1. Spirit Fanfics >
  2. Caminhada da garota na garoa. >
  3. Capítulo Único

História Caminhada da garota na garoa. - Capítulo Único


Escrita por: Lena_Barb

Notas do Autor


Hello people!!! Essa é a primeira vez que escrevo algo assim e estou muito feliz por estar postando isso, porque apesar de ser bem pessoal, eu achei que poderia ajudar outros, assim como me ajudou, a entender e passar pelos momentos difíceis da vida, então, por isso, decidi postar.

Espero que vocês gostem e se sintam tocados por esse conto curtinho, mas cheio de emoções imensas.

Boa Leitura e até lá embaixo .-.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Caminhada da garota na garoa. - Capítulo Único

Caminhada da garota na garoa.

Era uma noite fria, contrastando com a menina quente.

Era a cor branca da neve contrastando com preto do cabelo dela.

Era a garoa fina, que molhava seus cabelos e suas roupas, contrastando com a secura que sentia na boca, há pouco sem palavras, há muito ocupada pelo silêncio do não saber, do nada sentir.

Era o céu sem estrelas, opaco, contrastando com o brilho de seus olhos.

E era tudo isso um contraste com o nada que ela via.

O vazio era grande, mas o vaso era pequeno, ela não podia adivinhar o que viria depois, mas ela queria, com todas as forças, saber, conhecer, e nunca se arrepender ou perder.

Era a força da gravidade que a cercava, contrastando com a fraqueza que fazia suas pernas bambearem.

Era o girar do mundo, contrastando com a estabilidade da garota, com sua vida parada, sem nada.

A imaginação corria solta e os olhos conseguiam, até mesmo, enxergar o que não existia, as narinas conseguiam sentir o perfume de novo e os dedos, quase, tocavam o mundo fictício que a mente criara, como um refúgio do inverno.

Era o movimento do vento, contrastando com a imobilidade do coração.

Era a surpresa das pessoas ao verem-na, contrastando com a impassibilidade das feições, há pouco endurecidas, mas facilmente acostumadas á isso.

E o pensamento ia escoando, a mente ia se cansando e tudo voltava ao normal, tudo voltava a ser cinza, opaco e frio.

Como poderia ser diferente? As pernas pensavam por ela, seguindo o caminho proposto pelo destino, a mente só vagava, acometida pelo medo da despedida, da perda iminente.

Mas que tolice! Perdida já estava, há pouco, verdade, mas a garota conseguia se habituar tão bem aquilo que nem parecia pouco ou muito, parecia apenas um vácuo do tempo, que a rodeava como a neblina da rua que ela descia.

E descia, contrastando com o coração que subia e vinha, aos pulos, parar na garganta.

E descia, contrastando com os olhos que se elevavam aos céus, tentando obter resposta pro que sentia.

E descia, contrastando com o que sentia, que era nada mais, nada menos, que o puro cansaço que a subida da penitência no morro da aflição causa nos seres mais jovens, que ainda não compreendem a dor como remissão.

Mas ao descer, toda a rua deserta, contrastando com o cérebro, vasto de pensamentos, seus ouvidos, que até o momento se encontravam vazios, como suas mãos, que balançavam ao redor do corpo, foram tirados do torpor e tomados pela música cálida que ressoava através de um rádio vagabundo, pertencente á um vagabundo.

E então, a cantoria, reavivando a memória morta, mais leve que qualquer outra experiência que ela tivesse tido até o momento, elevou seu espírito, abaixou seu coração de volta á seu corpo, trouxe utilidade para os ouvidos fechados e movimentou sua face pálida, que emitiu um ensaio de sorriso.

Não, não era um sorriso.

Ainda não.

Mas era o suficiente pra que ela tirasse seus olhos do céu e os voltasse pra realidade, onde ela viu uma carga, mais que preciosa, ocupando suas mãos que há algum tempo estavam vazias.

Foi quando ela arregalou os olhos e... Não podia ser!

Era aquilo esperança? Envolta em seus braços como um recém-nascido, quente como um abraço paterno e reconfortante como a manta que a mãe põe em volta do filho que dorme no sofá numa tarde fria de outono?

Sim, era a conhecida esperança, que já tinha habitado naquele vaso, tão pequeno, que já se derramara para fora e que agora tinha achado, novamente, sua dona á sua espera.


Notas Finais


Heeey, espero que vocês tenham gostado e que isso tenha ajudado vocês a perceberem que, apesar de tudo, a vida não é feita apenas de momentos ruins, pelo contrário, a vida é feita de muito mais, só é preciso ter esperança!
Se vocês gostaram, se sentiram tocados, emocionados ou qualquer outra coisa ao lerem esse conto, por favor, deixem suas opiniões, eu ficarei muuuuuuuuito feliz em lê-las.

Beijinhos da Elly e até outra vez! :3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...