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História Caídos no Inferno - Cercados por monstros


Escrita por: Blue_ID-S

Capítulo 24 - Cercados por monstros


"Eu nunca estive aqui antes… como eu vou sair? Como?" Gary pensa consigo mesmo enquanto corre cautelosamente pelos corredores.

O lugar é totalmente desconhecido para ele. 

Muitas portas parecidas com a da sala onde ele estava, logo ele deduz que aquelas não darão a lugar algum.

"Merda e se a saída estiver trancada?" A possibilidade ainda não havia passado por sua cabeça. Na afobação de sair dali ele não pensou que talvez a saída esteja trancada ou que não seja possível para ele sair dali sem uma identificação ou uma senha.

Alguns metros mais a frente ele vê o que parece ser um lance de escadas que leva para um andar superior, no final de um corredor.

Mas antes que ele possa correr para lá, o som familiar se aproximando o faz entrar na primeira porta aberta que ele encontra. 

Corrente.

O som da corrente sendo arrastada se torna cada vez mais alto, indicando que Jerry se aproxima. 

Gary segura a respiração enquanto os passos pesados se afastam da porta. É um alívio quando o som não é mais ouvido. 

Uma porta se fecha e ele sai da sala. 

A porta no fim da escadaria é sua única saída. Muito arriscada ja que Jeremy saiu por ela e não se sabe o que existe do outro lado, mas talvez o maior perigo esteja em ficar ali, nas mãos do médico doido.


"Eu estou com tanto medo…" a pequena mulher segura com força no braço de Joseph. Os dois estão a poucos metros da escola escondidos atrás de uma árvore, observando silenciosamente.

 Nao chovera desde o encontro com os gêmeos, o que aumenta muito mais a tensão deles.

"Alex se acalme por favor… confie em mim, se você ficar assim vai ser pior por que eu também estou desse jeito. Então respire fundo e vamos entrar… não se preocupe eu não vou deixar você morrer, nem que eu tenha que dar minha vida pra que ao menos voce sobreviva." Ele diz segurando o rosto dela com as duas mãos.

"O-ok… mas tente não morrer isso seria um desperdício…" 

Seus corações estão saindo pela boca. O medo de bater de frente com Robert Blake parece deixar seus pés mais pesados do que o normal.

As mãos suadas e trêmulas.

Porém tudo parece pacífico. Nem sinal do monstro de máscara.

Tomando um último suspiro de coragem eles se aproximam da porta de entrada, a mesma por onde Joseph e os outros saíram da última vez. 

Como se estivessem pisando em ovos, a dupla começa a adentrar o local, nem o som da respiração deles pode ser ouvido. 

"Onde fica?" Joseph sussurra baixinho, de forma quase inaudível.

"Ao lado da escadaria, vamos ter que dar a volta…" ela usa de sinais com as mãos para explicar.

Além das goteiras nada se ouve. É perturbador.

O corredor, as portas e as janelas fazem o estômago da mulher revirar, apenas os flashes de memória das crianças sendo assassinadas covardemente por Robert a fazem querer sair correndo dali para qualquer lugar, mesmo que isso signifique a morte imediata.

Agora a poucos metros da enfermaria, os dois quase tem a certeza de que no andar em que eles estão nao há nenhuma ameaça.

"Você está bem Alex?" Joseph olha para ela preocupado. Ele sabe que seja o que  for que tenha acontecido lá, a sala causa um desconforto sem tamanho na professora.

"Vamos logo Joseph, não temos tempo. Eu estou bem." Alex passa na frente dele e anda com a cabeça baixa e a passos apressados.

Então algo que estava do lado de dentro abre a porta.


"Isso me deixa com tanta raiva… tanto ódio…" Nick, furioso, abre gavetas, tira objetos metálicos, lança sobre as macas e mesas, joga no chão "já é a segunda vez. Eu devia ter matado aquele anão irritante quando eu tive a chance." 

Samara está apavorada. Nicholas já é um psicopata em seu estado normal, ela não consegue imaginar as atrocidades que ele é capaz de fazer quando está irritado. Ela apenas reza enquanto olha para os próprios joelhos.

"Ah os ratinhos fujões. Eu sou bonzinho demais. Deixei esse verme sozinho, deixei o outro investigador com o cabeça de vento do Daniel e deixei a Alex desamarrada. Eu ando muito distraído." Samara arregala o olho enquanto o médico tira um vidrinho marrom cheio de pilulas do meio de suas bagunças. "Achei você." 

"Você não disse que tinha matado ela?" Sam olha incrédula para o homem que ingere 5 das pilulas cor de rosa e respira fundo de olhos fechados.

"Eu disse…" ele ri e olha para a morena "Você me conhece a pouco tempo criança. Não sabe o quanto eu gosto de brincar com o psicológico das pessoas."

"Então ela está viva?" Sam começa a chorar enquanto Nick se aproxima lentamente.

"Ah sobre isso eu não sei. Eu só sei que para minha tristeza ela fugiu..." ele começa a enrolar uma mecha de cabelo da mulher no indicador. "Justo quando eu estava começando. Pensei que ela já estava mansinha, que já estava gostando, e desamarrei ela. Quando eu pisquei ela sumiu. Hoje em dia não se pode confiar em ninguém." Ele começa a rir das suas próprias palavras.

Fora ele mesmo o maior enganador que já surgira por ali, quem jogou a confiança que todos tinham nele na lata de lixo. Destruindo suas vidas como se não fossem nada.

"Ah se eu encontrar ela de novo..." 


"Alex venha pra cá agora…" Joseph diz quando a vê parada enquanto a porta se abre lentamente. Ela não esboça nenhuma reação, está paralisada. Porém ele mesmo fica nesse estado quando vê o que sai de lá.

"Alex!" O rosto conhecido corre em direção a menor a abraçando na mesma hora.

"Gary…!" Joseph se aproxima sem acreditar no que está a sua frente.

"Você tá vivo…" Alex quase não consegue falar com o abraço apertado que Gary da nela. 

"Eu achei que você tava morta… ele disse que tinha te matado." A voz do moreno mostra que ele está pronto para chorar a qualquer instante.

"Ele?" Ela pergunta com dificuldade mas Gary parece não dar atenção.

"E Joseph. Oh meu Deus Joseph ainda bem que você está vivo, Carl e Sam estavam tão preocupados." 

"Eles estão vivos? Eles estão bem? Onde eles estão?" O coração de Joseph acelera ao ouvir o nome de seus amigos novamente.

"Carl? Sam?" Alex pergunta e é, outra vez, ignorada por Gary que a solta e vai até Joseph.

"Eu não sei se é uma boa hora pra falar sobre isso agora, o importante é que você saiba que, por enquanto, eles estão vivos… você já contou pra ela?" Ele coloca a mão sobre o ombro do maior que acena negativamente com a cabeça, ainda tentando entender o que ele quis dizer.

"De quem diabos vocês estão falando?" Alex cruza os braços esperando uma resposta.

Da escada o último som que eles queriam ouvir ressoa pelas sombras, descendo lentamente.

"M-mas não tá chovendo…" Gary da dois passos para trás quando vê Jeremy os encarando fixamente, sua corrente pesada na mão.

"Ro… bert!" Alex sussurra olhando com espanto para a direção oposta. No fim do corredor o ruivo mascarado também os observa atentamente, principalmente para a mulher que sente o arrepio gelado do medo percorrendo sua espinha.

Agora encurralados pelos dois monstros, os três sentem como se estivessem encarando a própria morte. Não sabem qual vai atacá-los primeiro e isso é perturbador. Não sabem para onde correr, não podem se mover pois não sabem qual pode ser a reação deles. 

Estão na pior situação que poderiam se encontrar. Entregues as mãos dos demônios da Sionnach High School.



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