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História Caminhos de Tormentas - Dia de Cão.


Escrita por: Eden_Wing

Notas do Autor


Geralmente temos aquele que dia promete mundos e fundos, mas ele começa de forma infernal não é verdade?

Capítulo 5 - Dia de Cão.



Dia de Cão.
June
Pista de treinamento de Drake.
07:15
Meu irmão se tratando de amor é um zero a esquerda, lerdo pra tudo, não nota nenhum flerte, azaração, paquera e essas coisas do amor porém se bem que eu não posso dizer muita coisa sobre isso também, sou tímida, nunca tive sorte com casos e o título de prodígio torna a aproximação de ambas as partes mais difícil ainda. Bem isso não importa no momento, o foco agora é o prêmio para o melhor cadete do dia na abertura da nova pista.
Sou uma das primeiras a chegar e logo vejo o professor de trilhas o Major Ethan preparando, verificando armas e programando possíveis alvos através de seu computador pessoal, presto uma breve continência para ele e sigo para o vestiário para guardar minhas coisas. Saio do recinto e vou para uma pista auxiliar que serve de aquecimento para os alunos, faço algumas séries de exercício enquanto aguardo a hora da aula e vejo alguns colegas de classe chegarem de uma só vez, parece que Cammie, Dorian, Connor, Sarah, Patrick e Sam vieram numa caravana só, faltando pouco mais de dez minutos para o início da aula todos da classe já estão presentes e assim o Major pede a antecipação do esclarecimento da atividade e todos concordam.
—Bom dia cadetes, hoje vamos estrear o suprassumo da tecnologia de treinamento de guerra, a nova trilha que vocês desbravarão simula com uma precisão de 90% todo tipo de terreno que se encontra dentro ou fora de nossa nação. Assim que assumirem seus postos, seja onde for, estarão ambientados e terão essa habilidade prévia como vantagem contra o inimigo. — Pensar que toda essa infraestrutura é desenvolvida em nossos territórios sem dependermos de ninguém me dá um orgulho sem igual.
—Entretanto os jovens de hoje em dia não ligam para isso praticamente, não se fazem mais soldados como na minha época ...— O desabafo do Major é sem sentindo se ano após ano ganhamos um pouco mais na guerra contra as colônias e no fim é isso que importa não?
—Vamos ao que realmente interessa aos presentes aqui, informei a todos na última semana sobre um “prêmio” certo? Aos mais curiosos já adianto que se trata da primeira experiência em campo como agente de suas carreiras.— Ao escutar essa frase minha animação vai a mil. A chance que tanto aguardo só depende de mim agora.
—O treinamento é uma bateria de 10 exercícios aleatórios que valem 100 pontos cada para o vencedor e o último pontuador é o décimo colocado marcando 10 pontos, ao final do dia quem estiver com a maior pontuação será o vencedor.—Manter a regularidade hoje será essencial.
—Vamos ao primeiro exercício, será algo básico para apenas aquecermos um pouco. Patrulha em área desolada.
Imagino como será a distribuição de pontos dessa atividade, já que basicamente estamos em grupo e treinamos para agir em unidade e não cada um por si. Vou ao balcão que contém as armas e me sirvo do Rifle de médio alcance, a Pistola com carregador de balas de tamanho extra e as facas de combate corpo a corpo, verifico como está o meu equipamento de treinamento e passo pela inspeção que verifica se não estou levando algo ilícito ao ambiente da trilha, a soldado me revista e libera após a passagem do scanner, vejo as projeções tomando vida a minha frente enquanto o resto da turma, que está dividida exatamente em dois grupos de 10 pessoas, toma as respectivas posições na trilha, os times escolhidos pelo major se diferenciam pela cor de tarjas vermelhas no meu caso ou amarelas no caso do adversário.
Os grupos se separam e junto do meu começo a formular estratégias para não sermos pegos de surpresa durante a ação. Dorian e Sam estão no mesmo time que eu e isso nos dá a vantagem de termos “peritos” em tiros de longas distâncias e o bônus de bons observadores que notam uma movimentação estranha a “quilômetros” formando nossa retaguarda, quando possível observar do alto de uma edificação e fazer a cobertura do resto da guarnição. Joshua seria nosso tanque em forma de gente e de incrível agilidade, Rilley a pistoleira N°1 da turma e Mason (nunca vi grandes qualidades nele) formam o trio de batedores do ataque. Eu e Caleb somos o time de reconhecimento, isto é, antecipamos, prevenimos e neutralizamos possíveis alvos por meio da furtividade e assim poupando o resto do time de desgastes desnecessários. Por fim temos Ryan, Valentine e Jayme que são os apoiadores, ou seja, ajudam a parte do time que está em ação e não conseguem cuidar das partes de atacar e defender ao mesmo tempo e isso exige uma grande preparação física, a falta de organização dessa área pode levar a derrota no treinamento e a morte no front.
Aguardo ansiosa pelo sinal sonoro que indica o início do “dia de cão”, observo animada meus companheiros e dada a largada vamos em busco do inimigo o mais breve que podemos. Logo de cara vejo algo marcado de amarelo e percebo que é uma armadilha, provavelmente ativa uma bomba no solo e dizimaria o grupo num piscar de olhos se não fosse notada. Peço para que Caleb observe com cautela o lado oposto da “bomba” e que o grupo guarde posição enquanto desarmamos o esquema. Rapidamente Caleb chega a edificação do outro lado da rua e desarma o dispositivo que atrapalhava nosso caminho.
Encontramos vários tipos de armadilhas e alguns insurgentes isolados mas nenhuma resistência “física” real até que chegamos numa zona que se projeta mais urbana, algo semelhante aos arredores de L.A, predominância de prédios de 10 andares, praticamente em ruínas, ruas exageradamente esburacadas que dificultam até o avanço de tropas terrestres. Sam é o primeiro a notar a movimentação no topo de um telhado a Noroeste de nossa posição, são três elementos em pontos distintos do local, Sam e Dorian afirmam ter os alvos travados na mira assim que encontram uma posição para atirar e pedem para Caleb ou eu nos livrarmos do último, assumo a responsabilidade por estar mais próxima do alvo enquanto Caleb verificaria os andares inferiores do prédio inimigo.
Fizemos uma contagem regressiva conjunta e a salva de tiros acerta os alvos numa sincronia perfeita sem chances de reação. Caleb informa o que viu nos andares abaixo do telhado e os relatos são de vários inimigos em diferentes áreas e um ataque de “peito aberto” está descartado pelo desconhecimento do resto da situação do território hostil. Peço que o grupo de ataque se posicione na lateral do prédio até que a ordem de entrar seja dada. Jayme se prontifica para dar cobertura junto aos atiradores enquanto eu e Caleb partiríamos juntos aos outros apoiadores para os fundos do local para iniciarmos o ataque.
Chegando nos fundos do prédio vejo que temos uma chance de nos infiltramos e tomarmos conta da base sem fazer alarde na “vizinhança” e poupar esforços para o resto do dia. Valentine e eu por sermos as mais magras conseguimos passar por um duto de ar que nos leva ao 1° andar do prédio, verificamos e notamos presença inimiga, e pior ainda observamos acessos bloqueados também não podíamos observar o térreo pois as escadas estão sobre forte vigilância e o plano que tornariam nossa empreitada junto de nossos companheiros mais fácil vai por água a abaixo. Agora o jeito é derrotar o máximo de inimigos antes de chamar o reforço, isso soa como loucura mas deslocando os inimigos para este andar, afetaria a concentração deles e nos daria a vantagem para atacar com o efeito surpresa, onde já saberíamos a localização e força do inimigo enquanto o contrário não aconteceria.
Valentine surpreende um soldado pelas costas e o esfaqueia na garganta e toma cuidado para que seu corpo não faça barulho ao tocar no chão, observo outro inimigo entrando na recinto de Valentine e antes que ele a veja acerto uma coronhada em sua nuca e o mesmo caí desacordado, em seguida caminhamos até outra área em que a furtividade não teria efeito algum devido à quantidade de inimigos(por volta de 10) e ser um cômodo parecido com uma sala, a companheira ruiva não perde tempo e logo orquestra pelo comunicador a invasão e ataque das demais equipes. Após 15 segundos escuto estrondos e tiros vindos de vários andares e o caos se formando a nossa frente e apenas deixo minhas facas prontas para o pior.
O primeiro combatente a sair tropeça no meu pé e leva uma facada na altura das costelas e caí no chão se contorcendo, Vale encara o segundo e terceiro com sua arma acertando belos tiros no peito de um e na coxa do outro, o quarto pula em minha direção e apenas deixo sua força vir contra mim e num simples gesto de esquiva eis que surge uma bela facada no abdômen e mais um caído ao solo, o quinto consegue arrancar a faca de minha mão e acerta uma sequência de socos na altura de minha barriga, caio desnorteada, tento me levantar mas levo outro duro golpe agora na cabeça, Vale que acabará de estourar os miolos(não sabia que ela era tão boa assim com armas assim ou a pancada na cabeça fez a cena parecer melhor) do sexto veio ao meu resgate fugindo dos outros quatro restantes da sala, o Gigante que estava diante de mim caiu feito um castelo de cartas após outro tiro certeiro de Vale no peito.
Corremos do jeito que podíamos até outro espaço que provia a mínima defesa contra os amarelados, estou meio grogue da última sequência contudo não posso virar um fardo para Vale a situação difícil que nos encontramos, os quatro que restavam da sala nos acharam e iniciaram um tiroteio digno dos filmes de guerra que eu vejo com Metias de vez em quando. Meu rifle não é a arma adequada para a situação porém serve muito bem em assustar e por na mira certeira de Valentine que está afiada hoje, as longas rajadas fornecidas pelo meu rifle tiram os adversários da parede e dão o ângulo mínimo para os tiros de pistola certeiros da ruiva destruírem um por um naquela situação.
Os reforços chegam ao nosso andar no momento que o último homem é derrotado por Valentine, me comunico com Dorian para ter um relato da situação acima de nós, e a notícia é mais uma enxurrada de obstáculos e assim o dia de cão está apenas começando.
 


Notas Finais


Vejo vocês na próxima!


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