Gerad estava furioso com todos naquela casa, principalmente com o primo que sempre acreditou e defendeu ele. Mas as coisas mudaram, e pelo visto, ele não era mais bem-vindo naquela casa.
Enquanto ele andava, as pessoas o olhavam curioso para querer saber o que havia acontecido com ele. O rosto de Gerad não estava tão acabado, apenas um corte nos lábios e uma bochecha dolorida, que amanhã já estaria rocha. Mas, ao contrário do rosto, seu corpo doía. Também, fora arremessado várias e várias vezes de um canto para o outro. Não era pra menos.
Ele entrou no hotel luxuoso de Carolina. Gerad não ligava mais para o dinheiro, mas ele gostaria de relaxar seu corpo em uma boa cama de um hotel e esquecer o que ocorreu hoje. E o mesmo sabia que ele só encontraria esse tipo de conforto em um hotel caro.
Ao lado de Gerad, uma morena fazia seu check-in e enquanto esperava o recibo de seu cartão, ela desviou os olhos para o homem ao seu lado e logo percebeu que o vira em algum lugar. Puxou do fundo da mente de onde o conhecia, mas nada vinha à tona. Então, discretamente, olhou para o cartão do homem e estreitou os olhos tentando ler o nome.
Gerad Fadaye Schreave
Ela riu consigo mesma, lembrando quem ele era. Mais um da família real em Carolina. A modelo pegou o recibo e guardou na bolsa. Quando olhou para o lado, não o viu mais. Olhou em volta, o vendo se sentar em uma das poltronas estufada em veludo na cor vermelha.
— O segundo na linguagem de sucessão de Íllea. — ela disse, atraindo apenas a atenção de Gerad — O que a família real faz por aqui?
— Desculpe, a senhorita é...?
— Celeste Newsome. — ela sentou-se em sua frente e cruzou as pernas, fazendo com que a saia subisse um pouco — Então, o que os Schreave fazem aqui em Carolina?
— Como sabe quem eu sou? Aliás, a senhorita é bem enxerida. — Celeste riu, achando graça em sua pergunta.
— Não sou enxerida, apenas estava tentando me recordar de onde eu te conheço.
— Estranho, eu não te conheço. — rebateu, encarando os olhos dela. Tão profundos.
— Claro que não. Eu te conheço através de revistas. — explicou — Como vai seu primo? Dá última vez que eu o vi, foi no jantar de boas-vindas da minha prima.
— Mudamos de assunto. — se encostou na poltrona e cruzou os braços, fazendo a camiseta ficar agarrada em seu corpo. Celeste umedeceu os lábios, deixando Gerad satisfeito.
— Então, — a morena se remexeu desconfortável por ter que mudar de assunto — vejo que apanhou feio. Por acaso foi uma briga entre o namorado de uma garota?
— Por ai. — comentou e Celeste assentiu — Então, se sabe sobre mim. Minha vez de saber um pouco de você.
Gerad estava adorando ao ver no que aquela conversa daria. Celeste também, aliás, ela queria relaxar um pouco, já que os paparazzi a deixava atordoada e irritada.
— O que quer saber? — perguntou sedutora.
— O que faz na vida?
— Trabalho como modelo.
— A quanto tempo sabe sobre nós, Schreave?
— Desde que eu me conheço. — respondeu pensativa — É, quando eu era menor eu era fanática pela realeza.
Ele sorriu de canto, a seduzindo
— Seu hobbie?
— Vários, mas posso te mostrar uns. — os olhos de Celeste estavam em chamas, assim como os de Gerad.
— Mostre-me.
— Sinto em dizer, mas esse hobbie é íntimo de mais para mostra em público. — Gerad se levantou e contornou a mesinha que ficava entre os dois, parando em frente da bela mulher.
— Prefere me mostrar em um lugar onde seus gemidos podem ser abafados pela minha boca? — perguntou oferecendo a mão para ajudá-la a se levantar.
Celeste olhou para a mão esticada em sua frente e ergueu o olhar para ver a expressão do belo homem. Ou como ela prefere dizer, Deus grego. E sorriu maliciosa, vendo o olhar do príncipe em chamas.
— Com toda certeza. — e aceitou a ajuda para se levantar.
Ambos caminharam de mãos dadas até o elevador e para alegria deles, não tinha ninguém com quem para compartilhar o espaço. E enquanto esperavam impaciente pelo elevador, Celeste fez uma ligação.
— Hale, tira o restante do dia de folga. E diz ao pessoal que estarei ocupada para qualquer entrevista ou ofertas.
— Claro, Celeste. — a morena podia imaginar seu secretário revirar os olhos.
Mais do que ninguém, Hale conhecia sua chefe da cabeça aos pés e sabia as intenções de Celeste quando mandava o pessoal da equipe tirar o resto do dia de folga. Feliz por não ter que ouvir nenhum blá-blá-blá, desligou o celular e guardou na bolsa azul-marinho de couro da Louis Vuitton.
Sem que Celeste perceba, Gerad sorriu agradecido por saber que ela não tinha namorado e porque não enfrentaria nenhum depois. Como no caso de Lucy e Aspen.
Assim que entraram e as portas se fecharam, Gerad e Celeste, se atacaram ferozmente. Em dados momentos da parada do elevador, eles tinham que se separar, pois entrava e saiam algumas pessoas. E a maioria delas, ficavam constrangidos ao ver o rosto de ambos sujos de batom vermelho e perceberem o que estava acontecendo.
—•—•—
Celeste dormia profundamente ao lado de Gerad, de tão cansada da tarde intensa que tivera com ele. Já Gerad, se manteve acordado. Ele estava morto de cansado, mas seu estômago roncava pedindo por comida, já que o mesmo não comia nada desde a tarde de ontem.
Já havia escurecido a um bom tempo, então, ele decidiu que já era mais do que na hora de comer. Se levantou de vagar para não acordar Celeste e foi a procura de sua boxer branca que estava jogada em algum canto daquele enorme quarto.
— Vai sair? — questionou Celeste, sem abrir os olhos.
— Vou comer alguma coisa.
Ela abriu os olhos e se sentou na cama, não se preocupado em cobrir seus seios. Celeste assistiu Gerad achar sua boxer e mordeu os lábios ao vê-lo vestir a peça.
— Traga algo para mim. — falou, antes que ele pudesse deixar o quarto para procurar suas outras peças pelo outro cômodo. Gerad concordou e se virou para sair — E vossa alteza, — ele para, se virando pra ela — nada de sentimentos.
— Com certeza. — ele sorriu e fechou a porta atrás de si.
Gerad estava satisfeito que Celeste compreenderá que era apenas uma tarde intensa e não se passará disso. Ambos podiam se encontrar e ter mais casos assim, mas nunca seria com sentimentos amorosos envolvidos.
Celeste é uma mulher belíssima, mas não estava interessado nela. Ele gostava de mulheres intensas, mas ele queria uma amiga com quem pudesse compartilhar seus segredos e que não estaria atrás de sexo ou status. Não que fosse o caso da morena. Mas ele não se sentiu atraído.
Ele encontrou suas peças na sala e sua camiseta preta na entrada. As vestiu e deixou seu quarto aos cuidados de Celeste. Pegou o elevador e desceu até o primeiro andar. Assim que deixou a caixa de metal, atravessou o saguão e foi até o restaurante comer algo.
De preferência, escolheu uma mesa afastada, mas que tinha visão do lugar todo. Um garçom entregou o cardápio e logo anotou o pedido de Gerad. Enquanto aguardava, ligou seu celular que ainda estava desligado desde a noite passada e ficou mais raivoso ao ler as mesmas mensagens do primo, perguntando onde ele estava. Ignorou todas e mais as ameaças de Aspen e se concentrou na decoração do local.
— Perdão senhor! Mas está anotado no pedido. — ele escutou uma voz doce em apuros.
Percorreu o local com os olhos a procura da dona da voz e a encontrou tentando se desculpar com um homem que deveria ter uns quarenta e poucos anos.
— Eu já disse o que eu quero! — bradou o mais velho, irritado com as desculpas da jovem.
As pessoas em volta começarão a observar a discussão que o senhor cismava em ter com a jovem. Automaticamente, Gerad se levantou de seu lugar e foi até os dois.
— O senhor pediu filé mignon acompanhado por batatas assadas!
Antes que Gerad chegasse mais perto, um rapaz — também garçom —, se aproximou da menina, pedindo para resolver logo a situação, pois estava atrapalhando a clientela. Magoada, por causar problemas, a menina tentou argumentar com o senhor.
— Então, o que o senhor deseja comer? — pediu docemente.
A voz da garota soou como notas musicais para o ouvido de Gerad.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.