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História Calmaria - Capítulo Único


Escrita por: kattsalazar

Notas do Autor


Eu escrevi esta fanfic hoje numa espécie de surto e quando vi o projeto fictober resolvi adaptar para ele, tive que reduzir algumas coisas para não ultrapassar (mais) o limite de palavras, mas espero que não tenha ficado ficado corrido e confuso além do planejado sfshsjjk
Espero que gostem, vejo vocês nas notas finais <3

Capítulo 1 - Capítulo Único


Jinyoung era calmaria. Palavras doces em tom de voz suave, toques delicados cheios de devoção e beijos ternos capazes de fazer o coração de Mark agitar-se bruscamente e ser preenchido por brandura.

Quando estavam juntos sentia paz se apossar de cada célula do seu ser, sorria ao deitar perto dele, aproveitando o calor que os corpos próximos compartilhavam e sentir dedos longos passearem sem pressa por seus cabelos enquanto os lábios bem desenhados proferiram citações de livros, devaneios ou simplesmente cantarolavam uma música qualquer. 

— O que você faria em 20 segundos de coragem insana? — indagou num dia qualquer a um sonolento Mark deitado em seu colo. 

O silêncio preencheu o ambiente enquanto o americano pensava.

— Beijaria você. 

Jinyoung deu uma risada leve. 

— Você não precisa de coragem insana para fazer isso, nós somos namorados! — exclamou, vendo um sorriso adorável nascer nos lábios do companheiro ao terminar de pronunciar a última palavra. 

— Eu já faço tudo que desejo, no momento não preciso de coragem insana para nada. 

O coreano assentiu, desistindo daquele assunto para se inclinar sobre o namorado e juntar seus lábios de forma apaixonada. 

Meses depois Mark desejava que tivesse tido 20 segundos de coragem insana para impedir Jinyoung de entrar naquele avião ou ao menos para ignorar que estavam em público e beijá-lo ternamente pela última vez. 

— Vou sentir sua falta, eu ligo quando chegar. — foi a última frase que ouviu antes do mais novo se aproximar e envolvê-lo num abraço que mal conseguiu corresponder por sentir um incômodo estranho e crescente no peito.

Jinyoung não ligou e nunca mais ligaria, a realização de que o perdera para sempre atingiu a Mark como uma espécie de doença terminal, fazendo dor aguda invadir seu âmago, crescendo e se espalhando de forma desordenada, dando indícios de que pioraria até culminar sua existência. 

Por semanas se isolou totalmente, não se importava mais com obrigações ou necessidades, tudo tornara-se supérfluo e não conseguia encontrar sentido algum em sair da cama que antes partilhava com Jinyoung para fazer algo além de chorar e ser consumido por pesar, ansiava desesperadamente pelo fim de sua existência, julgava ser a única forma de culminar aquele sofrimento.

Mas uma pessoa se importava com a vida de Mark e estava disposta a fazer o que pudesse para ajudar. 

Jackson Wang era tempestade. Controlado puramente por emoções, instintos e impulsos causava reboliço aonde quer que fosse, agitando ânimos e impactando estruturas. Não pensou duas vezes antes de invadir o apartamento do americano e caminhar a passos firmes até o quarto para encontrá-lo encolhido na cama e puxá-lo pelos ombros, fitando os olhos tristes e assustados com preocupação. 

— Eu estou aqui agora. — foi tudo que disse antes de envolver o corpo esguio entre os braços. 

Ao sentir aquele abraço cálido Mark se perguntou como tempestade tão intensa podia ser tão reconfortante.

Os dias se arrastaram de forma dolorosa, Jackson permanecia todo o tempo ao lado de Mark, o americano era grato pelo cuidado e amor que recebia, eles de certo modo penetravam seu coração adormecido e incentivavam seus sentidos a lutarem para despertá-lo daquele estado de torpor em que estava, Wang conseguia trazer um pouco de bem-estar no meio do caos que se tornara, contudo, ainda assim não era capaz de despertar para findá-lo.

As gotas de chuva caiam excessivamente, o cabelo e as vestes de Tuan estavam encharcados, o corpo magro demais tremia, ameaçando ceder e cair a qualquer momento. O céu acinzentado impunha breu por toda a cidade, ocultando o sol do final da tarde e aquilo o deixava estranhamente confortável, há meses sua vida escurecera e a presença da estrela central do sistema solar o incomodava, ela trazia luz, era fonte primária de energia e regia a vida, mas Mark não queria viver, não era justo que recebesse aquela claridade exuberante.

— O que pensa que está fazendo? — estremeceu ao escutar a voz rouca e familiar retumbar como um trovão — Mark, por favor, sai daí. — completou num tom falsamente controlado, tentando esconder a aflição que sentia.

O mais velho não respondeu, eram amigos de longa data, tinham o hábito de cuidar um do outro e desde que Jinyoung partira isso se intensificou por parte de Wang, ele assumiu o papel de seu anjo protetor, mas Mark não queria mais ser protegido. 

— Por favor... — voltou a falar, inseguro. 

— Jinyoung gostava de chuva. — murmurou debilmente.

Mark se lembrava perfeitamente de passar dias chuvosos aconchegado com o coreano, o quarto inundado pelo cheiro de chá e o amante concentrado demais na leitura de algum livro grosso, aproveitando o som relaxante — Jinyoung dizia que era terapêutico — das gotas de chuva batendo contra o solo e a janela, aumentando a sensação agradável daquele momento de paz. 

Quando percebeu que a fina garoa começava a se intensificar Tuan não pôde barrar o impulso de correr até o terraço do prédio em que morava e subir no parapeito, sentindo melhor o vento e as gotas geladas contra sua pele, queria estar próximo de Jinyoung novamente. 

— Mark, sai daí. — pediu novamente, dessa vez o desespero era quase palpável — Eu sei que é difícil, mas vamos conversar.

O mais velho sorriu amargo. 

— Você não sabe, você nunca perdeu alguém que amava mais do que tudo na vida. 

Eu estou perdendo agora. 

Ao ouvir aquilo sentiu-se egoísta e seu coração foi atacado por dúvida e receio, a ideia de machucar o melhor amigo com sua decisão o atormentava, pensou em tentar continuar existindo apenas por ele, todavia por mais que quisesse não era capaz, não suportava mais.

Jackson era como tempestade, barulhento, impetuoso e marcante, assim como ela reverberava ao disparar descargas de energia que acertaram quem estivesse por perto. Era luminosidade e o americano não se achava merecedor de algo tão intenso e revigorante. Precisava reencontrar sua calmaria. 

— Me desculpa. — proferiu baixinho ao perceber que o amigo se aproximava cautelosamente, não tinha muito tempo para tomar sua decisão. — Eu amo você, Jacks. — disse ao sorrir e olhar para baixo. 

E antes que Jackson pudesse fazer algo ou que se seus receios falassem mais alto novamente Mark deixou que 20 segundos de coragem insana controlassem as suas ações.


Notas Finais


Não me matem asdfghjk eu deixei algumas partes um pouco ambíguas de propósito, mas espero que isso não tenha atrapalhado a leitura!
Eu não consigo mais sair da categoria de got7, ainda tenho muitos projetos e com certeza vou aparecer por aqui mais vezes, então se acostumem comigo aqui asdfghjk no mais se quiseram me xingar, bater um papo ou algo do tipo me chamem no twitter @junmyeollie


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