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História Caminhos do Amor (Romance Lésbico) - Operação AMEBA


Escrita por: bcosta03

Notas do Autor


Hey Amybetes,

Mais um cap pra vocês! Lembrando que estamos quase junto com o número de caps da Editora então to postando mais lentamente ok?

Boa leitura :)

Capítulo 56 - Operação AMEBA


              

POV AMY

            Parecia um sonho e enquanto meus lábios tocavam o de Isabel em um beijo intenso e apaixonado, parte de mim rezava para acordar e descobrir que todo esse turbilhão de sentimentos era uma fantasia do meu inconsciente e a outra parte, aquela que vibrava todo meu corpo depois de ouvir que Isabel me amava, não se importava com o furacão ao nosso redor. Afinal, se ela me amava, poderia fazer tudo. Poderia enfrentar o mundo apenas por ela. E estava realmente disposta a isso.

            Nossas bocas pareciam um encaixe de peças moldadas com perfeição e o beijo era ainda mais viciante do que qualquer outro. Era como uma promessa de que nos pertencíamos de corpo e alma, de que nos amávamos. A língua quente de Isabel deslizava sobre a minha, enquanto suas mãos apertavam meus cabelos com um certo desespero. Deixei que minhas mãos se entrelaçassem atrás de sua cintura, apenas para mantê-la ali, perto. Quase fundida em mim.

            Havíamos quase nos perdido, mas agora estamos mais juntas que nunca. A tentativa de nos separar havia fracassado e como um brinde do destino, o algoz virou nosso aliado. Mais eu sabia que o fato de Milena decidir ficar do nosso lado não era o suficiente. Além de termos que vigiá-la, precisávamos de um plano infalível e de mais aliados.

            Separei minha boca da de Isabel com dificuldade, desejando sentir aquele sabor e textura dos lábios carnudos por todo meu corpo, lutando com todos os centímetros do meu ser para interromper aquele momento. Dei alguns selinhos demorados em Isabel e abri meus olhos para encontrar os verdes já escuros de desejo e ao mesmo tempo emocionados. Isabel havia passado por uma fronte pressão emocional e tudo que eu queria era fazer amor com ela e embalá-la nos meus braços. Nós duas precisávamos disso.

            Mas como sempre o tempo estava contra nós.

            - Eu preciso ir agora. Sussurrei dando-lhe outro selinho delicado.

            - Não! Eu não quero que você vá... Isabel jogou-se em meus braços como uma criança birrenta. A voz dengosa me fez rir e acariciei seus cabelos enquanto ela descansava a cabeça na curva do meu pescoço. Ela era adorável de qualquer forma, mas quando fazia manhã chegava a ser covardia.

            - Não faz isso amor.... Prometo que nos vemos mais tarde ok?

            - Porque você quer ir embora? Perguntou fazendo bico e cruzando os braços e eu, obviamente, sorri de novo.

            - Você é a coisa mais linda fazendo dengo sabia? Ela corou e mordi seu bico de leve, fazendo-a suspirar – Mas pode ser que alguém esteja vigiando amor, não podemos correr o risco de acharem que nos reconciliamos.

            - Então vamos assumir nosso namoro hoje. Agora! Chama aquela oferecida da Mansour e anunciamos tudo. Ou então nos exibimos e deixamos que alguém nos veja. Eu não me importo se aquela broaca esticada e brega da Sônia quiser me difamar. Gargalhei alto com o novo apelido da megera e Isabel arqueou a sobrancelha intrigada.

            - Eu digo que quero assumir nossa relação e você ri na minha cara Amy Collins?

Isabel mantinha os braços cruzados e bateu o pé, ainda mais emburrada. Não resisti em perder mais alguns minutos apenas para enlaça-la pela cintura. Tentei beijá-la, mas a birra fez com que ela desviasse o rosto em protesto. Sorri mais ainda, achando sua resistência tão excitante quanto seu jeito tímido. No gesto ela ofereceu-me o pescoço, mesmo sem querer, que tratei de beijar com intensidade sentindo a loira arrepiar e tremer ainda de braços cruzados. Arrastei minha língua do seu ponto de pulso até o lóbulo de sua orelha e suguei-o com paixão. Isabel soltou um gemido meio baixo em um protesto mal sucedido.

- Não pense que vai me convencer assim tão fá.... - Ela parou de falar e gemeu outra vez, frustrada, quando enfiei minha língua em seu ouvido e apertei as nádegas carnudas com força. – Fácil...

Seus braços enlaçaram em meu pescoço e sorri presunçosa. Beijei-a com paixão novamente. Meu corpo todo se arrepiou e pude sentir o tesão percorrer Isabel conforme ela aprofundava o beijo. Por um momento, quase esqueci que precisava começar meu plano, mas com esforço consegui novamente parar o beijo antes que eu arrancasse as roupas dela e aceitasse sua sugestão de nos assumir.

            - Amor, nós não podemos nos assumir ainda. Sussurrei entre seus lábios e os olhos verdes me encararam novamente raivosos.

            - Porque não Amy? Qual o problema? Se eles querem nos separar a gente se assume e acaba com isso logo!

            - Nós vamos fazer isso, mas você ouviu Milena dizer que Sônia recebe ordens de alguém. Tem alguém por trás de tudo isso e com certeza é alguém que quer me derrubar ou a você. Alguém que está usando Sônia e Milena em um jogo para nos derrubar. Se a gente se assumir não vamos saber quem é! E se for alguém perigoso? Alguém que quando ver que seu jogo deu errado recorra a medidas mais drásticas? Eu não posso correr esse risco Isabel! E não vou! Nós estamos em vantagem agora enquanto eles acreditarem em Milena, mas isso é arriscado e temos pouco tempo para armar nosso próprio jogo.

            Isabel suspirou sabendo que meu raciocínio estava correto. Se fosse apenas Sônia seria fácil exibir Isabel para quem quer que fosse sem ter medo de nada. Isabel era competente e com a abordagem certa poderíamos amenizar os impactos negativos que a empresa dela teria, mas havia alguém por trás de tudo isso. Alguém além da megera e mais inteligente que ela. E minha intuição me dizia que eu não gostaria de descobrir quem era nosso verdadeiro algoz. Ainda assim, não tinha mais volta. O jogo havia começado e eu definitivamente não sairia perdedora dele.

            Ou não me chamo Amy Collins.

            - Porque não chamamos a polícia então? Talvez essa pessoa seja mesmo perigosa Am!

            - E vamos dizer o quê? Como que provas? Só vamos alarmar quem quer que seja e no final das contas não vai dar em nada. E Milena jamais testemunharia para a polícia a nosso favor. Ela teme pelo filho e sua única preocupação é a cirurgia dele. Por favor, confie em mim. Isabel respirou fundo e assentiu me dando um selinho.

            - Ok. E o que vamos fazer?

            - Precisamos de mais aliados e eu já sei há quem recorrer. Vou sair daqui agora e pegar meu carro em direção a minha casa. Daqui há uma hora, você vai sair pelos fundos do condomínio e entrar num carro que eu vou mandar. Vamos para o apartamento de Dani, já avisei a ela. Lá nós vamos nos reunir e combinar tudo. Use roupas mais folgadas e se puder coloque um boné. Fale com o porteiro para dizer que está em casa caso alguém pergunte e saia pela saída dos fundos, exclusiva dos funcionários.

            - Ai meu deus, estou me sentindo em um romance policial! Acha mesmo que podemos lidar com isso baby? Eu tenho medo disso tudo!

            - Confie em mim! Se existe uma coisa que aprendi com meu pai é como virar um jogo e eu vou fazer isso. Nós nos veremos em uma hora ok? Por favor, faça tudo que eu disse e não improvise nada. Eu mando o número da placa e modelo do carro assim que chegar em casa e fazer alguns telefonemas.

            - Sabia que você fica muito sexy me dando ordens assim? Isabel olhou-me com os olhos escuros e aquele sorriso diabólico preso em seu rosto angelical. Meu corpo estremeceu e a beijei apaixonadamente mais uma vez.

            Mal podia esperar para começar tudo e tê-la em meus braços.

 

            POV NARRADOR

            Um Lexus LS 460 L, todo preto e blindado, estacionou nos fundos do condomínio onde Isabel morava. A loira mesmo tendo posses, abriu a boca incrédula quando viu que o carro luxuoso a esperava exatamente aonde Amy disse. A morena realmente não estava brincando. Isabel, mesmo achando que talvez aquilo fosse um pouco demais e que talvez Milena ainda estivesse fazendo um jogo com elas, decidiu não reclamar. Vestia um moletom cinza com capuz, calça jeans justa e tênis branco. A roupa apesar de confortável estava com um ligeiro cheiro de gordura, já que precisou passar pela cozinha segundos antes. Colocou seus óculos de grau de leitura para melhorar o disfarce. Olhou para os ambos os lados da rua que estava deserta. A passagem em questão tinha saída pela cozinha do hotel e só conseguiu autorização para sair por lá por ser uma moradora antiga e amada entres os empregados.

            Entrou no Lexus negro e um motorista bem vestido e sério a cumprimentou pedindo que botasse o cinto. A foto que Amy havia enviado do homem a tranquilizou, por ser de fato ele quem dirigia, já que sua quase total inexperiência no mundo da ação a fez esquecer-se de conferir a placa do carro antes de entrar. Suspirou em alívio, praguejando-se por seu descuido. Não queria acreditar que realmente estava correndo algum perigo. De qualquer forma, cuidado nunca é demais.

            Quase quarenta minutos depois o veículo entrou no estacionamento de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, onde Dani, a melhor amiga de sua namorada morava. O local era grande e as casas eram luxuosas com uma certa uniformidade de padrão. A casa de Dani ficava em uma esquina, tinha dois andares, muros brancos e detalhes em pretos. Bem contemporânea e moderna. O carro adentrou o estacionamento enorme da casa, onde mais modelos semelhantes e blindados estavam estacionados. Mais uma vez Isabel abriu a boca em descrença. Subestimar sua namorada nunca seria uma boa ideia no final das contas.

            “Como Amy consegui fazer isso em tão pouco tempo? ” Isabel perguntou-se em pensamento, totalmente abismada. Será que essa mulher ia surpreendê-la sempre?

            O motorista abriu a porta para a loira, que agradeceu e atravessou o enorme jardim cheio de flores coloridas e iluminado com algumas lâmpadas amarelo claro. Uma porta de madeira escura se abriu e Dani sorriu para a amiga, dando-lhe um breve abraço.

            - A Alfa II chegou pessoal! Dani gritou para o interior da sala, onde ouvia-se muitas vozes femininas. Isabel arqueou a sobrancelha incrédula.

            “Ok, esse jogo policial está indo longe demais”

            Antes que pudesse reclamar, sentiu duas mãos puxando-lhe o capuz e a tensão e arrepio em seu corpo, misturado ao cheiro cítrico que ela mais amava foram o bastante para identificar quem foi. Era ela. A sua namorada. A mulher quem ela amava. Mesmo incomodava com tudo aquilo e achando um enorme exagero, Isabel sorriu quando sentiu os lábios carnudos beijarem-lhe sua nuca. Virou-se para Amy, que também vestia um moletom azul claro larguinho, calça jeans e tênis.

            - Uau, óculos de grau, huh? Gostei disso! A morena beijou-lhe os lábios e sentiu-se em casa novamente. O beijo seria aprofundado senão fosse as vozes antes distantes aproximarem-se interrompendo o momento romântico.

            - A Alfa I está atacando a Alfa II pessoal! Carla brincou, como sempre, arrancando uma risada de Amy e um olhar perdido de Isabel.

            - Tá legal, que história de Alfa é essa? Vocês estão parecendo adolescentes brincando de polícia e ladrão! E porque diabos você mandou um carro luxuoso e blindado a minha porta Amy Collins? Por acaso estou correndo risco de vida ou o que? Não acha que está levando isso a sério demais?

            Na sala, Ana e Carla riam com a mão na boca diante do olhar perdido da morena sempre tão segura de si. Ela estava procurando as palavras para se explicar, mas sua boca abria e fechava enquanto seu raciocínio, sempre tão rápido, teimava em não processar nada que não a fizesse parecer realmente uma adolescente em um jogo de mistério juvenil diante de sua namorada. Lina acariciava a barriga sem perceber e pensava em como as amigas eram lindas juntas.  Dani chegou com um balde de pipoca nas mãos, oferecendo a Carla e Ana que enquanto riam, comiam a pipoca para apreciar o espetáculo a sua frente.

            Afinal, não é todo dia, que alguém deixa Amy Collins sem resposta para alguma coisa.

            - Amor, não é bem assim... Não é nada adolescente! Coçou a nuca nervosa.

            - Não?! Amy pelo amor de Deus, não estamos sendo perseguidos por um assassino em série ou será que estamos? Eu tiver que sair pela cozinha do meu prédio de moletom de capuz e óculos de grau. Por Deus! E quando chego aqui tinham vários veículos iguais estacionados e todas nós estamos de moletom! Não acha que isso está sério demais?

            - Não, não acho. Não confio em Sônia e muito menos em quem manda nela. Só quero proteger a mulher que eu amo e minha família.

            A morena fez um bico e cruzou os braços chateada. Carla e Ana caíram na gargalhada enquanto Dani e Lina fizeram um sonoro “Owwnn” que fez Isabel acabar rindo e corando. Como ela poderia ter raiva daquela mulher, quando a sua loucura não era um devaneio e sim uma tentativa de protegê-las? Quando foi que ela se sentiu assim tão especial depois de tudo que passou? Apenas Amy tinha esse poder. Apenas ela conseguia derrubar qualquer estrutura ao seu redor.

            Rendida, Isabel lançou os braços ao redor do pescoço de sua morena e beijou o bico perfeito e emburrado. Depois de uns selinhos, Amy sorriu e a abraçou de volta.

            - Você é louca e paranoica, mas eu te amo. Isabel sussurrou no ouvido dela e a gargalhada gostosa da morena que ela tanto amava preencheu seus ouvidos, acalmando-a de vez.

            - Sou louca por você e te amo também! Selaram um momento em um novo beijo, quase esquecendo da plateia.

            Quase.

            - Tá legal casal Alfa, chega de melação! Nós temos um jogo pra ganhar! Carla disse fazendo um hi-five com Ana.

            Todas riram e Isabel abraçou suas amigas e sua cunhada e foram todas para a mesa de jantar, onde algumas guloseimas e bebidas a esperavam, assim como um bloco de notas, canetas e outros itens.

            - Amor, você lembrou de instruir o porteiro para dizer que você está em casa? Amy perguntou puxando a cadeira para a namorada sentar.

            - Sim, lembrei.

            - Ótimo. Beijou-lhe novamente os lábios e tomou um assento ao seu lado.

            - Então, quem vai explicar até onde essa loucura vai? E não me digam que vão envolver meu afilhado nisso porque eu proíbo vocês! Isabel disse referindo-se a Lina e sua discreta barriguinha. Era o cúmulo envolver a mulher nessa ideia louca da namorada.

            - Claro que não! – Amy defendeu-se – Lina será nossa estrategista. Ela vai ficar com os comunicadores e de olhos nas câmeras. Segura em casa.

            - Câmeras? Comunicadores?

            - Sim, minha esposa é muito boa em computação. É a nerd da operação. Carla disse orgulhosa.

            - Operação? Isabel arqueou a sobrancelha e indagou-as novamente com medo do que ouviria. Constatou que não era apenas a namorada, mas todas ali que estavam realmente investindo nessa ideia louca. Pelo visto seria voto vencido e só lhe restaria entrar no jogo.

            Os quatro sorrisos sapecas, com exceção do de Lina, que parecia ser a mais sensata de todos naquela mesa, fizeram seu coração palpitar.

            - Amy? Que operação é essa? A morena mordeu o lábio com uma expressão de criança atrevida. E conhecendo ela como conhecia, Isabel sabia que isso não era nada bom.

            - Amor, você agora é a Alfa II. E estamos na Operação AMEBA! Seja muito bem vinda.

            - AMEBA?

            - Amybel Esmaga Bruxa Azeda! Ana disse como se fosse óbvio, com a voz abafada, já que estava mastigando um punhado de pipocas e todas riram da espontaneidade da menina.

            Isabel colocou o rosto entre as mãos, tentando e não conseguindo conter o riso que se formou em sua garganta. Ela queria manter-se séria, mas era impossível não rir. Acabou gargalhando com todas. Aquilo era mesmo hilário.  Depois olhou para Lina, que elevou as mãos como se demonstrasse que já havia se rendido aquilo tudo e estava rindo também.

            Operação Ameba? Era só o que lhe faltava.

            Olhando para os olhos azuis extremamente animados e brilhantes, Isabel não conseguiu dizer nada. Ela queria levantar dali e acabar com aquilo tudo. Mandar todas de volta para suas casas e assumir Amy e pronto. Por outro lado, nunca fizera parte de uma família assim e estava adorando aquela reunião familiar. E havia também o fato de que uma pessoa misteriosa queria fazer mal a sua namorada. E ela não podia permitir isso.

            Então, rendendo-se, suspirou e encheu a mão de pipoca. Todas olharam para ela em expectativa, sabendo que só faltava sua resposta para tudo aquilo se tornar real. Encarou uma a uma, mantendo-se séria enquanto saboreava a pipoca. Por último, olhou para Amy e as orbes azuis eram pura ansiedade.

            Tomou um gole do refrigerante a sua frente e deu um último suspiro. Um sorriso brotou no canto de seus lábios e os cinco pares de olhos a encararam com excitação.

            Um pouco de loucura na vida as vezes faz bem.

            - Ok, Equipe AMEBA. Qual é o plano afinal?


Notas Finais


E aí como estamos? Será que essa Operação AMEBA vai dar certo e vamos pegar o tal chefe?

P.S: erros arrumo depois.

Até o próximo. Bru


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