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História BTS: Camera Prive - Gi Ji Bae


Escrita por: knamjaworld

Capítulo 7 - Gi Ji Bae


Fanfic / Fanfiction BTS: Camera Prive - Gi Ji Bae

Jimin sentou-se em frente ao seu computador e apertou as teclas shift+ctrl+n no google chrome, abrindo o guia anônimo. Ficou encarando a tela por algum tempo até criar coragem de digitar aquelas duas palavras no google search. Respirou e finalmente fez o que tinha que fazer.

Digitou Camera Prive.

Clicou no primeiro site que apareceu na busca, o cameraprive.com. Logo apareceram na tela vários quadrinhos pequenos com fotos de mulheres sensuais (vulgares, na visão de Jimin) e seus “nomes” escritos embaixo. Uma delas era loira e estava usando uma fantasia erótica de coelhinho, seu “nome” era Comedora de Cenoura.

— Ah, credo! Que brega! — exclamou.

Encontrou, no final da página, uma barra onde se lia: garotas, transex e garotos. Não tardou em clicar no que realmente lhe interessava: garotos. A página foi recarregada e as fotos de mulheres logo foram substituídas por fotos de homens. Todos muito bonitos.

— Ui... — murmurou.

Observava atentamente as fotos e a maioria era de homens bombadões vestindo fantasias eróticas em sua maioria de vaqueiros, lenhadores e policiais. Não é que fossem feios, pelo contrário, tinham belos músculos e corpos muito másculos, obviamente faziam o tipo de Hyuna, mas não o de Jimin. Porém ao chegar no final da página uma foto lhe chamou atenção: ela mostrava um garoto que parecia ter uns 20 anos, não era musculoso nem trajava fantasia erótica, mas sua expressão facial era tão depravada que, na opinião de Jimin, dava de dez a zero em todos os outros.

— Caramba, que gostoso! — exclamou.

Mas aquele rosto de alguma forma lhe era familiar...

Resolveu abrir o chat do garoto, cujo “nome” era simplesmente V. Logo a página foi redirecionada, mostrando do lado esquerdo os dados do tal de V, do lado direito os comentários dos clientes dele e seus “troféus” conquistados no site e, no centro, aparecia V mostrado por sua webcam. Jimin foi analisando detalhe por detalhe da página. Nos dados estava escrito apenas “V, the obscene boy, 21 anos”, nada mais. Ele tinha três troféus, um de popularidade, um de tempo online e um de satisfação dos clientes. Quanto aos comentários... “safado, você goza super gostoso”, um cara comentou, dando-lhe 5 estrelas, que era o número máximo; “delícia, quero te foder todinho”, comentou outro; “tô louco pra essa piroca gostosa entrar no meu...”. Jimin pulou esse, porém acabou lendo um que considerou pior: “minha buceta chora sempre que te vê, vadio gostoso”. Tinha tanto comentários masculinos quanto femininos, todos dando o máximo de estrelas ao garoto.

— Esse aí deve ser bom mesmo... — admirou-se.

Resolveu, então, prestar atenção no garoto, que sorria sensualmente e digitava algo no teclado, conversando no chat aberto, o qual ficava abaixo da parte onde V aparecia. Logo ele começou a chupar o próprio dedo, simulando um pênis, e fazia isso bem. Jimin chegou mais perto da tela. O garoto deu um sorriso quadrado quando tirou o dedo da boca e...

Jimin quase teve um infarto.

— Taehyung?! — deu um pulo, arregalando os olhos, e quase caiu da cadeira.

Sério que o garoto tesudo que estava ali na tela chupando o próprio dedo era o mesmo garoto que trombara com Jimin na faculdade?

— Não pode ser...

Era o mesmo garoto que fizera com ele o exercício avaliativo de inglês e teimara que “work” era caminhar?

Jimin chegou mais perto da tela. Taehyung agora estava com uma expressão safada em seu rosto e lambia os lábios, digitando algo no teclado.

— Mas você é tão quieto, nem tem jeito de puto... — não se conformava.

O pior é que o garoto era sexy, não se podia negar isso. Jimin nunca prestara atenção nele, mas mesmo que tivesse prestado, o garoto só vestia aqueles trapos velhos, nem de longe parecia atraente.

“Não acredito que você é um prostituto, Taehyung.”, escreveu no chat e clicou em enviar, mas apareceu uma mensagem dizendo o seguinte: “apenas clientes podem utilizar o chat”, e a mensagem não foi enviada. Neste momento Taehyung ameaçou tirar a camisa e Jimin ficou olhando sem nem piscar, porém de repente a parte da webcam ficou preta com um escrito em branco que dizia: “V está em chat privado”.

Jimin bufou.

— Nem queria ver mesmo. — clicou no “x”, fechando a página e o guia anônimo. — Aliás, — continuou, — eu nem vou me cadastrar nesse site idiota. Não preciso ver nenhum quengo pelado.

Desligou o computador e foi para sua cama.

— Mas cara... — começou a falar consigo mesmo. — Aquele garoto xexelento é um prostituto, quem diria...

Virava para um lado, para o outro, e nada de conseguir dormir.

— Eu tenho que contar pra Hyuna!

Porém logo lhe veio algo em mente.

— Mas de jeito nenhum ela vai saber que eu entrei nesse site! Eu sou Park Jimin, não preciso disso. Meu noivo é um gostoso!

E de fato era, porém um gostoso muito difícil. Enfim, não poderia contar a Hyuna sobre Taehyung senão iria se expor também, então o jeito era guardar o segredo daquele xexelento.

— Sorte sua Taehyung, sorte sua...

Estava decidido a fingir que nunca entrara naquele maldito site.

Rolou mais um pouco na cama, abraçou seus bichos de pelúcia, contou carneirinhos, mas no fim não teve jeito...

— Será que V é de vadio?

 

***

 

Jimin ficou pensando no que fizera na noite anterior enquanto tomava o café da manhã, lembrava-se de Taehyung chupando e lambendo os próprios dedos e, quando sentiu umas fisgadas em seu ventre, decidiu que era hora de pensar em outras coisas. Nem morto ia se permitir ficar excitado por causa daquele xexelento.

— Mas como eu vou olhar pra ele agora? — falava consigo mesmo enquanto dirigia para a universidade. — Não dá pra simplesmente ignorar o fato de que ele é um prostituto imundo!

Claro que se Jimin nunca tivesse entrado no site dos “prostitutos imundos” jamais saberia que Taehyung estaria lá, mas isso ele não levava em conta.

— Esquece isso, Jimin, esquece... — ordenava a si mesmo.

Chegou, foi direto pra sala e, como sempre, sua amiga não estava lá. Sentou-se e esperou por ela enquanto desenhava unicórnios em seu bloco de notas do Monstros S.A. Mais especificamente do Sullivan.

— Jimin! — Ela chegou. — Você não vai acreditar!

— Em quê, sua doida?

— Eu marquei um encontro com o J_Park!

Ela estava tão animada que Jimin sentiu dó em dizer o que estava para dizer.

Ou não...

— Hyuna, você já parou pra pensar que esse cara pode estar querendo te dar o golpe? Ou pior, ele pode fazer parte de uma quadrilha que rouba órgãos humanos. Ou pode ser um psicopata, eu já li muitos casos em que...

— Ah, para Jiminnie. — ela cortou. — Vai dar tudo certo, sei que ele é um cara bom.

— E quando vai ser esse encontro? — perguntou fazendo pouco caso.

— Vai ser na sexta feira que vem, às 9:00 da noite, lá no Emozione Restaurant. Vai ser tão lindo...

— E você não tá pretendendo ir pro motel com ele não né?

— Claro que não Jimin, tá achando que eu sou descuidada assim?

— Não, quê isso... — Jimin disse. “É certeza que você vai pro motel...”, pensou.

Quando deram por si a professora já estava passando matéria no quadro. De repente chegou um garoto com a mochila mulambenta nas costas e entrou sem fazer barulho, andando lentamente.

— Atrasado de novo, Kim Taehyung? — a professora falou, fazendo o garoto congelar.

— É... — gaguejou. — A senhora não vai acreditar no que aconteceu...

— E o que aconteceu? — perguntou, desconfiada.

— Eu tenho sonambulismo e acordei hoje do outro lado da cidade, foi um custo pra chegar aqui.

— Tem razão, não acredito mesmo. Sente-se logo no seu lugar antes que eu te ponha pra fora! — esbravejou.

Num piscar de olhos o garoto já estava sentadinho e copiando a matéria. Ele de fato tinha acordado do outro lado da cidade, mas isso nada tinha a ver com sonambulismo.

Jimin já imaginou o motivo. “Ele só podia estar fazendo programa”, pensou.

— Reparou que ele tá sentando sozinho desde depois da apresentação do poema? — perguntou Hyuna, apontando para Taehyung.

Jimin assentiu.

— Ouvi dizer que o cabeludo lá foi pra Londres tentar ser modelo.

— O Jeonghan?

— E tem outro cabeludo?

— Não. — Hyuna riu. — Tadinho, vamos chamá-lo pra sentar com a gente.

— Hyuna, — Jimin começou, — a carteira é para duas pessoas. Já tem duas pessoas ocupando esta aqui. Nem que eu quisesse chamá-lo, e eu não quero, não iria cabê-lo aqui.

A garota concordou.

— Você tem algo contra ele, né?

— Não exatamente... — Jimin encarou o garoto e lembrou-se do que viu no site. — Eu só... Olha as roupas dele, olha os materiais dele, tudo mulambento.

Hyuna foi obrigada a concordar.

— Ele parece pobre. — finalizou.

— Mas se ele fosse pobre não estaria estudando aqui né... — Hyuna pontuou.

De fato, as mensalidades eram absurdamente caras para que só os riquinhos pudessem ter acesso.

— Vai ver o salário todo dele vai pras mensalidades.

— Silêncio! — berrou a professora, batendo o livro que segurava na carteira da dupla. Ambos pularam pelo susto. — Se eu ouvir mais um pio de vocês dois eu vou por vocês pra fora!

Ambos estavam com os olhos arregalados. Desde então ficaram em silêncio. Jimin, por sua vez, toda hora se pegava observando Taehyung, que mantinha um semblante sério enquanto copiava.

— Por que você tanto olha pra ele? — cochichou Hyuna.

Jimin corou.

— Tô imaginando como que vou matar ele. — cochichou de volta.

A garota riu.

— Se alguém tiver ouvido isso vai achar que estamos planejando um assassinato.

— Tomara que ele não apareça morto por aí...

— Tomara que não mesmo, credo.

Jimin se virou novamente para olhar o prostituto e ele estava mordendo a caneta. Podia até ser coisa de sua cabeça, mas aquilo pareceu bastante sensual. E o garoto sequer estava se dando conta disso, era uma sensualidade natural.

— A gente podia postar o filme no youtube. — disse Hyuna, de repente.

— Ah, é. — Jimin levou susto, pois estava concentrado. — A gente pode fazer trailers pro Instagram também.

Hyuna assentiu.

— Vamos chamar o Taehyung pra fazer uma reunião hoje?

— Sim, lá na mansão, uma da tarde. O que acha? — sugeriu Jimin.

— Perfeito.

Quando bateu o sinal indicando o término da aula, Taehyung colocou sua mochila nas costas e foi andando depressa para fora.

— Taehyung! — Hyuna chamou, mas o garoto pareceu não ouvir.

— Ele não presta atenção! — exclamou Jimin, indo até ele e puxando-o pelo braço.

Taehyung se assustou ao sentir alguém agarrar-lhe o braço, mas quando viu que era Jimin achou a situação divertida. Afinal, era divertido ver aquele baixinho marrento puxando-o como se tivesse força para isso.

Jimin levou-o até a carteira que dividia com Hyuna. Taehyung ficou parado olhando-os com uma expressão curiosa.

— Então... — começou Hyuna, era a primeira vez que falava com ele. — Nós vamos fazer uma reunião hoje lá no museu abandonado.

— Uma da tarde. — completou Jimin.

Taehyung ficou pensativo.

— Museu abandonado? Onde fica isso? — perguntou, por fim.

Hyuna adorava seu tom grave de voz, já Jimin passou a mão pelos cabelos pretos para conter seu estresse. Era incrível o modo como esse garoto conseguia estressá-lo tão facilmente.

— Cara, como assim você não sabe do museu abandonado?

— Eu me mudei pra cá faz pouco tempo, não conheço muito daqui. Eu morava em uma cidade pequena antes, lá não tinha museu.

— Ah tá... — Jimin havia constatado que ele era mesmo pobre. — Fica no fim da cidade.

— A gente pode te dar uma carona. — ofereceu Hyuna, que pelo jeito queria dar mais do que só uma carona.

Taehyung sorriu.

— Obrigado, mas eu dou um jeito de chegar lá. Uma hora né?

— Sim. — responderam em uníssono.

— Falou então. — voltou a andar. — Tchau. — logo desapareceu.

Jimin passou novamente a mão pelos cabelos.

— Eu não consigo ir com a cara dele...

— Ah, para Jimin. — disse Hyuna, indo em direção à porta. — Vamos.

Jimin a seguiu e foram para sua casa. Almoçaram junto com Hoseok e Hyuna foi anotando as ideias que tiveram para o filme na agenda do Monster High que comprou especialmente para este fim. Era uma bela agenda, tinha tamanho de livro e muito espaço para anotações. A caneta que estava usando tinha pompom rosa no final, porque sim, Hyuna era dessas.

O carro já estava com todo o material que usaram no dia anterior para a sessão de fotos, nem tiveram que arrumar nada. Por isso chegaram 10 minutos mais cedo na mansão, entraram, sentaram-se no pano que colocaram no chão e ficaram aguardando pelo, palavras do Jimin, xexelento.

Deu 1:10 e nada do garoto aparecer.

— Acho que ele não vem. — disse Jimin, impaciente.

— Vamos esperar mais um pouco. — disse Hyuna.

O relógio marcava 1:25 e ele continuava sem chegar.

Os três entreolharam-se com expressões que diziam “é, ele não vem”.



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