태형: “Hey! Tem uma festa hoje à noite, um amigo meu vai ser o DJ e eu tenho uns ingressos comigo, quer ir junto?”
Jungkook estava meio sonolento ainda quando viu a mensagem, era pouco mais de seis horas da tarde e acabou pegando no sono logo após do almoço, acordando minutos antes de receber a mensagem de Taehyung o convidando para uma festa.
Fazia eras que não ia a nenhuma festa do tipo, com DJ, bebidas e tudo o mais, então mesmo que não fosse lá seu lugar favorito no mundo, ficou animado para ir. É óbvio, porém, que a resposta não dependia apenas de si.
Após visualizar a mensagem, logo discou o número de Yoongi.
“Nee?” O de fios verdes atendeu com uma voz sonolenta também. Era sábado, então com certeza ele estava largado no sofá de casa, em seu vigésimo sono.
“Hyung?”
“Que foi?”
Jungkook tinha um sorriso animado nos lábios. “Vamos a uma festa hoje?”
“Que festa?”
“O Taehyung me convidou para uma festa, ele tem convites aí eu estou te chamando para ir junto.”
O tempo que Yoongi demorou para responder foi o suficiente para o moreno cair na real do que estava acontecendo.
“Não, valeu.”
“Ya! Eu sei que você não gosta dele e do Hoseok... Mas a gente nem precisa ficar perto deles, entramos e depois falamos que nos perdemos deles ou sei lá. Sério, hyung! Vamos!”
Mais uma demora dramática.
“Eu até iria, mas um casal de tios meus vai vir jantar aqui hoje, e você sabe como é, tenho que deixar meu corpo presente na sala.”
Ambos riram, pois sabiam como era a mãe de Yoongi com questão a convidar pessoas para jantar em casa. Ela sempre fazia questão de mostrar que tinha uma família do tipo margarina, mesmo que não fosse bem assim.
“Uh... Tudo bem... Eu vou, então qualquer coisa se você quiser aparecer por lá depois, me liga que eu dou um jeito, ok?”
“Beleza! Valeu o convite, boa festa hoje e nem pense em ficar bêbado e me ligar de madrugada de cinco em cinco minutos, eu juro que quebro sua cara no meio próxima vez que te ver.”
“Shhhh! Tchau!”
Jungkook assim que desligou, começou a rir sozinho.
Lembrava-se bem do dia, quando saiu após a aula, ainda no ensino médio para beber com alguns colegas de classe e ficou simplesmente bêbado, do tipo que nem conseguia andar direito. De alguma forma conseguiu ligar para Yoongi e o fazia de meia em meia hora, cantando músicas tristes, tentando falar inglês ou fazer rap. Pelo menos isso que foi contado depois, porque o moreno mesmo não se lembrava do que tinha feito, só da dor de cabeça e vômitos no dia seguinte.
정국: “Eu vou sim! Onde vai ser? E que horas?”
태형: “Me passa seu endereço que a gente passa aí para te pegar, umas onze horas!”
O rapaz passou seu endereço por mensagem para o amigo e então voltou a dormir mais um pouco, queria estar bem acordado para aproveitar a madrugada fora.
Era mais ou menos nove horas da noite quando acordou novamente e colocou-se a se arrumar. Perdeu a conta de quanto tempo ficou dentro do chuveiro, mas só escutou sua irmã mais nova batendo na porta, mandando-o parar de se masturbar porque ela queria tomar banho também.
Jungkook apenas gritou de volta mandando ela calar a boca e continuou lá dentro. Tomou algum tempo para secar os cabelos, arrumá-los com um pouco de pomada para que não ficassem tão lisos e escorridos, além de passar sua colônia.
Assim que saiu do banheiro, a irmã estava parada do lado, com as chamas do inferno ardendo em seus olhos. “Vai cair a mão.” Foi tudo o que ela disse antes de adentrar o cômodo e bater a porta.
Tinha certeza de que nem em seus piores anos de adolescência foi tão chato assim.
Para escolher a roupa, sentou-se na cama, ainda com a toalha enrolada na cintura e olhava todas as opções penduradas nas duas araras quais eram seu guarda roupas. Provava algumas camisetas, mas nenhuma parecia legal o suficiente.
Até que, por fim, vestiu uma calça jeans preta e uma camisa xadrez azul marinho. Embora tentasse, nunca conseguia se livrar das camisas xadrez, eram seu vício.
O jovem enviou uma mensagem a Taehyung, informando que já estava pronto e se jogou na cama mais uma vez. Agora trocava mensagens com Yoongi, que dizia o quão chato aquilo estava e que se durasse mais uma hora iria se enforcar com a cortina da sala. Simplesmente porque a tia tinha acabado de voltar de uma viagem internacional e parecia ostentar tal coisa e contar tudo o que aconteceu com ela. A mãe parecia animada, mas Yoongi e o pai se entreolhavam diversas vezes, quase como se lessem o pensamento um do outro e soubessem que estariam bem mais felizes trancados dentro de seus quartos.
Jungkook ficou entretido com o amigo até que escutou a buzina na frente de casa. Juntou celular e carteira dentro dos bolsos e correu ao quarto de seus pais, só então avisando que saía. O pai começou a reclamar, dizendo que tinha saudades da época em que o filho ainda pedia permissão para sair, mas a mãe simplesmente o desejou uma boa festa e que tivesse juízo e não voltasse com ninguém bêbado dirigindo.
Entrando no carro, reconheceu Taehyung, Hoseok, porem tinham mais duas pessoas novas, quais foram apresentadas a si como Jimin e Namjoon. Logo lhe foi entregue uma garrafa de cerveja, até porque todos ali dentro já pareciam alterados e mais animados que deveriam.
Ao chegarem na boate em Gangnam, um dos bairros mais badalados da capital, parecia que Taehyung realmente conhecia o DJ e tinha ingressos VIP, pois nenhum dos rapazes precisaram ficar na fila para entrar.
O lugar ainda não estava cheio, então aproveitaram para pegar algumas bebidas no bar e conversar um pouco. Embora todos interagissem bastante, Jungkook teve mais facilidade de conversar com Jimin, que estava ao seu lado. O rapaz era bastante divertido e brincalhão, sempre rindo.
Conforme mais pessoas começavam a chegar e a música a aumentar, acabaram indo para a pista de dança.
Jungkook já estava em sua quinta garrafa de cerveja e não eram nem três horas da manhã. Ainda olhava o celular algumas vezes com esperança que Yoongi dissesse que estava indo, mas esqueceu completamente do amigo após algum tempo.
O rapaz dançava conforme a batida da música, deixando-a tomar conta de todo seu corpo, sem se importar em quem estivesse olhando.
Até porque, algumas pessoas olhavam sim.
Ou pelo menos uma em especial, que o fazia com olhos felinos e sorriso canteiro.
Taehyung e Hoseok dançavam ao seu lado, ambos bastante entretidos um com o outro, trocando alguns sorrisos, beijos, palavras. Jungkook pouco se importava, na verdade gostava de ver que o amigo estava feliz com o namoro, mas notou quando Jimin aproximou-se mais de si, mais que o necessário, na verdade.
“O Seokkie disse que você tem namorado, é verdade?” O de fios ruivos perguntou contra a audição alheia.
Jungkook estranhou ouvir aquilo e apenas riu, respondendo da mesma forma, aproximando-se mais do outro. “Namorado? Não! Por quê?”
Assim que escutou isso, Jimin já praticamente mudou sua postura, colocando-se a frente do moreno para que pudessem conversar melhor. Segurava sua cerveja ainda e a mão livre foi até a cintura do rapaz. “Que bom... Seria muito desperdício.”
O maior não teve nem chances de responder, Jimin passou a roçar seu nariz contra o alheio, esbarrando muito de leve os lábios nos de Jungkook, como se quisesse, por enquanto, apenas testar a reação dele conforme seus corpos balançavam no ritmo da música forte.
Jungkook com certeza não soube o que fazer. Ficou um tanto petrificado quando sentiu o outro tão colado em si e tão assertivo. Afinal, seus lábios se tocavam e os olhares se encontravam algumas vezes. Jimin passava total luxúria, não escondendo o sorriso repuxado.
Porém... Ele tinha um perfume tão bom...
E era bonito também. Demais.
Com certeza o moreno tinha bebido bem mais que o saudável, pois sua mão envolveu o quadril alheio com certa firmeza. Isso, claro, foi o sinal verde para que Jimin finalmente atacasse os lábios volumosos do rapaz.
Beijavam-se como se ninguém mais pudesse vê-los, como se ninguém mais existisse, na verdade.
A mão de Jungkook se enchia com a nádega do menor, que era bem maior do que aparentava e Jimin repuxava a camisa alheia, como se quisesse que tivessem ainda mais proximidade, o que era impossível pois estavam quase virando um só no meio daquelas pessoas.
Em alguns minutos, os dois rapazes já estavam nos fundos da boate, onde alguns sofás estavam ocupados por grupos de amigos que bebiam e as costas de Jimin ficavam contra a parede escura enquanto deleitava-se dos lábios daquele moreno.
Jungkook estava meio que no automático, não parecia pensar muito no que fazia, apenas aproveitava daquele momento. Seus lábios percorriam os opostos, seu maxilar, orelha, pescoço... Tomou um bom tempo no pescoço de Jimin, sorrindo ao ver algumas marcas que ficaram ali assim que se afastou.
O rapaz, porém, devolveu na mesma moeda, aproveitando o fato de Jungkook ser mais pálido que si, então era ainda mais fácil marca-lo, porém preferia seus lábios. Fazia tempo que não encontrava algum cara que beijava tão bem e que não reclamava de suas mordidas. Afinal, Jimin adorava morder e repuxar o lábio inferior do outro entre as pequenas pausas dos beijos.
Ficaram algum tempo ali, um bom tempo, na verdade. Roçavam-se um tanto um no outro, Jimin tinha uma de suas pernas entre as do maior e gostava de sentir como ele acabava forçando-se em si alguns momentos.
Antes das cinco horas, porém, Jungkook sentiu um pequeno apertão em seu ombro, o que o fez virar no mesmo instante.
Taehyung tinha um sorriso divertido na cara, mesmo que parecesse um tanto envergonhado também.
“E aí?... Desculpa incomodar e tal, mas nossa carona está indo já, vocês vão também, vão ficar aí?”
Apesar de tudo, de estar aproveitando ali e de realmente querer continuar, Jungkook sentia que seu estômago não estava muito bem, além de, quando se virou rápido demais para falar com Taehyung, ficou um pouco tonto. Estava, visivelmente, trêbado.
“A gente vai sim!” Jimin tomou a dianteira, já puxando Jungkook pela mão, seguindo então os três rapazes que iam na frente.
Quando entraram no carro, Jimin parecia não querer desgrudar do moreno, fazendo até mesmo com que Hoseok sentasse no banco da frente ao lado de Namjoon por não cabe-lo atrás com seu namorado.
O jovem de fios ruivos parecia falar algumas coisas mais próximas da audição daquele com quem se agarrava até agora a pouco, mas ao olhá-lo de fato... Jungkook estava com a testa encostada no vidro do carro, dormindo. Ou pelo menos parecia dormir.
Pelo jeito o plano de que o rapaz dormisse na sua casa não daria muito certo, já que ele não falou nada quando começaram a seguir para seu bairro.
Assim que chegaram na casa de Jungkook, se despediram dele porém o rapaz continuou lá dentro, sem nenhum sinal de vida.
“Taehyung, ajuda o menino, você que é amigo dele.” Namjoon disse em um tom divertido mas também irritado, já que tinha medo de que ele acabasse vomitando dentro de seu carro ou qualquer coisa do tipo.
Taehyung, a contra gosto, abriu a porta de Jungkook e o cutucou algumas vezes, até que ele acordasse. Embora consciente, ele não parecia ter nenhum controle de seu corpo e em meio a risos seu amigo o ajudava a seguir até a porta de casa. Caçou as chaves no bolso da calça dele e abriu a porta, tentando fazer o maior silêncio possível para não acordar ninguém.
Jungkook tropeçava em cada degrau da escada e Taehyung já estava quase o largando deitado ali mesmo, mas era um ótimo amigo então continuou praticamente arrastando o menino para cima. Dali, Jungkook mesmo já seguiu até seu quarto e desabou em sua cama, reclamando que tudo virava.
Indo até ele, para verificar uma vez se tudo estava certo, não conseguiu segurar muito o riso ao notar o estado do lábio inferior do moreno. Estava completamente inchado e machucado, como se uma abelha o tivesse ferroado bem ali. Sem contar os roxos em seu pescoço.
“A noite foi boa, hein?” O mais velho provocou, deixando dois leves tapas sobre o peitoral de Jungkook e então saiu. Deixou a porta destrancada mesmo e assim que entrou no carro novamente, Jimin já estava reclamando que não devia ter deixado ele beber tanto, porque nem conseguiu fazer nada demais e ia acabar voltando da balada sozinho.
Todos lá dentro apenas riam mas ao menos Taehyung passou o número do celular do garoto para seu amigo, desejando-o boa sorte pois ao que tudo indicava, Jungkook era hétero.
“Hétero? Passando a mão na minha bunda daquele jeito, hétero? Aham, com certeza.”
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