O desespero se fazia naquele momento rasgando sua alma como navalhas a lhe fazer sangrar gota a gota toda a dor que sentia em ver seu amado quase morto em seus braços. Se ele já não estivesse morto. Aquela ideia retumbava em sua mente em uma constante dolorosa. Lembrava-se de a pouco tempo atrás ter brigado com Milo por causa daquilo, do medo de perde-lo.
-Vamos Milo, eu não vou perder você!
Shun já havia arrancado a armadura do corpo do Escorpião, afastando Camus, e fazia massagem cardíaca em Milo incessantemente. Camus era amparado por Ikki e ficava com os olhos cheios de lágrimas vendo a cena do oriental tentando reanimar o marido em desespero.
- Milo, não morre... Por Athena, Milo eu não vou querer viver sem você...
Camus chorava desesperado e Shun continuava com a massagem cardíaca por um bom tempo. A cena era terrível de se ver. Milo estava realmente bem machucado pelo desmoronamento e estilhaço das bombas, Shun tentava praticamente fazer um milagre ali.
- Anda Milo, eu não quero ter de contar para o meu genro que o pai dele morreu nas minhas mãos. Vai escorpião terrível, volta! Você tem um marido e filho para cuidar! – Ele massageava desesperado. – Quem vai encobrir as traquinagens do seu neto!
Dizia aquilo, angustiado, em mais um movimento forte contra o peito do grego e ao conferir mais uma vez a pulsação do mesmo, respirou aliviado. Fez sinal rápido para que trouxessem a maca e o levassem dali.
- Anda, ele voltou, vamos leva-lo para o hospital, rápido!
Um grupo se aproximava e colocava Milo no soro e o preparava para o transporte enquanto Shun calçava um novo par de luvas e dava ordens a um outro médico do grupo de resgate. As coisas seguiam rápido e era desesperador ver a situação. Dava ordens rapidamente assumindo a liderança total do grupo.
- Mantenham o atendimento e socorro inicialmente aqui e mandem os mais graves direto para o hospital do Santuário assim que estabilizados. Ikki assuma o resgate e mande pedir reforços.
- Shun, o Milo... – Camus dizia já desesperado com o roto transfigurado em dor e angustia. Os que estavam ao redor jamais haviam imaginado que o sempre frio Cavaleiro de Aquário, poderia se desmoronar daquela forma.
- Só vou ter certeza quando chegarmos ao hospital, Camus. Vamos, em nada adianta você continuar com a missão nesse estado, vem com a gen...
- Doutor estamos perdendo o paciente novamente.
Shun revirava os olhos correndo novamente e reiniciando todo o processo para salvar a vida de Milo. Todos entraram na ambulância que acabara de chegar, o mais rápido possível enquanto o oriental tentava recuperar a pulsação de seu teimoso paciente. Camus partiu para o hospital e percebeu Shun conseguir trazer seu amado a vida mais uma vez no caminho. O destino deles não era muito distante dali. Em prantos Camus seguiu ao lado da maca de seu amado pelos longos corredores e se sentiu angustiado ao ser impedido de seguir com ele assim que cruzaram as portas da emergência. Uma enfermeira o encaminhou para a sala de espera, dizendo que assim que possível traria notícias de seu companheiro.
Camus caiu sentado em uma poltrona afundando as mãos no rosto e chorando tudo o que não chorou durante toda a sua vida. Guardar seus sentimentos, esconder suas emoções, fora algo em que foi tão hábil, mas para que? Para quando ele desabasse, parecer que as geleiras da Sibéria haviam desmoronado sobre seu peito. Já havia se passado muito tempo que estava ali e a ausência de notícias o estava matando quando, de cabeça baixa, ele sentiu uma mão carinhosamente lhe tocar os longos cabelos lhe chamando atenção.
-Mestre, eu trouxe uma muda de roupa limpa para o senhor – Camus erguia o olhar e Hyoga notou a dor que o mesmo transmitia. Os olhos de seu mestre estavam ainda mais vermelhos devido ao choro e olheiras já marcavam a pele alva. – E a Helena mandou algo para o senhor comer. É melhor tirar a armadura e ficar mais confortável para esperar notícias do Milo.
- Eu vou perder meu esposo... o meu companheiro... – ele dizia cheio de dor – Eu sempre soube, mas nunca quis acreditar. Era por isso que eu brigava tanto com ele para se aposentar. Dessa vez sou eu quem vou perder o meu amor e eu vou perder para sempre, Hyoga! – O loiro não resistiu abraçando com força seu mestre, que chorava copiosamente em seu ombro.
- Não diga isso Mestre Camus! – Hyoga passava a mão nos cabelos do ruivo tentando consola-lo. Imaginava a dor que ele estava sentindo, sentiria a mesma se fosse com Helena.
- Me chame de pai, por favor. – Pedi com necessidade de sentir aquele carinho. - Eu sei que nunca deixei você fazer isso, desde que era só uma criança, mas eu preciso, preciso do carinho dos meus filhos agora e eu te amo como um.
- Eu sei, eu estou aqui, sempre vou estar aqui pai! O Milo não vai morrer, confie em mim. – Se compadecia ainda mais da dor de seu mestre.- Por Athena, pelo Deus de minha mãe, o Milo não vai morrer pai, não vai! Vocês dois ainda vão rir disso tudo e você dar belas broncas naquele Escorpião teimoso. Agora me mostre o Camus forte que eu conheço, o Milo vai precisar dele quando acordar!
*******
Algum tempo antes...
Naomi sentiu braços envolverem sua cintura e sorriu com isso, recostando a cabeça no peito largo do namorado e aspirando o perfume gostoso de rosas que ele sempre exalava. Louis beijou carinhosamente o topo da cabeça da loira e pegou sua mão a puxando para dentro da Casa de Peixes.
- Vem comigo.
Ele foi seguindo pelos corredores até chegar a uma porta secreta, que dava em um jardim a céu aberto, era como um oásis no meio da construção da Decima Segunda Casa. La, uma bela toalha estava estendida sobrea grama verdinha e um lanche cuidadosamente colocado para os dois. Louis fez com que Naomi se sentasse e ela sorriu, olhando ao seu redor e observando as roseiras das mais variadas cores que cresciam embelezando ainda mais o cenário, tornando aquele lugar deliciosamente magico.
- Eu vivi por anos nessa casa, como nunca soube desse lugar?
- Porque ele muda a cada novo Cavaleiro a ocupar o posto Sagrado de Peixes. Na época em que o Mestre, seu pai, era o Regente nessa Casa, o jardim deveria estar em outro local. Agora esse lugar é só meu, na verdade nosso. – Sorriu doce, passando a mão no rosto dela em uma caricia e lhe retirando a máscara revelando a belíssima, e invejável, face perfeita que era só para os olhos dele. – Te trouxe para cá para descansar um pouco.
- Onde está meu pai? – Ela perguntava se servindo de um sanduiche.
- Com Athena. Mestre Afrodite está ajudando a traçar estratégias para a situação, procurando uma solução. – Suspirou cansado – A que tudo indica, eles nos querem mesmo fora desses assuntos. Me mandaram ficar aqui, guardando a Casa de Peixes. Parece que nem mesmo como Cavaleiro, vão parar de me tratar como criança.
- Essa situação nos envolve diretamente, eles querem nos proteger, nos salvar... – Naomi suspirou cansada olhando as próprias mãos tensa. – Filhos de deuses... isso é loucura Louis.
- E eu não sei? Passei tantos anos da minha vida imaginando quem seria meu pai, não que os que eu tive não fossem perfeitos, mas sempre me perguntei quem me pôs nesse mundo. – Revirou os olhos –Caramba, eu sou filho de Eros, eu sou filho do deus que minha constelação representa! Você é filha de Zeus, o deus dos deuses, um dos três grandes! Isso é muita loucura!
- Semideuses Louis... isso é assustador. Meu otou-san sempre disse que eu tinha algo de especial e eu sempre achei que isso fosse apenas o carinho de um pai para um filho, mas agora... Ele sempre soube que existia algo de diferente. Ele escondeu isso de mim, me escondeu quem era minha mãe. – Naomi dizia com certo tom de mágoa.
- Não diga isso de seu pai, Naomi. – Louis tomava as mãos dela nas suas, as apertando com força – Seja lá como seu pai encarou essa situação, ele fez assim porque te ama. Como ele poderia te contar a verdade, por mais sábia e madura que seja para sua idade, você é tão volátil em sentimentos que simplesmente surtaria e falaria coisas horríveis para ele assim como falou. – Ela mordeu o lábio tensa desviando o olhar do dele, infelizmente ele tinha razão, ele sempre tinha. – E você foi realmente muito dura com o seu pai. Ele te ama seja lá o que ele ou sua mãe fizeram, foi para te proteger.
- Não quero falar disso agora! Só me abraça. – Ele a puxou para seus braços e ela recostou-se em seu amado que a apertou com carinho. – Eu to com medo Louis, as pessoas estão sofrendo. Aquelas loucas vão machucar muita gente por minha causa.
- Por nossa causa. Eu tenho tanta culpa nisso quanto você, meu amor. Mas nós estamos juntos. – Ele a virou para fitar seus olhos.- Eu prometo, seja lá o que acontecer, seja lá o que tenhamos que enfrentar, estaremos juntos! Vamos mandar toda essa família de sangue complicada para o inferno, mostraremos que nós somos donos de nossas vidas, que nós escolhemos a família que temos e que nos criou. – Sorriu e a beijou – e a que formaremos juntos.
- Juntos seremos fortes, Minha Rosa, eu prometo! Seremos um, venceremos isso, nos dois unidos em nosso amor. – Ela sorria para ele injetada de confiança de que venceriam o que estavam vivendo.
- Eu te amo Naomi! – Louis dizia isso aproximando lentamente o rosto do dela.
- Eu também te amo, mais do que tudo Louis, desde que nasci!
Os lábios dos dois, lentamente, se tocaram. Pouco a pouco o beijo mesmo ia se intensificando e os dois corpos se colavam em um abraço apertado sem apartar aqueles lábios. As mãos de Naomi apertavam com força a cintura do namorado e ela se sentava de frente para ele, sentindo as mãos do francês lhe percorrerem as costas em uma caricia gostosa. Logo, Naomi embrenhava seus dedos nas longas madeixas rubras, puxando o namorado para cessar o beijo e sorrindo falando rente a sua boca.
- Me faz esquecer esse inferno. Só por essa noite. – Sua voz saiu em um sussurro cheio de desejo e paixão por aquele jovem em seus braços.
- Todos os seus desejos são uma ordem, minha bela princesa.
Os dois voltaram a se beijar com intensidade e logo aquele momento de entrega começaria a acontecer de forma única e inesquecível, ardente e alheia a toda a guerra que acontecia do lado de fora. Ali eram só eles, era só o mundo deles e aquele momento. As mãos de Naomi desceram pelas costas de Louis e alcançaram a barra de sua camisa. Ela arranhou a pele clarinha ali, arrancando um gemido dele e devagar, foi puxando a camisa para cima revelando o peitoral de músculos bem definidos do rapaz. Ele não fazia o tipo franzino, tinha uma musculatura trabalhada por constantes exercícios, mas nada muito exagerado e Naomi explorou, tateando com prazer, todos aqueles músculos.
O belo pisciano, desceu seus beijos pelo pescoço da namorada, ascendendo nela ainda mais o desejo por continuar com aquilo, que nunca haviam feito anteriormente. Eram puramente instintos. Seus corpos ainda se moviam incertos e tímidos, mas pareciam serem feitos um para o outro e ligados em reconhecimento único de almas gêmeas. Vagarosamente, Louis foi deitando Naomi sobre o tecido que cobria o chão e explorando aos beijos cada milímetro da pele clara da menina, retirando suas peças de roupas vagarosa e deliciosamente lhe arrancando tímidos gemidos a cada caricia. A observou por um instante, sua mão passando carinhosamente pela coxa bem delineada dela, enquanto seus olhos se encontravam e ela sentia o peso do corpo, já desnudo, de seu amado sobre o seu.
- Tem certeza disso? É realmente o que você quer? Vou entender se sentir medo. É um passo bem grandioso na nossa relação – Ele dizia carinhoso e gentil para sua namorada, ele também sentia insegurança, mas se aquele fosse um desejo mutuo, daria vazão a tudo que desejava a amando com toda a sua força naquele momento.
- Tenho, eu sou sua, sempre fui. – Sorria de forma a doce. Estava tão nervosa quanto ele, mas com a eminencia de uma guerra, não queria mais adiar se entregar a seu amado. – Me faça sua completamente.
Ele sorriu e voltou a beija-la. Suas mãos exploravam o corpo da namorada com carinho, enquanto seus lábios provavam cada mínimo pedacinho do corpo da loira, assim como os dela ao dele. Pacientemente, e muito inexperiente, Louis seguia seus instintos para encontrar o momento adequado de finalmente tê-la completamente para si. E foi lenta e carinhosamente, que quando julgou sua amada pronta, que Louis começou a unir os corpos de ambos pela primeira vez.
As unhas de Naomi marcaram com força a pele claríssima das costas do ruivo ao sentir o incomodo inicial daquele instante, que logo se transmutava em uma sensação de prazer indescritível. Ele era seu e ela dele e ninguém, nenhuma guerra, nenhuma vontade divina, seria capaz de interromper aquilo. Para a jovem grega, Louis não era somente o neto da deusa do amor, ele era seu amor encarnado, era sua vida, seu mundo assim como ela era o dele. Os dois corpos se mantiveram naquela dança sincrônica e bela por algum tempo, eram jovens, vigorosos e os instantes de amor entre ambos refletiam isso.
Aquela entrega se deu como o verdadeiro momento mágico que era e ao chegar em seu momento maior, parecia que tudo ao redor deles não valia mais nada, apenas o que sentiam. Os lábios se afastaram e Naomi inclinou levemente a cabeça para traz, vertendo em sons aquele prazer que sentiu ali. Apertou o corpo de Louis contra o seu e o sentiu afundar o rosto na curva de seu pescoço totalmente ofegante gemendo abafado pelo prazer grandioso que o tomava.
O silêncio tomou conta do lugar nos próximos minutos, nada era preciso ser dito sobre aquele momento. Somente o retumbar do coração de ambos e a inebriante sensação de satisfação, eram suficientes. Vagarosamente, Louis jogou-se ao lado da amada a puxando para recostar a cabeça em seu peito, enquanto ambos recuperavam o folego. Mantinham-se assim por um tempo. O ruivo passou delicadamente a mão sobre o ombro de sua amada, bem acima de onde ficava a grande cicatriz resultante do encontro com a Harpia a anos atrás. Lembrou-se de quando a quase perdeu naquele dia. Sentia medo daquilo se repetir.
- Naomi, eu morreria se te perdesse. – Dizia convicto- Eu não vou permitir que a louca da minha avó e a deusa Hera façam mal a você.
- Eu também não vou permitir que elas façam nada que nos separem. – Suspirou cansada – vou lutar por você, por todos que eu amo.
- Nos iremos meu anjo, nós iremos lutar juntos. Sempre! É a nossa promessa.
Trocaram um longo e apaixonado beijo, antes de caírem no sono, exaustos, por aquele longo dia e os belos instantes vividos a pouco.
****
“Ataques a bomba isolados em toda a Grécia, tem deixado a população em estado de alerta. Autoridades ainda não confirmam a autoria desses atentados e afirmam que nenhum grupo terrorista tenha assumido os ataques. Nosso repórter...”
- Isso é um absurdo! – Hyoga dizia revoltado sem desgrudar os olhos do televisor da sala de espera do hospital. – Eu sempre acreditei que essa maldita guerra contra os deuses acabaria com a derrota de Hades, mas essas duas idiotas têm de fazer besteira e deixar a humanidade sofrendo mais uma vez. – Suspirou cansado ao observar seu mestre e então desligou a tv. – Acho melhor desligar, você não está com clima para noticiários Mestre.
- Eles não deram notícias até agora. – Camus já estava vestido em roupas civis, mais confortáveis, e a caixa com a sagrada armadura de Aquário ao lado da poltrona onde se sentava. Sua aparência era péssima e seu olhar desolador - Já tem mais de quatro horas e não dizem nada!
- Disseram que o Milo teve de entrar em cirurgia Mestre, o senhor ouviu a enfermeira. – Hyoga enchia um copo com água, o entregando a Camus que o tomava com mãos tremulas. – O Shun vai acompanhar todo o procedimento, ele já teria vindo se tivesse acontecido alguma coisa. Logo teremos notícias.
- Essa espera acaba comigo. – Ele se levantava movendo de um lado para o outro. Aquele lugar, aquela sala, já estava alguns graus mais fria devido a angustia de Camus que involuntariamente causava aquilo com seu cosmo inquieto. – E se ele tiver morrido?
- Não seja pessimista. Sequer parece meu Mestre agindo assim, se tivesse acontecido algo ruim já saberíamos.
Nesse momento os dois observaram Shun adentrar a sala, ainda vestido com o tom esverdeado das vestes apropriadas para quem acabou de sair de uma sala cirúrgica, e os cabelos bem presos para trás como ele só usava no hospital. Sua expressão era de cansaço e desolação total. Camus tomou a frente, após engolir em seco prevendo, mas notícias pela expressão do amigo medico, indo até o oriental e seus olhos apreciam saltar em desespero pela resposta que tanto aguardava.
- Shun, o Milo. Como esta meu Milo?
- Camus ele...- Shun procurava as palavras para explicar aquilo de forma a não assustar outro Dourado.
- Ele o que Shun? Não me diga que o Milo morreu? Anda Shun, fala! – Ele segurou o virginiano pelos braços, quase o sacudindo.
-Acalme-se Camus, o Milo está vivo! - Camus suspirou aliviado se jogando sentado em uma das poltronas e Shun puxou uma cadeira sentando logo à frente do amigo.
- Como ele está Shun? – Hyoga perguntava ficando de pé ao lado do seu Mestre, admirava a força que seu ex havia adquirido com a maturidade e sua aparecia ainda mais apaziguadora e tranquila sempre em momentos difíceis. O virginiano suspirou antes de começar a falar com aquela calma que era irritante para uma mente que estava tão perturbadoramente dolorida como a de Camus.
- Milo já havia sofrido um acidente durante a manhã, isso já o havia abalado fisicamente, eu nem sei porque Shaka o havia mandando naquela missão, mesmo eu tendo indicado que ele ficasse em repouso – Revirou os olhos cansado – Assim que os primeiros exames foram feitos, percebemos um traumatismo craniano devido a um dos destroços que atingiu a cabeça de Milo, e como ele estava sem elmo a tudo ficou ainda mais grave, principalmente por ele já ter sofrido um trauma anterior na mesma região. Ele passou por uma cirurgia complicada para estancarmos uma pequena hemorragia e recuperarmos a área afetada. - Camus ouvia tudo atento, apertando as mãos uma contra a outra segurando a angustia – Nós o perdemos mais uma vez durante a cirurgia e por um milagre ele sobreviveu.
- E como ele está agora Shun? Eu quero vê-lo.
- Logo eu darei autorização para que fique ao lado dele Camus. Mas ele precisa se estabilizar um pouco antes de o transferimos. – Suspirou – Não sabemos ainda se Milo terá alguma sequela por causa da cirurgia. Sequer sabemos se ele vai acordar da cirurgia! Eu sinto muito, ele está em coma e o neurologista que o atendeu acredita que só um milagre possa traze-lo de volta. Meu amigo, eu não queria dar notícias tão pessimistas, mas corre o risco e Milo nunca mais acordar, as próximas horas e como ele vai lutar pela vida é que vão nos dar respostas quanto a isso.
Aquilo atingiu a Camus como uma facada no coração. Seus olhos brilharam com as pesadas lagrimas que desceram do mesmo e o francês teve de ser amparado por Hyoga naquele momento. Se Milo nunca mais acordasse, ele mesmo não queria mais seguir em frente.
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