História Camp Half-Blood - Primeira Temporada - Capítulo Quatro - O Amor Está No Ar

Com aquela doce voz o chamando, Nero logo despertou de seu ciclo infinito de pensamentos, olhou sua amada e sorriu de leve, se aproximando da mesma e passando a mão em seu rosto, cujo a pele era lisa e branca.

- Acordou? – Perguntou, mesmo sabendo a resposta.

- Sim. – Respondeu ela com a voz levemente rouca por ter passado muito tempo desacordada, ela sorriu e puxou Nero para poder lhe beijar, o mesmo cedeu e abaixou lhe beijando, sentindo o gosto dos remédios que a garota havia tomado durante seus dias de cama.

Ela se sentou na cama e foi se recuperando aos poucos, depois de uns minutos conversando com Nero sobre oque tinha acontecido, ela suspirou mostrando um semblante de tristeza, ela e Nero saíram da enfermaria e foram para o refeitório, onde iriam ter sua primeira refeição do dia.

No refeitório, as vozes estavam altas, a maioria falando sobre a briga do novato com Zack e sobre Lola ter apanhado de Minerva.

- Briga? Ficou sabendo de alguma coisa, amor? – Perguntou Hannah, que olhava  para Nero.

- Não... – Respondeu Nero. – Meio que eu não sai da enfermaria nos últimos dias. – Ele completou sua frase, passando a mão e seus cabelos.

Hannah riu de leve, notando que seu namorado havia ficado cuidando dela nos últimos dias.

- Depois a gente se informa melhor, vamos comer primeiro. – Disse ela, que foi em direção à mesa de Hades e se sentou, pegando alguma coisa para comer.

Nero foi para mesa de Ares e pegou um porco inteiro para comer sozinho, ele não demorou muito comendo o porco inteiro, afinal, estava morrendo de fome.

Thomas entrou no refeitório e foi para a mesa de Phobos, olhando em volta, escutando aquelas vozes irritantes, conforme Thomas passava pelas mesas, as vozes iam se silenciando e as pessoas ficavam com medo do mesmo, o que era normal em seu dia-a-dia.

Antigamente as mesas eram separadas apenas pelos doze deuses, então quem era parente de um dos doze, mesmo sem ser filho, se sentava na mesa do mesmo. Mas depois de um tempo, os dozes foram sendo “rebaixados” pela quantidade de filhos de deuses menores que chegavam no acampamento, então tiveram que aumentar o refeitório, fazer novas mesas e novos chalés também.

Uma das regras do acampamento era que não podiam filhos de outros deuses sentarem nas mesas que não eram de seus pais, isso causava um tipo de conflito que muitos campistas não entendiam, alguns campistas veteranos não davam muita bola e sentavam nas mesas de outros deuses para conversar, mas isso por pouco tempo.

No acampamento acontecia muitos conflitos de filhos de tal deus com filhos de deuses inimigos, um exemplo disso era filhos de Atena com filhos de Poseidon, os filhos que eram leais aos mesmos, quase sempre brigavam entre si e causavam uma confusão. As vezes esses tipos de conflito aconteciam entre filhos de deuses que até não eram inimigos, mas seus filhos odiavam uns aos outros, coisas normais que acontecem até entre os que não eram filhos de deuses.

Em um canto do acampamento, Zack estava sentado em baixo de uma árvore, refletindo sobre  oque havia acontecido, o novato começou a incomoda-lo por ser filho de Apolo, mesmo não sabendo de quem o novato era filho, ele pode ter certeza que devia ser filho de alguém que não curtia muito a luz, por isso acabou acontecendo esse conflito. Mas Zack estava errado, como veterano devia ter feito algo mais sábio e não ter metido um soco na cara no novato.

Uma garota de cabelos brancos estava passando perto da floresta do acampamento, quando viu o garoto cujo tinha brigado a alguns dias, ela suspirou e passou reto por ele, mas parou assim que alguém a pegou pelo pulso. Josh, o novato acabara de pegar a veterana pelo pulso, a mesma o encarou como havia encarado muitos antes, estava sem entender aquela audácia toda vindo de um novato qualquer.

- Oque você quer? – Perguntou Amelía, que já estava se sentindo incomodada com aquilo.

- Você parece ser veterana aqui, pode me ajudar? – Ele respondeu com um sorriso nos lábios.

Amelía suspirou e afirmou com a cabeça, a mesma fez com ele soltasse seu pulso, mas o garoto colocou o braço em volta de seu pescoço e foi caminhando junto com Amelía, que passou a ignorar as ações do mesmo.

Zack observava os dois de longe, sem ao menos perceber seu rosto sério, o mesmo virou  a cara e viu Lolabelly caminhando em direção à praia, Zack decidiu ir até a garota, já que ela havia apanhado antes. Ele se levantou e correu em direção à Lola, que estava cabisbaixa, com seu livro em baixo do braço, assim que ela pisou na praia, Zack foi chegando de mansinho e assustou a garota, que gritou fino e começou a bater no mesmo com o livro.

- Ei, ei! Calma, gatinha, não queria te assustar assim! – Disse ele, rindo. – Mentira, na verdade queria sim. -  Continuou sorrindo.

- Idiota! – Lola bateu com o livro nele novamente, mas ela não resistiu e riu da situação. Ela pigarreou e disse:

- Então... oque quer? – Falou olhando ele.

- Nada de mais, apenas companhia. – Respondeu.

- Mas eu vou ler agora... – Falou ela, que já ia se sentando no chão.

- Hm... por mim tudo bem. – Assim que ela sentou, ele se deitou colocando a cabeça nas coxas nuas de Lola.

- ... – a garota não se manifestou e deixou ele deitar ali, afinal, não estava atrapalhando.

Zack ficou olhando seu rosto por um bom tempo, notou que o rosto da mesma não estava inchado, mesmo depois de ter levado uma bofetada na cara, ele achou melhor não tocar no assunto e fechou seus olhos para poder descansar um pouco.

Amelía estava no campo de morangos com Josh, o mesmo se abaixou para pegar um morango graúdo que havia entre tantos, assim que ele arrancou o morango, se levantou e ofereceu para Amelía, ela foi pegar o morango, mas Josh afastou de sua mão.

- Ah... – disse ele, para que Amelía abrisse a boca.

Amelía abriu a boca e ele colocou o morango para ela morder, assim que ela ficou segurando o morango na boca, ele aproveitou e mordeu rente aos seus lábios, deixando uma leve sensação de selinho nos lábios, o mesmo se virou para os morangos, comendo seu pedaço como se nada tivesse sido feito.

Enquanto isso, Amelía estava confusa sobre oque acabara de ter acontecido e assim caiu sua ficha ela deu um soco forte no braço de garoto, que ficou com o braço dolorido.

- Ai! Por que fez isso? – perguntou ele.

- Eu que te pergunto!, Por que você fez isso?! -  Respondeu Amelía, que não estava satisfeita apenas com um soco, queria bater mais ainda nele por ter lhe desrespeitado.

- Porque você é bonita. – Disse ele, mas o mesmo não sabia que os filhos de Quione tinham sentimentos frios.

Amelía bufou e saiu dali querendo quebrar alguma coisa, aquele tipo de pessoa a irritava muito e ela não estava sabendo lidar com a situação de forma em que ela ficasse com a razão até o final.