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História Caminhos de Tormentas - Parceria do Caos.


Escrita por: Eden_Wing

Notas do Autor


Temos aquelas parcerias que são pra vida toda, ques são boas mas por algum motivo se desfazem e algumas ocorrem uma só vez.

E essas que ocorrem uma vez são explosivas e caóticas, gerando bons frutos ou não...

Capítulo 7 - Parceria do Caos.


Parceria do Caos.


 

June
Universidade de Drake
12:00.


Uma pequena pausa para o almoço e assim vou repassando tudo o que eu fiz nessa manhã. Os exercícios após o treinamento em realidade aumentada se concentram basicamente em perícia com armas:

Tiros de curta distância, carregar e descarregar rifles no tempo mais curto possível, atingir o maior número de alvos com a menor quantidade de disparos e disparos a alvos em movimento estando também em movimento.

Estive no “pódio” em 3 desses exercícios, manter a regularidade é essencial para vencer hoje, só fique fora dos 3 primeiros no exercício de "mais alvos, menos disparos" mas ainda assim fiquei no top 5. Estou em primeiro mas sou seguida de perto por Dorian e Valentine, qualquer deslize pode me deixar de fora da briga do jeito que está sendo disputado até esse momento

Olho para o painel com as notas ou melhor dizendo com o placar do nosso “torneio”, vejo minha vantagem de 20 pontos(430 a 410) e fico pensando nos próximos desafios, cálculo onde posso errar e numa breve meditação tento reavaliar tudo para reverter ou diminuir tal desvantagem. O Major Ethan nos chama de volta ao campo de treinamento e sem mais de longas anuncia o próximo exercício.

Treinamento em duplas sorteadas no seguinte esquema, os 10 melhores num pote e os 10 piores no outro pote, vamos um por um vamos tirando nossos "pares". Eu tiro o número 3 e fico no aguardo de quem será o meu parceiro, seja lá quem for não deixarei que me atrapalhe nessa caminhada.

O Major inicia uma breve explicação sobre o que faremos agora.

—Caros alunos, esse treinamento mostra a realidade mais crua possível de uma patrulha na linha de frente de uma guerra.— Estou com uma breve sensação que escutei isso já algumas vezes no último mês.

—A patrulha em duplas é recheada de dissabores, você só pode confiar em uma pessoa, você é um alvo em potencial para todos, a única proteção extra que se tem campo são escombros e seus coletinhos, mantimentos e munição? Só se leva o essencial e se precisar de mais? Derrote o inimigo e pegue os suprimentos dele.

—E vocês terão o prazer de ter essa experiência no conforto do lar. Que moleza não? Darei outras informações assim que estivermos prontos para iniciar a atividade. Agora peço que tomem seus postos dentro das respectivas áreas sorteadas.

Ando em direção a sala número 3 e vou olhando quem vai entrando nas outras salas e vou ficando cada vez mais apreensiva, não deveria estar assim mas vamos deixar de ser uma máquina por um instante, mas quando menos se espera o mal surge pra te desafiar. Cammie Stone surge com um sorriso sarcástico e dando uma ombrada de leve quando se acomoda ao meu lado no stand. Ela parece estar mascando um chiclete quando de repente solta a pérola “Então quer que eu cuide da sua retaguarda? Parceira”. Bem se eu pudesse escolher, definitivamente não seria ela, se eu pudesse bater como bati naquela projeção eu seria bem mais feliz mas não vai ser uma garota birrenta que irá me tirar do sério e impedir que alcance meu objetivo no dia, aquele prêmio é meu!


12:30

Trilha de realidade aumentada em Drake


 

Após o almoço nunca pensei que teria uma azia em forma de pessoa, ter Cammie como parceira é um soco na boca do estômago, tantos sentimentos ruins pós-almoço me faram uma bela indigestão. Estamos nos equipando com as vestimentas típicas das tropas que fazem patrulha no front, são vestimentas tão camufladas quanto as utilizadas por tropas de operações especiais, a tentativa de ser invisível ao olho do inimigo é a melhor estratégia quando se refere a questão das patrulhas, se observamos algo suspeito podemos intervir e averiguar sem levantar maiores suspeitas e esse deve ser o espírito desse treino; Observar o inimigo e não deixar rastros, isso não depende da afinidade dos patrulheiros todos aqui tem o inimigo no outro lado da fronteira, se falharmos entre nós, falharemos com eles.

O treinamento começará em instantes e não troquei praticamente nenhuma palavra com Stone, se isso não for um inconveniente nada de ruim acontecerá, mas assim que a projeção se inicia vamos uma para cada lado e o impasse logo nos deixa em posição desfavorável, quase chego a gritar com ela mas isso seria um atrativo para nos cercarem e perder os pontos logo nos minutos iniciais, me concentro e tento seguir ela pra deixá-la numa situação mais confortável e minha estratégia ir se moldando ao redor de suas ações, isso me complica um bocado, tentar prever pensamentos e movimentos, ter de refazer toda hora um plano de ação é muito desgastante para o momento, pois não tenho de me ater só aos movimentos dela mas sim ao todo o meu redor e to longe de ser um computador de processador de velocidade quântica para suprir tal tarefa.


 

Logo tendo uma louca se metendo em todos os locais possíveis na busca incessante por quaisquer objetos que nos darão pontos pela captura e apreensão dos mesmos e eu tomando conta da retaguarda mas tentando entender a lógica de busca da companheira, a loucura e falta de entendimento do que estamos fazendo nos deixa num momento de apuros, com uma pequena emboscada feita a partir do estouro de bombas de poeira que nos tiram a capacidade de entender do que está ao nosso redor e nos tornam presas fáceis a quem quer que esteja nos observando nesse momento.


 

Tento usar os óculos de visão noturna, mas é em vão, a areia é tão intensa que embaça e bloqueia a visão e cria um desconforto com a sensação da areia cortando a pele. Não vejo mais a Cammie, a pequena presença não se faz mais presente, tento escapar da “tempestade” e correr para algum lugar seguro, a única referência que tenho é a silhueta de uma árvore que está um pouco mais de 15 metros de distância. Não é o mais seguro, nem o mais sensato, porém é o refúgio que tenho para agora.

Corro para a “árvore” e escalo-a para ter uma mínima visão da situação da região, não vejo nenhuma movimentação ao redor da confusão formada pelas bombas. Meu julgamento ainda está afetado pela quantidade de areia que arranhou o meu rosto como se fossem várias navalhas pequenas.


 

A poeira começa a se dispersar, desço da árvore e tento procurar minha parceira a todo custo, essa parte curiosamente consegue ser a mais fácil do dia, instantes após descer da árvore eu vejo uma movimentação numa espécie de manilha de água coberta por folhagens, um abrigo muito bom para situações de emergência, tenho de reconhecer os méritos de Stone nesse momento, mas antes de qualquer sinal de companheirismo, afinal não sofremos quaisquer danos, ela já se direciona a mim gritando em um nível que até o mais longínquo soldado fora dessa simulação também teria escutado. Tento manter a postura de conciliação, afinal bater de frente aqui não é necessário e só agravaria a situação.

— Sua soldada de merda!! Era pra cuidar da minha retaguarda e não subir em árvores!
— Tentei te acompanhar usando os óculos mas foi impossível enxergar naquela enxurrada de areia.
— Só ouvi uma desculpa esfarrapada, se você não quer ganhar nada hoje não interfira nos meus planos, ok?
Ela pensa que é a maioral, tem mais de vinte pessoas brigando pra mostrar suas habilidades aqui e ela nem de longe é uma das principais.
—Eu não vou atrapalhar ninguém, só quero fazer o meu trabalho e ganhar essa disputa tanto quanto você.
Cammie dá de costas durante minha fala e apenas segue fazendo seu roteiro bisonho de se enfiar em cada buraco desta terra, procurando os pontos que nos trarão a “glória” e apenas sigo com sua empreitada.
—Se quer assim, que assim seja!


Notas Finais


De duas possibilidades uma com certeza ocorre?

Ou elas se ajudam ou elas se matam, sinceramente não sei se existe um meio termo entre elas.


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