1. Spirit Fanfics >
  2. Caídos no Inferno >
  3. As duas irmãs

História Caídos no Inferno - As duas irmãs


Escrita por: Blue_ID-S

Capítulo 26 - As duas irmãs


"Droga Gary, que ideia de merda!" Gary fala com ele mesmo enquanto se arrepende da sua própria ideia, já que Robert escolhe perseguir ele ao invés dos outros.

Os três tomaram rumos diferentes na esperança de haverem mais chances de sobrevivência para eles. Uma ideia completamente arriscada mas que poderia dar certo. Se ele não tivesse escolhido o único com a perna ferida entre os três.

 E Robert está furioso. Assim como reconheceu a voz de Alex, com o baixinho que, para ele 'roubou' Alex dele, não foi diferente.

Gary não sabe como está conseguindo correr tanto com a perna naquele estado, mas não questiona tanto já que é isso que está mantendo ele vivo. Apenas um tapa de Bob e será seu fim.

Tudo o que ele pode fazer é correr e jogar no chão coisas que possam servir de obstáculo para Bob.

Além do perigo atrás dele, as chances de encontrar mais algum ou encontrar até mesmo Nick é inevitável. Por essa razão ele procura evitar os corredores que levem a maldita sala. Mas ao mesmo tempo ele pensa que Alex também pode esbarrar no médico psicopata, e os absurdos que ele pode fazer com ela são inimagináveis.

Nada é capaz de desviar a atenção do homem de 1,80 m e Gary já começa a se cansar, mas não há o que fazer, ele só pode correr.


Não muito longe dali Joseph abranda os passos, andando cauteloso.  Gary levou o monstro pelo caminho oposto ao dele. Os três se separaram em uma encruzilhada de corredores, Gary seguiu pela direita, Joseph pela esquerda e Alex pelo meio.

O caminho pelo qual o investigador seguiu parece mais escuro. As lâmpadas que estão funcionando estão falhas, parece uma ala abandonada do lugar. Nem um sinal de vida. 

"Que a Alex não se meta em enrascada! Que a Alex não se meta em enrascada!" A preocupação com a vida da professora é maior do que a que ele tem com a própria. Ela conseguiu sobreviver muito tempo sozinha mas ele sabe que ela não tem chance contra algo mais violento. "Merda e se ela encontrar a Sam? Ou o Nick?" O pensamento de que Alex pode se reencontrar com o médico toma conta da cabeça de todos, porém Joseph não quer imaginar o estado que ela vai ficar se ver sua irmã em uma situação ruim, isso o faz dar meia volta, indo atrás da mulher já que sabe que provavelmente ela vai ficar abalada emocionalmente. 


E Alex como sempre está confusa e apavorada. Não sabe o que fazer.

São muitas portas que ela não faz ideia de onde darão. 

Está preocupada com Gary, com Joseph, e com ela mesma também.

A dez metros a sua frente uma porta entreaberta chama sua atenção. É a única. Ela sente que não deveria ir para lá mas a sua curiosidade é maior.

Pé ante pé ela se aproxima sem ao menos cuidar da sua retaguarda.

"A… lex?" 


"Era só o que me faltava!" Gary de repente para. A sua frente, bloqueando sua passagem, aquele que um dia fora Barney o espera com uma arma metálica e pontiaguda na sua mão. 

Quase a mesma situação em que esteve a minutos atrás. Encurralado por dois demônios desfigurados, porém desta vez talvez ele não possa contar com uma luta entre os dois. 

"Droga, droga, droga!" Ele sussurra enquanto Barney se aproxima a passos não tão lentos. E do outro lado Robert também começa a se movimentar. 

Ele não faz ideia do que fazer. Não quer que esse seja seu fim mas nenhuma solução rápida vem a sua cabeça. A sorte não parece estar do seu lado desta vez.


"A… lex?" Alex não crê no que está bem a frente dos seus olhos castanhos. 

Na extremidade da sala mal iluminada, a cena que ela vê faz seu coração bater mais rápido. 

A mulher amarrada na cadeira metálica por apenas um braço, já que o outro foi visivelmente decepado, o "tapa-olho" improvisado com uma sutil marca de sangue, e o rosto dela que está tão em choque quanto o da própria Alex, fazem a pequena professora sentir o suco gástrico voltando a garganta.

"Samara?" A voz quase não sai. Várias e várias perguntas invadem a cabeça dela, mas seu psicológico abalado não permite que elas saíam de sua boca. Queria perguntar o por quê de ela estar em Fox Hole, o por quê de ela estar daquele jeito, o por quê de ela ter vindo atrás dela e não estar na capital cuidando da sua vida, mas ela não consegue proferir uma palavra sequer.

Ela ignora totalmente Carl que está deitado imóvel na maca ao seu lado. Seu foco é apenas sua irmã desfigurada naquela cadeira.

Sam da um sorriso fraco e abaixa sua cabeça.

"Faz muito tempo não é…" Sam diz com dificuldade e Alex coloca a mão sobre a boca em espanto. "Você não mudou nada. Continua a mesma bêbada idiota e irresponsável com rosto de criança!" Sam não queria dizer aquilo. Queria dizer quantas noites passou em claro porque estava preocupada com ela, queria poder abraçá-la e dizer o quanto a ama, mas nunca conseguiu dizer isso em voz alta para a irmã mais velha. Sempre tiveram esse problema de comunicação.

"Eu… eu… o que você ta fazendo aqui?" Alex diz entre risos nervosos enquanto lágrimas escorrem dos seus olhos "Você não deveria estar aqui… quando ele disse Sam… eu… deveria ter imaginado que era você… sempre se metendo no que não te diz respeito, bancando a responsável e querendo resolver tudo que não é da sua conta." Alex está entrando em colapso, quando o nome de Sam saiu da boca de Joseph o pensamento de que poderia ser sua irmã não passara por sua cabeça. Mas depois de vê-la ali tudo se encaixou perfeitamente. Sua irmã investigadora veio até Fox Hole atrás dela. "Você não deveria estar aqui seu pedaço de merda… não deveria estar aqui…" ela desaba em lágrimas dolorosas. As duas mãos sobre os olhos. Ela chora desesperada enquanto Samara a observa incapacitada de fazer qualquer coisa.

"Alex… eu não consegui ficar na capital depois que descobri que tinha algo errado aqui… eu precisava vir garantir que você estava bem…"

"CALE A BOCA!... olha o que ele fez com você… você nao deveria estar aqui." 

"Exatamente…" a voz risonha conhecida  no pé do ouvido e as duas mãos grandes que tocam os ombros de Alex a fazem arregalar os olhos. "Concordo plenamente com você minha pequena…" a respiração quente toca a pele do pescoço da menor, não causando um arrepio de prazer e sim apenas um arrepio de medo que percorre gelado por sua espinha. "Apenas uma pessoa deveria estar aqui, e você sabe melhor do que ninguém quem é não é mesmo?... professora Alex Marks..."



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...