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História Caminhos de Tormentas - Bater as vezes é a melhor terapia.


Escrita por: Eden_Wing

Notas do Autor


Queria comprar um saco de boxe admito, socar algo descarrega as energias pra todas as situações.

Capítulo 6 - Bater as vezes é a melhor terapia.


Bater as vezes é a melhor terapia.

June
Área de Treinamento
É de manhã ainda(eu acho)

 

Agora com os reforços aqui, vamos eliminar os riscos andar por andar. Com o trio de ataque conosco os ataques a cada pavimento são facilitados pelo alto poder de fogo de suas armas e a mira à curta distância afiada, além claro da excelente cobertura dada pelos atiradores do outro lado do prédio que fazem a limpa de todos que estão próximos a fachada.

 

Riley e sua pistola que mais parece uma metralhadora vão abrindo caminho como se fossem uma faca quente na manteiga, esse pensamento me faz crer que não comi o suficiente no café da manhã, Joshua por sua vez deixa a destruição como sua marca e quase nada resiste a sua presença e enquanto Mason tem sucessivos erros de mira, parece que alguém o trocou de lugar com Valentine nos últimos testes de aptidão.

Enfim chegamos ao lance de escadas que dá acesso ao último andar do prédio e nos deparamos com uma espessa porta de metal que está apenas mostrando uma fresta do que vem por aí. Um depósito mal iluminado com vários caixotes empilhados de formas desorganizadas. Após as outras armadilhas do início essa aqui é até mais simples do que o esperado, entrar sem pensar duas vezes aqui é pedir para ser fuzilado sem piedade. Bolamos um plano para que o grupo de ataque escale a edificação a partir do andar que conquistamos abaixo até as janelas deste que estamos invadindo assim criando uma distração para nós que vamos abrir a porta, tentamos contatar o trio do lado de fora mas a estática nos comunicadores torna a passagem de informações impossível.

Cinco minutos de espera e as janelas estouram do outro lado da cortina de ferro, o esforço descomunal para a abertura da porta nos deixa em desvantagem e tornam todos alvos fáceis de serem alvejados por tentarmos juntos deslocar a cortina. Recuamos e no impulso saco as pistolas e faço a cobertura do grupo que está ao meu lado, no segundo esforço obtemos êxito na abertura e tenho uma surpresa ao adentrar o salão, os amarelados deste andar se assemelham muito aos colegas de classe e isso gera uma espécie de receio em disparar ou deferir qualquer golpe neles.

Busco abrigo atrás de uma das pilhas de caixotes que ainda estão inteiriços nessa altura do combate, espio pela lateral e vejo um vulto de estatura baixa e loira correndo feito louca em direção a Riley com uma metralhadora em mãos, suspeito que seja Cammie Stone, uma versão em miniatura da condecorada Comandante Jameson, é o que dizem. Lembro-me que todos os inimigos aqui são projeções e portanto não havia o que temer em relação a saúde dos outros alunos. Saio em disparada em direção a “louca”, as balas agora são as únicas coisas iluminam o recinto em faíscas douradas e azuladas quando encontram as paredes e caixotes pelo caminho, atiro contra a sombra mas a necessidade de me esquivar dos disparos e a perícia da pequena em esconder-se em espaços limitadas faz essa tentativa ser em vão.
Encontro Joshua durante minha “caça de gato e rato” e pergunto sobre os inimigos:
—E então estamos em quais condições, Tanque?
—Sra. Prodígio, estamos em vantagem, assim que entramos abatemos três alvos e acabei de ver mais um ali pelo chão. Reparou que esses malucos se parecem com os nossos malucos da classe?— O bom humor dele em uma condição dessas é digna de destaque.
—Reparei isso também e me assustei no início, mas agora estou caçando a Cammie, faça a cobertura de Riley como prioridade entendeu?
—Sim senhora, vou lá proteger a pistoleira e boa caçada pra você.

Durante a conversa recarreguei minhas armas para não ter o azar de estar “zerada” quando encontrar alguém pelo caminho. Não sei o por quê do desejo de encontrar e derrotar Cammie mas ela é o meu alvo principal e manterei isso até o fim. Andando sem saber por onde, vejo uma outra sombra, agora de porte bem maior e totalmente desprotegida pela retaguarda e assim pego minha outra faca e ataco rapidamente pelas costas, o alvo tenta reagir num primeiro instante contudo derrubo-o no chão e acerto uma pancada na cabeça que deixa a projeção imóvel.

No entanto, enquanto retirava a faca sinto algo passando rente ao meu rosto como se tivesse sido jogado contra mim e ouço um tipo de risada forçada ao fundo com as seguintes palavras proferidas:

— Olhando dessa forma, você não é tão fodona assim não é mesmo queridinha da República, continue sentada aí brincado de médica boneca.

Por mais que seja uma mera “miragem” a dizer isso, o desdém e ironia passadas por ela são incrivelmente irritantes e idênticas a real. E apenas desejo esmurrar a cara dela ali e me satisfazer de algo que não posso fazer no dia a dia.

 

O embate começa com apenas provocações nós duas queremos matar uma a outra, novamente é Cammie que toma a iniciativa corre em minha direção com uma faca em punho, não esperava isso dela, geralmente as projeções só atacam com armas de fogo ou com as mãos vazias, e esse momento de distração quase me faz ser atingida nas costelas. Me jogo para o lado buscando reverter a situação, todavia os ataques continuam incessantes e me esforço em desviar até que fico encurralada numa parede, os olhos dela parecem as de um predador sedento pelo sangue de sua presa, terei de elogiar o Major pelo emprego dessa tecnologia está sensacional, e como se fosse o bote final ela mira sua faca em direção ao meu coração, porém depois de todos esses ataques eu já percebi o tempo que ela demora para desferir os três tipos de golpe, o tipo de golpe “Reto” que usará agora demora pouco mais de 2 segundos para me alcançar.

Visualizado aquela faca vindo em minha direção e tendo que esperar o último momento para realizar o contra golpe, a agonia é um mero detalhe de tudo que sinto. 1s, 1.5s, 1.75s e rolo pro lado e logo chuto seu braço que acabará de fincar a faca na parede, agora é minha chance de acabar logo com isso, desfiro uma sequência de golpes e a filha da mãe defende-se muito bem contudo com um detalhe, em nenhum momento ela protege a perna esquerda e usarei isso ao meu favor, tento alguns chutes a meia altura até que a chance de derrubá-la aparece, dou-lhe uma rasteira e a mesma caí sem reação, desconto minha raiva do semestre todo naquele instante até a projeção desaparecer.

Instantes após minha terapia terminar um sinal sonoro avisa o fim da atividade e luzes nos direcionam a uma porta que é a saída do labirinto do mundo que nos metemos, aguardo ansiosa pela minha pontuação e dos meus companheiros de time também. Saio da redoma da trilha e encontro todos, ainda na formação de grupos, sentados nos bancos próximos se hidratando e comendo algo, o semblante do meu grupo é extremamente feliz enquanto o do outro é de pura irritação.

 

O Major parece digitar algo nos comandos enquanto verifica e falar algo com alguns outros professores junto as telas de vídeo de sua sala, pela ausência de notas a ansiedade só cresce. Após a interminável espera de 10 minutos as notas saem nas telas em volta da redoma da trilha e algo curioso ocorre, os dez membros do grupo vermelho ganharam 100 pontos enquanto todos do grupo amarelo ficaram zerados na classificação. Isso é apenas o começo, só faltam nove desafios e nove pessoas para derrotar agora.

 

Começar a disputa com a pontuação máxima é muito bom, mas nesse semestre aprendi que todo tipo de “sorte” com esse professor vira um tormento depois. O major e outros oficiais que ministram aulas aqui no campus vem em nossa direção cheios de papéis em mãos e a cara do grupo como todo é como se acabassem de comer algo azedo, após alguns segundos, um dos professores encerra o silêncio.
—Vocês jovens, são o futuro desta nação! E é só isso que vocês são capazes de fazer durante as situações de tensão? Por um lado tivemos um grupo que foi bem coeso em sua definição de tarefas e táticas porém senti hesitação em certas ocasiões enquanto o outro foi um show de prepotência e falta de espírito de equipe mas admito que a astúcia de alguns membros me deixou com a esperança de ver algo melhor ao longo do dia, de resto aguardo as próximas provas para ter uma melhor avaliação dos envolvidos.
Esses professores as vezes são meio incoerentes em suas conclusões mas estamos de mãos atadas nesse momento e outro professor toma a vez de falar:
—Faço minhas as palavras de meu companheiro, primeiramente o grupo amarelo foi uma decepção em vários quesitos, porra vocês vão fazer uma patrulha em grupo e querem partir pro cada um por si? É sério isso? Caralho se fazem isso na zona de guerra a chance de sofrerem uma emboscada e morrerem e ter um destino pior que é virar prisioneiro de guerra será de 100%, querem penar na mão daqueles porcos sem-terra!? Então mudem suas atitudes desde já!!


E a série de sermões continua por mais de meia hora até que por um milagre voltamos as atividades que interessam e que assim comece o treinamento de tiros a alvos em movimento.


Notas Finais


Relembrando não é pra bater no amigo, ninguém quer ir preso aqui não é mesmo ?
Então entre num clube de luta, compre os equipamentos e vá descontar essa raiva na segurança de um local apropriado para isso!
Até a próxima


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