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História Caídos no Inferno - Alex Marks


Escrita por: Blue_ID-S

Capítulo 9 - Alex Marks


Fanfic / Fanfiction Caídos no Inferno - Alex Marks

"Certo, certo… agora é minha vez… se preparem idiotas!" eu giro a garrafa transparente de vodka sobre a mesa "Quem diria Daniel você tirou a sorte grande…" eu olho para a expressão de pânico do homem de cabelos escuros na minha frente, como se eu fosse o seu algoz.

"Q-qual é Alex, você já bebeu demais e ainda é quarta feira, o diretor vai matar a gente se você aparecer bêbada de novo!" ele não me encara sabendo que meu sorriso já está mais do que largo.

"Vamos vai ser divertido… Verdade ou consequência Daniel?" todo mundo já começou a rir do estado de desespero dele "Cara relaxa, eu não vou te pedir pra se jogar do prédio ou ficar pelado na frente dos alunos... mas pensando bem não seria uma má ideia... pra mim!" ele limpa a garganta.

"Alex nós somos adultos responsáveis. Não deveríamos estar aqui gastando o tempo bebendo e jogando esses jogos bestas de adolescentes." Daniel se levanta sério, pronto para sair do apartamento. Ele sempre teve a mania de querer fazer tudo nos conformes, uma pessoa entediante.

"Hey Dany politicamente correto formado em Harvard com as melhores notas, não seja estraga prazeres. Nós não vamos ser demitidos por isso. Qual é, nós fomos os únicos malucos que aceitaram trabalhar nesse fim de mundo, não torne tudo chato pelo amor de Deus! Tenho certeza que a Alex vai pegar leve!" Robert puxa Daniel novamente para o chão e se deleita em uma garrafa de whisky puro.

"Certo Daniel, continuando o jogo… Escolha…" ele hesita por um longo tempo.

"Cons… Verdade!"

"Não é como se ninguém tivesse reparado, mas conte para seus colegas de trabalho professor Simons, você está de olho na enfermeira escrota da ala 5 do hospital na cidade? Aquela que parece uma vassoura com pernas?" Daniel começa a me fuzilar com os olhos e eu caio rindo no chão.

"E-eu não vou responder isso! E você está exagerando anãzinha pervertida!"

Michael ri loucamente.

"Que mal gosto Dan, aquela mulher parece um gafanhoto atropelado." eu enchugo as lágrimas que caíram involuntariamente dos meus olhos.

"Regras são regras Dan… você não respondeu… Vai ter de tomar ela inteira!" Barney entrega a garrafa de vodka a Daniel.

Ele bebe tudo de uma vez só nos fazendo arregalar os olhos.

"Cara você vai morrer desse jeito!" Michael e Zachary dizem em uníssono.

"Cara que nojo. Meu tapete novo!"  Daniel vomita por toda a sala do meu apartamento "Você não consegue nem beber direito! Eu vou pra casa de algum de vocês, não sou obrigada a dormir no meio das tripas dele… A proposito Daniel tente estar sóbrio até amanhã... Não esqueça que ainda é quarta feira!" tenho certeza que ele me mataria agora se pudesse ficar em pé.


Todos trabalhamos no mesmo lugar. Na pequena cidade isolada de Fox Hole, na Sionnach High School.  

Eu, Alex Marks, juntamente com Daniel Simons, Robert Blake, Michael Diackovik e seu irmão gêmeo Zachary, Barney Wight, Jeremy Langman, Gary Black e por último mas não menos importante (menos importante sim) Jean Gray, constituímos o corpo docente da escola. 

Eu sou a única professora mulher do lugar e seria a única funcionária mulher se não houvesse uma senhora que trabalha na cantina servindo as crianças. 

Desde que começamos a trabalhar juntos (com exceção de Jean) mantemos uma boa relação uns com os outros.

A cidade de Fox Hole é pequena, não deve passar dos 1000 habitantes. É quase um vilarejo. Aquelas típicas e charmosas cidadezinhas no meio do nada que você só vê em filmes… de terror. 

É rodeada por um enorme bosque e apenas uma gigantesca estrada de ferro liga a cidade com o resto da civilizaçao, o único modo de entrar e sair já que pela floresta é impossível. A vegetação é densa e há muitos, muitos animais perigosos como ursos e cervos violentos.

  Fomos convidados pelo diretor a trabalhar aqui um por um através de cartas entregues nas nossas caixas de correio.

Pensei que fosse morrer quando cheguei aqui. 

Eu olhava pela janela do carro e via apenas algumas casas, algumas pessoas estranhas, algumas lojas. Até que chegamos na escola. Até hoje não entendo o por quê de uma estrutura tao soberba nesse fim de mundo. O lugar é enorme, uma construção que lembra mais uma mansão do que uma escola.

Todos começamos a trabalhar no mesmo dia e fomos alojados em um pequeno prédio afastado, porém, dentro da propriedade da escola. Cada professor em seu apartamento.

A escola conta com 200 alunos, entre meninos e meninas, atualmente.


Eu acordo com o despertador ecoando pelo quarto. Minha cabeça doendo levemente, fruto da diversão alcoólica da noite passada.

Seguindo a mesma rotina de sempre, tomo banho, como meu café da manha, e tranco minha porta, não que haja a necessidade disso, mas eu prefiro não arriscar ter minha casa invadida por esses camponeses bizarros.

"Bom dia Alex... Será que Daniel sobreviveu?" me deparo com Robert, 27 anos, meu vizinho de porta, ainda fechando os botões da sua camisa branca. Ele é alto, 1,87m. de altura, tem um corpo incrivelmente musculoso e bonito de pele clara que combina violentamente com seus cabelos ruivos naturais e seus olhos azuis. É o professor de matemática, e nas horas vagas da aulas de espanhol a pessoas interessadas.

"Pelo que eu imagino ele já deve estar na escola bancando o exemplar e responsável... Francamente esse cara não sabe viver!" Daniel, tem 24 anos, é o professor de química, formado com notas estupidamente altas em Harvard e faz questão de dizer isso pra todos várias e várias vezes.

"Hey babacas esperem a gente!" no final no corredor moram Barney, 32 anos, moreno, alto e magro, professor de Física, e Jerry, 28 anos, um pouco menor e de cabelos castanhos, responsável pelas aulas de história.

Eles acenam sorridentes.

Saímos quase todos juntos do prédio. Com excessão de alguns que provavelmente já sairam.

"Achei que não viriam dar aula hoje depois da festinha que vocês deram ontem a noite… ah bom dia coisinha..." Gary, de 37 anos, me encara fixamente com suas orbes azuis cinzentas por alguns segundos e depois volta seu típico olhar de entediado para os outros rapazes. Ele é o professor de biologia, dono cabelos ondulados pretos como as penas de um corvo. Não é muito alto, é pouca coisa maior que eu, (apesar de bem mais velho e charmoso), o que já é motivo para o chamarem de 'baixinho' ou se referirem a ele usando palavras no diminutivo.

"Viu o Dany por ai Gary?" ele parece pensar por algum tempo.

"Não vi ainda. Mas depois que ele foi bater na minha porta 2 horas da madrugada bêbado e chorando, falando o quanto a Alex é cruel com ele, eu não duvido que esteja caido em alguma moita por ai."

"Obrigada pela ajuda senhor Black! E sorria mais Gary você fica um gato sorrindo..." eu dou dois tapinhas nas costas dele que só estala a lingua "até logo caras eu tenho que preparar minha aula!" eu me despesso dos homens e ando pelo enorme corredor cheio de alunos bem uniformizados. Todos me cumprimentam no caminho.

"Bom dia Alex!" Michael, 23 anos, professor de geografia acena para mim. Ele é loiro alto e bem… Saudável. Seu irmão Zack, que leciona Inglês, é exatamente igual a ele causando certa confusão nos alunos e em todo mundo as vezes.

Já próxima da minha sala eu olho para a figura detestada de Jean, 30 anos, professor de educação física, um cara gordo e extremamente nojento, um tipico "engraçadinho" que adora mulheres, conversando com um aluno do ultimo ano. Ele acena e eu me esforço para retribuir com um sorriso simpático mas falho miseravelmente. Antes que ele venha falar comigo eu entro na minha sala.

Eu ainda não falei de mim não é mesmo? Como já havia sido dito antes me chamo Alex, tenho 27 anos, apesar de aparentes 16. Lembro quando cheguei na escola e fui confundida com um dos alunos por Robert. Meus cabelos são curtos e tão pretos quanto os de Gary, olhos castanhos, magra, uma pessoa extremamente normal, e… baixa. Sou a professora de educação artística da escola.

"B-bom dia senhorita M-Marks!" a figura patética e tímida aparece na porta. O primeiro aluno do sétimo ano.

"Oh bom dia Dylan!" ele entra sem manter contato visual, de cabeça baixa e se senta em uma das últimas carteiras. Uma criança muito estranha (Como tudo nesse lugar). Várias e várias vezes eu o pego olhando para o nada ou falando sozinho.

Mais um dia de aula começa. Os alunos vão chegando, o sinal toca, eu faço meu trabalho e eles o deles.

Tudo normal, bem… Ao menos essa é a ideia.



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