro se manifesta.

"Ah eu não havia dito antes. Essa dama… o sobrenome dela é Marks!" Os dois olham sérios para Nicholas.

"Qual a relação dela com Alex?" As risadas somem da conversa.

"Eu ainda não consegui descobrir isso Ethan…" 

"Descubra logo… e quanto ao outro. Quem é?"

"Esse foi o primeiro que eu peguei… o nome dele é Carl, veio junto com ela e mais um, que ainda não chegou! Só que ele não fala muito… Ainda mais depois que eu cortei a língua e arranquei os dentes dele!" Carl ainda estar vivo é algo que faz Sam sentir um breve alívio que se vai quando ela imagina que seu amigo deve estar pior do que ela.

"Você é doente Nick! E por favor tire esse homem daqui que eu estou ficando com medo…" Florean aponta para Jerry que está apenas os observando, respirando de forma ofegante, o que o assusta absurdamente.

"Não será preciso Charles, nós já estamos de saída. E Nick, precisamos de uma solução rápida!" Os três saem e a porta barulhenta se fecha.

"S-Sam é você?" Gary fala com dificuldade. "Você está viva?" Apenas um som sai da garganta dela, nenhuma palavra coerente. 

"Graças a Deus! Não se esforce tanto por favor… merda o que aquele lixo fez com você?" Gary olha para a forma em que a mulher se encontra. Drogada e ensanguentada, sem um dos braços e sem força até para falar. "Meu corpo está pesado… eu quase não consigo me mexer… merda… merda!" 

"C-Carl…vi…vo?" É uma batalha para Sam conseguir terminar uma frase. Se manter consciente já é um desafio sem tamanho.

"Se o Carl está vivo? Eu não consigo ver direito mas eu ainda consigo ouvir ele respirando… espero que ao menos Joseph consiga se salvar.." Gary, mesmo com a morte apontando a lâmina de sua foice para o seu pescoço, ainda mantém uma ponta de esperança. Ele não conhece muito Joseph mas sentiu nesse jovem uma força de vontade que não se vê em qualquer pessoa.

"Vocês estão de volta…" o demônio sorridente aparece novamente. 

"O que você fez com a Alex?" A cólera é mais do que visível na voz e no olhar do moreno.

"Ah Alex… esse nome me trás lembranças deliciosas... eu matei ela depois que me diverti um pouco! Não senti necessidade em modificar aquele corpinho lindo e aquele rosto de boneca dela." Gary cerra os punhos com força. A ira que incendiou no homem evaporou qualquer resquício de sonífero ou calmante que Nick possa ter injetado nele. Ele está pronto para arrancar aquele sorriso debochado.

 Gary luta para se livrar das amarras que o prende na cadeira fazendo com que Jeremy fique mais agitado.

"Jerry!" Uma única ordem é necessária para o monstro se acalmar. "Você está muito elétrico hoje. Eu não admito isso." O médico tira o ar de uma seringa que ele enchera previamente. "Eu não posso ficar gastando isso desse jeito. Sugiro que se comporte ou será o primeiro que eu vou fazer questão de empalhar e colocar de decoração na minha sala." Ele introduz a agulha grossa no braço rígido de Jeremy que não reage. "Agora vá atrás dos três inúteis que ainda não trouxeram aquele moleque. E espero que você não se perca no caminho também!" 

"Eu vou arrebentar você…" 

"Ah Gary todos me disseram isso e agora todos estão lambendo meus sapatos. Principalmente aquele ruivo nojento que dizia isso desde o dia em que me viu! Ele foi o primeiro que eu consegui dominar. Aquele dia na escola ele fez um estrago com aquelas crianças. Foi incrível." A frase é o impulso que trás de volta a Gary as lembranças terríveis daquela manhã. O monstro mascarado fazendo uma verdadeira chacina com aquelas crianças, novamente aterroriza os pensamentos dele.

Todas as memórias retornam de uma vez, deixando os olhos azuis em estado de choque. Toda a crueldade desse filme de horror que ele viveu até agora, vem em um único flashback que o entristece. 

"O que vocês fizeram?" Gary custa a acreditar que isso tudo é real. É grotesco demais para ser real.

"O que aconteceu na escola não foi nada demais. Você precisava ver o que fizeram na cidade… Zachary e Michael se divertiram muito enquanto massacraram quase toda a população. Foi uma cena deveras prazerosa." Nicholas consegue dizer atrocidades com uma facilidade que o enoja. "Samara minha querida... por que está tão cabisbaixa?" Ele ri enquanto levanta a cabeça que já adormeceu novamente. "Apagou de novo? É uma pena... Seja qual for seu parentesco com a aquela baixinha vocês não são nada parecidas… ela é bem mais resistente do que você. Aguentou tudo tão... consciente." 



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