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História Caminhos Cruzados - Amor em Dois Atos


Escrita por: secretlove31

Capítulo 22 - Amor em Dois Atos


Fanfic / Fanfiction Caminhos Cruzados - Amor em Dois Atos

Shawn POV

Eu a observava de longe, havia inocência em suas feições, era facilmente manipulável. Conversava sentada na enorme mesa, acompanhada de seus pais, alguns adultos e senhores pertencentes a elite de Miami. Aproximei-me vagarosamente, com um sorriso alegre no rosto.

- Keana, posso conversar contigo um instante? – Ela olhou-me confusa.

Óbvio que já havia falado com ela antes, apenas o necessário. Mas era algo mutável para ajudar em meu plano de acabar com a harmonia entre Lauren e minha adorável Camila.

- Pode ir, querida, não há problema algum. – Respondeu a senhora Issartel com um sorriso gentil. Em sua mão permanecia uma taça do que imagino ser uma espécie de Dry Martini.

Não me recordava especificamente de seu nome, mas tinha o mero conhecimento de que era Designer de Interiores. Nascida na França, é um nome bem conhecido no mundo dos projetos de interiores tendo criado muitos trabalhos interessantes. A senhora Issartel foi uma das primeiras a inserir bordados, crochê e tricô no universo do design, promovendo as reações mais puristas nas pessoas. Dentre seus trabalhos mais conhecidos está o do W Holtels Retreat & Spa, em Porto Rico. Também ouvi o boato de que a decoração do evento da família Cabello e Jauregui foi feito por ela.

- O que quer de mim, Shawn? Seja o que for, deve ser muito importante para que venha falar comigo. – Respondeu grossa, assim que nos afastamos de sua mesa.

- Se contar a alguém sobre isso, farei de tudo para destruir você. – A ameaça apenas tornou-se visível em seus olhos quando tomou conta de que não estava blefando. - Já tentei de tudo e nada ajuda.

- Essa é a parte onde você me explica onde eu entro nessa história. – Exclamou impaciente, internamente dei um sorriso. Até agora está como planejei que seria.

- Eu quero a Camila, você quer a Lauren. Porque não juntarmos o útil ao agradável?

- O que sugere?

- Prometa que fará tudo o que eu digo, sem nenhuma alteração no plano.

- Tem minha palavra.

- Ótimo! Então, preste atenção, não tem como dar errado.

 

Dinah POV

Eu estava dançando com minha adorável namorada, e mais ao longe pude perceber que Camila e Lauren estavam comumente afastadas, tendo em vista que antes bailavam juntas. Era evidente os olhares que trocavam, e quando a outra notava que a encarava, simplesmente virava a cara e fingia fitar outra coisa.

- Já estou ficando cansada de tanto drama. – Digo ao ouvido de Normani, que apenas segue meu olhar e depois seu rosto é tomado por confusão.

- Porque diz isso? Elas pareciam tão próximas agora a pouco.

- É, mas pelo visto devem ter tido alguma desavença. Veja como estão distantes agora. Sempre que estão começando a se entender, algo acontece e arruína tudo. – Digo negando com a cabeça. Normani apenas assente com um simples e melancólico sorriso.

- Tenho que concordar. Uma das duas terá que deixar a insegurança de lado, senão nunca darão certo. E acredite, tudo o que mais quero é ver duas pessoas apaixonadas juntas.

- Você se importaria de eu ir conversar um pouco com Lauren? Quem sabe, não descubro o que aconteceu. Aproveito e evito que ela se embriague, pelo que vejo já é o centésimo copo que ela bebe.

- Perfeito! Vou chamar a Camila e a Lucy para andar um pouco, arejar as idéias e descansar a mente.

Assim que Normani saiu, fui imediatamente à procura de Vero, afinal, ela a conhece por mais tempo, saberá o que fazer em situações extremas. Após andar grande parte do salão, fui praticamente obrigada a subir para o andar superior, onde se localizava as suítes. Eram centenas de quartos, o corredor estava em completo silêncio. Cheguei a conclusão de que Vero não poderia estar aqui.

Dei um passo para trás, refazendo o caminho, até que em meus ouvidos soaram uma espécie de som indistinguível. Estranhei, por conseguinte, minha curiosidade me venceu, e fui andando, tentando desvendar de onde surgira tal som.

Tudo indicava que vinha da cobertura presidencial, a suíte mais luxuosa do Fontainebleau Miami. Podia sentir a vista reluzente e a brisa refrescante do Oceano Atlântico. A janela era um paraíso inesquecível. Dentro da suíte, tranquilidade e conforto aguardava com Televisão HD, bar privado, iMac® de vinte polegadas conectando-nos com o Fontainebleau e um dock para iPod tocando algumas de minhas músicas prediletas.

Assim que avancei por uma das portas, garanto que a visão não foi uma de minhas preferidas. Havia um enorme sofá de couro preto, onde nele estavam deitadas Lucy e Vero. A primeira estava parcialmente sem roupa, recebendo carícias lascivas de Vero.

- Ai, meu Deus! – Exclamei surpresa.

Com um susto Vero levantou-se do sofá, tentando inutilmente cobrir o corpo de sua namorada. Que estava, acredito eu, com uma vergonha incalculável.

- O que faz aqui, Dinah? Não sabe bater? – Gritou.

- Vero, juro que se não fosse realmente importante, não atrapalharia a “rapidinha” de vocês.

- Para sua informação, não era uma “rapidinha”, sexo para mim é algo sagrado. – Bufou Vero, vestindo sua roupa com rapidez.

- Estou vendo o quanto: Em um quarto de hotel, que romântico. – Ri com desdém. – Enfim, preciso que me escute.

- Nada do que disser vai ser mais importante agora, depois conversamos, Dinah.

- Acho que a Lauren precisa de nossa ajuda.

- Estou indo agora, me espere apenas vestir a roupa.

 

Lauren POV

Eu havia tomado meia garrafa de uma bebida chamada Casa Herradura Seleccion Suprema Tequila. É uma tequila artesanal de cem por cento agave-azul, e apresenta uma textura cremosa e acabamento suave ao paladar, fazendo dela uma das melhores garrafas de tequila para apreciar. No entanto, deve ser saboreada pura ou misturada para criar um coquetel premium de Margarita.

Uma vez que a agave-azul foi escolhida, o coração da planta, também chamado de pina, é arrancado de suas folhas usando uma faca especial, coa de jima, e preparado por quase vinte e seis horas em fornos feitos de tijolo e pedra.

- Lauren, você está bem? – Perguntou uma voz atrás de mim.

- Keana! – Minha voz soou mole e descoordenada, ela riu próxima ao meu rosto.

- Venha comigo.

Agarrou-me pelos braços, e puxou-me por entre as pessoas. A noite estava um desastre e eu merecia um descanso momentâneo para continuar minha jornada pelos martírios sádicos do universo. Assim que saímos pela porta, logo avistei um imenso jardim, com as mais belas rosas que já vira antes. Sentamos em um dos bancos ali presentes, pensar na minha situação com Camila trazia-me incômodo.

Tirei o sapato, com um pequeno salto e flexionei os dedos dos pés com um murmúrio aliviado. O frio incomodava, mas o bem-estar compensou os arrepios. Suspirei inconformada e o ar gelado em meus pulmões quase doeu. Lembrei do toque quente de Camila, de sua dança sensual, de nossas brigas constantes... Do fascínio que era seus olhos castanhos, e tremi, mas dessa vez não era frio. Ela tinha o poder de me deixar cada vez mais louca, confusa e apaixonada.

- O que quer, Keana? Porque me trouxe aqui?

- Precisávamos de privacidade.

Virei por reflexo e me surpreendi com o rosto de Keana debruçado sobre o meu ombro, mais perto do que gostaria. Eu estava um pouco curvada no banco, completamente embriagada, mas ainda tinha consciência em mim.

 

Vero POV

Caminhávamos com presa, eu e Dinah procurávamos Lauren por todos os lugares do Fontainebleau Miami, a última vez que a viram foi no bar, apreciando uma garrafa de tequila. Simplesmente ninguém havia prestado atenção o bastante para dizer onde ela estava no momento.

- Onde será que essa louca se meteu? 

Questionou Dinah, mais para si mesma do que para outra pessoa. Seu olhar era preocupado, e com razão, Lauren provavelmente está embriagada e corria o risco de fazer alguma besteira.

- E se perguntássemos para algum dos garçons?

- Já questionamos todos, Vero. Ela sumiu.

- Não. Perguntamos apenas aos barmen, os seguranças. Mas não questionamos ninguém que servia alguma das mesas.

- Tudo bem, então. Vamos!

Circulamos pelos restaurantes da parte de baixo, onde havia mais pessoas, porém o ambiente era mais pacífico. Alejandro e Michael ainda não haviam feito o discurso, então, todas as atenções se voltariam para eles daqui a alguns instantes. E dependendo do estado de Lauren era que poderíamos deixá-la participar do mesmo.

- Aqui, vamos perguntar aquele garçom ali. – Apontei para onde haviam várias mesas lotadas, porém um garçom em especial permaneciam somente observando. – Com licença, você viu uma...

- Pai? – Perguntou Dinah com olhos arregalados. Eu não poderia estar mais confusa do que agora. – O que faz aqui?

- Arrumei um emprego temporário como garçom, não ganho muito, mas a renda está bem melhor agora. Eu planejava lhe contar ainda esta semana, não esperava encontra-la aqui. – Respondeu surpreso. – Aliás, me chamo Gordon Hansen, prazer. – Estendeu-me sua mão, com gentileza, a apertei.

- Veronica Iglesias, mas apenas me chame de Vero.

- Pai, nós estamos procurando uma amiga. Ela estava no bar, mas agora simplesmente desapareceu. Seu nome é Lauren Jauregui, filha de Michael e Clara. Você a viu?

- Pode ser que sim, vimos muitas pessoas. Como ela é?

- Está fantasiada de vampira, usa uma capa preta pendida nos ombros. É branca e tem olhos verdes. – Respondi com ânsia. Gordon pareceu refletir por algum momento letal, no final apenas concordou com a cabeça, mantendo a expressão impassível.

- Creio que sim. Ela saiu, acredito eu que foi em direção aos jardins, mas não estava sozinha. Havia uma moça a puxando pelo pulso, ela era jovem, bonita e está fantasiada de bruxa, se não me equivoco.

- Pela descrição... Só pode ser a Keana. – Respondeu Dinah olhando-me nos olhos, confusa, porém confiante.

- Obrigada, senhor Hansen, foi um prazer conhece-lo. – Digo e logo seguimos as pressas para o jardim.

 

Lauren POV

A fresca brisa congelava meu rosto, estava com frio e eu me cobri com minha capa. Keana mantinha uma expressão que eu não conseguia decifrar, seus cenhos estavam elevados e um sorriso infindável permanecia em sua face.

- Preciso muito fazer uma coisa. - Disse aproximando o rosto do meu pescoço. Seus braços pareciam tentáculos e ela me agarrou desajeitada, quase que para se apoiar.

- Sai de cima de mim. Agora! – Ordenei lutando contra seus braços e em uma fuga angústia, tentei afastar seu rosto do meu, ela possuía um cheiro de álcool, assim como eu. Provavelmente também bebera.

Keana não desistiu, segurou meu rosto com força e isso me machucou. Olhei para o Fontainebleau Miami em busca de ajuda, mas os seguranças estavam ocupados demais para perceber a cena. Não conseguia afasta-la, o álcool presente em minhas veias me deixava tonta demais, e consequentemente sem forças. Tentei gritar, mas sua boca abafou minha voz. Keana praticamente caiu por cima de mim no banco e nesse momento estava desesperada. Usei toda minha forca para empurra-la, precisava fugir, morder, chutar... Qualquer coisa!

E durante meu pânico algo aconteceu. Em um segundo seu peso não estava mais sobre mim, nem o hálito de álcool distorcido pela bebida. Olhei confusa ao redor e vi Keana a alguns metros a frente, no chão, gemendo. Uma mancha vermelha se espalhava por seu nariz e chegava ao seu vestido de bruxa, arregalei os olhos e abri a boca surpresa.

- Bunduda, você deu um murro dela! – Exclamou Lucy, com a boca aberta, assim como Mani e Ally.

- Venha comigo. – Entoou uma voz grave. Girei meu rosto no escuro, achando a dona da voz, Camila. – Agora! – Rugiu.

Eu me levantei num salto, mas devido a grave tontura acabei tropeçando e meu braço esquerdo acabou caindo em cima de uma pedra, causando-me uma dor insuportável.

Uma mão quente segurou meu punho e reconheci aquele choque de calor... Desejei essa garota a um minuto atrás. Camila estava completamente camuflada sob a sombra de um arbusto. Seu aperto em meu pulso não era gentil e antes que respirasse novamente, me pondo de pé, estava sendo arrastada pelo jardim novamente. Ainda estava atordoada quando senti o chão, provavelmente frio, sobre meus pés. Olhei para a escadaria do Fontainebleau e entendi que estávamos voltando para dentro do evento.

- Camila, calma! – Exasperei confusa, dando um tranco em meu braço.

Camila não parou e a dor aguda estava ainda mais agressiva em meu braço, esmagando minhas articulações. Forcei meu punho novamente mais uma vez e ela se voltou para mim. O lustre de cristal da recepção iluminou seu rosto furioso, seus olhos pareciam dois oceanos em tempestade. Faiscando em um tom castanho profundo. Eu recuei. Meu Deus, ela estava furiosa.

- Se você fizer isso mais uma vez, eu juro que quebro o seu braço. – Rugiu com sua melhor voz irritada, engoli em seco.

Dessa vez não argumentei e mesmo que quisesse, o pouco de voz que tinha sumiu com sua reação intimidadora. Camila voltou a andar, me rebocando pelo salão lotado, subindo apressadamente as escadas para o segundo andar.

- Entre nessa suíte e me espere. Segundo Mani, Dinah e Vero estão atrás de você, vou avisar a elas que está bem. Não se atreva a sair desse quarto. – A voz grave soou autoritária.

Estava assustada e revoltada com sua atitude grosseira, mas consegui identificar asas de borboletas em meu estômago. Como isso era possível? Camila observou a suíte por um minuto e nesse tempo, seus olhos clarearam. Observei seu rosto com cautela e tentei me acalmar também, ou quase. Embora tivesse borboletas em meu estômago, algo incomodava minha garganta, estava com náuseas.

Ela saiu do quarto, o estrondoso som da porta de fechando tomou o quarto, ensurdecendo-me. Tentei com todas as forças contra a vontade inóspita de vomitar, e quando percebi que não aguentaria mais por muito tempo, segui correndo para o banheiro.

 

Shawn POV

Andei apressada em direção ao enorme jardim do Fontainebleau, acabara de receber uma mensagem urgente de Keana. O plano com certeza não estava cem por cento como o planejado, eu havia procurado Camila por todos os cantos, precisava que ela visse Lauren e Keana no maior clima de romance, mas havia fracassado quanto a isso.

Quando chequei ao centro do jardim, encontrei Keana, sentada em um dos bancos, cobrindo o nariz com as mãos, seu rosto se contorcia de dor, pena que eu não me importava nem um pouco. Ela olhou-me com os olhos cheios de lágrimas, enaltecendo a dor da alma.

- O que aconteceu? – Perguntei com cautela.

- Estava tudo como o planejado. Trouxe Lauren para o jardim, agarrei-a e a beijei. Mas a grande questão, além dela ter me rejeitado, foi que Camila chegou minutos depois, e me deu um soco. Normani, Lucy e Ally estavam com ela, e apenas ignoraram meu pedido de ajuda e foram atrás de alguma coisa.

- E Lauren, onde está?

- Camila a arrastou para dentro do evento, ela estava furiosa. Mas pelo menos alguém teve seu final feliz. Acho que conseguiu acabar com a paz entre elas, meus parabéns.

- Você também conseguiu o que tanto almejava, beijou a Lauren. Ela estava bêbada, provavelmente não se lembrará amanhã, ela não brigará com você.

- Mas Camila lembrará, e se ela contar a Lauren? – Perguntou desesperada.

- Não é problema meu. Se vire!

 

Camila POV

Encontrei Vero e Dinah rondando pela festa, juntas e confusas, com o olhar vago. Pareciam a procura de algo, alguém, Lauren para ser sincera.

- Vero! Dinah! – Chamei-as.

- Camila, você viu a Lauren? Estamos que nem loucas a procura dela. – Questionou Dinah com olhar preocupado.

- Ela está lá em cima, em um quarto. Não se preocupem, vou cuidar dela e depois conto tudo o que aconteceu.

- Seu pai acabou de me mandar procura-las, disse que ele e Michael começarão o discurso em poucos minutos e exigem a presença da família no palco. O que digo a ele?

- Não sei, Vero, invente alguma coisa. Você é boa com isso.

- Não acha que eles estranharão demais o sumiço de vocês duas ao mesmo tempo? – Perguntou Dinah, arqueando as sobrancelhas. E por esse minuto pensei bem, realmente seria óbvio demais e eles iriam a nossa procura pessoalmente.

- Você está certa. Então o que eu faço?

- Você e Vero podem acompanha-los durante o discurso. Eu fico com Lauren até acabar.

- É uma boa idéia. Ela está no segundo andar, número cento e vinte e três.

 

Lauren POV

Depois de vomitar o que acredito ter sido minha comida durante uma semana inteira, resolvi me deitar, mas antes precisava de algo para beber. Andei até o mini bar de luxo na parte esquerda do quarto, atrás do enorme sofá.

Tinha um acabamento interno de pintura U.V branco brilhante, com quatro rodízios e dois rodízios com trava, possuía prateleiras espelhadas. Em cima havia vários tipos de bebidas, diversificando entre Martini, Whisky, Tequila, Campari, Vinho, Champagne e entre outras bebidas. Por fim, escolhi um Martini Extra Dry, que era composta de vinho branco e vermute seco.

A cada gole que bebia, sentia-me mais tonta, porém ainda mais saciada quanto ao mundo. Ouvi a porta sendo aberta, e por um minuto me permiti pensar que Camila voltara para mim. Mas tamanha foi minha surpresa ao ver Dinah bem a minha frente. Logo, ela veio furiosa em minha direção.

- Ficou louca? Quer entrar em coma alcoólico? Me dá essa garrafa!

- Não. Ela é minha única amiga, a única que me entende. – Digo me abraçando ao Martini, que logo foi tomado de mim a força bruta. – Dinah, me devolve!

- Não. Você está muito bêbada, não consegue nem se manter em pé. – O pior é que ela estava coberta de razão, por conta disso, me esparramei na cama aconchegante.

- Onde está a Camila?

- Michael e Alejandro precisaram dela. – Respondeu pondo a bebida novamente no mini bar.

- Eu também preciso, quero saciar meu desejo. Somente a Camila pode me tocar, só a minha Camz. – Suspirei fechando os olhos soltando a respiração, as palavras saiam emboladas.

- Ai, que nojo! Não consigo nem imaginar essa cena.

Apenas sorri maliciosamente, me voltando totalmente para a cama em que estava deitada, de modo que me concentrei em reviver nossos momentos. Em meu campo de visão apenas dava para ver os travesseiros, eu estava de costas para Dinah.

- Mas eu consigo imaginar muito bem. Consigo idealizar cada centímetro daquele corpo gostoso, aquela cintura fina, a barriga seca, o sorriso lascivo.

- Lauren...

- Consigo planear a imagem dela em cima de mim, me arranhando profundamente com as unhas, e gemer o meu nome naquela boca deliciosa dela.

- Lauren...

- E cada beijo trocado me levando a loucura, o jeito como puxa meus cabelos e morde meus lábios. E aquela bunda... Aquela bunda me leva a loucura. E eu fico excitada só de imaginar como seria a Camila rebolando aquela ela contra o meu...

- Lauren, pelo amor de Deus, cale essa boca! - Gritou Dinah, mas prestando mais atenção em sua entonação, parecia que tentava acalentar o riso.

Eu estava estupefata, e poderia facilmente passar a noite inteira falando sobre meus desejos com Camila. E estava pronta para manda-la se calar e prestar atenção em cada palavra que eu iria pronunciar. Mas na hora em que virei, avistei a latina bem a minha frente, com braços cruzados, sobrancelhas fresadas e uma nítida indignação na face.

- Quer continuar falando da minha anatomia? - Perguntou Camila retoricamente, com fúria. Dinah ao ver minha cara de assustada, pôs-se a gargalhar histericamente.

- Porra, DJ! Porque não me avisou que ela havia chegado?

- Eu tentei, mas você não calava a boca.

- Já pode ir Dinah, Mani está te procurando. – Disse Camila sem desviar os olhos dos meus. Eu estava começando a suar frio.

- Boa sorte, Lauren! - Disse ainda sorrindo e saiu.

Camila permanecia vidrada e furiosa enquanto me fitava. Ela já estava furiosa antes de tudo isso acontecer e agora não consigo imaginar o que pode acontecer comigo com apenas nós duas em uma suíte fechada.

- Tire a roupa. – Disse ela, instantaneamente abri a boca em choque.

- O que?

- Eu mandei você tirar a roupa. - Repetiu pausadamente.

 

Vero POV

Após o comovente discurso do senhor Alejandro Cabello e Michael Jauregui, anunciando a abertura oficial da fusão das empresas Cabello Architects e Jauregui’s Engineering Group, respectivamente, agora nomeadas Cabello Jauregui Corporation. A imprensa, depois de mais alguns comentários de importantes economistas e fotos das socialites presentes, foram dispensados, com a divina promessa de contar com riqueza de detalhes sobre o grande evento, que seria a primeira página do The New York Times.

Estava com o sentimento de tédio total, Lucy e seu pai, Carlos Vives já haviam ido embora, e faltava pouco para que a senhora Kordei também levasse Normani consigo. Eu estava sozinha, Dinah não estava mais aqui e Taylor foi levada para casa por Keana, que alegava que precisava conversar.

Surgiu em minha visão periférica um ser familiar, Chris, que estava momentaneamente “desaparecido” desde que o evento teve seu inicio. Ele tinha uma expressão de incômodo, incompreensão e no fundo, havia tristeza em seu olhar. Ele estava a poucos metros de mim, levantei-me calmamente, deixando a família Cabello e Jauregui conversando animadamente com Andrea e sua filha.

- Chris, está tudo bem? – Perguntei tocando em seu ombro, ele apenas negou.

- Minha irmã está apaixonada pela mesma pessoa que eu. Então não, não “está tudo bem”.

- Camila. Sei que você diz que está apaixonado, Chris... Mas não acha isso um exagero da sua parte? Digo... Até onde eu sei, você gosta da Bea, e sei que ainda não a esqueceu. Você viu em Camila algo que lhe chamou a atenção, mas com certeza não se trata de paixão.

- Eu sei o que sinto, Vero!

- Não tenho dúvidas quanto a isso, mas acho que está confuso. Nova cidade, casa, colégio, amigos... Tudo isso pode nos tornar duvidoso.

- Por favor, você só está me dizendo isso porque é a melhor amiga da Lauren, e sabe que nós não estamos nos tratando muito bem.

- Deixe-me corrigir sua fala: Você não está a tratando bem. Na verdade, você a ignora, e ela está sofrendo com isso. Pense bem, Chris.

- Pensar? – Questionou confuso, franzindo as sobrancelhas, apenas assenti de forma calma.

- Quem é mais importante? A Camila, a garota que acabou de conhecer ou Lauren, a irmã que sempre esteve ao seu lado e lhe ajudou em todos os momentos?

- Não tem termo de comparação!

- Claro que tem... Pense com clareza. Lauren abriu mão de Camila por você, escreveu uma carta romântica em seu nome para ela e começou a tratá-la com indiferença por conta da sua paixão desvairada por Camila. Ela fez de tudo por você, e quando finalmente contou do amor que sentia por Camila... Você virou as costas.

- Lauren e Camila nunca se deram bem.

- No início talvez, mas depois que sua irmã descobriu que estava apaixonada forçou ao maximo as brigas. E sabe porque, Christopher? Porque ela pensou primeiro em você. Vocês são irmãos, é um laço inquebrável... Então, por favor, pare de ser egoísta e pense no lado dela também.

Com um último olhar fixo, o deixei só com seus pensamentos, enquanto retornava para a mesa.

 

Camila POV

Lauren olhava-me intensamente com seus lindos olhos verdes. Parecia confusa, devido aos seus cenhos fresados, porém também posso observar a surpresa por sua boca estar aberta. Na realidade, no estado em que se encontrava, ela poderia ter levado a frase em qualquer outro sentido da palavra, mas não poderia afirmar com total certeza.

Ao chegar na suíte e me deparar com ela a falar deliberadamente o que não deveria para uma terceira pessoa, confesso que causou-me uma imensa revolta, mesmo levando em consideração seu nível de total embriaguez.

- Eu terei que repetir novamente? Tire a roupa. – Falei pausadamente. Ela olhou-me ainda mais chocada. Depois disso, tudo o que fiz foi revirar os olhos e andar em sua direção. – Não se preocupe, não irei me aproveitar de você.

- É por causa disso que eu lamento. – Disse baixo.

- Como é?

- Porque você não gosta de mim? Porque sempre diz que me odeia, e que sou desprezível? Isso machuca, sabia disso? Poxa, Camila, eu gosto tanto de você. Só queria que você retribuísse o que eu sinto.

Apenas pouco menos de um metro nos separava. Ao pronunciar tais palavras, podia perceber seus olhos ficarem úmidos, ela pegou minha mão delicadamente, e a pôs em seu peito. Eu podia sentir cada batida descompassada de seu coração, enquanto nossos olhares não se desgrudavam.

- Lauren...

- Está sentindo isso? – Apertou ainda mais minha mão, pondo as suas duas sobre ela, eu sentia ainda com mais ferver as batidas desenfreadas. – Ele bate por você, Camz.

- Lolo, eu adoraria ouvir isso de você... Mas não agora... Não quando você está bêbada e sequer consegue raciocinar direito. Eu quero ouvir, acredite, eu quero muito... mas quando você estiver sóbria.

- Se eu tivesse coragem de fazer isso, tenha a certeza de que eu teria feito a muito tempo.

- Vou te esperar... - Sorri compreensiva.  - Eu esperarei a eternidade se preciso for... Agora vem, vou te ajudar a tomar banho.

Peguei na mão que me segurava e a levantei com dificuldade. Óbvio que Lauren era uma garota como qualquer outra, mas o alto nível de massa muscular a tornava um pouco mais pesada que as demais. Tentei mante-la ereta, mas havia desequilíbrio por seu corpo. Para sustentar, passei seu braço esquerdo sobre meus ombros e andamos a passos vagarosos, faltava pouco para a entrada no toalete.

- Espera... Eu quero te dizer uma coisa. – Estancou no lugar, aspirando o ar.

- Não precisa, amanhã sequer irá recordar dessa noite.

- Justamente por isso. – Ficou segundos em total silêncio, fitando meus olhos com intensidade. – Tenho raiva por causa destes sentimentos. Sentimentos por você e tenho medo de lidar com eles porque tenho medo de lidar com as consequências. Mas o que aprendi... É que eu não preciso de muito... Não preciso de muito para ser feliz. Mas eu sei... que preciso de você... E tenho medo que agora que aprendi tudo isso, fiz você desistir de mim.

Uma imensidão castanha e verde pairava por nós, eram nossos olhares misturados. Eu sentia uma nuvem de lágrima sobre os meus olhos, podia me ver refletida nos oceanos verdes de Lauren. E cada pronúncia sua, fez-me sentir as tão familiares borboletas no estômago. Pisquei algumas vezes e a levei até o toalete para seu banho, não haviamos tocados no assunto, nem sequer pretendia.

Deixei-a sentada no vaso sanitário, de lado com os joelhos dobrados, para prevenir asfixia caso ela vomitasse. Lauren apoiou seu antebraço esquerdo na coxa enquanto elevava a mão direita, passando-a pelos cabelos. Um banho frio pode também ajudar a acordar os sentidos e fazer o corpo sentir-se melhor. Apesar de não deixa-la sóbria imediatamente, pode ajudar o corpo a estar mais revigorado.

- Vem, porquinha, vamos tomar um banho. – Brinquei, arrancando um sorriso lindo dela.

Com um pouco de dificuldade, Lauren se pôs de pé e eu a auxiliei quanto a sua fantasia. Começando a tirar a imensa capa preta, em seguida abaixando-me para retirar os sapatos, onde ela apoiou parte do peso em meu ombro, redobrando o equilíbrio. Quando me levantei, olhava para seus olhos e depois abaixava o olhar para o fecho do pequeno short, repetindo os movimentos mais algumas vezes.

- Pode tirar, Camila, eu não mordo. A não ser que você peça. – No final sorriu maliciosamente, tudo o que fiz foi bufar.

- Já recomeçou com as piadinhas?

Abri o fecho e abaixei seu short rapidamente, quanto mais lento fosse, maior seria minha tortura interna. Logo me deparei com sua box preta. Ainda não me sentia preparada emocionalmente para revê-la pelada mais uma vez, mas era por um bem maior. Subi as mãos até sua blusa apertada, a retirando vagarosamente, eu me sentia fixada em olhar seu abdômen definido.

Retirei seu sutiã, em uma tonalidade verde militar e por último sua box, revelando seu enorme mastro. E era maior ainda sendo visto tão de perto.

E quando por fim a tortura acabou, retirei seus anéis e brincos, juntamente com as presas falsas de vampiro e a pus embaixo do chuveiro.

- Camz, está gelada. Desse jeito vou ter hipotermia. – Eu apenas ri de seu desespero. Era uma cena formidável de se ver, Lauren encolhia seus braços contra o corpo, enquanto seu queixo tremia.

- Como é exagerada. Para você ter hipotermia tem que haver uma significativa e potencialmente perigosa queda de temperatura do corpo. A causa mais comum é a exposição prolongada ao frio, o que não é o seu caso.

- Mas eu estou congelando.

Ignorei seu comentário e comecei a passar o shampoo em seus longos cabelos negros como a noite. E eram tão macios que parecia que eu tocava as nuvens com os dedos.

- Ai, Camz.

- O que foi?

- Entrou no meu olho.

Choramingou, parecendo tão delicada quanto um bebê. Mais quando fitei com o rosto próximo ao seu olho, ele não estava vermelho. E tudo o que senti em seguida foi seus lábios se unindo aos meus, em um longo selinho. Empurrei-a pelos ombros nus, em seguida dei-lhe uma leve tapa em seu rosto.

- Palhaça! Porque fez isso?

- Porque eu queria um beijo teu.

- Poderia ter tido a decência e ter pedido. - Comecei a ensaboar seu corpo.

- Então me dá um beijo.

- Você já me beijou hoje, Lauren. Duas vezes. Três já seria abuso.

- Então abusa de mim. Pode passar o rodo, Camz, eu deixo. – Olhei-a indignada, revirando os olhos em seguida, arrancando-lhe mais uma risada. Alguns minutos depois acabara de lhe ensaboar. – Faltou um lugar.

- Não vou ensaboar seu pênis.

- Que pena! – Finge tristeza, formando um lindo bico em seus lábios.

- Eu o quero bem limpinho, entendeu, Jauregui?

- Pretende brincar com ele? – Abri a boca, incrédula demais para pronunciar qualquer palavra. Dando-lhe mais um tapa no braço. - Ai, Camz! Seja delicada.

- Vou lhe mostrar a delicadeza quando enfiar a mão na sua cara.

- Que fúria! Camz, você ainda vai me tratar tão frigidamente quando nos casarmos?

- Como é que é? Quem disse uma blasfêmia dessas? – Questionei com cinismo, recebendo um revirar de olhos de Lauren.

- Eu disse e repito: Nós vamos nos casar!

- Lolo, nós sequer namoramos e você está me propondo um casório?

- Quer que eu primeiro peça permissão aos seus pais? – Questionou confusa, franzindo as sobrancelhas.

- Não. Eu quero que você cale a boca e se enxugue, tem um pijama em cima da cama, vista-o. Enquanto você se troca vou buscar algo para que possa comer e muita água, você precisa hidratar o corpo.

Desci as enormes escadas, de modo ameno e cuidadoso, retornando assim ao salão principal, palco da grande licença. Andei até o restaurante mais próximo, passando na frente de algumas pessoas e chegando finalmente na frente da cozinha, precisava ser discreta.

- Não pode entrar aqui, moça. – Repreendeu o que imagino ser o Saucier, seguindo a hierarquia gastronômica, carregado de um lindo sotaque francês.

O Saucier é responsável pela elaboração dos molhos, salteados e braseados, como pratos de carne, entradas e ensopados. Os molhos têm fundamental importância em um prato, e está longe de ser uma simples composição.

- Eu sei, mas é muito importante. Me chamo Camila Cabello, sou filha do Alejandro e Sinuje. E explicando de uma maneira mais direta, preciso de uma jarra de água, e carboidratos. Prepare tudo o mais rápido possível e leve até a suíte do segundo andar... E prepare um Bloody Mary

Dei meia volta, avistando ao longe meus amigos, que logo acenaram. E sem olhar para trás, segui escada acima, indo em direção ao segundo andar. Lauren se encontrava com as costas encostadas na cabeceira da enorme cama, possuía um olhar vago. O pijama havia ficado um pouco apertado, o que lhe ressaltava a silhueta e as partes inferiores.

- Pedi algumas coisas para você comer.

- Não estou com fome, Camz. – Me respondeu manhosa.

Segui em sua direção, sentando delicadamente ao seu lado, me aproximando aos poucos. Percebendo minha intenção, enlaçou meus ombros e recostou minha cabeça em seu forte peito. Logo, aproveitando o clima ameno, abracei sua cintura com meu braço direito.

Logo, em questão de apenas cinco minutos, ouvi batidas na porta, com toda certeza só poderia ser o “serviço de quarto” que solicitei. Lamentando, deixei os braços acolhedores de Lauren e segui em direção a porta, onde vi um jovem rapaz com um carrinho adentrar com as comidas, a jarra de água e o Bloody Mary. Agradeci repetidas vezes, em seguida ele se foi com um sorriso no rosto.

- Vem, Lolo, você precisa tomar muita água. – Pego a jarra e despejo no médio copo de cristal.

- Não estou com sede, Camz e nem com fome. Eu quero dormir.

- E você vai. Mas primeiro, o álcool tem a habilidade de desidratar o corpo, o que pode levar a fadiga e dor de cabeça durante o dia. Você precisa reidratar o corpo com água ou bebidas eletrolíticas.

- Eu prefiro café.

- Não pode tomar café ou refrigerantes, eles podem desidratar o corpo ainda mais. Para compensar, eu os mandei prepararem um Bloody Mary.

O tradicional Bloody Mary é um dos drinques mais famosos da história. Salgado e apimentado, este coquetel não agrada a todos, mas trás consigo uma legião de admiradores pelo mundo afora. Uma pesquisa realizada pelo Technomic Trends mostrou que cerca de 33% dos americanos consomem o coquetel uma vez por mês e, 54% preparam o drink em casa em ocasiões especiais, como festas, recepções e jantares. A bebida continua em alta até hoje, mesmo sendo datada com a receita dos anos vinte.

- Não acha tolo me dar uma bebida alcoólica enquanto ainda estou embriagada? – Perguntou com os cenhos franzidos, uma linda expressão devo ressaltar.

- Pode parecer ridículo, mas um Bloody Mary tem se mostrado eficaz para aliviar os sintomas. O suco de tomate e o aipo sozinhos são ricos em vitaminas que seu corpo está esgotado por ter consumido muito álcool, e a pequena quantidade dele pode ajudar a aliviar as dores de cabeça e no corpo. – Permanecendo hesitante, Lauren e aproximou da mesa em que eu colocava as comidas. Alimentos ricos em carboidratos como o pão ou o macarrão ajudam a fornecer ao corpo energia.

Depois de passar alguns poucos minutos comendo, ela finalmente terminou a refeição. E mesmo vacilante, retornou a enorme e aconchegante cama, comigo em seu encalço. Deitou-se calmamente e em seguida passei o grosso cobertor por seu corpo, pouco mais abaixo das axilas. Sentei-me e mesmo continuando indecisa, comecei a afagar seu rosto e cabelos, sendo acariciada com um tímido sorriso.

- Boa noite, Camz. – Disse de olhos fechados. Ao contar de quase cinco minutos, sua respiração se encontrava ritmada e amena. Ela havia dormido.

- Boa noite, meu amor.

Plantei um beijo em sua testa e recostei minha cabeça na cabeceira da cama, fiquei observando-a dormir pelo resto da noite.

 Tirei a mão do seu ombro para tocar seu queixo, delicadamente, como se ela fosse de cristal. O calor de seu rosto aqueceu a ponta dos meus dedos. A sensação era nova e um pouco incomoda, como pequeninos choques, mas mantive meus dedos ali... decididos. Toca-la foi uma experiência extasiante, pude provar a mim mesma que aquela mulher fascinante era real. Que o momento era real, e principalmente, que meu amor era verdadeiro.


Notas Finais


Demorei, mas voltei. Espero que FAVORITEM e COMENTEM.
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