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História Caídos no Inferno - Fuga


Escrita por: Blue_ID-S

Capítulo 23 - Fuga


"Está procurando o que exatamente?"

"Qualquer coisa! Uma porta secreta, uma arma, uma resposta, qualquer coisa."

Alex e Joseph andam pela sala quase vazia. Um sofá, uma mesa de centro e uma estante com alguns livros são as únicas coisas que ocupam o cômodo.

"Como ele conseguia morar aqui?" A voz masculina ecoa levemente nas paredes brancas. É como se ninguém nunca tivesse morado no apartamento.

"Eu me perguntava isso todos os dias. Ele quase nunca ficava aqui na verdade. Quando não estava na escola estava enfiado na mansão do diretor…" os dois se entreolham como se estivessem tendo a mesma ideia.

"Você pensou o mesmo que eu?" 

"Eu não pensei em nada na verdade…" 

"Alex você olhou pra mim como se tivesse pensado a mesma coisa que eu." 

"Na verdade eu olhei pra você por que você fica bonito pensando… e por que eu esperava que você falasse algo." Joseph respira fundo. Já fora previamente alertado sobre a personalidade da professora, mas nunca nenhuma mulher havia falado para ele as coisas que ela diz.

"Certo, certo… vamos voltar pra escola…" 

"Mas o Bob não está na escola?" Ela olha receosa pra ele.

"Eu havia esquecido disso… mas agora que sabemos que ele anda por lá podemos apenas evitar o confronto com ele."

"Quantas balas você ainda tem?" 

"4. Mas acho que não é uma boa ideia gastar elas com Robert. Aquela máscara parece bem grossa."

"Se o Zack e o Mike queriam me arrebentar mesmo eles sendo meus melhores amigos eu não quero nem saber o que o Bob vai querer fazer comigo!" Ela suspira.

"Ele não gostava de voce?"

"Gostava… até demais. Ele estava puto comigo por que tinha ciúmes do Gary e… do Nick." Ela parece odiar pronunciar o nome do médico. Joseph percebe o desconforto dela e decide mudar de assunto.

"Precisamos encontrar armas… não vamos ter chance nenhuma se ficarmos dependendo sempre da sorte."

"Onde vamos encontrar armas aqui?"

"Deixa eu ver…" Ele coça a parte de trás da cabeça e começa a pensar. "N-não olha pra mim!" Joseph se vira de costas para a mulher que o observava atentamente. 

"Eu vou olhar por aí." Alex sai e vai em busca de alguma luz nos outros cômodos da casa. 


"Merda…" Gary resmunga enquanto luta para se libertar.

"Não faça tanto barulho… alguém pode voltar."

"Isso é impossível Sam. Essa cadeira é barulhenta demais." Ele para por um segundo e suspira. 

"Jo...eph…" Carl resmunga.

"Ele não apareceu ainda!" Sam fecha seu olho ainda restante.

"Não se preocupe Carl, ele é esperto… eu estou mais preocupado com a Alex ela sabe se virar quando a situaçao aperta mas ainda é muito burra. Eu espero que eles estejam bem." 

"Onde nós estamos?" A mulher olha ao redor lentamente. Tomando cuidado para não fazer movimentos bruscos que possam trazer a dor ao ferimento no seu rosto.

"Eu não faço ideia. Não parece ser na escola, nem no prédio. E eu não lembro de ter algum lugar assim na cidade." Novamente ele começa a movimentar suas mãos, tentando se soltar.

"É bem úmido aqui... e não tem janela alguma. Será que é debaixo de algum lugar?" Ela franze o cenho e abaixa a cabeça pensativa. 

"Eu não acredito…" 

"Não há outra resposta Gary…"

"Eu não estou falando disso… eu não acredito que consegui…" Gary olha pra ela e mostra suas mãos livres.

"Rápido Gary se ele chegar agora nós estamos mortos." Com um pouco de dificuldade porém mais rapidamente, ele solta também seus pés e levanta. 

Seu corpo está levemente dormente, e a perna enfaixada, apesar de não doer nada, não obedece muito bem seus comandos, mas isso não o impede de se movimentar com rapidez. Ele odeia admitir mas se Nicholas não tivesse problemas mentais seria um dos melhores médicos que ele já viu.

"Eu não posso deixar você aqui…" ele olha para Samara por alguns segundos, esperando que ela vá dizer alguma coisa.

"Gary vá. Busque ajuda, não vou abandonar o Carl aqui… eu vou ficar bem!" Seu tom de voz é de confiança. Gary assente com a cabeça.

"Eu vou voltar e levar vocês. E por favor… estejam vivos quando eu voltar!" 


"O que isso ta fazendo aqui?" Alex segura com a ponta dos dedos uma chave.

"Encontrou algo?" Ela se aproxima e a coloca na mão do homem de cabelos claros.

"É uma chave! Estava debaixo do tapete. E se eu não me engano é a chave da enfermaria. Eu já vi o... ele abrindo com essa uma vez." Ela indica o pequeno chaveiro. Uma pequena bailarina de material transparente.

"Isso pode ser muito útil… eu não achei mais nada. Acho que não temos mais o que ver aqui…" 

"Onde vamos?" Ela observa o seu redor distraída, enquanto passa os dedos pequenos por entre os cabelos negros e macios. É fascinante para Joseph a beleza inocente da mulher que é mais velha que ele. Se Samara estivesse por perto provavelmente iria dar um sermão de longas horas nele por estar se distraindo dessa maneira em um momento desses com algo tão banal. Alex e Joseph tem isso em comum, a facilidade para se distrair.

"Vamos ver o que tem na enfermaria…" 

"E se chover de novo?" Vagarosamente eles andam até a porta.

"Eu e você estamos com as pernas sãs. Podemos correr se mais algum deles aparecer. Pelas minhas contas restaram apenas três estou certo? E podemos usar as balas naqueles que não são o senhor Blake." 

"Certo… eu estou mesmo é preocupada com a Saphira…" ela morde o lábio inferior rosado e levemente desidratado. 

"Ela parece gostar de você…" 

"Ela é uma menina muito bizarra e fez o meu trabalho aqui ser assustador mas ela também me ajudou muito."

"Por que ela é assim?" 

"Eu não sei… ela as vezes fala sozinha e faz umas coisas assustadoras. Deve ser coisa de sua criação. Ela não tem família. É a única criança do orfanato da cidade já que ninguém aceitou cuidar dela. Eu sou a única pessoa que já fez isso eu acho." 

"Deve ser por isso que ela se apegou a você. Você parece ser uma ótima mãe…" ele diz a última parte mais baixo e ela o encara fixamente por algum tempo, até ele perceber o que havia dito. "Quero dizer… você cuida bem dela…" 

"Deve ser isso…" os dois voltam a andar silenciosamente até a escola.


"Isso não pode estar acontecendo…"  o médico louco de olhos esmeralda começa a rir ao entrar na sala onde estão seus prisioneiros. "Eu tenho quase certeza que antes de eu sair havia um homem baixinho preso aqui, e eu acho que não estou ficando louco. Por que ele não está aqui?" ele pega a corda que prendia a mão do moreno que não se encontra mais na cadeira do meio. "O que você sabe sobre isso senhorita investigadora?" Ele olha com o canto dos olhos para a mulher que não mantém contato visual com ele. Seus olhos estão voltados para sua frente.

"Você mesmo disse, ou é idiota o suficiente pra não perceber que ele fugiu?…" ele ri e levanta sua mão, acertando em cheio um tapa forte o suficiente para ecoar por todo o lugar.

A dor que invadiu o rosto dela faz as lágrimas brotarem.

"Você não acha isso engraçado não é? Pois saiba que eu vou achar e muito quando o Jeremy me trazer a cabeça dele pendurada naquela corrente…" ele segura a cabeça dela com força. "você é patética. Eu já estou enjoando de você. Não tem graça. Ah se ela estivesse aqui... arrancar partes de você não me dá o mesmo prazer de machucar a Alex…"

"O que você fez com ela seu verme nojento…" ela fala com dificuldades já que os dedos dele afundam na pele ao lado de sua boca.

"O que eu fiz? Ah você nem imagina… mas a culpa não é minha sabe senhorita Samara. É quase impossível pra um homem não se apaixonar por aquele rostinho de boneca e aquele corpo pequeno que implora para ser violado..." os olhos de Sam se arregalam. Atrocidades passam pela cabeça dela enquanto as risadas maldosas do homem fazem o papel de 'trilha sonora'.


Enquanto isso Gary corre pelo labirinto subterrâneo. Corredores e portas que ele não faz ideia de onde vão dar. Apenas seu extinto o guia. Não faz ideia de onde está ou para onde deve ir, ele apenas vai.

O sentimento de ter deixado seus novos amigos para trás começa o afligir, mas a confiança que Samara depositou nele apenas aumenta o seu desejo de sair dali, de salvar todos, voltar para sua cidade, para sua casa tentar levar uma vida calma, e afastar aos poucos a lembrança dos dias amaldiçoados em Fox Hole.




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