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História Call Me - New Rules


Escrita por: SnowPink

Notas do Autor


Eu realmente sinto muito pelo atraso tão grande para terminar a fic. Eu estivesse sem tempo e disposição, mas enfim terminei. Gostaria de avisar que embora a fic esteja terminada ainda faltam alguns capítulos bônus e talvez ate um lemon, quem sabe rsrsr

Capítulo 4 - New Rules


E novamente Junmyeon estava lá, este aguardava em frente ao restaurante como o habitual. Era quase impossível para o Kim mais velho esconder seu nervosismo, não queria o ver, não depois de tudo que havia dito e feito. Ainda culpava-se pelo modo como havia agido com o mais novo, suas breves palavras ecoavam por sua mente lembrando-o de seus erros.

 

-Tenho que admirar tua persistência, não achei que viria aqui novamente, não depois de tudo aquilo.

 

-Me desculpe, mas a senhora acabou por me contar o horário em que tu normalmente chegas e, eu não pude evitar vir... Acho que eu naturalmente me preocupo contigo.  -Junmyeon analisava atentamente com os olhos os machucados, agora, já não tão visíveis.  -Estou feliz que teus machucados estejam melhores. Sabe, não há necessidade de mentir, não para mim. Conheço-te desde a escola e percebo que não mudou em nada, continua com as mesmas desculpas.

 

-O quê? 

 

-Continua a mentir, como quando se machucou por minha causa na época da escola. Tu prometeste-me que não estava mentindo, mas na verdade estava apenas escondendo a cicatriz atrás do teu cabelo. E agora, teu namorado é abusivo e tu finges que está tudo bem, quando na verdade não está. Como consegue continuar sorrindo, quando deveria ser impossível. É lamentável, Minseok. É lamentável com tu diz compreender tua situação, quando tu és o único que não entende realmente o quão prejudicado tu estas. E o mais lamentável é como me sinto inútil em meio a tudo isso, doí-me te ver sofrer. Tudo o que eu mais quero é que confie um pouco em mim, por que só assim eu poderei te ajudar...

 

E em poucos passos Junmyeon já estava perto o bastante para perceber os olhos lacrimejados deste, este que se recusava a chorar, porque em sua percepção estaria assim mostrando o quão fraco era. Fraco por aceitar a situação em que estava fraco por não se manifestar, mas como poderia quando a situação em si era sua culpa. Ou pelo menos era o que pensava.

 

-Fique quieto! Tu és o único que não entende Junmyeon. Portanto, não aja como se entendesse. Tu nunca estiveste lá, não aponte como se ele fosse o vilão, não quando o único errado nisto sou eu. Eu não quero pensar em mim com alguém lamentável. É por isto que não vejo minha situação da maneira com tu enxerga. Eu não choro, não dependo de ninguém a não ser ele, eu simplesmente sorrio, isso é o suficiente para mim. Enquanto ele estiver comigo eu posso suportar tudo isso, porque eu preciso dele. Mas ainda assim, Junmyeon tu é o único que faz sentir-me uma pessoa patética. Tu és o único que me machuca. Então por favor, pare, não destruía minhas mentiras com tuas verdades dolorosas. 

 

As lagrimas silenciosas de Minseok escorriam de forma lenta por suas bochechas rubras, era vergonhoso, mas não poderia evitar, não quando suas feridas internas eram abertas. Junmyeon o desestabilizava, tirava-o de sua zona de conforto, trazia-o para a realidade, esta que era tão cruel quanto. O mais jovem continuava a falar, mas já não conseguia o escutar. Seus passos eram apressados em direção ao restaurante, deixando para trais o castanho.  Minseok já estava farto de tudo aquilo, era cansativo demais para continuar.

 

❆❅

 

Passaram-se alguns dias desde o incidente enfrente ao restaurante, Suho já não parecia mais por lá. As coisas estavam calmas, por mais que negasse, sentia falta do furacão que era sua vida com Junmyeon por perto. Distraído em meio aos seus pensamentos mal percebeu quando o copo que segurava quebrava no chão, notou apenas quando o barulho se fez presente. Era de Luhan, e este sabia o quão apegado a suas coisas o namorado era, mesmo que fosse apenas um copo. O casal de idosos donos do restaurante comentava constantemente a falta que Junmyeon fazia ao estabelecimento, mas pelo menos estes não perguntavam ao loiro sobre o rapaz. O jovem Kim não saberia nem o que eu responder caso o fizessem. 

 

Repetia quase como um mantra que não deveria ligar para este, não iriam mais se encontrar e, era assim que deveria ser. Mesmo que seus pensamentos fossem preenchidos apenas com imagens, sons e trejeitos do mais novo, não iria lhe procurar. E sem ao menos perceber o nome deste saía de sua boca pronunciado como uma doce musica, algo natural.

 

-Junmyeon...

 

Chamou por este como se segredasse ao vento, chamou com necessidade e, principalmente com saudade. Era inevitável não pensar no sorriso bonito desde e na forma calma como o mais novo pronunciava seu nome. Tão encantador e ao mesmo tempo tão destrutivo.

 

-Quem é? -Luhan mantinha uma expressão confusa, enquanto olhava para Minseok, este que não sabia ao menos como responder. Mesmo que não estivesse fazendo nada, sentia como se acabasse de cometer a pior das traições. 

 

-Apenas um amigo do ensino médio. 

 

Os pequenos estilhaços do copo ainda estavam no chão, Luhan os olhava mantendo-se serio. Para então pronunciar-se.

 

-Tu deixaste cair meu copo. –Este diz serio puxando o pequeno corpo pela gola da camisa para assim aproximar-se. 

 

-Desculpe-me, escorregou de minhas mãos, não estava prestando atenção.

 

-Minseok quero que pare de vir aqui...

 

-Huh? Quero dizer por quê? Por que tão de repente?

 

-Não podemos continuar, tu sabes. Não podemos voltar...

 

-O que você quer dizer? - Suas falas eram interrompidas por soluços, procurava entender o motivo para tal ação de seu namorado.

 

-Não podemos voltar a ser como éramos no colégio. -Este hesita, seus finos e bonitos dígitos traçam leves carinhos pelas bochechas de seu amado. - Minseok, eu te conheço, talvez eu possa não me conhecer mais, mas tu sim. Já não nos amamos mais, estes olhos apaixonados já não são mais para mim. E como poderiam ser, quando mantemos tudo isto apenas por ser cómodo? Ou você está realmente esperando que eu volte a agir da forma como era antes?

 

 Minseok estava paralisado, a risada de Luhan preenchia o cômodo. Este ria em escarnio, enquanto suas lagrimas faziam-se presentes. 

 

-Você está errado...

 

-Isso é impossível. Minseok, por favor, eu não quero que fique mais horrível do que já está, eu sei que é terrível, mas se continuar assim, eu sei que eu vou fazer algo ainda pior. Logo, não vou ser capaz de me controlar. Eu só... Ajude-me...

 

-Eu entendo.

 

-Meu Baozi, obrigado por tudo. - Luhan mantinha-se chorando sobre o chão da cozinha e tudo que Minseok poderia fazer era questionar-se sobre como acabaram assim. Sobre como haviam transformado aquele sentimento, uma vez tão puro, em algo tão permisto, tão impuro e desgastado. De fato agora pode compreender e ter plena consciência de sua situação, sem omitir ou fugir. Enfim podo ponderar tudo e pensar sobre Luhan e seu relacionamento, desta vez sem filtros. Refletir sobre a forma como seu namorado o tratava, sobre Junmyeon. Talvez este fosse o começo para sua libertação.

Enquanto de modo falho tentava chamar por seu amante recebia deste apenas soluço e pedidos para que o deixa-se sozinho, e assim o fez, deixando para traz seu amante de longa data escorado a parede derramando suas lamentações junto de suas lagrimas e demônios. As lagrimas de Minseok teimavam em molhar suas fartas bochechas, e estas ao tocar a tez pálida ardiam, mas isto sem duvida não doía tanto quanto o coração despedaçado deste. Doía ver finalmente a verdade, doía, mesmo que fosse o certo ainda machucava. Esta era sua tortuosa verdade e este possuía plena consciência disto. No final das contas foi Junmyeon o único a enxergar seu verdadeiro eu, seu “eu” já tão quebrado que em meio a sorrisos pedia por ajuda.

 

❆❅

 

Deveria esquecê-lo, seguir suas novas regras, não atender seus telefonemas, não deixar que este entrasse em sua vida e principalmente, não tornar-se amigo deste e enfim terminar. Esquecer que um dia o amou e apagar de sua vida os rastros de um coração partido e enfim libertar-se, pois Minseok sabia que acima de qualquer um ele merecia ser feliz, merecia ter sua saúde mental de volta. Mesmo que levasse tempo iria empenhar-se para esquecê-lo, afinal Minseok valia mais do que qualquer amor. E em meio aos seus devaneios este se encontrou esperando novamente por uma mensagem, esta que talvez nunca viesse. Segurando seu celular inutilmente esperava. Afinal ele disse que ligaria.

Estava apenas agarrando-se a uma promessa que talvez nunca fosse comprida, e sabia disto.

Estava com medo, medo de seus sentimentos ambíguos, estava com medo de Junmyeon e do que ele poderia fazer em sua vida, caso entrasse nela. Mas em meio a tudo isto ainda buscava pelos braços deste para lhe trazer conforto.

E no final Minseok foi o único a lhe dizer para não interferir.

Continuava sendo o único a fugir.

E por Deus, como queria vê-lo.

Como gostaria de lhe dizer tudo aquilo que reprimiu por achar errado, como gostaria de pedir desculpas por aquilo que uma vez fora dito. Como gostaria de vê-lo.

Mas ao invés de corres atrás deste continuava, continuava parado não fazendo nada para que algo acontecesse. Apenas continuava a ser estupido, sentindo pena de si mesmo.

Como só gostaria de esquecer...

 “não se esqueça de levar um guarda-chuva...”.

Esquecer-se de seu passado, tão presente, esquecer-se de que precisava de Junmyeon agora e que já não poderia esperar mais.

“Há chances de que chova esta tarde...”.

 

❆❅

 

E mais uma vez Minseok encontrava-se em frente ao dormitório do mais novo, desta vez encostado ao muro tendo seu corpo molhado por inteiro por conta da chuva.

– O quê estas fazendo aqui, Minseok? –A voz suave deste fez com que o corpo do mais velho estremecesse por inteiro, questionava-se sobre o que deveria dizer a ele, pode perceber que se encontravam igualmente molhados. -Então, onde está teu guarda-chuva? –perguntou, enquanto observava ao mais velho dos pês a cabeça.  -Você e seu namorado se separaram?

-Tantas perguntas... Mas sim, nos separamos.

-Eu soube. –Junmyeon pronunciou suas palavras de forma calma respirando fundo antes de voltar a falar. –Desde que nos conhecemos, eu não tenho agido como “eu” mesmo. Eu realmente não ligo se ninguém se importa comigo, porque eu nunca estive realmente interessado em alguém para me importar com isto. Mas tu eras o único que se importou, e espero que continue, porque tu sempre foste e serás diferente, aos meus olhos. E eu quis saber tudo sobre ti, eu queria saber mais sobre ti do que qualquer pessoa. Perdoe-me por ser tão vaidoso, eu realmente sinto muito por não perceber antes que estava te machucando. Eu só não conseguia enxergar antes o quanto eu te amo. E se você deixar eu não vou abandonar-te, mas por enquanto vou te dar teu tempo.

Vê-lo, escutar de suas doces palavras mantendo-se quieto, doía demais para o jovem Kim, este não podia fazer isto consigo mesmo, desperdiçar novamente suas chances de ser feliz. E sem pensar duas vezes o puxou, puxou este em sua direção colando seus corpos enfim.

-Junmyeon seu estupido, como ousa dizer que me ama e me deixar assim, como se não fosse nada, tu nunca me ligou, nem sequer uma vez.

-Estive confuso, mesmo que isto não justifique. Isto realmente importa agora?

-Tu realmente queres saber, certo? Então vou te dizer algo sobre mim mesmo. Tu dizes em voz alta ás coisas que me fazer refletir sobre algo do qual eu tenho medo. Tu percebeste, foi o único que realmente percebeu. Em momento algum tu precisou saber mais sobre mim, porque tu já sabias. Sabias tanto que me assusta, pois nem eu me conheço tão bem. Então como ainda tem coragem de perguntar o quanto importa?

-Eu sinto muito.

-Eu te amo Junmyeon, e pela primeira vez eu não me questiono o quão certo isto pode ser. Então não pergunte se isto é realmente importante, porque é. Estamos juntos agora, então, por favor, não me deixe novamente, não desista de mim.

Com seus corpos já tão próximos Junmyeon apenas teve de aproximar seus lábios dos de Minseok para assim os selar, com suas mãos tremulas este segura à cintura fina do mais velho. E tudo que Minseok pode sentir fora conforto, não medo, desconfiança ou temor.

-Estamos namorando agora?

-Por agora não se preocupe com isto. –Diz mantendo um sorriso largo em sua face, enquanto trata de secar suas lagrimas que teimam em cair, desta vez em felicidade. Sou seus lábios aos de seu amante em um beijo com volúpia. Então pode sentir a liberdade, esta que era proporcionada por Junmyeon. E então estes se amaram sobre os lençóis de Junmyeon, e desta vez sem preocupações, apenas os dois, finalmente juntos.

Já não precisava mais de um motivo para vê-lo. Não precisava mais de um celular inútil. Mesmo que ainda estivesse com medo, se agora estivesse ao lado de Junmyeon poderia superar isto, junto de seu passado.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, eu sinceramente sinto muito se a espera não valeu tanto a pena, mas enfim aceito carinhos e xingamentos no pv. objs nenés e ate a próxima.


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