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História Caminhos do Amor (Romance Lésbico) - O plano: parte 1


Escrita por: bcosta03

Notas do Autor


Hey Amybetes,

Estavam com saudades de Amybel??

Mais um cap pra vocês!
Boa leitura :)

Capítulo 58 - O plano: parte 1


Fanfic / Fanfiction Caminhos do Amor (Romance Lésbico) - O plano: parte 1

POV NARRADOR

           

            O barulho dos saltos pretos era a única coisa que se podia ouvir no corredor silencioso da empresa dos Velasques. A elegante mulher vestida em um terno cinza risca de giz, cabelos longos negros e leve maquiagem, caminhava segura de si. Estar ali era de longe a última coisa que ela queria. O lugar fazia seu estômago literalmente embrulhar. Não por ser feio ou mau cheiroso, mas pelo tipo de pessoas mesquinhas que o comandavam.

            O rol claro e muito abstrato onde entrou, em nada remetia a pessoa que ela veria a poucos minutos. De certo, se a sala de espera fosse como a dona da empresa, ninguém se sentiria bem ali. Afinal, Sônia Velasquez era a criatura mais horrenda e brega que seus olhos já tinham visto.

 

            - A Senhora Velasquez está a sua espera Senhorita Collins.

 

            A elegante, jovem e nada feliz secretaria avisou com pouco ânimo. Amy precisou apenas de alguns momentos para entender o quanto a mulher detestava trabalhar ali. Se ela tivesse um troféu em suas mãos ou o poder para canonizar alguém a secretária de sua ex-sogra certamente seria a pessoa perfeita. Um ser humano que aguente a bruxa todos os dias da semana merece no mínimo ser canonizado.

            Amy puxou o blazer mais para baixo e respirou fundo. Não seria nada fácil encarar a mulher controlando a vontade que teria de estrangular seu pescoço pela tentativa de separá-la de Isabel. No entanto, se havia uma coisa que Amy Collins sabia fazer era disfarçar suas emoções por detrás de um par de olhos azuis semelhantes a pedras de gelos. E, obviamente, usaria isso ao seu favor. Sônia não poderia sequer imaginar que Amy sabia de sua aliança com Milena, ou tudo estaria perdido.

            “Ok, Amy, você já sabe o que precisa fazer” A voz soou em seu ouvido no mesmo instante em que a morena adentrava a sala da megera.

            Sônia estava sentava em sua cadeira, altiva e cheia de si. Os olhos de Amy piscaram repetidas vezes assim que a avistou, tentando desesperadamente acostumar-se com o reflexo forte das extravagantes cores das vestimentas da mulher – como sempre nada harmoniosas - que agrediam seus olhos. O terno amarelo ouro estava abotoado, por baixo uma camisa roxa de tom forte. A calça de pele de zebra e um sapato laranja horrendo completavam o visual. A cara, esticada como sempre, parecia não ser mais capaz de expressar qualquer tipo de emoção. O cabelo curto e louco, sustentado ao redor de seu rosto com no mínimo dois vidros de laque não deixavam dúvidas que ela estava diante da megera.

            Os lábios grossos e cheios de botox de Sônia formaram um sorriso presunçoso, assim que Amy parou em frente a sua mesa, o olhar gélido fixo na expressão esticada dela. Sônia pensou que só havia um motivo para a petulante da ex-nora estar na sua frente: ela tinha se rendido a chantagem.

            - A que devo a honra querida nora? Apontou a cadeira para Amy se sentar enquanto fazia o mesmo.

            - Primeiro de tudo, não sou sua nora. E segundo, não precisamos fingir cordialidade alguma aqui. Não estou com paciência para isso.

            - Hora, hora. Sempre hostil não é Amy? Parece que esqueceu que não está numa condição favorável aqui. A mulher sorriu e Amy manteve a expressão firme, sem esboçar qualquer reação.

            - As condições eu mesma faço Sônia.

            - Será mesmo? Você está aqui não está?

            - E o que te faz presumir que isso será favorável apenas para você?

            - Ora, querida nora, você bem sabe que não tem muita alternativa não é mesmo? Está em minhas mãos o poder da informação.

            Amy riu por dentro. A mulher esbanjava autoconfiança, mas não tinha a menor ideia de que o jogo já estava sendo virado há muito tempo. Quanto maior a altura, maior a queda. E assim seria com Sônia e seu enorme ego.  

            - A sua informação de nada vale se eu não a valorizar.

            - Ora, querida, não preciso de você para isso. A alta sociedade vai valorizar muito o fato de que meu filho foi corneado pela piranha da ex-noiva, que pousa de empresária séria e pela cerimonialista de quinta que pensa ter alguma fama por sua competência.

            Por debaixo da mesa, Amy cerrou os punhos. A raiva explodia nela por dentro, transbordando em uma quase incontrolável vontade de voar por cima da mesa e apertar o pescoço da mulher até que não se sobrasse mais ar. Afinal, esse era o melhor jeito de eliminar uma cobra: cortando seu pescoço. Por fora, no entanto, a expressão de Amy não se alterou em nada. Nem mesmo seus olhos mostraram qualquer sinal de abalo. Continuavam firmes como duas pedras gélidas em tom de azul. Sônia elevou a sobrancelha intrigada. Ela queria desestabilizar Amy, mas suas palavras pareciam nem sequer passar perto do objetivo. Elas se olharam por um tempo em silêncio, até que Amy resolveu acabar logo com aquilo, antes que pela primeira vez esquecesse do quão boa era em controlar suas emoções.

            - Seus joguinhos de palavras não vão me abalar Sônia. Tenho muito a fazer na minha empresa, pois ao contrário do que pensa não criei meu império ao acaso. Então vamos direto ao ponto. Sua chantagem barata ainda está de pé?

            - Desde quando sou mulher de recuar querida nora?

            - Ex-nora.

            - Não por muito tempo. Você sabe que deve voltar para o meu filho ou vou espalhar na mídia seu casinho secreto com a Senhorita Aguillar.

            - Ou seja, você quer que eu case com seu filho mesmo sem amá-lo apenas para que seu orgulho besta seja saciado. Você é capaz de chantagem e ameaças para isso, mas não é capaz de pensar na felicidade do seu único filho.

            Ao contrário de Amy, Sônia não tinha o dom de controlar sua raiva. As palavras atingiram-na como lança afiada. Mesmo sabendo que sempre fora uma péssima mãe, seu orgulho nunca permitiria que ela ouvisse isso de qualquer pessoa. Os olhos da mulher faiscaram como chamas de fogo e ela ficou de pé num ímpeto, apoiando as mãos na mesa.

            - Não me venha com lição de moral quando você se comporta como uma puta. Amy riu deixando a mulher mais nervosa ainda.

            - Se acha mesmo em condições de me julgar Sônia? Eu fui mais nobre com seu filho ao terminar tudo com ele do que você foi a vida inteira. Você sempre manipulou Tomas ao seu bem entender. Você deveria estar feliz por ele ter se livrado de um casamento que nunca iria deixa-lo bem. Mas a sua perseguição a mim não é por tomar as dores dele. Até porque ele já nem me procura mais. Sua perseguição é porque tudo que você pensa é em si mesma. Você está preocupada com a imagem da sua família, porque vive de bajulação e status. Porque fez toda aquela exibição ridícula de noivado apenas para virar manchete e não aceita o fato de eu anunciei o término do noivado. Então que tipo de mãe é você?

            - Bem melhor que a sua, aposto. Sônia rebateu, tentando desestabilizar Amy. A raiva evaporando por seus poros.

            - Bem, eu não tenho mãe você já deve saber. Porém, as poucas recordações que tenho são bem melhores do que as que Tomas deve ter.

            - Sua mãe te largou na sarjeta e fugiu com um homem! Se portou como uma puta, assim como a filha! Você não foi nem digna do amor de sua mãe! A mulher elevou o tom de voz e Amy deu um sorriso gélido.

            - Esse amor não me faz mais falta Sônia. No entanto, tenho pena do Tomas. É bem melhor não ter mãe, do que ter uma que não sabe o que é amar.

            Sônia bateu a palma da mão na mesa com raiva. Os olhos arregalados e mortais virados para Amy que se mantinha na mesma posição.

            - Cale a sua boca! Eu odeio você!

            - Ora Sônia, não entendo porque está tão abalada. Pensei que fosse uma pessoa que gosta de sinceridade e estou apenas sendo honesta. Mas assumo que não foi para isso que eu vim aqui. Vim dizer que pouco me importa o que você fará em relação a Isabel! Pode pegar sua ameaça de quinta e enfiar onde bem entender. Você pode espalhar tudo aos quatro ventos se quiser. Não estamos mais juntas. Pela primeira vez na vida você serviu de alguma coisa. Você me alertou sobre a ex-mulher dela e estava certa. Amy deixou que pela primeira vez que seu olhar mudasse, propositalmente. Habilidosa no jogo de manipulação o tom azul de seus olhos parecia profundo e triste. De orgulho ferido.

            Sônia arregalou os olhos, por um momento havia esquecido da presença de Milena para separar o casal. A mulher havia dito que obteve êxito, mas aquela era a prova necessária. Além disso, Oscar não tinha mais visto qualquer sinal de Isabel e ela continuavam se encontrando após o ocorrido. Os planos de Sônia não estavam exatamente como ela queria. Ela queria ver Amy humilhada e rastejando atrás de seu filho, mas o chefe tinha outros planos. Ele queria ambas separadas, por uma razão que ela ainda desconhecia. E Sônia queria ver Amy sofrendo. E agora, ela podia ver seu orgulho esmagado. A petulância rastejando em seus pés.

            - Então a grande segura de si Amy foi corneada? Quanta ironia...

            - Não se vanglorie tanto. Isso vai impedir que seu querido filho me tenha de volta. Eu estava realmente disposta a voltar com ele para proteger Isabel, mas você mesma acabou impedindo isso. Acho que se atrapalhou um pouco em sua própria armadilha, não é?

            Sônia engoliu em seco. Ela se precipitou ao dizer a Amy que queria que ela voltasse com Tomas. E ocultou esse fato do chefe temendo algo pior. O plano sempre fora que ela provocasse Amy e a instigasse a ir ao apartamento de Isabel para pegar Milena agindo. Mas a raiva de Sônia foi tanta, que ela não pode controlar o desejo interno que tinha de ver a mulher rastejando aos pés de seu filho. Foi um erro que poderia ter custado muito. Poderia ter estragado os planos do chefe e sua ira recairia sobre ela. Por sorte, parecia que a raiva de Amy por Isabel ao vê-la beijando a ex-mulher não deixou que ela pensasse na contradição de sua chantagem.

            - Você foi humilhada e Isabel também será. Isso é o bastante para mim.

 

            “Ok Amy, já é o bastante. Atice mais a raiva dela antes de sair. Ela provavelmente vai cometer outro deslize”

 

            - Já que está satisfeita espero não ter mais o desprazer de ver sua cara a partir de hoje. Esqueça que eu existo, porque já esqueci de sua existência insignificante faz tempo. A morena levantou-se ajeitando novamente o blazer.

            - Não posso te prometer nada querida nora. Realmente te fazer sofrer virou meio que um esporte para mim.

            - Acredite, não tem mais nada que possa fazer para me atingir.

            - Mesmo?! Acho que você tem uma irmã indefesa, que sempre fez questão de proteger, se bem me recordo.

            Amy apoiou as mãos na mesa e encarou Sônia de perto.

 

            “Ela entrou no jogo Amy, faça-a confirmar a ameaça!”

 

            - Está ameaçando a vida da minha irmã?

            - Oh, não querida. Estou apenas dizendo que a vida é curta e acidentes acontecem. Não é mesmo?

            - Acidente que você provocaria certo? Se chegar perto de Ana coloco você na cadeia para o resto da sua vida!

            Sônia gargalhou alto e ajeitou os cabelos duros de laque.

            - Querida, pessoas como eu não ficam presas no Brasil. Você já devia saber. Por isso, reitero, tome cuidado com a pequena Ana. O Rio de Janeiro é uma cidade muito perigosa.

            - Não tenho medo de você.

- Deveria ter. Sou perigosa quando quero.

- Chegue perto de Ana e vamos ver se seu dinheiro será capaz de impedir que vá para cadeia e vire manchete da página policial que sua mesquinha sociedade lê no café da manhã.

            Sem deixar que ela respondesse Amy saiu a passos largos da sala, batendo a porta com força. Sônia sorriu presunçosa. A mulher estava cega de ódio e assim que se livrasse do chefe ia tentar uma maneira de fazer Amy sofrer ainda mais. E Ana, seria obviamente, o caminho mais fácil e curto para tal.

 

***

            “Ok Amy, agora precisamos que entre no seu carro e vire na primeira a direita. Nós vamos despistar Oscar no caminho”

            “Entendido”

            A voz da mulher ecoou novamente no ouvido de Amy dando as orientações. Ela entrou numa avenida movimentada, com Oscar em seu encalço. Ela foi guiada para os pontos de maior movimentação da cidade através do fone em seu ouvido. Num determinado ponto, alguns carros se misturaram ao dela atrasando o homem. Carla, Dani e Cacau dirigiam os veículos. Cacau era uma agente da polícia brasileira, que estava as ajudando. Ela entrou com uma gigante caminhonete na frente de Oscar, enquanto as outras duas mulheres emparelharam os carros blindados de um lado e do outro, numa velocidade mais lenta, impedindo o capataz de ultrapassar o caminhão. O homem socou o volante irritado e piscou o farol algumas vezes. Cacau estava dirigindo um caminhão de sorvetes, vestida a caráter e cantarolando descontraidamente.

            Quando Amy começou a Operação AMEBA pediu ajuda a Graci Rodriguez, uma agente americana que fez faculdade de relações públicas com ela nos EUA. Graci ajudou por um tempo Amy a procurar sua mãe, mas nada encontrou a respeito da mulher. Era como se fosse um fantasma. Elas ficaram amigas e Amy a consultou para contar o que estava acontecendo e pedir orientação dias atrás.

            Graciela se preocupou quando ela mencionou o capataz, Oscar. A descrição do homem lhe era familiar. Ela pediu a Amy que enviasse alguma foto e depois de tanto procurar, Amy achou a foto de um evento de caridade que foi com Tomas há um ano atrás, onde o homem, sempre cuidadoso para não ser fotografado, aparecia ao fundo encostado no carro. Pelo reconhecimento facial, a agente Rodriguez logo descobriu porque sua intuição estava tão aguçada. Oscar Ramirez era um foragido da polícia americana. Condenado por assassinar e roubar um casal rico para o qual trabalhava. Com todos os tramites agilizados, a agente contatou Cacau, uma delegada da polícia brasileira e sua amiga de longa data, e agora as duas estavam ajudando Amy e as meninas a desmascarar Sônia e em contrapartida prenderiam o homem antes que ele cometesse um novo crime e descobririam quem é o tal chefe.

            “O campo de visão dele está comprometido. Amy vire à esquerda agora e acelere!!” Agente Rodriguez deu a ordem enfática na escuta e Amy virou o volante com pressa. A adrenalina corroendo a veia da morena na sua própria versão forçada de velozes e furiosos. Depois de um tempo dirigindo, Oscar não aparecia mais em seu retrovisor.

            “Ele não está mais me seguindo”

            “Perfeito, meninas. Vocês foram sensacionais. Amy deixe o carro em frente ao seu apartamento como combinados e saia pelos fundos. O carro já está a sua espera. Ele vai achar que você foi para casa assim que procurar você nos endereços habituais”

            “Certo, Graci. Estou a caminho!”

 

            **

            Quando o carro blindado estacionou na garagem de Dani, as amigas já estavam lá. Amy saltou do veículo ainda afoita com tudo e olhou para entrada da casa vendo sua namorada correr até ela assim que a viu. Isabel atravessou o jardim rapidamente e jogou o corpo com força contra a morena. Amy abraçou-a com mais força ainda, sentindo o coração acalmar-se e a angústia esvair. A loira elevou o rosto e segurou o rosto da morena, colando seus lábios em desespero. Amy retribuiu sentido a calmaria por saciar a abstinência dos beijos de Isabel instalar-se em seu íntimo. As outras meninas, assistiam a cena com um sorriso, sentindo o coração acalmar ao ver a morena bem realmente.

            - Meu deus, você está mesmo bem? Isabel apalpou os abraços e abdômen da namorada fazendo-a rir com sua preocupação visível. Ela nunca se cansaria do modo como Isabel cuidava dela. E Isabel, estava tendo quase que um ataque cardíaco enquanto Amy tentava despistar o perigoso bandido.

            - Amor eu não entrei numa briga ou troquei tiros com ninguém. Eu só dirigi acima dos 100km/h.. Então, estou bem sim, quer dizer, fisicamente.

            Isabel elevou os olhos verdes lacrimejados aos azuis de sua mulher e a abraçou pelo pescoço novamente. Amy retribuiu o abraço fechando os olhos. Todos os riscos que estava correndo era pela segurança dela e de Ana. Agora que ela tinha certeza que Oscar era um bandido não podia medir esforços para mantê-las bem. Ela faria tudo pelas mulheres que ama. Absolutamente tudo.

            - Foi horrível, não é? Eu queria voar pelo monitor e esgoelar aquela cobra asquerosa! Ela disse coisas horríveis para você meu amor! Por favor, não acredite nas palavras dela sobre sua mãe.

            Amy beijou carinhosamente a testa da namorada e beijou seus lábios em seguida.

            - Não se preocupe. Isso não me atinge mais. Me incomodou apenas o modo que ela se referiu a você e a ameaça que fez a Ana, mas acho que me sai bem com o plano.

            - Você se saiu perfeitamente bem Collins. Agente Rodriguez aproximou-se estendendo a mão para a amiga, que apertou e sorriu.

            - Conseguimos tudo? A morena perguntou.

            - Venha ver você mesma.

            Amy entrelaçou a mão na de Isabel e ao entrar na sala abraçou todas as amigas e Ana, sua caçula, que estava realmente assustada com o perigo que irmã correu. Se Oscar desconfiasse que estava sendo manipulado, podia ir atrás dela.

            - Nunca mais me assuste assim! Ana deferiu abraçando a irmã.

            - Ei pirralha eu estou bem! E você também vai ficar ok? Não sinta medo do que aquela cobra disse. Não vou deixar que ela machuque você.

            - Eu juro que quero quebrar aquela cara esticada dela por falar daquele jeito com você! Amy riu da raiva da irmã.

            - Ela vai ter algo pior que alguns socos na cara de botox.

            - Amy, venha! Graciela chamou para a pequena sala montada por elas para a operação.

            Alguns computadores estavam espalhados. Fios se conectavam entre eles e no monitor central uma mulher morena e de estatura mediana estava com fones nos ouvidos digitando nervosamente. Ela era Thaina, a agente de inteligência americana e rainha da computação. Ela era responsável por tudo que se relacionava a busca e estratégias tecnológicas.         

            Amy pegou a caneta dourada que estava no bolso do seu terno e entregou para a menina. Ela puxou a parte de cima, onde a minúscula câmera estava localizada e conectou na entrada do seu potente notebook. As mulheres e as agentes se aglomeravam ao redor de Thaina, que digitou mais algumas coisas e apertou a tecla “enter” com um enorme sorriso assim que o download do arquivo completou.

            No enorme monitor a frente delas, a perfeita reprodução da conversa entre Amy e Sônia passava com ótima qualidade de imagem e som se iniciou. As reações e ameaças da mulher gravadas e documentadas, com ordem judicial da investigação americana, através de uma sofisticada e inofensiva caneta.

            Isabel apertou-se mais contra o corpo de Amy, orgulhosa da coragem da mulher, enquanto as amigas e a irmã sorriam e tocavam o ombro da morena em cumprimento.

            - Com isso já temos a prova de chantagem contra você e ameaça formal contra Ana. A vida de Sônia está sendo virada do avesso pela Agente Thaina e acreditem ela tem muita sujeira embaixo do tapete. Nós estamos também atrás de Oscar Ramirez para provar sua ligação com ela. Agora só precisamos de mais tempo para que eles nos levem ao chefe. Nós vamos pegá-los Amy! A agente Rodriguez bateu no ombro da amiga, confiante.

            - E quando vamos ao chefe? Amy perguntou.

            - Meu encontro com eles é em dois dias!

            A voz de uma nova mulher ressoou no cômodo, fazendo todas voltarem-se para ela. Milena, adentrou a sala escoltada pela Detetive Cacau. A mulher tinha feito um acordo com a polícia para entregar todos os bandidos, usando uma escuta parecida com de Amy.  Ela aceitou de imediato. O acordo entre ela e Amy sendo mantido em sigilo por comum decisão.

            Os olhares das amigas e da irmã fitavam Milena ainda desconfiados e raivosos. Amy aproximou-se dela com Isabel logo atrás ainda segurando sua mão. Quando as policiais estavam longe o bastante, a morena confirmou o acordo mais uma vez, como se quisesse ter certeza que Milena não seria um problema.

            - Essa operação está em suas mãos Milena. Faça sua parte que farei a minha.

            - Não se preocupe Amy. O que está em jogo é valioso demais para mim. Não há nenhuma possibilidade de que eu prejudique nosso trato.

            E enquanto ambas apertavam as mãos em uma trégua de paz, Amy se sentiu ansiosa, sabendo que em dois dias finalmente aquele jogo acabaria.

            Ela só esperava que todo esse pesadelo realmente tivesse fim.

 

         

 


Notas Finais


E aí o que acharam da primeira parte do plano?

Agora a Equipe AMEBA ganhou mais três agentes especiais! Preparem-se que será tiro, porrada e bomba essa operação rs

E quem será o chefe? Espero que tenham gostado do cap!

Curiosidade: Graci Rodriguez, Thaina e Cacau são leitoras fiéis da história pelo site do Grupo HPM. Lá eu fiz uma campanha para que as leitoras que tivessem interesse se candidatassem a fazer parte da operação AMEBA para serem carinhosamente citadas na histórias através dos personagens novos.

Como houve mais de três candidatas foi feito um sorteio e as vencedoras foram incluídas. Então, as meninas aqui mencionadas, na verdade, representam TODAS VOCÊS que acompanham com tanto carinho a história. Foi a forma que eu encontrei de agradecer a VOCÊS que leem Caminhos do Amor e mostrar que VOCÊS são muito importantes pra mim e para Amybel.

Obrigada sempre!

Beijos no coração de vocês!

Com carinho,

Bru (twitter: writerbru)


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